Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/08/2013 08h29
CARACTERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS

            Deus usa mais um dos seus filhos para me passar importantes lições. Desta vez foi com um livro evangélico, escrito pelo pastor Kenneth E. Hagin, e doado por uma paciente e amiga. O livro tem o título “Amor – o caminho para a vitória”, cujo primeiro capítulo é: Características do amor de Deus.

            Logo ao ver o título do livro eu sabia que era uma mensagem que Deus estava enviando para o meu aperfeiçoamento, e quando li o título do 1º capítulo, não tive mais qualquer dúvida. Pois esse “Amor de Deus”, o amor incondicional, que é a essência dEle, consiste no meu principal tema de estudo e de tentativa de aplicação prática em todos os meus relacionamentos. E por tentar ser e fazer assim termino por me confrontar com as leis humanas e o amor natural (romântico) que se contrapõe fortemente ao amor divino. Surgem assim as dúvidas, tanto das pessoas quanto minhas, se estou realmente no caminho certo, uma vez que meu comportamento destoa tanto do padrão cultural. Apesar de tudo sigo a minha intuição e a convicção que Deus já deu a Sua ordem à minha consciência, de fazer a Sua vontade aplicando o amor incondicional nos meus diversos relacionamentos, principalmente os relacionamentos afetivos em toda a profundidade que Seu amor permitir. Por isso, entendo que este livro enviado por Ele tem os argumentos necessários para que eu amadureça mais ainda o fruto do amor que Ele plantou dentro de mim.

            O pastor Hagin desenvolve o seu pensamento a partir de textos bíblicos, principalmente o encontrado em 1 Coríntios 13: 1-8 da seguinte forma, incluindo dicas do pastor entre parêntesis e uma ampliação do versículo 4 ao 8:

  1.  Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor (do tipo de Deus), serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
  2. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor (do tipo de Deus), nada serei.
  3. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor (do tipo de Deus), nada disso me aproveitará.
  4. Ampliado – O amor perdura muito tempo e é paciente e benigno; o amor nunca é invejoso nem ferve com ciúmes; não se ufana, não se ensoberbece, nem se exibe com altivez.
  5. Ampliado – Não é orgulhoso – arrogante e inchado de soberba; não é grosseiro, nem se comporta de forma inconveniente. O amor (o amor de Deus em nós) não insiste nos seus próprios direitos nem na sua própria vontade, porque não é egoísta; não se exaspera, nem se queixa, nem se ressente; não leva em conta o mal feio contra ele – não presta atenção a uma injustiça por ele sofrida.
  6. Ampliado - Não se alegra com a injustiça e a iniquidade, mas se regozija quando a justiça e a verdade prevalecem.
  7. Ampliado - O amor aguenta todas as coisas que possam surgir, sempre estar disposto a acreditar o melhor a respeito de todas as pessoas, suas esperanças não murcham em nenhuma circunstância, e suporta tudo (sem enfraquecer).
  8. Ampliado – O amor jamais acaba – não se esgota, não fica obsoleto, nem chega ao fim. Quanto à profecia (o dom de interpretar a vontade e o propósito divinos), será cumprida e desaparecerá; quanto às línguas, serão destruídas e cessarão; quanto ao conhecimento, passará (perderá seu valor porque a verdade divina tomará o seu lugar).

            Entendi assim que Deus quer que eu faça uma revisão dos meus conceitos, pensamentos e comportamentos, amparado nesses textos bíblicos e nos escritos do pastor Hagin. Farei isso com a máxima transparência que caracteriza meu modo de agir e agradeço a minha amiga/paciente por ter sido o instrumento de Deus nessa ocasião.

Como o trabalho é extenso, não posso terminar num só dia dentro do espaço deste diário. Mas procurarei dar uma sequencia ao longo dos próximos dias nessas “Características do amor de Deus” da forma que Ele me apresentou.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/08/2013 às 08h29
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20/08/2013 08h30
A ILUSÃO DO ORGULHO

            O capítulo 15, verso 5, do Baghavad Gita esclarece um aspecto importante: Aqueles que estão livres do falso prestígio, da ilusão e da falsa associação, que compreendem o eterno,que se enfastiaram da luxúria material, que estão livres das dualidades manifestas sob a forma de felicidade e sofrimento, e que com toda a lucidez sabem como se render à Pessoa Suprema, alcançam este Reino eterno.

            É incrível como Deus está presente em todas as dimensões, localidades, tempo e espaço, culturas e geografias... O filho que reconhece o Pai sabe quando Ele lhe pega pela mão e ensina o que ele precisa saber.

