Pai, ouve os meus pedidos com tolerância e compaixão. Dai-me força, compreensão e disposição para eu colocar em prática a Tua vontade e que colocastes como missão em minha consciência. Mantém a minha mente sempre alerta para os erros do caminho, dos enganos da interpretação. Sei da dimensão do trabalho que tenho pela frente, do enfrentamento do egoísmo material para viabilizar a construção do Vosso reino espiritual aqui na terra, ao lado de todos como irmãos e de Vós como o Pai único, acolhedor e disciplinador. Sei que sou frágil e cheio de pecados, mas que fui escolhido por não duvidar de Vossa vontade, de ter a fé como a certeza de Vossa existência, de procurar seguir os Teus conselhos apesar da minha fragilidade manifesta. Perdão pelos erros que reconheço e não tenho coragem nem sabedoria para corrigi-los... ensina-me Senhor, tanto o caminho da resolução dos problemas externos quanto a fonte de energia interna que dorme dentro de mim e eu não a encontro. Ajuda-me a compreender, tolerar e amar a todos os irmãos que colocastes em meu caminho com o intuito de me ensinar, ajudar e até mesmo me acompanhar nos intricados caminhos da intimidade.
O caminho evolutivo de cada um está sendo trilhado a todo momento, a todo instante temos oportunidade de avançar um pouco mais. Isso em todos os aspectos da vida, mas um deles, o mais complexos de cada um deles, o relacionamento interpessoal, principalmente entre pessoas do sexo oposto. Sei que cada um tem seu paradigma de vida, a bússola que orienta nosso jornadear. Essa bússola contribui para a aproximação e o afastamento das pessoas. No aspecto do companheirismo, é importante que o dois fiquem bem sintonizados que tenham os mesmo parados, que fiquem harmônicos, mesmo que os paradigmas em dado momento seja diferente.
Hoje fiz novos amigos. Era um encontro há muito planejado, porém sem condições de realização devido o forte sentimento de reação que deveria existir contra o meu comportamento. Mesmo eu sabendo que nada de errado estaria fazendo, mas o forte cuidado que existe nas famílias com os seus membros faria isso. Foram três novas pessoas. Mas tudo correu da melhor forma possível. Não houve nenhum momento de agressão e todos terminaram o encontro felizes com o acontecimento. Acredito ter sido a mão de Deus a operar nesse assunto. Agradeço.
Vivemos mergulhados num mar de energias das quais nossos sentidos pouco percebe. Desenvolvemos aparelhos para nos ajudar nessa percepção, rádios, televisões, etc. Mesmo com toda essa avançada tecnologia ainda existem muitas energias que não captamos com o uso de máquinas. É o caso do pensamento. Já está definido que o pensamento é uma energia real, que consegue inclusive fazer funcionar aparelhos. As vibrações do nosso pensamento passam a fazer parte do caldo de pensamentos que cada ser elabora. Aqueles que vibram de uma forma aproximada se influenciam um ao outro dando origem ao fenômeno da mediunidade. Se deixarmos o nosso cérebro receptivo podemos comprovar o fenômeno. Não tenho facilidade em captar essas ondas mentais, mas em algumas ocasiões tenho intuições que não se adéquam ao meu estado de espírito, desenvolvo textos e poesias cujo teor não correspondem aos meus sentimentos. Assim foi hoje à tarde quando produzi duas poesias: Estrela triste e Verduga da saudade. São poesias bonitas, mas carregadas de melancolia. Essa melancolia não tem correspondência com o que sinto no momento, portanto posso imaginar que sejam influências de pensamentos diversos que estão no manancial da natureza e que conseguem ser canalizados através de minhas tendências, dos trilhos mentais favoráveis que possuo, até de natureza inata.
Fico surpreso com a manchete do jornal de hoje. Um colega médico mata um assaltante que pretendia tomar o seu carro. Como um médico que se dedica a salvar vidas termina por matar? É positivo andar armado para se defender, inclusive matando o agressor? Devemos então ser cordeiro numa sociedade de lobos? Sei que numa situação dessas o emocional fala mais alto, a razão fica obnubilada. Desperta em nós o animal que dormita nas engrenagens subcorticais do nosso cérebro. Sei disso, pois em situações mais simples, de agressão verbal, contra pessoa da minha estima, ainda sinto vir à minha consciência impulsos agressivos de revide, de machucar o agressor e quem sabe matar!? Tenho que fazer um esforço para colocar em primeiro plano minhas aulas de comportamento cristão para novamente equilibrar o pensamento em trilhos mais saudáveis, de solidariedade, de perdão, tolerância, etc. Mas como neste planeta ainda predomina a influência do mal, a maioria das pessoas vibra com os sentimentos de raiva, revolta, revide, agressividade. Todos que aceitam a criação do Reino de Deus aqui nesta terra, a partir da mudança fraterna em nossos próprios corações como foi proposto por Jesus, deve fazer em seguida um esforço para ver cada uma dessas pessoas que convivem conosco como irmãos e que um assassinato como o ocorrido seja visto como um fratricídio e não como um ato de valentia que deve servir de modelo. Esse assassinato deve servir para nós, testemunhas passivas, motivo de vergonha por permitirmos que isso ainda aconteça e que um irmão que teve a vida dedicada a salvar vidas agora seja rotulado como assassino, enquanto o outro jaz sem vida e sem espaço para compaixão por seu estilo de vida tão violento. É assim que me sinto, pelo meu colega médico, pelo assaltante; pelos meus irmãos que agora sofrem as conseqüências da sociedade que temos a oferecer.