A evolução humana também acontece dentro do arcabouço científico, que atualmente é conduzida pela instituição universitária. O corpo acadêmico universitário usa a ciência como uma das principais ferramentas em busca da verdade, em busca do conforto, fraternidade, paz, justiça e felicidade do homem dentro da sociedade. E assim, dentro dessa busca, encontra os ensinamentos de Jesus de Nazaré, o cognominado Cristo.
O Cristo ensinava que vinha em nome de Deus, que dizia ser o seu Pai, para ensinar a prática do amor incondicional e assim capacitar cada pessoa a ser cidadão do Reino de Deus, a partir da transformação do seu próprio coração. A partir daí, com um número suficiente de pessoas transformadas em cidadãos do Reino de Deus, poderíamos construir esse Reino dentro da coletividade, com origem na individualidade.
Essa ideia do Cristo que começou a ser implementada há dois mil anos quando ele estava entre nós fisicamente, parece ser um caminho lógico para alcançarmos um grau evolutivo maior, superando os instintos e desejos da animalidade que é uma característica da nossa formação biológica, naturalista.
A Universidade, que contribui com tantos saberes e tecnologias, tem o compromisso institucional de implementar qualquer ideologia que se mostre eficiente (modo de executar uma tarefa com qualidade, competência, excelência, com nenhum ou com o mínimo de erros) e eficaz (fazer o que é certo para atingir o objetivo inicialmente planejado) em elevar o grau evolutivo da humanidade na busca utópica (?) da perfeição e da felicidade. A ideologia cristã aponta para esta meta, e a Igreja Católica Apostólica Romana como a instituição fundada pelo próprio Cristo, baseada na doutrina ensinada pelos próprios apóstolos do Cristo, deve ser a principal instituição a ser consultada pela Academia, pela Universidade, em busca dessa eficácia.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) já desenvolveu dois eventos de Extensão Universitária, em 2019 e 2020, com esse propósito de encontrar o caminho mais eficaz na construção do Reino de Deus. Em 2021 estamos com o mesmo propósito e de sermos mais eficazes. O projeto já está aprovado pelo Departamento e demais setores burocráticos da UFRN, e continuo a pesquisar as redes sociais para ver quem de fato pode contribuir. Observei que devo focar nas pessoas que estão mais debruçadas sobre os estudos da ideologia cristã com mais pureza, que podem orientar a prática sem as distorções que o meio social pode provocar. Encontrei algumas pessoas com esse perfil (Pedro Affonseca e Álvaro Mendes, presidente e vice, respectivamente, do Centro Dom Bosco; Frederico Viotti, do Instituto Plinio Correia de Oliveira; Padre Paulo Ricardo; Frei Tiago de São José; e Professor Sidney Silveira) as quais enviarei este texto para ver a possibilidade de reunirmos remotamente e planejarmos o nosso evento universitário ainda este ano, como está definido no projeto.
Também pedi a consultoria para o projeto do meu colega de departamento, professor Ivanor, psiquiatra, católico, para dar a sua opinião acadêmica, a partir deste texto.
Deixo abaixo os dados para o meu contato, de forma transparente, para quem tenha o merecimento de ver e contribuir para a eficácia que desejamos.
Francisco das Chagas Rodrigues – DMC/CCS/UFRN
rodrigus@ufrnet.br / rodriguesdmc@gmail.com
(84) 99983-9228 (zap)
Encontrei uma fala publicada na internet em setembro, de um médico que se encontrava arrodeado por seus pacientes. Mostrava simplicidade na leitura de trechos da Bíblia, mas com uma interpretação que ajuda a reforçar nossos paradigmas no sentido de ajustá-los com a realidade de nossa criação e missão. Vejamos:
Bom dia. Que a paz do Senhor esteja com você.
Ontem à noite me fizeram um questionamento. Falaram assim: eu não sei qual a origem do senhor, mas eu gosto muito da maneira como o senhor trata os seus pacientes, sejam eles de origem rica ou origem pobre. Foi um elogio. Mas vamos conversar sobre a origem.
