Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/02/2014 01h06
MATURIDADE ESPIRITUAL

            Jesus na condição de governador do planeta, onde existem cerca de 7 bilhões de almas encarnadas a procura de progresso espiritual, tem a preocupação de que elas estejam realmente tentando se aprimorar nesse sentido. Pelo menos um terço da população já atingiu um plano de vida espiritual bem mais avançado do que tinham antes. É pretensão do nosso Governador promover a esse mesmo plano espiritual um numero maior de almas encarnadas, a metade se possível, principalmente daquelas que contam acima de 50 anos. Muitas dessas almas ainda faltam aquele espírito de religiosidade que só o hábito da oração diária pode construir.

            Infelizmente, tenho que confessar que até pouco tempo eu não estava dentro desse terço da humanidade, não tinha um plano de vida espiritual de forma bem clara. Ainda hoje o hábito da oração não está arraigado dentro de minhas atividades.  

            Foi então elaborado por Jesus um plano alternativo de promover novas encarnações de vários espíritos mais avançados que são portadores de conhecimentos técnicos que muito devem a ajudar no progresso tecnológico, científico e social.

            Necessita então o Senhor Jesus da colaboração sincera das almas que aqui se encontram em idade de maturidade espiritual no sentido de se prepararem para ocupar um plano de grande evolução no mundo espiritual. Esta recomendação pode ser comparada aquela que fazem todos os mestres aos alunos das últimas séries, para que estudem com afinco suas matérias, para que logrem concluir o curso e não passem a decepção de repetir o ano.

            Dessa forma me senti convocado para colocar em prática os ensinamentos do Senhor Jesus, como uma ordem do meu Governador, no sentido de aproveitar todos os recursos que o Pai me concedeu. Sinto um desejo forte de por em prática os ensinamentos do Mestre. Estou aprendendo que durante a oração eu passo a ter um contato íntimo, tanto com o Mestre, quanto com o Criador. Sinto que tenho assistência dEles em todos os momentos difíceis da caminhada. Encho meu coração de elevado sentido de amor ao próximo, do espírito de fraternidade e do desejo de ser assistido em todos os meus atos por um representante das Forças Superiores que são a própria Divina Providência.

            Com essa presença e assistência do Mestre, eu posso contar com Ele sempre que necessitar. Por isso tenho a força de romper com toda estrutura organizada que se contrapõe à prática do Amor Incondicional.        

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/02/2014 às 01h06
 
10/02/2014 01h01
ESPÍRITOS FELIZES

            A felicidade não é algo pessoal, individual, como se dependesse só de nós mesmos. Eu moro só num apartamento e me considero feliz dentro das minhas possibilidades. Mas isso não quer dizer que eu me contento comigo mesmo dentro dessa sensação de felicidade. Compõe esse sentimento a perspectiva que tenho de ajudar diversas pessoas, que estou contribuindo para a felicidade de outros. Se eu tivesse tudo o que possuo e não pudesse repartir com os outros, sei que me sentiria triste e egoísta. Portanto não faço assim, pois quero evitar a infelicidade que isso me traria.

            Então, a felicidade implica em algum nível de relacionamento com algumas pessoas. Não pode ser com qualquer pessoa. Mesmo que eu possa ajudar ao próximo como se fosse a mim mesmo, existem pessoas que pensam de forma muito diferente, então não podem entrar no meu círculo de convivência. As pessoas que me trazem com mais força a sensação de felicidade são aquelas que entram comigo numa espécie de comunhão de pensamentos. Considero que somos espíritos felizes, que nos atraímos um para o outro pela semelhança de idéias.

            Acontece que no relacionamento homem mulher dentro do mundo material, onde nossos espíritos assumem um corpo feminino ou masculino, passamos a sofrer as influências da biologia, dos interesses na reprodução e na perpetuação dos corpos, conforme a lei da Natureza. Assim, posso ser atraído por uma mulher, e vice-versa, pela força dos instintos que formam em torno de nós o amor romântico, sem a necessidade de saber a forma de ela pensar. Mas no decorrer do relacionamento a forma de pensar vai se expressando e caso não exista a semelhança das idéias, o relacionamento pode até persistir, mas sempre cheio de conflitos que impedem a felicidade.

