Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/04/2012 16h53
BOA VIAGEM

            Este bairro do Recife-PE se constituiu um bom campo de experiências, de aplicação prática dos estudos realizados em todos os campos da vida. Um local próprio para o lazer em área privilegiada de Recife. Tenho ao lado os parentes, todos sintonizados em tem um fim de semana alegre, conhecendo coisas e pessoas novas. Eles nem imaginam a importância de crescerem espiritualmente a cada momento da vida, talvez tenha uma só pessoa mais sintonizada com isso e também por estar mais próximo de mim e saber que estou nessa procura incessante de procurar aprender e evoluir no campo espiritual. No meu crescimento espiritual, procurar consolidar a harmonia entre todas as pessoas que convivem ao meu lado já é uma lição bem aplicada. Agora eu tenho que mostrar a todos a importância dos valores espirituais sem perturbar o interesse que todos tem no mundo material, no mundo dos prazeres. Como fazer isso sem parecer ser um religioso fanático que deseja converter a todos? No entanto não posso manter meu silêncio. Tenho que ter a sabedoria necessária para introduzir o assunto sem quebrar a harmonia e alegria de todos, sem criar clima de separação entre uns que aceitam e outros que não. Minha companheira espiritual me dá boas dicas e eu espero a oportunidade de os colocar em prática. Ela falou que eu poderia fazer a leitura de um texto com conteúdo espiritual e provocar a reflexão espiritual em todos, sem nenhuma pretensão de religião ou conversão. Até o momento não encontrei o momento propício para isso. Mas outros fatos aconteceram e que com a forma do comportar pode levar lições interessantes para todos, sem ninguém nem ao menos perceber a aplicação de princípios religiosos.

            Foi assim que aconteceu na Ilha de Itamaracá. Logo que chegamos um rapaz solícito nos abordou na chegada e se ofereceu para nos conduzir a um local onde ficaríamos protegidos e abrigados com os carros em segurança. Corria na frente do nosso carro e comentávamos o esforço que ele fazia para ganhar o pão de cada dia. Sentamos no quiosque e sua proprietária, muito solícita nos recepcionou e mostrou o cardápio. Verifiquei que os preços eram altos, mas fiz um pedido pequeno só para justificar o apoio que tivemos de sua mesa, cadeiras e sombra do cajueiro. Depois que passeamos, comemos, bebemos, veio a conta. O valor alto assustou a todos. Eu disse que tinha visto o cardápio e que o valor era aquele mesmo. Procurei a dona para falar sobre o valor, mas porque havia pedido uma porção de agulha frita e ela havia colocado duas. Mas antes de eu argumentar qualquer coisa ela fez um abatimento acima de 10% na conta. Fiquei satisfeito e fiz o pagamento sem mais considerações, mas meus companheiros ficaram na reclamação durante toda a viagem até Recife, sempre se referindo ao caso como um exemplo de “assalto ao turista”. Procurava não entrar no mérito da discussão, apenas dizia que eu havia pedido sabendo o preço que iria ser cobrado. Então, tentei atenuar o julgamento de perversidade que o pessoal da Ilha estava sofrendo com o fato de que eu conhecia antecipadamente o que iria pagar. Mas senti que o sentimento de terem sido explorados ficou presente em cada um deles, mais atenuados naqueles que vivem mais próximo de mim e mais forte naqueles cuja convivência comigo é mais distante.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/04/2012 às 16h53
 
