Em 14-09-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, ocorreu mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Medeiros; 03. Silvana; 04. Nivaldo; 05. Marisa; 06. Ronaldo; 07. Rusa; 08. Ana Paula; 09. Juliano; 10. Edinólia; 11. Francisco; 12. Eleika (vereadora); 13. Juliana (assessora); 14. Netinha; 15. João Maria; 16. Marquinho (candidato); 17. Rogério; e 18. Jaqueline. Durante a conversa livre nos trinta minutos iniciais, chegou a vereador Eleika acompanhada de usa assessora, e colocou logo a sua forma de trabalho, enfatizando o trabalho na educação e se comprometendo em ajudar na problemática da Escola Olda Marinho para servir a comunidade, como está previsto na lei. Também informa que cumpriu o que prometeu na campanha passada e doou todo o seu salário como vereadora às instituições de caridade da cidade, conforme está registrado no cartório. Ao iniciar o horário previsto para a reunião foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Negócios”, uma fala de Jesus registrada por Lucas em 2:49. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem correções. Francisco explica, devido a visita de vereadora e de candidato a vereador, como é feito o trabalho do Projeto Foco de Luz e como foi a necessidade de ser criada a AMA-PM, como forma de envolver com mais objetividade as demandas da comunidade. Paulo informa da norma de conduta que rege o comportamento dos associados e que é respeitado qualquer candidato de qualquer partido político, ou membro de qualquer igreja, sem no entanto se associar a qualquer uma delas. O interesse de cada associado e da Associação é trazer benefícios para seus moradores, e principalmente as crianças, seguindo a orientação evangélica do Mestre Jesus. Medeiros explica o trabalho desenvolvido pelos Curumins e que necessita do apoio da Escola Olda Marinho para a realização de aulas, de reuniões e demais atividades, e por isso espera contar com o empenho da prof. e vereadora Eleika. Nivaldo faz um histórico das atividades desenvolvidas na Escola Olda Marinho e que por insatisfação de funcionário subalterno foi provocada uma reunião que culminou no Conselho Escolar junto com a diretoria da escola decidir pela interrupção dos trabalhos comunitários com a justificativa de falta de vigilância. Rusa reforça as explicações de Nivaldo enfatizando que a escola deve continuar prestando o apoio aos projetos desenvolvidos pela comunidade, nos diversos cursos que já estão sendo feitos e inclusive com a introdução do balé. Marquinhos, candidato a vereador no segmento dos comerciários, colocou a sua proposta de trabalho caso venha a ser eleito. Edinólia levantou o assunto dos Curumins não ter participado do desfile de 7 de setembro, apesar de todo esforço feito, inclusive financeiro, mas como não havia mais tempo de se entrar nesse assunto, ficou para ser discutido na próxima reunião. As 20h30m a professora e vereadora Eleika aceitou a sugestão de falar ao Pai em oração, em nome do grupo reunido, foi feito a foto coletiva e degustado a sopa levada por Netinha.
Fico impressionado como me sinto conduzido por Deus nas mais diversas circunstâncias, até mesmo nas situações mais simples. Não é bem “conduzido por Deus”, pois eu não sigo impassivelmente uma orientação que Ele dá, nem mesmo Ele dá uma única opção. Ele coloca diversos caminhos à minha frente, alguns completamente distantes de Sua natureza, eu é quem tenho que decidir por qual caminho seguir, qual decisão tomar, e tenho que acertar qual a melhor opção que melhor sintoniza com a vontade dEle. Ele pode até dar alguns “toques” de qual é a mais importante, tenta evitar que eu entre em caminhos perigosos para a destruição do meu corpo ou perdição da minha alma. Porém, jamais Ele me empurrará para um caminho que eu não quero ir. Por isso é tão importante nos momentos de orações, que pode ser a qualquer hora, voltarmos o pensamento para Ele e pedir a ajuda necessária.
Hoje, por exemplo, fiquei dentro de um conflito que inadvertidamente me coloquei. Confirmei que iria para um evento do AA e não lembrei que teria uma plenária no meu departamento no mesmo dia e horário. Quando observei a coincidência, e olhando a programação do evento, vi que não estava com atividade na mesa, entrei em contato com o organizador para ser dispensado. Mas notei nele o constrangimento de dispensar um participante em cima da hora tendo negado a várias pessoas essa inscrição. Fiquei no conflito, pois na plenária do departamento, apesar de ser uma atividade obrigatória, eu teria oportunidade de dar andamento ao Programa de Apadrinhamento que iniciamos na plenária anterior. Mas, se eu ficasse na plenária deixaria de cumprir a minha promessa de participar do evento do AA. INSTALOU-SE O CONFLITO!