            Entrei num conflito de natureza material e minha mente já estava querendo ficar envolvida quando recebi essa lição do Bhagavad Gita. Meu irmão aniversaria no próximo sábado e surgiram dois locais para comemorarmos com parentes e amigos. Acontece que a inclusão de todos parece difícil em qualquer um dos locais devido aos sentimentos de rejeição e exclusão que existem entre algumas pessoas que são caras para mim. Ficar de um lado é excluir o outro e vice versa. Parece que entrei no dilema do próprio Arjuna quando percebe que deve guerrear contra os parentes.

            Dessa forma Deus usa o Baghavad Gita para a minha instrução. Não devo ficar iludido pelo orgulho, não posso ficar envaidecido e me achar dono da natureza material, das vontades e desejos de cada um. Devo me livrar da ilusão do orgulho, do falso prestígio, de querer honras e de ser obedecido. Sei que vim para esse mundo para permanecer por pouco tempo e então ir embora, não posso ter a falsa impressão de que sou o senhor do mundo.

            Sei que esse conflito que existe em minha parentela, em pessoas que tanto amo, tem origem no orgulho. As pessoas consideram que o planeta pertença à sociedade humana, e não que seja uma escola para o nosso aprendizado do amor. Então, pensam em dividir tudo sob a falsa impressão que são proprietários de coisas e pessoas.

            Não posso entrar dentro desse conceito errôneo geral, e então Deus vem em meu socorro e coloca uma lição de forma indiscutível com esse verso do Baghavad Gita. Mostra que devo me livrar dessa ideia forjada nos laboratórios da família nuclear, das falsas alianças familiares, sociais e nacionais. Essas alianças podem me atar a este mundo material, tenho que ter esse cuidado. Devo desenvolver o conhecimento espiritual e procurar conhecer aquilo que é realmente meu e aquilo que não me pertence. O que é realmente meu é o amor que eu aprendo e os sentimentos que tenho a partir dele; o que não me pertence é tudo que está neste mundo material e ilusório e o sentimento das outras pessoas, que só a elas dizem respeito e que elas possuem o livre arbítrio para os direcionar para onde achem conveniente. Caso eu adquira essa verdadeira compreensão das coisas e das pessoas eu me livro das concepções duais ilusórias e repentinas, tais como felicidade e sofrimento, prazer e dor, pois ligadas à fugacidade da matéria ou dos corpos, jamais atingirei a plenitude que o Pai espera de mim.

Com esta lição do Pai, compreendi que não posso me envolver com esses conflitos domésticos patrocinados pelo orgulho e que devo me render à Sua vontade e não a desejos, conflitos e preconceitos materiais. Darei a minha opinião de como melhor desenvolver as ações para que a data do meu querido irmão seja bem aproveitada por todos, mas não estarei presente em qualquer solução que eu veja prevalecer o orgulho em detrimento da humildade. Não terei condições de tolerar a exclusão de qualquer pessoa, sob nenhum argumento fora da caridade.

Agradeço ao Pai, pois antes da dúvida se cristalizar na minha consciência, Ele me orientou, tal como fez com Arjuna, a melhor ação a realizar.  

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em 20/08/2013 às 08h30
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19/08/2013 05h52
MINHA MISSÃO

Todos os seres vivos tem uma missão à cumprir de acordo com a vontade do Criador. Muitos deles a realizam de forma inconsciente e segue simplesmente a lei da natureza, a lei do Criador. Nós, homens, adquirimos um grau de consciência que pode nos dar a ciência do bem e do mal e que podemos agir de acordo com a nossa vontade, com o livre arbítrio, mesmo que não seja da vontade de Deus.

Esta é a minha característica enquanto humano, tenho uma mente poderosa comparada aos seres vivos do meu conhecimento, capaz de usar a lógica no conhecimento da verdade e elaborar um roteiro de vida mais coerente com minhas necessidades e projetos.

Assim, depois de muitas elucubrações ao longo da vida, construí um paradigma que reconheço como a vontade de Deus para a minha atual existência. Reconhecendo também a autoridade de Jesus como um divino Mestre, digno representante da vontade de Deus, procuro aprender seus ensinamentos e os aplicar com a máxima pureza possível, sem sair dos seus ditames e cumprindo com fidelidade a lei do amor, o Amor Incondicional.