06/04/2012 01h47
SOFRIMENTO SOLIDÁRIO

            É obrigatório ou necessário o sofrimento solidário quando o outro sofre? Acredito que não, pois senão não teríamos paz neste mundo onde o sofrimento está sempre presente, em qualquer intensidade. Mesmo que a pessoa seja muito próxima, íntima até, tem tipos de sofrimentos, a maioria deles, que é encargo da pessoa o sofrer sozinha e aprender com ele. A solidariedade pode consistir em ter empatia por aquele que sofre, ter compaixão, mas nunca ombrear com ele e passar a sentir a mesma dor. Mesmo porque cada pessoa é única neste mundo e seus relacionamentos também são muito próprios. Como então deixar os meus relacionamentos e mergulhar nos relacionamentos daquela pessoa e sofrer com ela todas as suas agruras? Tenho minhas próprias necessidades de evolução, meus desafios... o desafio e sofrimento daquela pessoa podem também fazer parte dos meus, mas não em sua totalidade no sentido de eu deixar tudo o que faço e me absorver nos sofrimentos dela. Da mesma forma não quero que ajam assim comigo. Ninguém pode mergulhar completamente em meus problemas e sofrimentos e esquecer da  sua própria evolução. Pode até mesmo estar se divertindo enquanto eu estou chorando, faz parte da liberdade que todos nós clamamos. Com certeza, no momento em que o coração disser que é importante a nossa presença e solidariedade até nas lágrima, isso será feito, mas nunca de forma obrigatória, ritualística. Este conceito está dentro dos meus paradigmas de vida e é importante que todas as pessoas significativas tenha esse conhecimento, pois alguém pode pensar muito diferente e isso constituir uma incompatibilidade que inviabilize uma relação mais íntima. Amar também significa deixar o outro sofrer na solidão do que é preciso para sua reflexão e auto evolução. Amar não significa estar colado a cada momento que o outro diz ai.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/04/2012 às 01h47
 
05/04/2012 23h12
PERTO DO CRISTO

             Li uma história de que certa pessoa vendo o poder de Jesus em lidar com a natureza, transformar água em vinho, domar as tempestades, curar doenças, ressuscitar mortos, logo pensou que ele realmente era o Messias prometido e que iria libertar a sua terra, Israel. Logo quem estivesse perto dele iria usufruir das regalias desse poder. Então chegou perto d”Ele e indagou se podia caminhar ao lado dele, bem perto. Cristo olhando bem dentro de seus olhos e vendo o real interesse daquela pessoa explicou: “Tenho muitos discípulos de longe, mas você deseja a posição de perto? Tu sabes quais serão tuas responsabilidades? O discípulo de longe pode crer e descrer, mas o de perto empenhará a própria vida na execução da vontade divina; o discípulo de longe entreter-se-á com muitos obstáculos que lhe roubam a atenção, mas o de perto viverá em suprema vigilância; o de longe sente a liberdade de procurar honrarias e prazeres, minsturando-os com suas vagas esperanças do Reino de Deus, mas o de perto sofrerá as angústias do serviço sacrificial e incessante; o de longe dispõe de recursos para encolerizar-se e ferir, mas o de perto sempre será paciente para compreender e ajudar; o de longe alegará dificuldades de concentrar-se na oração, com sono e fadiga, mas o de perto caminhará sem cansaço, em constante vigília; o de longe pode ir em estradas floridas demorando o quanto deseje, mas o de perto caminhará comigo pelo atalho espinhoso; o de longe tem pressa em possuir, o de perto encontra o prazer de dar sem recompensa; o de longe somente encontra alegria na prosperidade material, mas o de perto descobre a divina lição do sofrimento; o de longe padecerá muitos melindres, mas o de perto tem a fortaleza para perdoar sempre e recomeçar o esforço do bem quantas vezes for necessário; o de longe não cooperará sem honras, mas o de perto servirá com humildade, obscuro e feliz; o de longe adiará seus testemunhos de fé e amor perante o Pai, mas o de perto estará sempre pronto para aceitar o martírio em obediência aos celestes desígnios, a qualquer momento...”

            O candidato ficou confuso com o que ouviu, despediu-se dEle sorrindo e nunca mais voltou.

            Depois dessa leitura eu tive que fazer uma recomposição nos meus pensamentos. Imaginava que eu estava bem próximo do Cristo, mas percebo agora o quanto estou distante. Mais ainda, mesmo percebendo quais os fatores que me distanciam dEle, mesmo assim não me sinto capaz de corrigi-los à curto prazo. Apesar de tudo isso, o que me deixa gratificado é perceber que eu me enquadro entre seus discípulos, por mais longe que eu esteja e que tenho todo o tempo que a eternidade possa me oferecer para corrigir.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/04/2012 às 23h12
 