Como não tive a intensão de entrar nesse conflito, e como estou sempre querendo agir sintonizado com a vontade de Deus, logo imaginei que essa circunstância era mais uma vez o Pai colocando caminhos para que eu decidisse da melhor forma possível. Então, fui logo cedo para o departamento, o local da plenária, preparado para sair no horário do evento do AA, caso não houvesse nenhuma exigência para a minha permanência. Colocava assim as oportunidades para que Deus, se não quisesse que eu fosse para o evento, apresentasse algum obstáculo. A questão do apadrinhamento eu poderia ver em outra ocasião.
Assim aconteceu, não houve nenhuma exigência para a minha permanência na plenária, justifiquei a minha ausência e fui para o evento.
Cheguei pontualmente no início das palestras, recebi a pasta preparada para cada participante, e comecei a observar o que tinha ao meu redor. Vi logo dois aspectos importantes para as minhas atividades atuais: primeiro, na pasta havia uma relação de grupos de AA de todo o estado, incluindo três grupos em Ceará Mirim. Percebi logo a utilidade dessa informação, pois estou tentando trabalhar com quatro alcoólicos em Ceará Mirim, já falei com os familiares para organizarmos uma reunião com eles e discutir o assunto, mas até agora não aconteceu. Olhando os endereços da relação dos grupos de AA, refleti que é mais fácil fazer o convite para uma reunião já estruturada como estas.
Segundo, o local do evento do AA ficava próximo da banca de reprodução de DVDs antigos e clássicos, filmes de toda natureza, inclusive de material de autores do Rio Grande do Norte. Como estou reabrindo a loja de “Arte e Cultura Potiguar” no Shopping Mãos de Arte, ali encontraria um bom material para comercializar, dentro das características da loja.
Avaliando tudo isso, percebi que Deus me proporcionou ficar dentro de um contexto produtivo para a realização de meus atuais projetos, tanto no trabalho como na assistência, mas sempre com o foco principal na evolução espiritual.
Então vi a importância do conflito gerado, as alternativas que surgiram, as compreensões dos motivos dentro dos relacionamentos.
Este foi um conflito resolvido dentro da melhor condução comportamental, sintonizado com a vontade de Deus. Porém, existiu outra situação conflituosa que acredito não tomei a conduta devida. Participei de uma festa de aniversário, criticada desde o início por todos os parentes, inclusive eu, que aceitava as críticas como corretas, pois não se ajustava as lições evangélicas que eu queria ensinar. Eu podia ter ajudado no que fosse possível aos organizadores, mas devia ter ficado com meus irmãos e amigos jogando baralho, uma forma de lazer que sempre estamos praticando quando temos oportunidade. Não poderia ter ficado nesse aniversário, pois essa minha atitude reforçaria o inconveniente evangélico que estava sendo executado, mesmo que isso parecesse politicamente incorreto, como foi essa a minha desculpa para ficar. Os princípios evangélicos deviam ter tido a prioridade. O lazer com o baralho que não tinha restrição evangélica, era a atitude mais correta. Mas como isso não foi feito, foi gerada desarmonia no núcleo da alma, e uma simples resposta a sugestão do meu irmão, gerou em mim uma tempestade desarmoniosa. Usei argumentos verdadeiros, mas com raiva e com sentimento de vingança, capaz de desestruturar o psiquismo de quem fosse o alvo. Deixei de observar, pelo menos nesses momentos, a aplicação do amor conforme Paulo ensinou. A desarmonia aumentou e com ela o nível de estresse, prejudicando o bem estar pessoal e a qualidade de vida.
Felizmente temos um Pai que sempre está disposto a perdoar nossas falhas, e principalmente daqueles que procuram fazer a sua vontade, seguindo o roteiro evangélico que o Seu filho nos ensinou.
Ao ler a abertura da revista Ultimato de set-out/2016, feita por E. César, e baseada em Ez 13.10, fiquei confuso com a opinião do autor num determinado trecho:
Como se pode dizer que o Brasil vai bem se “a Lava Jato ameaça transformar o país numa imensa jaula onde todos ficaremos presos e difamados” (Carlos Heitor Cony)? Se o Jornal The New York Times sugere que o Brasil deve ganhar medalha de ouro em corrupção, e o ministro de nosso Supremo Tribunal Federal diz que a corrupção se tornou “uma espantosa regra”?