No livro de Gênese, no primeiro capítulo, diz que o Senhor lançou a semente na terra para que se produzisse a vegetação. Podemos fazer uma analogia sobre isso. Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” Ali só existia Deus, mas o façamos indica que a Trindade já queria tratar conosco. Pela natureza que somos constituídos, é necessário um Criador, um Salvador e um Conselheiro.
Mais adiante diz assim: “E Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança; à Sua imagem e semelhança Deus o criou.”
No capítulo 2 de Gênese diz assim: “Deus criou o homem, soprando Seu espírito nas suas narinas, transformando-o em ser vivente.”
Deus primeiro nos criou para depois nos formar. E como foi que Ele nos criou? Soprando o Seu espírito em nossas narinas. Deus colocou para fora o que Ele tinha dentro. Essa é a nossa origem, criados por dentro de Deus. Nós podemos afirmar isso, porque a nossa natureza humana um dia volta para o pó, mas o nosso espírito volta para Deus. Porque a nossa origem, estamos na carne, mas somos espírito; estamos na Terra, mas somos do Céu.
A nossa origem não é ser rico ou ser pobre, não é nosso pai nem nossa mãe nem nossa família. A nossa origem é Deus. Nós não somos, pelo grau de escolaridade que temos, pela formação que temos, pelo emprego que temos ou pelo salário que temos. Isso é oportunidade que é dada à nossa natureza humana. Mas a nossa origem é Deus. Por isso aproxima da palavra e entenda, que nós devemos incessantemente buscar o espírito. Quando buscamos o espírito Santo em conhecimento nós temos a intrepidez para falar do amor de Jesus, passamos a ter uma vida em oração e passamos a dar frutos do espírito.
Quando nós damos frutos do espírito nós recebemos dom de Deus. E esse dom é dado de acordo com a vontade do Senhor, e sabe qual é o propósito desse dom? É edificar a igreja do Senhor na Terra. E sabe quem é a igreja? Somos nós aqui, porque Igreja vem da palavra grega, eclesia (Assembleia de cidadãos livres. Foi adotado pelos autores do Novo Testamento e empregado para referir a uma Nova Aliança do povo de Deus. Com o passar do tempo, a palavra grega adquiriu um novo significado: edificação dedicada ao culto religioso), chamado para fora.
Explicando melhor... agora minha natureza humana vai tratar da natureza humana destes pacientes aqui. Uns vão tomar choque, outros vou esquentar, outros vou congelar, outros vou manipular, outros vou exercitar, mas, acima de tudo vou falar de nossa origem que é Deus. Essa é a nossa origem.
Fiquemos atentos a isso e não perca a sua oportunidade. Não se preocupe se o homem não acredita na sua transformação, se o homem não acredita no seu ministério. Você é forte, feliz, próspero e vitorioso, pois esta é a tua origem. Tua origem é Deus.
Então aproveita essa oportunidade. Fale do amor de Cristo, valoriza a tua origem e faça circular este vídeo , porque estamos em setembro que é considerado o mês de combate ao suicídio. Leve ao conhecimento das pessoas a origem que nós temos, que a nossa origem é Deus.
Que Deus abençoe o nosso dia em nome de Jesus!
A fala traz um jargão religioso forte, mas com ênfase na nossa origem, e de posse desse conhecimento alcançar a compreensão da forma de agirmos no meio social, onde nos destacamos por nos distanciar dos meros interesses materialistas.
Em plena crise da Igreja Católica, onde o Modernismo entra dentro do comportamento do clero e faz guinar a ideologia cristã para o marxismo, para as ideologias de esquerda, comunismo e socialismo, fico a pensar no que aconteceu há 2000 anos, quando o Cristo ensinava e curava entre nós.
Existia naquele momento um movimento parecido com esses movimentos atuais de revolta, característicos do socialismo/comunismo, liderados por uma personalidade agressiva, perversa, que não se importava em matar para alcançar seus objetivos de libertação do povo judeu do jugo romano. Essa pessoa era Barrabás, e teve oportunidade de se encontrar com o Cristo e convidá-lo para sua luta, pois com os poderes que Ele demonstrava ter como filho de Deus, certamente a vitória seria alcançada. Jesus o dissuadiu de tal intento, pois esta não era sua missão, seu objetivo.
