Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/01/2018 01h51
INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS EM REDES SOCIAIS

            Este é um tema interessante que me chamou a atenção num texto produzido pela Fonte: Espiritismo da alma.

            Você com certeza já se deparou com situações inusitadas nas redes sociais. Tantas discussões por assuntos fúteis, ou até mesmo relevantes, que fazem com que duas pessoas discordantes entrem numa grande luta (no sentido quase literal) pelo predomínio de suas ideias.

            Este texto tem caráter pessoal em alguns pontos e espero que isso não os deixem desinteressados, mas também buscarei através do que estudei sobre a doutrina, elucidar algumas possibilidades de influências espirituais através das redes sociais e mídias sociais em geral. Buscando manter-me no foco do artigo, as redes sociais, primeiramente notamos que o uso amplo das redes sociais por uma percentagem muito grande de pessoas possibilita um novo campo de atuação espiritual de importante influência. Espíritos não necessitam de algo exatamente físico para exercer sua influência visto que se utilizam de vibrações para manipular e coagir seres encarnados e desencarnados.

            Os chamados obsessores podem então utilizar um espírito encarnado que de posse de um perfil no Facebook, por exemplo, atua através das sugestões por canais de afinidades vibratórias. Em outras palavras: espíritos que se simpatizam com o ódio às ideias contrárias irão se juntar a pessoas que possuírem tendências para atitudes semelhantes, lhes dando combustível mental para manter essa energia negativa.

            A atual situação política no Brasil é bom exemplo: as duas correntes ideológicas, esquerda e direita, se digladiam intensamente, com pensamentos muitas vezes cheios de ódio, em defesa daquilo que acreditam ser verdade ou dos seus interesses. É importante que a Verdade seja esclarecida, mas isso deve ser feito de forma didática e sempre aberto para avaliar o contraditório dentro da lógica, pois pode ser que o nosso interlocutor é quem esteja com a razão.

            Vemos que muitas vezes um post cheio de ódio e intolerância atrai odiadores e intolerantes, assim como um pensamento odioso ou intolerante atrai espíritos dessa estirpe que aproveitando da abertura mental criada por esses pensamentos no ser encarnado, influenciam e manipulam pensamentos de forma a criar uma tensão social através de redes sociais, gerando um clima de instabilidade emocional nas pessoas. Isso parece uma teoria da conspiração, não é? Mas, em relatos de livros espíritas diversos como os da série de André Luiz, psicografados por Chico Xavier, mostra-se que as legiões malignas de espíritos contrários as leis de ordem e de progresso do planeta buscam de forma incessante o desequilíbrio e a agitação em favor de seus planos perversos de dominação e poder.

            Muito sabemos segundo o Livro dos Espíritos sobre a maledicência e como ela pode nos afetar espiritualmente. Acumulando débitos e mudando o psiquismo de nossa vida, alimentando espíritos obsessores e nos tornando cada vez mais susceptíveis às suas ideias e manipulações, ficando cada vez mais absortos em pensamentos sombrios e até mesmo perdendo a razão em nossa cegueira.

            Quem nunca presenciou briga entre grandes amigos ou familiares em redes sociais por divergência de ideias e intolerância às diferenças?

            É muito comum percebermos essa relação negativa que ocorre no Facebook, principalmente, onde as pessoas livremente opinam e nem sempre aceitam opiniões diferentes. Se você notar, é muito comum no seu mural uma grande quantidade de notícias ruins, de imagens de intolerância política, religiosa e de ideias. Nosso psiquismo acaba se afetando com essa enorme informação pesada, negativa, das redes sociais e muitas vezes nos vemos desanimados ou com raiva ao dar uma lida no Facebook, twitter, etc.

            Como utilizar as redes sociais de forma a reverter essa tendência de sermos influenciados pela negatividade extremamente exposta na rede?

            Uma questão relevante agora que sabemos alguns riscos que envolvem a negatividade largamente compartilhada nas redes sociais, seria como podemos nos prevenir dessa armadilha e utilizar de forma digna as redes sociais. Como é impossível se fechar para a mídia negativista e para as publicações de cunho negativo, tentemos o seguinte: prática. Temos que praticar, não nos envolvermos em debates fúteis, sem edificação para a alma, sem acréscimo de qualquer virtude para nós mesmos. Sei que é difícil ainda mais no nível espiritual que nos encontramos. Tão apegados às nossas paixões, somos suscetivelmente alvo de armadilhas feitas por nós mesmos, atraindo assim a tão indesejada obsessão.

