O médium é uma pessoa que desenvolveu, por algum mecanismo ainda não bem conhecido, a capacidade de se conectar com o mundo espiritual, com as personalidades que passaram pela Terra e voltaram ao lar principal. Possuem uma espécie de antena para a percepção e registros que são ignorados pela maioria da população. Esses registros podem ser de natureza angustiosa, de temores e inquietações, conforme o estado psíquico de quem os emite.
O conhecimento atual que estamos desenvolvendo sobre essa aptidão psíquica da mediunidade, envolve o cérebro, a glândula pineal e os chacras frontal e coronário. O funcionamento dessas estruturas sob o protagonismo do Espírito gera a mente inferior que mantém a conexão por canal mental com a mente superior, onde se localiza o Eu espiritual.
Quando o médium está em atividade, que percebe os sentimentos e emoções dos seres desencarnados, pode sentir medos injustificados ou um tipo de isolamento afetivo, que era característica do ser espiritual que fez comunicação consigo.
Podemos fazer uma comparação entre o trabalho que fazemos aqui, no mundo material, com aquele realizado no mundo espiritual. No mundo material temos o serviço espalhado nas diversas profissões, médico, enfermeiro, assistente social, servente, etc. no Centro Espírita também temos uma divisão de tarefas, palestrantes, diálogo fraterno, passista, dirigente, etc.
Como em qualquer serviço, também vamos observar as consequências do que fazemos. No Hospital devemos ter cuidado com as infecções, com o lixo hospitalar; no Centro Espírita devemos ter cuidado com os espíritos obsessores, falsificadores, que trazem seus miasma para a nossa mente. Vamos verificar que de um lado ou do outro, iremos participar do suor do serviço que executamos, experimentar o esforço do auxílio que oferecemos, e sintonizar nas faixas do ser amado, sentindo a mesma vibração que ele sente (empatia).
Em função dessas dificuldades e sofrimentos no trabalhos espiritual, surgem alguns mitos. Pensam alguns que as tarefas mediúnicas desenvolve psicose nos médiuns, que as desobsessões libertam os doentes mas adoece os médiuns. Até mesmo imaginam que os médiuns operantes no intercâmbio com desencarnados em lamentável estado, conservam os trejeitos e desequilíbrios dessas almas, tornando-se exóticos.
O conhecimento deve ser adquirido como forma de prevenção aos desequilíbrios. Deve ser estudada a doutrina que o médium professa, conhecer os antídotos preventivos (orações), e saber dos medicamentos para manter o equilíbrio (servir ao próximo).
Os médiuns também podem entrar em desalinho mental, e tendo o conhecimento da doutrina espírita, isso muito contribuirá para a percepção do lar-escola, do hospital-escola, e até do santuário-escola.
Para estar habilitado ao serviço espiritual com a mediunidade, é preciso que pratique exercícios morais (falar sempre a verdade, por exemplo), estudos metódicos, serviços de amor e mediunidade socorrista.
Lembremos das lições de Jesus, considerado o médium de Deus: mostrou vários exemplos de desobsessão, inclusive uma legião de espíritos que Ele fez que entrassem nos porcos e se jogassem no mar. Também há registros da conversa dEle com os espíritos de escol do mundo espiritual, como Moisés e Elias.
Tudo isso nos mostra que somos cidadãos de dois mundos, o material e o espiritual, apesar de quando estamos encarnados no mundo físico, percamos a memória do conjunto, como acontece quando dormimos e não sabemos do que acontece na vigília.
Tenho dúvidas quanto à existência das almas gêmeas. Um texto de autoria de Emmanuel/Chico Xavier, vem alimentar as minhas reflexões, pela autoridade espiritual de ambos personagens.
Será uma verdade a teoria das almas gêmeas? ...
No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.
A atração das almas gêmeas é traço característico de todos os planos na Terra? ...
O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas. Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiência e das provas, no caminho infinito do Tempo
A ligação das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida. Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.
A união das almas gêmeas pode constituir restrição ao amor universal?
O amor das almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.
Perante a teoria das almas gêmeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?
Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efetue com a alma gêmea da sua, muitas vezes distante da esfera material.
A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas. A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.
Os Espíritos evoluídos, pelo fato de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?
Os Espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afetivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.
A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.
Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?
A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos de vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe a vontade no cumprimento do dever, bem como orientá-lo sobre a realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum. Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.
Esse texto traz informações que me levam a refletir de outra maneira. Penso que as almas gêmeas não existem, que cada um deve fazer um esforço próprio para a sua evolução espiritual, sem ter a noção ou a expectativa desse acoplamento com uma alma gêmea.
Existe uma área de conflito, pois entendo que Deus haja criado os espíritos simples e ignorantes, e a ideia da alma gêmea parece trazer uma incoerência; o espírito não seria mais simples, estaria associado a outro espírito, que deveria busca-lo nos longos caminhos da evolução.
Também entendo que isso deve ser mais aplicado no mundo espiritual, onde não haja a influência sexual, como acontece aqui no mundo material, onde a alma gêmea tem a conotação de sexo oposto para uma simbiose completa, física e espiritual.