Então, o problema da corrupção é devido aos investigadores e juiz da Lava Jato? Então, todos, inclusive eu, ficaremos presos e difamados? Então, devemos receber com orgulho essa medalha de ouro da corrupção? Então, devemos acatar como certa a espantosa regra da corrupção?
Acredito que a intenção dos autores não era responder afirmativamente a essas indagações, mas foi muito infeliz na primeira, pois todos os brasileiros não correm o risco de serem presos e difamados numa imensa jaula. Tenho certeza que eu, e acredito que os autores também não correm esse risco. Acredito que tenha sido apenas uma frase mal elaborada. Poderia ter sido escrita assim: “Como se pode dizer que o Brasil vai bem, se os corruptos em cargos de poder ameaçam paralisar a Lava Jato que tenta moralizar o país?
Assim poderíamos ter uma melhor compreensão do texto e reforçar a frase final:
Por causa dessa mensagem sem cabimento, o povo não deu ouvidos às vozes de Isaías, Jeremias, Ezequiel e outros. Então, a guerra, a fome, e a doença deram cabo deles!
Afinal, era isso que Ezequiel queria advertir contra os falsos profetas que usam a mentira em seus discursos e que sempre levam a guerra, a fome e a doença ao povo que acreditam neles, e não percebem o enriquecimento ilícito que eles promovem para si, seus familiares e amigos.
Vejo mais uma vez a sabedoria do Pai chegando até mim. Depois que Ele me indicou o filme “Sangue Negro” para que eu visse a vitória do mal sobre um discípulo que fracassou, me apresenta um texto do livro “Paulo e Estêvão”, onde Paulo já convertido depois do evento às portas de Damasco, procura o seu antigo mestre, Gamaliel, para que ele lhe oriente no que aconteceu e no que pode fazer. Reproduzo na íntegra esse trecho que faz parte do capítulo II – O tecelão.
“...- Mestre amado, sempre enxergastes as soluções do bem, onde minha imperfeição não devassava senão sombras amargurosas!... Amparai meu coração mergulhado em dolorosos pesadelos. Preciso servir Àquele que se dignou arrancar-me das trevas do mal, não posso dispensar vosso auxílio neste transe difícil da minha vida!...
Essas palavras eram ditas com inflexão profundamente comovedora. Olhos firmes, embora iluminados de intensa ternura, o generoso velhinho acariciou lhe as mãos e começou a falar comovidamente.
- Examinemos tuas dúvidas, de maneira particular, a fim de estudarmos uma solução adequada a todos os problemas, à luz dos ensinamentos que hoje nos iluminam.
E, após uma pausa em que parecia catalogar os assuntos, continuava:
- Falas do desprezo experimentado na Sinagoga de Damasco; mas, os exemplos são claros e convincentes. Também eu, atualmente, sou considerado como louco pacífico, no ambiente dos meus. Em Jerusalém viste Simão Pedro vilipendiado por amar aos pobres de Deus e dar-lhes acolhida; viste Estêvão morrer sob pedradas e que mais? O próprio Cristo, redentor dos homens, não se furtou aos martírios de uma cruz infamante, entre malfeitores condenados pela justiça do mundo. A lição do Mestre é grande demais para que seus discípulos estejam a espera de dominações políticas ou de altas expressões financeiras, em seu nome. Se Ele que era puro, e inimitável, por excelência, andou entre sofrimentos e incompreensões neste mundo, não é justo aguardemos repouso e vida fácil em nossa miserável condição de pecadores.
O moço tarsense ouvia aquelas palavras mansas e enérgicas, com a alma dolorida, mormente no que se referia às perseguições infligidas à Pedro e no capítulo das lembranças de Estêvão, às quais o velho amigo tinha a delicadeza de não aludir nominalmente ao verdugo.