            Essa influência é positiva ou negativa? Ou existiriam na mídia influências de ambos os tipos?

            Toda influência só é positiva ou negativa de acordo com o grau de nossa consciência (e de evolução espiritual). Isso quer dizer que uma coisa pode ser relativamente negativa para uns, mas já outros conseguem tirar bons ensinamentos daquilo que é negativo. Por exemplo, uma enfermidade como o câncer é uma coisa negativa, mas se formos analisar como uma expiação, podemos sim, tirar proveito da situação com a assimilação de bons ensinamentos. Tudo nesta vida é relativo, pois a nossa consciência é que dá a devida importância às questões.

            Vejamos os indianos, aprendem com a pobreza da vida simples que levam, e muitos países encaram a miséria como um defeito da humanidade. Isso significa que conforme evoluímos, descobrimos o que é conforme nossa ótica (e aqui entramos na ótica de quem professa a doutrina espírita) e nossa evolução. Nossas ideias são diretamente proporcionais ao quanto de entendimento temos sobre determinado assunto e sobre a ética de modo geral.

            O que podemos concluir disso tudo?

            Bem, não muito, visto que muitas coisas vão depender de um pouco da sensibilidade pessoal, mas o que podemos dizer e isso pautados nos ensinamentos do espiritismo é para termos o bom senso sempre buscando analisar sobre todos os ângulos algum determinado assunto, dando nossa opinião quando a mesma for construtiva e elucidativa e evitando-se falar quando for desnecessário ou for motivo para atrito, mesmo que somente de um dos lados.

            É importante criarmos mentalmente um processo de paz. E isso as vezes nos requer a prática do silêncio e da resignação. Entender que cada um encontra-se num determinado nível de evolução e respeitar isso. Não menosprezar e evitar atrito com os irmãos de luta corpórea. Com isso estaremos ganhando a tão almejada paz interior e exterior, construindo em volta de nós uma aura de serenidade e paz. Divulgando assim uma das virtudes de Jesus que era a de evitar os debates inúteis e criando em si mesmo um exemplo a ser seguido.

            Outra boa dica é, já que não queremos tantas coisas ruins sendo devidamente noticiadas, sermos nós mesmos a fonte de boas notícias, de boas ações, compartilhando o amor. Seja através de textos ou mensagens de paz e otimismo, seja com palavras e conselhos amorosos. Sejamos nós a mudança que tanto queremos no mundo e assim, estaremos divulgando o bem e o amor como nosso Mestre Jesus nos ensinou. Muita paz!

            Perfeito!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/01/2018 às 01h51
 
05/01/2018 23h23
LOBOS EM PELE DE PASTORES

            Aplicando uma fábula dos pastores à humanidade podemos ver que, os pastores tomam conta das ovelhas, usando os cães para as protegerem dos lobos. Estamos considerando a Natureza de uma forma ampla, onde temos o homem racional, como pastor e temos os cães e ovelhas como animais instintivos, sem qualquer ética racional. Os lobos procuram as ovelhas para se alimentar de sua carne; os pastores cuidam das ovelhas que se alimentam pacificamente da grama, para também usarem sua carne e lã. As ovelhas, portanto, são a matéria prima da alimentação, tanto de pastores quanto de lobos. Os cães também se aproveitam dessa alimentação ao lado dos homens, por eles domesticados. Essa associação, então, pastor-cão, favorece o uso das ovelhas por eles, em detrimento das necessidades de sobrevivência dos lobos.

            Muito bem, como podemos então aplicar essa organização à humanidade?

            Em primeiro lugar, todos os homens e mulheres são considerados ovelhas. Delas vão surgir às categorias de pastor, cão e lobo. Os pastores são os detentores de cargos públicos, que gerenciam o poder através das leis. São eles que classificam dentre as ovelhas quem serão os cães de guarda para proteger o rebanho, os diversos agentes de segurança, principalmente os policiais, civis ou militares, que fazem o trabalho de ronda. As ovelhas somos todos nós que trabalhamos diuturnamente para garantir o funcionamento da sociedade, inclusive a gorda mordomia (gordura) que os pastores recebem. Os lobos são aqueles que extrapolam os limites da lei e desviam pela força os recursos produzidos pelas ovelhas. São os marginais bem identificados pela mídia, que enchem as celas das delegacias, dos presídios.