A missão do Cristo, que Ele deixava bem claro aos discípulos, não era a conquista do poder temporal, de ficar sentado em algum trono de qualquer lugar. Ele deixou isso bem claro ao responder a Pilatos, que o Seu Reino não era deste mundo. Mesmo que Pilatos não entendesse o alcance do que Ele dizia, reconheceu que Ele não possuía autoria de nenhum crime que justificasse a sua morte, conforme as autoridades do templo pediam.
Pilatos não era um crente no Deus único que Jesus anunciava como Pai, mas como governador da província procurava aplicar a justiça. Querendo livrar Jesus da morte, ordenou o açoite de Jesus, imaginando que isso seria suficiente para aplacar a ira dos sacerdotes quanto aquele homem que não tinha medo de apontar suas iniquidades. Mas não foi suficiente. Os sacerdotes continuavam exigindo a morte de Jesus e ameaçando Pilatos de ser acusado frente ao imperador romano de defender alguém que queria ser o rei dos judeus.
A última ação de Pilatos tentando salvar Jesus, foi apresentar Ele e Barrabás à multidão para que fosse decidido pelo voto popular quem seria liberto de imediato, conforme o costume naquela época do ano. Pilatos imaginava que sendo Jesus uma pessoa pacífica, que só falava do amor e do perdão, inclusive para os inimigos, que proporcionou tantas curas a tantos, inclusive com libertação de demônios e até ressurreições, teria os votos suficientes naquela assembleia.
Pilatos não imaginava que acontecia também ali naquela arena um dos combates da Guerra Espiritual que vinha se desenvolvendo desde a queda de Lúcifer do Paraíso. Os sacerdotes longe das virtudes de Deus e próximo das estratégias do Demônio, conseguiu induzir as pessoas de mente frágil e subalternas a importância de votarem em Barrabás, pois teriam com isso vantagem material. Foi o que aconteceu. As vozes dessas pessoas que não sabiam o mal que estavam fazendo, para qual senhor estavam servindo aos gritarem: “solte Barrabás, crucifique o Cristo!”, cobriram o som das tímidas vozes que clamavam por Jesus.
Essa batalha acontecida há 2000 anos na frente de Pilatos, continua acontecendo até hoje. O grupo de pessoas que se associam ao pensamento de Barrabás, de libertar as pessoas da escravidão do império romano, hoje são agrupadas em ideologias comunistas/socialistas usando das mesmas armas. Aquela aparente derrota que o Cristo sofreu frente a Pilatos, logo se verificou que foi a Sua grande vitória. A partir daquele momento Ele pode provar Sua vitória frente a morte, voltando a se relacionar com os discípulos três dias após ter entrado seu corpo inerte na tumba mortuária. A partir daí foi criada a Sua Igreja que se tornou católica e passou a cobrir toda a humanidade.
Mas o Demônio não se deu por derrotado. Reconheceu que a Igreja Católica estava avançando, mas que era conduzida por homens que possuíam a animalidade própria da Natureza, que seus instintos podiam muito bem ser associados as estratégias infernais. Assim foram construídas as ideologias de esquerda, usando como motivo a libertação do homem de sua escravidão ao capital. Na própria Igreja Católica isso foi bem observado em todos os momentos da humanidade, principalmente com o comportamento eclesiástico dos inquisidores. Mas sempre existia uma barreira que evitava o domínio completo do Demônio. Era a figura do Papa, o sucessor de Pedro, o representante direto do Cristo, a quem foi dado o poder de ligar as ações materiais com as divinais.
Apesar de toda essa compreensão dos ensinamentos do Cristo que deveriam ser a base da fé nos espaços doutrinários da Igreja, Satanás, como uma espécie de fumaça, foi se entranhando dentro da organização do clero, colocando o pensamento de Barrabás acima do pensamento do Cristo, principalmente com a Teologia da Libertação em nossos dias. Com a eleição do último Papa que passou a se chamar Francisco, parece que o pensamento de Barrabás passou a ser majoritário, e aqueles fieis que percebem a diferença, que querem permanecer nos cultos da fé cristã, são cada vez mais desautorizados, aposentados, perseguidos e denegridos.