Esse rigor no cumprimento da Lei do Amor levou-me ao confronto com as normas culturais que estão alicerçadas nas inspirações do amor romântico, que gera famílias nucleares, cheias de egoísmo, exclusivismo e ciúme, mas que são a base da sociedade atual.

As lições de Jesus e dos profetas que o antecederam, que ajudaram na construção desse tipo de família, teve o objetivo de retirar o homem da barbárie, da lei do mais forte, incluindo limites rígidos para o comportamento, para o respeito da mulher e dos filhos, principalmente. Mas agora, se queremos aplicar com profundidade a lei do Amor Incondicional em todos os nossos relacionamentos, a família nuclear como está construída terá que passar por sérias reformulações, e se quisermos estar coerentes com os nossos anseios, com a justiça divina e respeitar a Lei do Amor, um novo tipo de família deverá ser construída com base na inclusividade e na fraternidade para com todos, formando a base da família universal, do Reino de Deus.

É neste ponto que Deus me coloca. Ele me prepara ao longo do tempo para que eu reformule a família nuclear que cheguei a construir, que eu a amplie abrindo a possibilidade de incluir outros afetos quando assim for conveniente à Lei do Amor. Quebro assim a o exclusivismo e o ciúme característicos do amor romântico e aplico a inclusividade e a fraternidade característica do amor incondicional. Tornei-me assim o porta-voz dessa nova forma de relacionamento e com ela um paradoxo: se por um lado eu construo uma aura de amor e fraternidade que me deixa desejado, por outro lado quem mais se aproxima de mim e que desperta nessas pessoas os sentimentos do amor romântico, logo passam a mostrar o ciúme e exigir exclusividade para o relacionamento que quer consolidar comigo. Nada mais incompatível! Por mais que eu também seja sensível ao amor romântico e esteja sentindo os seus efeitos, sempre eu considerarei esses sentimentos românticos subordinados ao amor incondicional e que na essência não permite o ciúme nem a exclusividade. Portanto, eu posso amar profundamente uma pessoa com base no amor romântico, que atende aos desejos da carne, mas o preparo que adquiri com a aplicação do amor incondicional, que atende a vontade do Criador, sempre terá a prioridade nas minhas ações.

Esta é, de forma resumida, o ponto de vista da minha atual condição de vida. Procuro construir relacionamentos com base no amor incondicional, mesmo não tendo encontrado até o momento nenhuma parceira que pense integralmente dessa forma. Mesmo que achem esse paradigma de vida superior, que acreditem que seja o caminho evolutivo para a formação do Reino de Deus, não conseguem sair do padrão do amor romântico e isso gera um confronto, passamos a sofrer as consequências disso: sou expulso da convivência ou evito relacionamentos quando esse confronto passa a comprometer a harmonia da vida, que é a essência que o amor incondicional sinaliza.

Hoje eu pago o preço dessa obediência à vontade de Deus como Ele colocou em minha consciência: tenho tanto amor para dar, tenho tantas pessoas que poderiam dividir esse amor comigo, desejo tanto ter alguém ao meu lado, mas moro sozinho, pois quem de mim se aproxima não consegue tirar do coração o ciúme e o exclusivismo do amor romântico, não conseguiremos conviver harmonicamente.

Sei que apesar de todo esse esclarecimento ainda tem pessoas que sofrem devido querer estar junto de mim e não aceitarem como uma verdade divina o amor incondicional assim como Deus me faz compreender. Procuro ser o mais transparente possível nos meus pensamentos, sentimentos e pensamentos, para evitar que alguém inadvertidamente se envolva comigo e inocentemente passe por esse sofrimento. Porem, não posso negar a ninguém esse direito, de quando a Lei do Amor permitir, se envolver intimamente comigo, mesmo sabendo que irá sofrer esse tipo de padecimento. Sei que eu também sofro com tudo isso, mas eu estou amparado na consciência de que faço a vontade de Deus e que até agora nenhum argumento sólido modificou a forma do meu pensar, pelo contrário, cada vez mais ele se consolida, tanto com as leituras, filmes ou quaisquer formas de comunicações, principalmente pelas intuições.

Com tudo isso, ainda reafirmo: a minha mente continua alerta e avalia cada informação ou crítica que recebe, se há coerência com a Lei do Amor que tanto defendo, se vai de encontro a vontade Deus do ponto de vista da racionalidade. Afinal de contas, tudo isso que construí tem muito de fé, mas de uma fé racionalizada, que sabe que deve se dobrar às evidências da verdade.