            Esse é o motivo de eu morar sozinho. Apesar de ser atraído por muitas mulheres pela força do amor romântico. Quando estamos morando no mesmo teto, a diferença de idéias se manifesta e então o conflito é inevitável. Viver dentro de conflito é incompatível com a felicidade. Então se torna necessário a convivência com as companheiras em tetos diferentes, para evitar o constante conflito. Os momentos de encontro devem ser livres de conflitos, mesmo que exista ainda as diferenças de idéias, essas devem ser evitadas em suas manifestações, pois senão implica no afastamento definitivo dessa parceria, da convivência. Não quer dizer que deixe de existir o amor, pois este se existiu na sua qualidade pura, sem condicionamentos, jamais ele desaparecerá. Mas a convivência é que deve ser eliminada, mesmo que essa convivência seja por alguns momentos, porque as idéias contrárias se manifestam de forma conflituosa.

            É mais fácil a convivência com outros espíritos no próprio mundo espiritual, pois lá não existe o sexo nem a pressão biológica pelos interesses da reprodução, que sempre se reveste do egoísmo. No mundo espiritual os Espíritos felizes são atraídos uns para os outros pela semelhança de idéias, de gostos, de sentimentos e formam vastos grupos ou famílias homogêneas, no seio das quais cada individualidade irradia suas próprias qualidades, e se penetra dos eflúvios serenos e benfazejos que emanam do conjunto. Assim, os membros dessa irmandade ora se dispersam para se ocuparem de suas missões, ora se reúnem em um ponto qualquer do espaço para se darem a conhecer o resultado de seus trabalhos, ora se juntam ao redor de um Espírito, de uma ordem mais elevada, para receberem seus conselhos e instruções.

            Sei através das intuições que recebo do fundo da minha alma, que sou um Espírito feliz e que possuo um grupo de convivência, uma verdadeira família espiritual, todos com a mesma sensação de felicidade. Se hoje estou aqui encarnado na Terra e sofrendo os efeitos do meu corpo biológico, com as dificuldades inerentes ao instinto sexual de sobrevivência; se sou obrigado pelas circunstâncias a morar sozinho, na realidade não estou sozinho, pois estou acompanhado de todos os meus amigos da espiritualidade que torcem pelo sucesso da minha missão. Talvez muitas pessoas que estão dividindo agora a convivência comigo deste mundo material façam parte desse grupo feliz do mundo espiritual. Da mesma forma que tenho uma missão e procuro cumpri-la superando as dificuldades e as pressões do corpo material, espero que minhas parceiras e parceiros consigam da mesma forma, principalmente minhas companheiras que pretendem participar da minha missão de reformar a estrutura familiar. Talvez elas tenham vindo com essa mesma missão que é complementar a minha, cada uma desenvolvendo um papel de acordo com a sexualidade que herdou e assumiu.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/02/2014 às 01h01
 
09/02/2014 01h01
EM BUSCA DA VONTADE DE DEUS

            Quando me senti determinado a cumprir a vontade de Deus, passei a encontrar ao meu redor, por qualquer meio, em qualquer circunstância, principalmente nos livros religiosos, espiritualizados, a expressão Divina quanto ao meu caminho, missão e movimento do que eu devo fazer.

O Senhor firma os meus passos quando sonda o meu coração e ver que a minha conduta O agrada. Ele fala comigo mediante qualquer recurso.

Deus tem um desejo para mim e por isso me guiará constantemente.

A vontade de Deus é específica para mim, demonstrar como pode ser formado o Reino de Deus a partir da construção de uma família ampliada com base no Amor Incondicional acima de quaisquer outros sentimentos. Pode ser que eu me envolva com outras atividades, mas noto que sempre tudo retorna ao projeto original e que tudo não passou de mais artifícios para fortalecê-lo. Também sei que para realizar esse projeto eu necessito de no mínimo duas pessoas para se integrar comigo nesse propósito. Ao longo da vida, de marchas e contra marchas com pessoas que se aproximaram e que desistiram de permanecer dentro do projeto, cheguei a certa estabilização com duas companheiras que se mostram interessadas e tentam caminhar comigo por essa estrada. Acontece que existe uma barreira enorme para se alcançar a harmonia e a fraternidade que o projeto de Reino de Deus exige: que o Amor Incondicional seja aplicado em prioridade frente a qualquer outro sentimento ou pensamento. No caso delas ainda prevalece o amor romântico, condicional, com toda sua carga de egoísmo na forma de ciúmes e exclusivismo. Consequentemente, a harmonia e fraternidade não se instalam. Não posso ser incisivo e obrigá-las a Amar, o que posso fazer é que eu mesmo, com o meu comportamento, demonstre a forma desse Amor ser aplicado entre nós, entre todos e tudo.  