- A respeito das dificuldades que dizes experimentar depois dos sucessos de Damasco – prosseguia Gamaliel serenamente -, nada mais justo e natural aos meus olhos experimentados nos problemas do mundo. Nossos avós, antes de receber o maná do céu, atravessaram tempos sombrios de miséria, escravidão e sofrimento. Moisés jamais encontraria na rocha estéril a fonte de água viva. E talvez ainda não tenhas meditado melhor nas revelações da Terra Prometida. Que região seria essa, se, guardando a compreensão mais vasta de Deus, descobrimos em todos os pontos do mundo mananciais de Sua proteção? Há tamareiras, frondosas e amigas, medrando nos areais ardentes. Essas árvores generosas não transformam o próprio deserto em caminhos abençoados, cheios do pão divino para matar nossa fome? Nas minhas reflexões solitárias, cheguei a conclusão de que a Terra Prometida pela divinas revelações é o Evangelho do Cristo Jesus. E a meditação nos sugere comparações mais profundas. Quando nossos ascendentes mais corajosos trabalhavam por conquistar a região privilegiada, numerosas pessoas procuravam desanimar os mais pertinazes, asseverando que o terreno era inóspito, que os ares eram insalubres e portadores de febres mortais, que os habitantes eram intratáveis, devoradores de carne humana; mas Josué e Caleb, num esforço heroico, penetraram a terra desconhecida, venceram os primeiros obstáculos e voltaram dizendo que dentro da região manavam leite e mel. Não temos aí um símbolo perfeito? A revelação divina deve referir-se a uma região bendita, cujo clima espiritual seja feito de paz e luz. Adaptarmo-nos ao Evangelho é descobrir outro país, cuja grandeza se perde no infinito da alma. A nosso lado permanecem aqueles que tudo fazem por nos desanimar na empresa conquistada. Acusam a lição do Cristo de criminosa e revolucionária, enxergam no seu exemplo intuitos de desorganização e de morte; qualificam um apóstolo, como Simão Pedro, de pescador presunçoso e ignorante; mas pensando naquela estupenda serenidade com que Estêvão entregou a alma a Deus, vi nele a figura do companheiro corajoso e digno, que voltava das lições do “Caminho” para nos afirmar que na Terra do Evangelho há fontes do leite da sabedoria e do mel do amor divino. É preciso, pois, marchar sem repouso e sem contar os obstáculos da viagem. Procuremos a mansão infinita que nos seduz o coração.”
Não poderia o Pai ter me enviado melhor lição. Resgata o trabalho de Moisés, do Mestre Jesus e indica que devemos estar pronto para adentrar a nova Terra Prometida, o Reino de Deus, corrigindo nossas imperfeições e ajudando a todos os irmãos ao nosso alcance em penetrarem também em tão regozijante tarefa.
Sinto-me resgatado das trevas em que entrei pela luz da sabedoria do Pai. Na próxima reunião da Escola do Evangelho, irei propor uma autorreflexão das atitudes de cada um frente as aulas ensinadas e ao nosso desempenho na rotina do dia a dia. Se um evento foi capaz de despertar em mim tantos aspectos negativos, por que não criar outro que seja capaz de despertar, não só em mim, mas em todos, os aspectos positivos da chegada em nós do Reino de Deus.
Assisti o filme “Sangue Negro” ou “Haverá sangue” (There will be blood) e percebi como funciona o ataque das Trevas. De forma sutil, persistente, deteriorante e fatal. As melhores convicções podem se tornar trapos morais se a persistência no bem não for seguida com empenho. Qualquer vacilo pode prenunciar o início da derrocada daquele que pretende seguir a vontade do Senhor. E quanto mais aprendemos, quanto mais somos responsáveis pela nossa integridade junto a Deus. Ele sempre está sondando nosso coração e colocando à nossa frente caminhos que direcionam a nossa evolução, mensagens que devem ser compreendidas no contexto daquilo que construímos, para onde segue nossas convicções.
Ontem fiquei dentro de um teste confuso, não sei se segui bem a vontade de Deus, se fui permissivo nas minhas ações, se fui prepotente e arrogante... não sei bem...
O clima era de uma festa. Uma festa de 15 anos onde a minha compreensão dizia ser inadequada, pois os seus pais não podiam pagar pelos serviços necessários de uma festa estilizada, nos padrões da atualidade jovem. Nas leituras prévias do Evangelho e nas conversas entre os diversos parentes, todos eram unânimes em concordar da inconveniência do que os pais queriam fazer, pois certamente iriam precisar da ajuda financeira de todos. Mesmo assim os pais mantiveram esse desejo e foram até o fim, envolvendo cada vez mais os parentes e amigos.