            Mas, prestemos muita atenção! Tem outros lobos mais sofisticados que se disfarçam de pastores. São aqueles colocados em posição de mando, que produzem leis, que aplicam as leis, que fazem todo um artifício legal para desviar o produto das ovelhas de forma maciça para seus estômagos e cofres. Esses lobos quando extrapolam na sua ganância de adquirir maciçamente por corrupção ou outros artifícios a gordura das ovelhas, podem ser pegos pelas justiça e identificados como lobos de colarinho branco.

            Tudo isso nos deixa revoltados e ficamos satisfeitos quando esses lobos são colocados atrás das grades. Porém, o que mais nos causa lesão, são aqueles lobos encastelados em posição de mando e dentro da legalidade que eles constroem, desviam enormes quantias de gordura para seus bolsos, enquanto a massa das ovelhas é espoliada sem que os cães possam os alcançar... é um tipo de vampirismo provocado pelo lobos em pele de pastores, que sentimos os seus efeitos em nossa jugular, mas não conseguimos nos livrar da sangria...    

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/01/2018 às 23h23
 
04/01/2018 21h12
HITLER E A GALINHA

            É comum o uso de fábulas para explicar algo que de outra forma seria difícil o entendimento. Encontrei um texto atribuído a Hitler onde ele tenta explicar aos auxiliares como se deviam comportar com o povo ignorante, durante o exercício do poder. Reproduzo abaixo:

            Em uma de suas reuniões, Hitler pediu que lhe trouxessem uma galinha. Agarrou-a forte com uma das mãos enquanto a depenava com a outra. A galinha desesperada pela dor, quis fugir, mas não pôde. Assim, Hitler tirou todas suas penas, dizendo a seus colaboradores: “agora observem o que vai acontecer”. Hitler soltou a galinha no chão e afastou-se um pouco dela. Pegou um punhado de grãos de trigo, começou a caminhar pela sala e a atirar os grãos de trigo ao chão, enquanto seus colaboradores viam, assombrados, como a galinha, assustada, dolorida e sangrando, corria atrás de Hitler e tentava agarrar algumas migalhas, dando voltas pela sala. A galinha o seguia fielmente por todos os lados.

            Então, Hitler olhou para seus ajudantes, que estavam totalmente surpreendidos, e lhes disse: “Assim, facilmente, se governa os estúpidos. Viram como a galinha me seguiu apesar da dor que lhe causei? Tirei-lhe tudo, as penas e a dignidade, mas, ainda assim, ela me segue em busca de farelos.” Assim é a maioria das pessoas, seguem seus governantes e políticos, apesar da dor que estes lhes causam e, mesmo lhes tirando a saúde, a educação e a dignidade, pelo simples gesto de receber um benefício barato ou algo para se alimentar por um ou dois dias, o povo segue aquele que lhes dá as migalhas do dia.

            Essa é a verdadeira realidade em que vivem muitos no Brasil. É hora de acordar!

            Acredito que este texto tenha sido montado e atribuído a Hitler na tentativa de demonstrar a forma de governar de nossos políticos. Esta fábula tem um forte conteúdo de psicologia na qual acredito Hitler não dominar. Ele poderia ter repassado durante o seu governo essa informação, adquirida de outra fonte, mas não observamos isso nos livros de história. Portanto, é mais plausível que alguém tenha feito na atualidade, esta forma de adaptação incluindo a figura de Hitler como protagonista principal para deixar mais forte a lição.

            Mesmo assim, falta alguma coisa nessa fábula da galinha comparada com o homem, pois este pode ser ignorante, bruto; ou educado, fino... e a galinha sempre é bruta, instintiva.

            Dentro da humanidade encontramos as pessoas brutalizadas, que não tiveram oportunidade de serem educadas, que podem se comportar como a galinha, seguindo atrás do seu carrasco em busca das migalhas que ele lhes entrega, as vezes pomposamente, com direito a fotografia e banda de música. Mas temos também na humanidade as pessoas educadas, elitizadas, graduadas, que também seguem os benefícios que podem receber dos seus algozes, justamente como a galinha. Em função desses benefícios, fecham os olhos aos malefícios que deixa cair sobre toda a sociedade, não quer saber que a mão que lhe joga o farelo é a mesma mão que lhe depena a nação, que lhe deixa sem dignidade, as vezes dentro de uma prisão.