A vontade de Deus pode parecer difícil para quem não sintoniza com o Amor Incondicional, pode parecer algo tão distante da prática convencional, outro mundo, uma espécie de loucura, de esquizofrenia. Mas para quem aprende a essência do Amor Incondicional e decide colocá-lo em prática, tudo se torna tão simples. Tudo que tenho de fazer é simplesmente dar o passo que Ele está me mostrando, mesmo que isso vá de encontro as normas culturais pré-estabelecidas, que eu me torne um pária dentro da comunidade, que seja expulso dos locais e das pessoas que amo por não comungar com elas de suas idéias e de sua forma de sentir e de amar. As vezes a dúvida quer entrar em minha mente, de que as críticas que são feitas de forma constantes e persistentes ao longo do tempo, não tem alguma razão, eu não estarei de alguma forma equivocado, total ou parcialmente.

Todas as dúvidas que surgem espontaneamente em minha mente ou são colocadas por pessoas significativas, que demonstram também querer o meu bem estar, são logo dissipadas quando converso com Deus na oração e na meditação. Vejo assim tão claro os caminhos que Ele coloca à minha frente e basta apenas ser obediente e dar os primeiros passos. Se por acaso eu tomo um caminho incoerente com Sua vontade, logo a minha consciência acusa o erro durante o ato da oração e meditação. Tenho a chance de fazer a correção de imediato, se assim for possível, ou então de não voltar a praticar o mesmo erro. Dessa forma eu sinto que cada passo de obediência que eu executo transforma minha vida de obediência a vontade de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/02/2014 às 01h01
 
08/02/2014 01h01
VIOLÊNCIA: QUE POSSO FAZER?

            A maior violência é aquela que engendramos na mente agredindo constantemente pessoas e coisas e a nós mesmos, torcendo as leis naturais para adquirir mais e mais recursos, prazeres, sem considerar a angústia, tristeza e infelicidade que surge em função disso.

            A nossa comunidade se encontra altamente contaminada pela violência, gerada pelo egoísmo desenfreado e que as lições do Cristo tão fortemente disseminadas pelas diferentes igrejas não conseguem serem aplicadas com coerência. O egoísmo campeia livre por todas as dimensões e classes sociais, desde as mais humildes até as mais abastadas, até mesmo nos homens devotados a Deus encontramos ninhos de egoísmo.

            A conseqüência dessa triste realidade é o paradoxo existencial que nos encontramos. Os marginais, bandidos de toda espécie, soltos pelas ruas à procura de vítimas e nós, cidadãos que desejam seguir dentro da lei, presos dentro de nossas próprias casas, comércios, escolas, etc. Tudo tem grades, tudo tem polícia, tudo tem vigilância. Termina por surgir do fundo do nosso desespero um grito de angústia que parece mais uma auto-crítica: que posso fazer?

            Foi dentro desse clima de procurar uma saída para conter a violência, que colegas do Hospital João Machado expressaram esse grito de impotência, parecido com desespero. Logo fiquei aliado a esses anseios e participei da primeira reunião que só tinha duas pessoas. Parece desalentador, como resolver tamanho problema com apenas duas pessoas. O que nos valeu foi que lembramos do nosso Mestre Jesus, que dizia que quando duas ou mais pessoas estivessem presentes e sintonizados com o seu nome, Ele se faria presente. Então na realidade foram três pessoas e uma, a terceira pessoa que estava desencarnada, era uma pessoa de peso: o próprio governador do planeta. Que poderíamos querer mais? Tínhamos que colocar nossos projetos e idéias em ação, a missão de cada um de nós deveria se tornar um movimento. No mundo material, eu e minha colega, tínhamos agora a tarefa de dar prosseguimento ao projeto, ao movimento. A nossa tarefa era de procurar os parceiros, a de Jesus a de nos intuir a quem procurar e de sensibilizar cada um a dar o que pudesse na execução do projeto.