Enfim, o texto mostra a nossa ignorância universal, inclusive neste campo da teoria das almas gêmeas. A atitude mais coerente é ficarmos atentos para novas informações que devem surgir para que possamos reforçar uma ou outra posição, e se formos indagados sobre essa questão, dizermos que estamos ainda estudando para a tomada de uma posição definitiva, mesmo que nossa tendência atual seja tal ou qual, como a minha que é pela inexistência da alma gêmea.
Isso não implica que não possamos encontrar almas bastante sintonizadas com a nossa, mas que não chega aos 100%, como é o que fica implícito com a alma gêmea.
O Projeto Foco de Luz e a Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) participaram pela segunda vez, no sábado, dia 26-05-18, da Caminhada pela Paz proposta pela Igreja Católica, paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, que abrange a Capela de Santana e São Joaquim, que fica dentro da comunidade, ao lado da Escola Municipal Laura Maia, onde a Caminhada teve início.
O Departamento de Medicina Clínica (DMC) situado dentro do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), foi quem mais se envolveu nesta atividade, nas pessoas dos secretários, Damares e Daniel. Conseguiram diversos patrocínios, inclusive camisas doadas que com a venda reforçaram o caixa da AMA-PM.
Às 16h, após a oração feita pelo Diácono Márcio e o alongamento orientado pelo educador físico Miltão, a Caminhada teve início pelas ruas da comunidade, por mais estreitas que fossem, usando carro de som para informar sobre o evento e tocar canções evangélicas pertinentes, até chegar ao ponto final, na Praça Maria Cerzideira.
Fica aqui a reflexão sobre o objetivo a ser alcançado por atividade tão trabalhosa, com degaste no tempo e nas finanças. Tinha a finalidade de levar a mensagem de Jesus Cristo sobre a Paz e o Amor em tempos tão conturbados pela violência. Mas será que essa mensagem tenha chegado aos ouvidos ou visão dos principais necessitados dela? Mesmo tendo chegado, será que foi capaz de provocar dentro da intimidade de suas almas algum movimento de arrependimento pelo mal do qual é vítima ou algoz?
E nós, que vestindo as camisas, cantando e caminhando, estávamos realmente fazendo a vontade de Deus? Gastamos os nossos recursos e o recurso dos nossos apoiadores dentro de uma causa realmente necessária ao olhos do Pai?
Sempre que estou envolvido nessas atividades dentro da comunidade, que tem uma natureza evangélica, fico a refletir se esse esforço não poderia ser melhor empregado? Não poderíamos fazer uma atividade mais pontual, com as pessoas que estão em situação de risco e até de miséria social, envolvidas com o crime, drogas, prostituição? Será que essa atividade trouxe benefício a essas pessoas, ou apenas a percepção de um grupo em atividades, falando de um Jesus que pode ser encontrado dentro de qualquer igreja cristã e até mesmo fora delas, dependendo da fé que se tenha?
Pois é justamente esse o objetivo, vem agora à minha mente. Estivemos semeando dentro da comunidade as lições do Evangelho, que não sabemos em que tipo de terreno, fértil ou árido foi recebido. Se a mensagem teve a capacidade de ser implantada na consciência de quem ouviu, e foi capaz de germinar para dar os seus frutos. Afinal, todos que estivemos nessa caminhada, fomos os semeadores e um dia também fomos o terreno fértil onde essa semente se instalou e agora estamos dando o fruto com essa Caminhada, que por sua vez poderá ser consumido e gerar novos frutos adiante.
A compreensão da atividade que fizemos dessa forma, sabendo que não posso mensurar de imediato a quantidade de corações que foram semeados com bom potencial, que talvez nunca venhamos a saber dos frutos que por nossa causa foram semeadas as sementes hoje, e amanhã poderão estar sendo oferecidos novos frutos à comunidade, de alguma forma, como hoje fizemos nós, é o que me dá uma melhor conformação.
Mesmo porque, jamais iremos saber a totalidade do pensamento de Deus. O máximo que podemos fazer é seguir as intuições que cada um de nós recebemos e que temos coragem de colocar em prática, quando verificamos que estamos sintonizados com as lições do Evangelho. Não importa que sejamos os protagonistas de determinado evento, ou mero colaborador. O que nos importa é a boa vontade de colaborar dentro daquilo que percebemos a sintonia com a vontade do Pai.
Nossos relacionamentos humanos são cheios de afetos e desafetos. Em um momento estamos encantados por alguém, compreensivos, apaixonados; em outro momento, desinteressados, irritados, intolerantes.
Esse fluxo de sentimentos e emoções se torna uma constante em nossas vidas e por trás deles existe um direcionamento dos afetos que fazem nos aproximar ou distanciar de uma convivência harmoniosa. É como se fosse o mar com seus momentos de enchimento (preamar) e de esvaziamento (baixa-mar) das marés, mas sempre, por cima, os movimentos das ondas que quebram nas areias da praia e logo retornam para o seio das águas profundas.
Assim são nossos sentimentos direcionados as pessoas, como marés, principalmente aquelas que estão mais próximas cujos afetos quebram, como ondas, nos relacionamentos mais íntimos, principalmente os sexuais.