            Que estranho fenômeno é esse que entorpece a inteligência e contamina a consciência, não ver no benefício a migalha do torturador, figura essa que até pode ter uma inteligência menos privilegiada...

            Precisamos pensar nessa fábula e procurar ver se não estamos muito distante da galinha...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/01/2018 às 21h12
 
04/01/2018 00h59
O FIO DE ARIADNE

            Vem da mitologia uma informação que podemos adaptar para os tempos modernos: o fio de Ariadne. Da mitologia grega estudamos que Ariadne, era filha de Minos, rei de Creta, governante cruel que dominou Atenas com mão de ferro. Ele exigia que todo ano sete rapazes e sete moças atenienses fossem oferecidos em sacrifício ao Minotauro. O monstro mítico, com cabeça de touro e corpo de homem, era mantido por Minos num labirinto complexo do qual ninguém conseguia sair com vida. Contudo, um jovem de nome Teseu, filho do rei Egeu e de Etra, infiltrou-se entre os que seriam sacrificados, com o fito de matar o Minotauro. Já em Creta, Ariadne apaixonou-se por Teseu. Para que o moço ateniense fugisse do labirinto após matar a besta, ela lhe deu um novelo de linha que ele desenrolou ao embrenhar-se na toca do monstro. Após destruí-lo, Teseu e Ariadne fugiram, mas a princesa foi deixada por ele na ilha de Naxos, onde mais tarde ela se casou com Dionísio, o deus do vinho.

            Nós estamos também dentro de um labirinto de emoções e pensamentos com base no egoísmo, onde ninguém consegue uma forma de escapar e terminamos todos morrendo sem ver a luz.

            Como descobrir entre nós este fio de Ariadne, que nós, como Teseu, podemos utilizar para sair do labirinto após a morte da besta?

            Este fio deve ser composto pelos mais distintos pensadores existentes atualmente na Terra, gente de bom coração presente em todas as religiões, em todas as cátedras, em todos os púlpitos, em todas as varas, distritos, municípios, estados...

            Se essas pessoas forem devidamente conectadas, informadas de suas importâncias nesse projeto de canalização para sairmos das trevas da ignorância para a luz do discernimento, da Verdade, podemos ter uma grande chance de vencer o monstro do Egoísmo e reencaminhar o nosso país para ser o “Coração do mundo e a Pátria do Evangelho”.

            Mas, como fazer essa conexão? Parece que estamos tão distantes! Muitas vezes não sabemos nem o que a pessoa de boa vontade, que convive ao nosso lado está fazendo... ficamos satisfeitos quando observamos uma ação de boa vontade sendo praticada aqui ou alhures, mas fica apensa nesse contexto, não há uma tentativa prática de fazer essa conexão.

            O fio de Ariadne está aqui ao nosso alcance, eu também posso me considerar um dos elos dessa corrente, mas até agora não dei nenhum passo neste sentido, a não ser elaborar esse texto com essa orientação.

            A dificuldade maior para nós do que pareceu a Teseu, é que o monstro dele, o Minotauro estava dentro de um labirinto externo onde ele podia matar a besta e sair através do fio como aconteceu na história. Porém, o nosso monstro reside dentro de nós, o Egoísmo, e as vezes, mesmo praticando boas ações, esse Egoísmo não nos deixa partilhar com o outro o sucesso de nossas ações.

            Tudo termina na aplicação das lições do Mestre Jesus: se quisermos vencer o Egoísmo e formar o Fio de Ariadne, temos que limpar o nosso coração de todo o Egoísmo e estar apto a ser um cidadão do Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/01/2018 às 00h59
 
03/01/2018 00h43
BRASIL, PÁTRIA DO EVANGELHO?

            Tenho a firme convicção da existência do mundo espiritual e de sua importância para o mundo material, do qual somos um reflexo. Há uma orientação a partir do mundo espiritual, que o Brasil será a pátria do Evangelho e o Coração do Mundo. Porém a atual política em prática no Brasil nos deixa muito distante desse projeto, e as considerações de Luiz Felipe Pondé, feita na Folha de São Paulo de 18-12-2017, aumenta mais ainda as minhas preocupações, pois senão vejamos o que ele comenta:

            Se Lula ganhar as eleições em 2018? O Brasil terá um retrocesso ao Paleolítico – sem querer ofender nossos ancestrais.