Terminei dentro também dessas circunstâncias apesar de ser um ferrenho crítico da vaidade e egoísmo, como eu estava vendo ser conduzido. A minha postura é mais humilde, mais próxima do Mestre Jesus, que mesmo sendo o governador do nosso planeta, não se incomodou de ter nascido numa manjedoura, dentro de uma estrebaria, forrado de palha e cercado de animais. A minha vontade era de não ter ido, mas as exigências do bom relacionamento apontavam que eu devia ir. Onde estaria a vontade de Deus? Era que eu fosse ou não? Não consegui distinguir com clareza. A cada momento que a data se aproximava, eu procurava uma mensagem mais clara do Pai. Alguns fenômenos aconteceram no sentido contra a minha ida, mas não foram fortes o suficiente para minha decisão: aconteceu a necessidade de ser feita uma perícia no dia seguinte, que poderia funcionar como justificativa para não ir; choveu, em época não prevista, nos momentos que antecederam o evento, e que seria mais um motivo para eu não ir; até mesmo no momento da festa faltou energia elétrica por um bom tempo, que fez a minha reflexão se voltar para o fato de eu ter ido quando não devia. E até no final, uma tentativa de minha conduta ser comandada por outras opiniões, talvez um teste do Pai para ver se eu havia sido corrompido de forma grave. E, finalmente, o Pai coloca na minha frente esse filme para que eu assistisse na madrugada deste dia, para que eu pudesse fazer essas elucubrações, comparando com a deterioração do pastor que desde o início do filme fazia um trabalho voltado para a vontade de Deus, e terminou morto, brutalmente, pela essência do mal que ele não conseguiu combater eficazmente.
Não quero dizer com isso que estou cercado de pessoas más, que fazem coisas ruins com objetivo ostensivo de fazer mal ao próximo, não é isso. As pessoas do meu convívio são essencialmente boas, mas se deixam dominar pelas forças do egoísmo, facilitado pela ignorância da Lei do Amor, e se comportam com orgulho, vaidade, prepotência, ressentimentos, raiva e até ódio, mesmo estudando o Evangelho do Cristo e dizer que procuram fazer a Sua vontade. Eu, que conheço melhor essa Lei do Amor, tenho mais responsabilidade com minha conduta e não posso me envolver nas condutas erradas do próximo. Mas, vamos tentar esclarecer meus erros e acertos nesse teste que terminou sendo dirigido especialmente para mim, já que eu sou o mentor do trabalho espiritual que desenvolvo com os membros dessa família e que envolvo até onde posso os membros da minha própria família biológica.
O fato de eu ter ido a festa, contrária a minha consciência, foi em obediência ao politicamente correto, em atender os desejos de um pai que queria oferecer algo especial à filha, mesmo sem poder fazer isso sozinho. Fui convidado, mas não fui solicitado em ajudar em nada, em patrocinar qualquer item. Então, não podia me mostrar incomodado por esse comportamento de terceiros, e sim, que eu devia seguir as regras da boa educação e participar do evento.
Mas, caso eu resolvesse apesar de tudo isso, ter rejeitado ou mesmo justificado a minha ausência, sem mentir, colocando os motivos pelos quais eu não me sentiria bem neste evento, como não me senti, como eu iria me sentir hoje? Como eu teria feito e como me sentiria?
Diria que eu não iria, pois não estava achando justo e coerente com o que eu tentava ensinar através das lições do Cristo, sobre humildade, principalmente. Nenhuma das leituras evangélicas apontam para a adequação dessa festa. Já tivemos a oportunidade de estudar três parábolas: 1. O filho pródigo; 2. O bom samaritano; 3. O bom samaritano; e 4. Lázaro e o homem rico. Nenhuma dessas parábolas dá suporte a uma festa acontecer sem os patrocinadores terem o devido suporte. Lembro apenas de uma ocorrência nos Evangelhos do Cristo, que poderiam justificar. Foi o milagre da transmutação da água em vinho, nas bodas de caná. Os pais dos noivos também não se programaram para atender a demanda dos convidados, e faltou vinho. Jesus, à pedido da mãe, transformou a agua em vinho e evitou a vergonha dos pais nessa festa. Foi isso que teria acontecido, se nenhum parente tivesse ajudado, como eu defendia que isso fosse feito, para os pais passarem pelo constrangimento, para eles colherem o que plantaram. Mas o próprio Mestre não fez isso, evitou esse constrangimento naquela família.
Com essa compreensão, tenho a minha culpa atenuada. Não segui a vontade de Deus como está colocada em minha consciência, mas segui o exemplo do Mestre, o filho Divino que o próprio Pai enviou para nos ensinar.
Retomarei na próxima semana os estudos evangélicos e talvez nem volte a tocar nesse assunto, a não ser que o Pai indique para mim essa conduta.
Sei que o poder das trevas rondou a minha cabeça neste fim de semana, interpretada na ignorância da verdade, mas que, apesar das dúvidas, eu sinto que meu comportamento não foi totalmente condenado pelo Pai.