Lembro com nostalgia de todos esses movimentos feitos por meus sentimentos ao longo de minha vida. Quantas pessoas das quais me aproximei com as marés dos meus sentimentos; quantas ondas foram quebradas, algumas com tanta energia, nos gestos românticos, abraços fraternos, beijos “calientes”, trocas de fluido, e logo depois... vem o afastamento, os gestos físicos de raiva, palavras de críticas, troca de insultos e até agressões verbais e físicas.
Minhas lembranças das marés cheias trazem saudades imorredouras ao meu coração, que nem mesmo os momentos de ressaca, de marés baixas, conseguem apagar. Às vezes me pego nos sonhos, a fazer movimentos de maré cheia com algumas pessoas especiais. Noto toda a coreografia social da aproximação afetiva, dos gestos românticos que parecem ressuscitar por trás do esquecimento dos ressentimentos.
Ao acordar vejo que, por mais que eu direcione meu coração para os momentos de maré cheia, de aproximação afetiva, jamais as ondas quebrarão como antes quebravam nos nossos corpos incendiados pela paixão.
Ao encontrar com a pessoa afastada, que antes fora tão aproximada e que hoje apenas sonho com farelos de nossos afetos, vejo que o Amor é o grande artífice dos meus sentimentos, que não deixa prosperar nos meus pensamentos nenhuma memória dos momentos difíceis, e sim, como registrados no mármore, todos os momentos de romantismo que encantaram nossas vidas em algum momentos de nossas existências.
Evitemos contender, litigiar, brigar, mesmo que nominalmente sejamos convidados ao debate. Isso quase sempre representa semeadura de espinhos para colheita de aflições futuras. Da discussão nem sempre nasce a luz, pelo contrário.
Raramente a discussão é mantida no alto nível da exposição serena. Os discutidores quase sempre são inseguros sobre o que debatem, personalistas, impõem opiniões não amadurecidas, não pensadas, mas defendidas com vigor e entusiasmo apaixonado.
Contender é diferente de esclarecer. Raros são aqueles que conseguem terminado o debate, guardar a paz íntima, e alinhar o equilíbrio das emoções. Quase sempre a contenda deixa fel nos lábios e desorganização mental, entorpecendo os centros de discernimento. Geralmente conduz os discutidores ao auto envenenamento absorvendo altas doses da ira ou da cólera imprevista.
Esclarecer significa examinar com calma a questão, expor o assunto e deixar a mensagem. Reserva ao outro o direito de digerir o conceito, aceita-lo ou não. Se alguém aceitar nos ouvir, isso deve nos alegrar, mas, a recusa não deve nos magoar.
Elucidar uma questão é também ocasião de aprender, de raciocinar na medida mental de quem escuta, conseguindo novas conclusões resultantes dos esclarecimentos examinados.
Em contendas, pelo contrário, consomem-se energias na inutilidade do debate, desarmonizam-se os painéis mentais, florescem as disputas em favor do personalismo, e intensificam-se as animosidades.
Geralmente existe uma disposição combativa dentro de cada um de nós, que é adquirida nas lutas da vaidade, que gera o clima de rebeldia, predispondo a violência. Devemos silenciar a palavra dura que leva ao debate quando sentimos que o argumento da serenidade está recusado. Por que se envolver em tão ásperas disputas, se amanhã as opiniões podem ter mudado?
O nosso objetivo deve sempre ser o de ajudar, não de vencer. Vencer deve ser o apelo principal para vencermos a nós mesmo. O homem que sabe e compreende a relatividade das coisas, que conhece o incomensurável do que ignora, silencia para meditar, examina para aprender melhor, e quanto mais sabe, mais se compenetra de humildade.
Ajudar ao nosso próximo evitando as contendas não constitui um fardo, quando compreendemos que esse próximo é nosso irmão, e melhor ainda, quando intuímos que estamos ao serviço de Deus, ajudando o nosso próximo, percebendo que isso não é um fardo, e sim uma honra.
Os homens superiores desenvolvem essa compreensão, ignoram os triunfos sobre os outros, em contendas, preocupados que estão em se superarem. Fiscalizam as palavras e mantém a serenidade para que o verbo exale o aroma da sabedoria e da compreensão.
O imperador e filósofo romano Marco Aurélio, já dizia que “o homem comum é exigente com os outros, enquanto o homem superior é exigente consigo mesmo.
Finalmente, lembremos das lições do Mestre, que nunca procurava tergiversar com o adversário que aqui e acolá se fazia presente em sua vida. Até mesmo diante da autoridade do governador Pôncio Pilatos, que lhe perguntava se ele era o Rei dos Judeus, quando os sacerdotes judeus o estavam acusando com intenção de matar através de Roma: “Tú o dizes. Meu reino não é deste mundo”. E silenciava. Não entrou em debates reconhecendo a inconveniência, a incapacidade do interlocutor de alcançar a dimensão do que ensinava. Deixou apenas o norte para que houvesse reflexão e a consciência de cada um pudesse ser acionada no reconhecimento da Verdade, por mais distante que estivesse dos conhecimentos ou dos interesses de quem lhe rodeava.