            Dessa forma eu tive que falar do projeto que nutro há anos, de trabalhar com jovens na comunidade, e que por falta de tempo nunca cheguei a cogitar a sua aplicação. Estava esperando pela aposentadoria para implementá-lo. Mas dentro desse contexto eu não poderia ficar com nada guardado e que fosse útil para o desenvolvimento do movimento.   

            Na próxima segunda feira teremos a segunda reunião desse movimento e teremos que mostrar competência para fazê-lo evoluir apesar de toda a dificuldade operacional que prevejo. Sei que o Cristo está ao nosso lado, mas Ele não pode operacionalizar a matéria como nós podemos. Ele depende de nós nesse aspecto e nós dependemos dEle para a sensibilização de novos parceiros e de nos facilitar a sabedoria para que nós possamos escolher o melhor caminho da construção do Reino de Deus como Ele ensinou. Sei que não podemos alimentar as diferenças que existem no seio da comunidade, seja de natureza política, religiosa ou de qualquer forma. Temos que valorizar o potencial que cada um apresenta e a sua disponibilidade de servir, de ser humilde e de amar incondicionalmente.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/02/2014 às 01h01
 
07/02/2014 01h01
AMAR OS AMADOS

            São Francisco de Assis (Itália) não se julgava amigo de Cristo se não amasse as almas que Ele amou (Fontes Franciscanas e Clarianas). Esta é uma lição importante que São Francisco nos deixou e de profunda aplicação como forma de vencer o egoísmo do amor romântico e construir o Reino de Deus com base no Amor Incondicional.

            O amor romântico faz justamente o contrário, ele exclui o ser amado das diversas outras possibilidades da pessoa amada ser amada por outras pessoas, surgindo daí o ciúme. Forma-se um núcleo de exclusivismo em torno do casal que é defendido tanto por um quanto pelo outro. A nossa cultura ocidental defende esse modelo de relacionamento, de formar a família nuclear, fechada em seus interesses, em sutil confronto com o resto da comunidade, da sociedade. Tudo que puder fazer para privilegiar os seus membros, isso será feito e se necessário e possível, tripudiando o direito de terceiros. O máximo que pode ser feito além dos membros da família é beneficiar os amigos, aqueles que podem de alguma forma corresponder aos possíveis benefícios recebidos. Assim é a malha da sociedade atual, tudo para os parentes de sangue, os amigos... Nada para os outros. Um reflexo nocivo disso nós podemos observar com as pessoas que conquistam um cargo público. Geralmente essa conquista é feita sobre uma base ideológica de trazer justiça e fraternidade para todos, mas logo que a pessoa chega ao poder, esquece o que prometeu e se envolve nos “crimes” implícitos e explícitos que antes condenava.

            O Amor Incondicional quebra com esse modelo perverso na base. O Amor é aplicado sem esperar contrapartida de ninguém. A lição que Jesus nos deixou, de amar ao próximo como se fosse nós, é procurado ser aplicado com integralidade. Os preconceitos que criam barreiras no desenvolvimento do afeto entre os seres humanos são derrubados. As famílias se constituem de forma mais ampla. O egoísmo é sempre identificado pelo seu portador e ele mesmo, sem pressão de ninguém, procura corrigi-lo.

            Então entra aqui a lição de São Francisco, no contexto do Amor Incondicional e reforçando-o com a motivação do amor romântico. Imaginemos que um casal foi formado com base no Amor Incondicional. Por um motivo de simpatia um deles desenvolve amor profundo por outra pessoa que chega ao nível da intimidade sexual, já que o Amor Incondicional não tem barreiras, desde que traga benefícios para os envolvidos. O companheiro daquela pessoa, que percebe que o seu amado passou a amar outra pessoa, ao invés de sentir ciúme passa a ter um sentimento de fraternidade, de simpatia, de Amor também, pois percebe que essa terceira pessoa está trazendo mais afeto do que ela podia dar ao seu companheiro amado. Ele julga corretamente que se não amar quem a sua amada ama, ele não é digno do amor que tem por ela. Este comportamento consolida a relação afetiva que agora passa a ser de três. E quanto mais a vida oferece oportunidades, de novos parceiros tanto para um quanto para o outro companheiro original, mais a rede se dilata com respeito, fraternidade e amor envolvendo a tudo e a todos. Esta é a essência da família ampliada, que construirá a família planetária, a família universal.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/02/2014 às 01h01
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