Isso tudo acontece no propósito de mais uma profecia ser cumprida, do reinado do Anticristo. Mas, nós, fiéis, devemos permanecer firmes dentro do pensamento do Cristo, de criar o Reino de Deus a partir dos nossos corações, mesmo sofrendo as perseguições e mutilações físicas e morais, pois no final os mansos herdarão a Terra.
Dois monossílabos que evocam um sentido que poucos podem perceber, além do sentido gramatical. Paz e Bem.
Esta é a saudação usada por Francisco quando morava em Assis e deixou a rica casa do pai biológico para viver a pobreza sugerida pelo Pai espiritual.
Mas Francisco era um jovem rico e boêmio, gastava muito do seu dinheiro com orgias, jogos, bebidas e mulheres, patrocinando os seus amigos nas tabernas, como um animal noturno. Ele tinha um ideal de se tornar cavaleiro, cheio de honras conquistadas em batalhas, no que era apoiado totalmente por seu pai.
Como uma pessoa com esse perfil iria entender o sentido exotérico, transcendental do Paz e Bem? Se até eu, pessoa menos afeito às boemias e mais próximo da espiritualidade do que Francisco de Assis na sua fase de vida mundana, não conseguia captar esse apelo fraterno que a frase traz.
Digo isso porque agora, faço a reflexão sobre o que o mendigo pedia a Francisco, e esse disposto a dar alguma moeda, foi interrompido pelo mendigo, que dizia não querer o seu dinheiro, não queria nada do seu bolso, mas queria o afeto do seu coração. Daí ele estender a mão e dizer: Paz e Bem.
O mendigo pedia algo mais valioso do que uma simples moeda, queria algo que viesse do coração de Francisco. Mesmo que ele não entendesse no momento o valor do que estava sendo pedido, mas ele ficou com isso na mente, como uma semente próxima a germinar.
Faço agora uma comparação do comportamento de Francisco com o meu comportamento. Mesmo me considerando mais espiritualizado do que o Francisco boêmio, mesmo assim ele tinha mais disponibilidade de doar suas moedas do que eu as minhas.
Já coloquei neste espaço literário essa dificuldade intrínseca de praticar a caridade para aquelas mãos que se estendem para mim, principalmente em cruzamentos das estradas quando paro meu carro no sinal de trânsito. Penso que aquelas pessoas estão recolhendo moedas dos incautos para formar uma boa poupança no final do mês, ao invés de procurar um trabalho e ganhar seu dinheiro com o suor do próprio rosto. Outras vezes imagino que são pessoas exploradas por outras que as obrigam a mendigar, ou então são dependentes químicos que se eu der o dinheiro estarei alimentando seu vício.
Esta reação automática do meu comportamento sei que tem origem no meu instinto animal e nos conhecimentos acadêmicos sobre a condição humana na forma natural. Sei também que quem deve administrar esses instintos e todos os conhecimentos adquiridos é o meu Eu, espirito imortal, criado simples e ignorante e que está aqui na Terra encarnado para aprender o necessário e evoluir espiritualmente. Reconheço a importância do Mestre Jesus que veio, a pedido do Pai, a nos ensinar sobre o caminho, verdade e vida, e assim construir a família universal e o Reino de Deus.
Francisco de Assis termina por reconhecer, ainda na juventude, onde está a prioridade da sua vida, obedecendo ao pai biológico e conquistar riqueza, nobreza e poder, ou obedecer ao Pai espiritual que lhe orienta a dar o bem mais precioso, a fraternidade que sai do coração, não a moeda que sai do bolso.
Eu, adentrando a velhice, com todo conhecimento acadêmico e espiritual, reconhecendo a paternidade divina e o meu compromisso de fazer a vontade do Pai, permaneço resistente em dar as poucas moedas que não me farão falta, quanto mais doar do meu coração, o afeto muito mais valioso para aquele que recebe e que não pesa no bolso.