            Sei que inteligentinhos dirão: pelo contrário, a população mais pobre voltará a comprar TVs e carros. E eu direi: a bolsa fome é a grande miséria que alimenta o PT e seus associados.

            Nelson Rodrigues dizia que, no dia que acabasse a pobreza no Nordeste, dom Hélder, o arcebispo vermelho, perderia sua razão de existir. Por isso, ele e a miséria do Nordeste andavam de mãos dadas.

            O truque do PT e associados é o mesmo: destruir a economia, acuar o mercado, alimentar uma parceria com os bilionários oligopolistas a fim de manter o país miserável e, assim, garantir seu curral eleitoral.

            Como o velho coronelismo nordestino – conheço bem a região: sou nascido no Recife e vivi muitos anos na Bahia -, o PT e associados têm na miséria e na dependência da população o seu capital.

            Mas quero falar de outras dimensões da tragédia que nos cerca caso o PT retome o poder.

            Desta vez o projeto “a Venezuela é aqui” se organizará de forma mais concreta.

            O Poder Judiciário, já em grande parte nas mãos da “malta” do PT, servirá ao Partido de forma sincera e submissa, destruindo a autonomia da Justiça. Esse processo já está em curso, mas foi, temporariamente barrado pelo percalço do impeachment e de alguns poucos setores não petistas do Poder Judiciário.

            O Legislativo se acomodará, como sempre, a quem manda.

            O mercado também se acomodará, servindo, de novo, ao coronel Lula ou a algum genérico que o represente. Eliminarão qualquer elo na sua cadeira produtiva que suje seu nome – da empresa, quero dizer – junto a Nomenclatura.

            Quanto a inteligência pública essa será devastada.

            Perda de empregos, contratos, espaços nos veículos, com a bênção da quase totalidade das Redações editoriais. Se não para eles mesmo não perderem empregos, contratos e espaços, também e, principalmente, porque a quase totalidade das Redações e editoriais são petistas ou similares.

            Nas universidades e nas escolas, a festa. Reforço absoluto da patrulha ideológica de forma orgânica, com apoio da Capes e de sua plataforma Sucupira.

            As universidades, entidades quase absolutamente monolíticas e autoritárias, celebrarão a queima total de seus adversários internos e externos. Os alunos, coitados, ou aderirão à retomada vingativa do poder por parte do PT, ou perderão bolsas, vagas e carreiras.

            E chegará a vez das Forças Armadas também serem cooptadas pela hegemonia petista. Uma vez cooptada, como na Venezuela, a regressão ao paleolítico estará plenamente realizada.

            O controle da mídia, em nome da “Democracia” implicará o silêncio imposto a todos que quiserem pagar suas contas.

            A classe artística fará festivais para comemorar o retorno ao poder dos “progressistas” que dão dinheiro para eles gastarem até acabar.

            E quando o dinheiro acabar, como acabou no Dilma 2, os “progressistas” sairão do poder, darão um tempo para os “conservadores” fazerem o trabalho sujo de reorganizar a economia e, quando a casa estiver um pouco mais organizada, voltarão ao poder para gastar tudo de novo.

            Vivemos duas forma de hegemonia do PT e associados no Brasil: a hegemonia da miséria e do discurso populista de cuidado com ela e a hegemonia do pensamento público e de suas instituições.

            A diferença do PT de antes do impeachment e o PT de agora será que antes ele ainda fazia pose de defensor das liberdades.

            Agora, ele perderá a pose e destruirá todo o tecido de liberdade de expressão no país.

            E mais: a vitória de Lula em 2018 será a prova definitiva de que os eleitores não estão nem aí para suspeita de corrupção pairando sobre qualquer que seja o candidato.

            Todo esse mimimi ao redor da Lavajato ficará claro como mimimi.

            Dane-se a corrupção. Ninguém está nem aí para isso. A começar pelos intelectuais, professores, artistas e integrantes de grande parte do Poder Judiciário.

            O combate à corrupção é (quase) uma farsa.

            Depressão, ressentimento, medo e vingança, serão os afetos que definirão 2019.

            Nessa hipótese, esses afetos não condizem com os afetos que devem prevalecer na Pátria do Evangelho. Concordo com o risco avaliado pelo articulista, e faço votos que a inteligência deste país consiga enxergar além das cortinas, e que possamos ainda ter chance de merecer o título que o mundo espiritual profetizou para nós.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/01/2018 às 00h43
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