Que Deus me instrua sempre dentro de Sua verdade e da Sua vontade, e quando minha mente não puder articular uma explicação mais coerente, que Ele disponha de um de Seus filhos, meu irmão, para que possa colocar os argumentos suficientes e necessários para a correção de pensamentos e ações que se façam necessários.

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em 19/08/2013 às 05h52
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18/08/2013 09h23
A INÉRCIA

            A inércia é algo perigoso, algo que nos deixa presos dentro de um hábito e que oferece resistência a sua mudança. Mesmo que tenhamos já atividades positivas, que sejamos trabalhadores, mas achamos que devemos ter ações em outro sentido, aí surge a ação da inércia, colocando dificuldades para que isso se realize.

            Tenho a plena convicção dessa força dentro de mim e que se torna aliada a preguiça que eu identifico e que muitos não percebem e nem aceitam. Tenho a sensação de que, apesar de todo o trabalho visível que eu faço, frente a Deus eu ajo com mediocridade. Eu poderia orar mais, ter mais intimidade com Deus e com os espíritos mais adiantados que eu no domínio e expressão do amor; fazer atividades de caridade com mais espontaneidade e criatividade; ser mais ousado na evangelização dos irmãos que ainda não conhecem o projeto de Deus para nossas vidas; organizar melhor o relacionamento com os meus filhos, companheiras, parentes e amigos; comer melhor qualitativa e quantitativamente; fazer mais exercícios...

            Tenho uma série de modificações prontas a serem feitas, sei que são importantes e que estão dentro do projeto que Deus tem para mim. Porém não consigo vencer a inércia de forma suficiente para deixar a minha consciência tranquila. Sou desafiado por Paulo, que bem mais maduro em sua caminhada espiritual, humildemente declarou:

 “Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo. Consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta pela frente, persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo.” (Filipenses, 3: 12-14).

Também fui conquistado por Deus e aceito a liderança de Jesus Cristo como espírito mais perfeito e mais próximo do Criador. Sei das responsabilidades que tenho pela frente e dos erros cometidos no passado. Meus erros são tão graves quanto os de Paulo, que chegou a matar os irmãos (apedrejamento) em função dos seus equívocos religiosos; também cheguei a matar meus irmãos (aborto) em função dos meus equívocos acadêmicos. Também como Paulo eu prescindo do passado e procuro focar nas ações que devo fazer no futuro. Mas não tenho a competência que Paulo tinha de vencer essa inércia, de mudar do que fazia para o que precisava fazer.

Sei que para vencer a inércia eu tenho que vencer a sua principal base que é a preguiça. Assim, volto a focar a minha grande adversária existencial. O tempo vai passando e ela sorrindo, sentindo que está vencendo a guerra. Até agora, com 60 anos de vida, ainda não consegui colocar com clareza e transparência o meu pensamento para a sociedade, mostrar qual é o meu objetivo nesta atual vivência e defender o projeto de Deus escrito na minha consciência.

Jesus aos 30 anos começou a Sua vida Pública, o dobro da idade que tenho. Ele havia trabalhado como carpinteiro junto do pai até essa idade. Sua vida pública tem início com Seu batismo no rio Jordão por João Batista. O Batista hesita, pois reconhece a superioridade espiritual de Jesus, mas Jesus insiste e recebe o batismo. Então vem sobre Jesus o Espírito Santo e a voz do céu proclama: “Este é o meu filho bem-amado.”

Jesus, dentro de Seu projeto, passa a dizer explicitamente que Ele veio para anunciar o Reino, que essa era a Sua missão. Disse ainda que a lei e os profetas duraram até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus... (Lucas, 16: 16).

 Sinto que estou muito atrasado na realização de minha missão, mas talvez esse tenha sido mesmo o projeto de Deus. Eu deveria adquirir todos os recursos para a minha missão diretamente do mundo material, das lições acadêmicas, do confronto dos desejos com a justiça. Nada de “maravilhoso” se deu na minha educação, foi somente a lógica lidando com os diversos fragmentos da verdade que surgiam na minha consciência que formaram o paradigma que considero hoje como vontade de Deus.

Considero o início da minha vida pública no sentido espiritual, com a minha festa de aniversário dos 60 anos. Foi aí que eu disse explicitamente para uma grande plateia qual era o meu objetivo principal na vida e citei as “bem aventuranças” como um roteiro a seguir sob a liderança de Jesus. Não houve uma pomba branca sobre a minha cabeça a dizer que eu era o filho bem amado de Deus, claro que não tenho esse merecimento, mas um amigo de forma espontânea pediu a palavra e fez uma descrição de quem era eu. No canto dos parabéns foi incluída a oração de São Francisco e senti que eu estava mais no mundo espiritual que no material. Senti que a partir desse momento eu deveria vencer a inércia e mostrar o sentido da minha missão na comunidade.