Isso mostra a grandeza espiritual do Santo de Assis, o quanto ele está próximo do Pai e obedece às lições do mestre Jesus, comparado à minha miséria espiritual.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
XCI
19 DE MARÇO DE 1945
Ao saber da notícia, da perda da Alta Silésia e a sua capacidade de produzir armamentos, o frágil ego de Hitler se desintegra e ele desconta sua raiva no povo que declarou amar. Ele emite o chamado Decreto Nero, destruição total, não deveria sobrar nada para quando os Aliados chegassem. É igual a uma criança no fim de um dia na praia, destruindo seu castelo de areia para outros não brincarem. É a ordem mais infantil, maligna e moralmente falida que poderia ser dada por um homem contra seu povo.
Speer recebe o Decreto Nero do Führer. Hitler declara que o povo alemão falhou na guerra e não merece a infraestrutura para sobreviver. Speer achou que era exagerado.
É uma grande ironia a ordem de destruição do território de Hitler ter sido dada a Albert Speer. Esses dois homens se consideravam arquitetos, construtores, e Hitler agora dizia: “Quero tudo destruído, toda fábrica, toda locomotiva, toda ponte, toda estrada, toda ferrovia. Quero tudo destruído.”
Essa noção suicida estilo Valhala de terminar em fogo não era aceitável para Speer. Ele não quer que o povo alemão acabe de forma suicida. Ele não quer fome em massa. Ele não quer o povo alemão morrendo aos milhares.
Speer é chamado ao bunker para ouvir as ordens do Führer. Ele não consegue acreditar que seu amigo e mentor Adolf Hitler faria tal desumanidade contra o seu próprio povo.
Albert Speer está cada vez mais decepcionado com seu amigo Hitler. Ele tinha dito: “Se Hitler já teve um amigo, fui eu.” Para Speer, tem a ver não só com patriotismo, mas ele também sente que é traição pessoal.
Ao ir embora, Speer contempla seu próprio destino e um mundo sem Hitler. Depois ele alegaria que foi quando ele considerou um plano para tornar isso realidade.
Quando Speer foi interrogado pelos Aliados após o fim da guerra, ele contou um plano para um suposto assassinato.
Albert Speer tentou mesmo matar seu querido Hitler? Como muita gente, deve ter pensado: “Esse homem está louco, seria melhor se eu o matasse.” É completamente possível. Speer havia projetado o bunker, então o conhecia bem. Ele sabia que uma bomba de gás colocada em uma das ventilações mataria todo mundo dentro. Havia um duto de ventilação que deixava o ar entrar no prédio e ele pensou que a coisa mais fácil seria pegar um gás venenoso, tipo gás mostarda, que é um agente muito tóxico e mortal logo após ingeri-lo, e colocar na ventilação do bunker. O problema estaria resolvido.
Mas de acordo com Speer, ele descobriu que as ventilações haviam sido removidas. Hitler mandou levantar as ventilações, caso os russos usassem gás para ataca-lo, porque o gás é mais pesado que o ar, ele cairia para ao nível do chão, então não passaria pelas ventilações.
O suposto plano de Speer foi frustrado. Não há dúvida de que ele pensou nisso e deve ter falado com sua equipe. Mas é mais provável que ele usou essa história para convencer os Aliados de que não era um nazista tão malvado como os outros.
Observamos duas condutas diferentes de aliados dentro de uma estrutura do mal. Hitler, o mentor e cooptador de mentes menos diligentes, ao se defrontar com a derrota de seus propósitos deseja acabar com tudo, até mesmo com as pessoas que ele dizia defender e usou da violência para que seu partido conseguisse ser majoritário dentro dos princípios da democracia. O outro, Speer, o arquiteto cooptado, não tinha dentro de si a mesma essência do mal de Hitler e seus asseclas. Mesmo dentro da estrutura burocrática de operação do mal, ele não recebia tais ordens maléficas sem gerar culpa na consciência.
Isso é o que me deixa confuso quando vejo a maldade que se produziu no Brasil, o extremo da corrupção, com tanta gente boa dentro do esquema e que não percebiam o grau de malignidade no qual estavam envolvidos, e se percebiam, não gerava culpa em suas consciências por algum motivo, considerando que são pessoas boas e honestas, caso contrário fazem parte da mesma gangue.