04/04/2012 23h57
CONTEMPLAÇÃO DE DEUS

            Desde o ato de acordar, de abrir os olhos e ver o clarão do sol se esparramando por sobre as nuvens, que preguiçosas se deslocam na linha do horizonte para deixar espaço para o surgimento do astro-Rei, que começo a sentir que contemplo a própria realeza do Criador. Logo abaixo vejo mar que parece coberto por um lenços de ondas incansáveis que se derramam na praia jogando espumar ao vento, esse mesmo vento que em forma de brisa entra por minha janela e acaricia o meu corpo, esfriando minha pele. Enquanto isso os raios tépidos do sol já me alcançam e brinca de esconde-esconde com o frio causado pelo vento. Em tudo isso vejo a ação do tempo, que gera o dia e a noite, que faz reinar de dia o sol e de noite as estrelas. Em tudo isso vejo a mão do meu Pai, que criou tudo isso e também a mim, como testemunha inteligente para o seu ato criador, alguém possa ver tudo isso e saber que por trás existe alguém responsável pela existência. Sinto-me frente presença tão portentosa, como uma criança coberta pelo véu da ignorância, mas que tem um Pai amantíssimo presente a todo momento em meus pensamentos e a quem tenho acesso a qualquer momento através da prece ou meditação. É impossível, com essa compreensão, das as costas trocar de roupa e ir para o trabalho. Não posso fazer isso. Caso meu pai fosse ainda vivo e morasse comigo, claro que pedieria a sua bênção, conversaria um pouco com ele e me despediria na hora da saída. Então por que não posso fazer isso com o Pai primordial, o fundamental, que me criou e também ao cosmos. Não, a esse eu deverei ter muito mais respeito e consideração. Paro um pouco, concentro a minah mente no sentimento de amor por todas as facetas da natureza e sinto que assim me contato com Ele. Faço a minha oração!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/04/2012 às 23h57
 
03/04/2012 08h02
DEUS VOLTA A FALAR

            Foi na leitura de hoje, dia 03-04-12, onde leio diariamente e de forma seguida um trecho da Bíblia, que encontrei essa mensagem em II Crônicas: 19,10 – “...Em todo litígio trazido a Vossa presença por vossos irmãos, estabelecidos em vossas cidades, quer se trate de assassínio, de Lei, de Preceito ou ordenações, esclarecei-os para que não se tornem culpados diante do Senhor, e que sua ira não se inflame contra vós e contra vossos irmãos. Agi dessa maneira para não vos tornardes culpados...”.

            Entendi que Deus fala da reunião que tive na última quinta feira, uma espécie de litígio e que invoquei a presença de dEle. Naquela reunião o objetivo principal seria o estabelecimento da verdade no campo material e no espiritual. Acontece que durante a exposição da verdade material  as emoções tomaram conta da minha anfitriã e praticamente nada do que falei ou tentei dizer na reunião foi considerado. Tudo ficou no campo material, os preconceitos reinaram absolutos; a raiva e o ressentimento formavam uma barreira mental para que não fossem consideradas outras informações. Fiz a primeira parte da minha missão, que foi expor a verdade no campo material, mesmo com a exposição da minha pessoa e passível de sofrer formatação criminosa dentro dos preceitos materiais das leis humanas. Tentei equilibrar a situação e deixar qualquer decisão nas mãos de Deus, que estava presente na reunião e que sabia com toda clareza o que ia no coração de cada um. Aparentemente a estratégia deu certo, terminamos a reunião num clima mais harmonizado com o compromisso que ninguém iria forçar nenhuma decisão de imediato e que esperaria a voz de Deus em nossas consciências. Mas isso não aconteceu. Logo no dia seguinte uma série de pressões passou a existir, pressão para tomada de decisões, ameaças de vinganças, acionar a justiça, promover a separação, alimentar o ódio...

            Daí o que Deus fala para mim: Esclarecei os vossos irmãos para que não se tornem culpados diante do Senhor e que sua ira não se inflame contra vós e contra vossos irmãos. Tudo está claro! Devo esclarecer o lado espiritual da questão. O lado material foi devidamente esclarecido, nada ficou as escuras, mesmo que eu tenha sido acusado de ter revelado tanto. Sou obrigado agora a fazer a minha parte, pois sinto que também estou dentro da ameaça que Deus faz: que sua ira não se inflame contra vós e contra vossos irmãos. Irei tentar mais uma vez outra reunião e dessa vez para falar somente da verdade espiritual, é essa que interessa mais de perto a Deus, é essa que inclui os principais interessados dentro do projeto de Deus. Devo tentar com toda a paciência e humildade essa nova reunião, se tornou agora um dever para mim. Caso não seja possível por intransigência da outra parte, Deus então compreenderá e saberá como fazer em seguida. Da minha parte continuarei a amar a todos, amigos e adversários, com compaixão e fraternidade como é da Sua Lei.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/04/2012 às 08h02
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