Continuando no paralelo com Jesus, já que eu tive o dobro da idade dele para considerar o início da minha missão, e como Ele realizou o seu trabalho público em 3 anos, considero que eu deva ter o dobro de anos, 6 anos, para o cumprimento de minha missão. Já estou completando um ano ainda não consegui vencer a inércia! E qual a minha missão? Tenho colocado em diversas ocasiões qual é essa missão, alguns já devem saber, talvez de forma incompleta... não sei bem. Mas eu procurarei colocar aqui de forma bem explícita, pelo menos para o pequeno número de leitores desse diário o caso será bem esclarecido. Como o tempo e o espaço não comporta mais esse esclarecimento para hoje, deixarei para postar amanhã.

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em 18/08/2013 às 09h23
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17/08/2013 00h31
SAIGON, 1952

            Estava trabalhando meus textos e coloquei um filme para assistir na Netflix, “O americano tranquilo”. Logo na abertura ao descrever os créditos, falou da origem e data: Saigon, 1952. É o ano do meu nascimento. Pensei de imediato que deveria dizer alguma coisa para mim. Então me preparei, enquanto o filme carrega, coloco o que ele transmite neste texto.

            No inicio é descrito a natureza bucólica da região, a guerra, as drogas, o prazer, a mulher, um destino... Fala de um americano tranquilo que foi morto, esfaqueado... mas que era um amigo.

            A partir daí o filme entra em retrospectiva e o jornalista rememora sobre o americano tranquilo, traça considerações sobre salvar um pais ou salvar uma mulher... fala da liberdade do povo...

            Ele é médico, Pyle, dança muito mal... Ela é Phuong, que significa Fênix, dança muito bem...

            Pyle vai para a frente de guerra encontrar o repórter, para dizer que ficou apaixonado por sua garota, sua amante. Achou que devia falar isso para ele antes de falar para ela, e se ambos fossem casados ele na agiria assim, esqueceria tudo.

            O jornalista volta para Saigon e encontra a cidade tomada por um novo partido. Pyle coloca para o jornalista o dilema de Phuong, se ela ficar com ele, e como ele já é casado, ela nunca vai poder casar com um vietnamita. O jornalista acredita que ela não precisa casar, pois está com ele.

            Pyle promove uma reunião dos três e declara seu amor a Phuong de forma humilde e respeitosa sob o olhar irônico do jornalista. Os ânimos terminam exaltados e Phuong prefere ficar ao lado do jornalista. Pyle vai embora com o seu cão e o jornalista resolve pedir o divórcio à sua esposa.

            Apesar de tudo isso Pyle salva a vida do jornalista e leva um vinho para a sua recuperação, logo que chega a resposta, a esposa negando o divorcio. Mas o jornalista mente e Phuong inocentemente se joga em seus braços cheia de alegria. A mentira não dura muito, logo todos confrontam o jornalista com sua mentira e Pyle diz que isso não é amor. Ele tem razão, a sua forma de amar, de deixar o ser amado nos braços de outra pessoa se assim ela o desejar, é infinitamente maior que a forma egoísta do jornalista, que pretende manter a relação inclusive com mentira, com o engano da boa fé da pessoa amada (?).

            Mas Pyle tem uma atividade política perigosa, ele apoia uma facção militar que quer tomar o poder com ações de terror e isso o deixa fragilizado moralmente. A morte de inocentes serve de motivo para ele desestabilizar os seus adversários. Forma-se então um paradoxo, um modelo na vida individual, no amor por uma mulher, e o equivoco nas ações políticas, coletivas.

            O jornalista termina por se reerguer moralmente quando não compactua com essa situação e termina por participar indiretamente do assassinato de Pyle. Faz az pazes com Phuong e decide não mais voltar a Londres, para a sua esposa.

            Termina o filme de forma melancólica, o jornalista ao lado de Phuong, mas sentindo que tem de pedir perdão a alguém pelo que aconteceu.

            Fica a lição de que devemos primar por comportamentos éticos em todas as dimensões, individual e coletiva. Mais ainda, a dimensão coletiva ainda deve ter prioridade frente os interesses individuais, pois é nessa direção que o Divino Mestre nos ensinou, retirar o egoísmo de nossos corações e nos preparar para a Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/08/2013 às 00h31
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