Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
01/03/2012 01h48
MUDANÇA

            Na vida estamos em constante mudança. É importante que saibamos sinais de alterações prestes a ocorrer para que tomemos a iniciativa da mudança e não deixar que ela ocorra por força das circunstâncias, pode trazer danos imprevisíveis. Foi assim com o notebook. Trabalho sempre com o meu notebook com a preocupação de que ocorra algum tipo de pane e perca todo o trabalho acumulado. Foi com os primeiros sinais de que meu aparelho não estava funcionando legal que fez com que eu promovesse a mudança de todos os meus arquivos para este novo notebook para evitar prejuízos maiores. Esse é um exemplo doméstico que tem aplicação em todos os aspectos da vida. Como estamos colocados dentro de um processo evolutivo, que sempre surgem mudanças ou sinais de que estão para acontecer, devemos estar atentos para que as mudanças sejam realizadas de acordo com nossas expectativas de vida. Os sinais de mudança eminente devem ser avaliados e caso seja mais indicado, nós mesmos provocarmos a mudança no sentido de preservar a nossa individualidade, respeito próprio, convicções e paradigmas de vida. Fazendo assim, estamos no comando de nossa vida no que diz respeito as ações que podemos influenciar ou proporcionar. É tão importante esse aspecto que existe uma oração muito conhecida e aplicada no mundo todo, principalmente pelos dependentes químicos: a oração da serenidade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/03/2012 às 01h48
 
29/02/2012 13h24
COMPATIBILIDADE

 

            A compatibilidade entre as pessoas significa uma simbiose na forma de pensar. Quando surge uma distorção em qualquer assunto, com opiniões contrárias de um e de outro, é importante que a questão seja reavaliada por ambos e que se possa voltar à sintonia. Todos os argumentos devem ser colocados à luz da razão para que a consciência os analise e decida pela propriedade de mudança ou não no modo de pensar. Para fazer essa avaliação cada pessoa desenvolve uma técnica que é uma característica da sua forma de ser, do seu caráter. Até mesmo essa técnica pode ser muito diferente para um e para o outro. Deve entrar em cena outro aspecto: a tolerância. Somente ela pode refrear os impulsos de querer resolver a situação de imediato. Isso pode acender um estopim de resistência e que se não for apagado logo tem o potencial de explodir todo um relacionamento construído ao longo do tempo, de anos até. O bom senso sugere que nesses momentos de divergência de opiniões, não é positivo forçar o outro a mudar a sua posição. Isso não acontece de imediato. O outro tem que ponderar todas as informações contrárias que recebeu, fazer uma série de reflexões dentro de sua memória com exemplos os mais diversos, encontrar uma lógica, uma razão, uma meta, enfim, é todo um trabalho cognitivo que deve ser processado. É importante que dessa forma os dois coloquem esse assunto em banho Maria e somente voltem a abordá-lo em outra ocasião, quando a razão já elaborou melhores considerações e que a excitação das emoções tenha perdido a sua força. Eu já teria rompido muitos relacionamentos que chegaram nesse ponto e por inabilidade foi tentado a resolução de imediato. Apesar de todo o desgaste feito para fugir da situação nesse momento crítico, se não fosse a capacidade de perdão o relacionamento estaria irremediavelmente perdido. Não é que assim eu defenda o meu ponto de vista e ao voltar novamente à discussão eu o tende defendê-lo de todas as formas. Pelo contrário, devo sempre avaliar os prós e os contras de cada opinião, comparar o presente com o passado e verificar até que ponto minha coerência interna fica alterada ou não com a perspectiva de uma decisão.

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em 29/02/2012 às 13h24
 
28/02/2012 12h54
URGÊNCIA

            Casos de urgência sempre atropelam outras atividades. Foi o que aconteceu ontem. Terminei esquecendo de fazer o comentário do dia. Um monte de assuntos poderiam ter sido abordados, mas ficaram no ostracismo. Isso acontece até com frequencia quando nos envolvemos com muitas atividades. Sempre uma ou outra assume em determinado momento algum tipo de urgência, ou mesmo o atraso em fazer as coisas concomitantemente por simples falta de tempo, termina por fazer isso. Eu já tenho uma sequencia de atividades bem extensa e cada uma delas cobra dedicação para sair com competência. A consciência cobra a competência, mas para fazer isso terei que me dedicar a uma só das atividades. Deixarei de servir dentro de um universo maior e fico restrito em nome da competência. É o dilema: fazer com competência ou servir com amplitude. No que faço com amplitude, a falta de competência que acho que eu teria se fosse dedicado só àquela atividade, não chega a comprometer o serviço que ofereço. Isso é o que me mantém nessa situação, apesar dos momentos de urgência originar falhas como aconteceu ontem, não consegui postar no blog, por esquecimento no horário final, apesar de já termos saído do horário de verão.

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em 28/02/2012 às 12h54
 
26/02/2012 12h28
FUNDO DO POÇO

            É uma situação em que a pessoa entra em decadência e mesmo tendo a consciência de sua situação, não consegue reverter o processo, chega numa condição que não pode descer muito. É um termo muito empregado em dependência química, em alcoolismo principalmente. A pessoa sabe que aquela substância está lhe fazendo mal, ou pode não ter consciência disso, mas ele chegou numa condição que não pode mais descer. O que podemos fazer é somente dar o apoio que está ao nosso alcance e torcer para que a pessoa consiga encontrar as forças para escalar o seu fundo de poço. Nós que estamos fora e que torcemos por essa recuperação, nos sentimos impotentes, parece que todo nosso esforço é insuficiente, desprezível em situação tão grave.

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em 26/02/2012 às 12h28
 
25/02/2012 23h26
CRISE

 

 

            Todos na vida passam por problemas, alguns verdadeiras crises, catástrofes... assim encontrei uma pessoa nessa situação. Abandonada pelo marido, sem ajuda financeira, sozinha com dois filhos menores, desempregada, sem nenhum outro familiar para lhe dar apoio. Em depressão, o pensamento de morte é uma constante. A situação dos filhos passam a não ter prioridade, a não ser o seu sofrimento que procura alívio. Já ensaiou tomando vários comprimidos. Todos tem seus problemas e geralmente os nossos parecem ser maior do que os dos outros. Mas não tem como, aquela mulher tem um problema muito maior do que os meus. Estou na posição de ajudar, mesmo que minhas limitações impeçam de dar uma resposta definitiva. Orientar, apoiar, encaminhar, atestar e motivar para fazer o enfrentamento do problema por maior que ele seja. É o que posso fazer. Ficar torcendo para que ela volte no próximo mês com algum apoio mais sólido. De quem? Do Estado? Da sociedade organizada? Onde estou depois que deixo meu papel profissional neste campo da solidariedade humana. Tenho atividades voluntárias, bem sei, mas parece tão pouco quando vejo situações tão extremas e que precisam de resposta tão profunda e imediata... a crise também é minha?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/02/2012 às 23h26
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