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13/09/2022 00h01
ANATOMOFISIOLOGIA MULTIDIMENSIONAL – Aula 1 Parte 1

          O estudo do corpo humano dentro da Academia está focado no aspecto físico. Esta aula tem o objetivo de mostrar outras dimensões que compõem o corpo humano e que tem sua importância no acolhimento e cuidado com nossos pacientes.



          INTRODUÇÃO



            Estamos sempre abertos a aquisição de novos conhecimentos, principalmente na escola e particularmente na Universidade. A aquisição de conhecimentos nos ajuda a evoluir individualmente e ser mais apto em ajudar o próximo, principalmente nossos pacientes, que nos procuram com esse objetivo.



            O conhecimento que é adquirido a cada momento, flui da realidade que está ao nosso redor, perceptível pelos sentidos ou por aparelhos tecnológicos. Portanto, todo conhecimento que aceitamos como a verdade da existência é aproveitado para a construção de paradigmas.



            A Imaginação é uma função importante dentro de nossa racionalidade. Através dela podemos construir teorias, organizar o conhecimento, reconhece-lo com verdade, justifica-lo e ampliá-lo para além da percepção dos órgãos dos sentidos e dos aparelhos tecnológicos.



            O Espírito é uma dessas construções dentro da imaginação. Geralmente não conseguimos percebê-lo pelos órgãos dos sentidos ou pela tecnologia. Algumas pessoas chamadas médiuns, têm esse nome por fazerem a mediação entre a dimensão material e a espiritual, conseguem perceber os espíritos e suas manifestações. Através dessas pessoas tomamos conhecimento do mundo espiritual (1,2,3) e sua implicação com o mundo material, principalmente com o nosso corpo, objetivo desta aula.



            O corpo físico tem origem nos diversos elementos da matéria, organizados na forma de vida, conforme os estudos da evolução biológica (4). Entre os seres mais evoluídos do ponto de vista racional, nos encontramos no topo da escala. A função mental, dessa forma mais sofisticada, surge na consciência e é considerada pela visão materialista como produto da função dos bilhões de neurônios presentes no cérebro.



A visão espiritualista, pelo contrário, considera que o cérebro é simplesmente um instrumento a ser operado pelo Espírito. Dentro dessa perspectiva, o cérebro funciona como uma máquina filmadora que precisa de um operador para ser colocada em ação. Assim, é o cérebro que necessita da ação do Espírito, o operador, para ser o corpo encaminhado para as devidas ações de importância para o próprio Espírito. (5).



            CONSIDERAÇÕES INICIAIS



            A dimensão espiritual não apresenta uma diferença métrica com o mundo material. Tudo depende de vibrações, imbricando um mundo com o outro que, vibrações que podem ou não serem perceptíveis pelos sentidos ou máquinas.



            O Espírito na relação com o corpo necessita de uma estrutura, de um veículo ou elo intermediário confeccionado com o material da mesma natureza planetária onde o corpo está inserido. Esta estrutura recebe o nome de Perispírito (6) que faz a ponte célula a célula do corpo com o Espírito.



            A visão materialista tende a negar a existência do Espírito, mas existem alguns fatos observados que colocam em cheque essa negativa. Por exemplo, Experiências de Quase-Morte (EQM) onde a pessoa passa por um estado de morte clínica, mas consegue recuperar a função vital e relata tudo que aconteceu à sua volta enquanto o corpo estava inerte, clinicamente morto (7); Experiências anômalas de pessoas que relatam ter visto ou ouvido pessoas falecidas, geralmente parentes; e a técnica da hipnose onde a pessoa aceita sugestões e a sua consciência passa a relatar vivências acontecidas em outras épocas e que podem ser comprovadas e/ou usadas em terapias (8); obras psicografadas por médiuns transmitindo fielmente o pensamento e a arte de inteligências situadas no mundo espiritual (9).



            Como existem seres inteligentes nas duas dimensões, material e espiritual, a comunicação interdimensional pode ser realizada e para isso depende das pessoas que possuem os atributos da mediunidade, ou, principalmente, que tenham a disposição mental de colocar com firmeza a dimensão espiritual nos seus paradigmas existenciais. Esta disposição consciencial chamamos de fé, de uma crença em algo que não é perceptível pelos sentidos, mas que tem uma sólida base racional, coerente, lógica.



            Uma das principais formas de comunicação é a prece (10) que é praticada nas diversas religiões. Devido a sua importância, teremos uma aula específica, tratando da sua qualidade, eficácia, ação e valor.



 



            LEITURA INDICADA




  1. O Livro dos Espíritos, Allan Kardec (Professor, Codificador Espírita)

  2. O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

  3. A Gênese, Allan Kardec

  4. A origem das espécies e a Seleção Natural, Charles Darwin (Naturalista)

  5. Anatomia Multidimensional e Fisiologia Sutil, Antônio R. Nahas (Ph.D)

  6. O Perispírito e suas Modulações, Luiz Gonzaga Pinheiro

  7. Experiências de Quase Morte (EQM), Edson Amâncio (Médico, pesquisador)

  8. Muitas Vidas, Muitos Mestres, Brian L. Weiss (Psiquiatra, pesquisador)

  9. Parnaso de Além-Túmulo, Francisco (Chico) C. Xavier (Médium espírita)

  10. Os Fundamentos da Oração, Edward M. Bounds (Ministro da Igreja Metodista)  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/09/2022 às 00h01
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12/09/2022 00h01
FAMÍLIAS

            Nossa vida, neste campo material, necessariamente é organizada como famílias, desde que entramos no mundo pela participação dos nossos pais. A cada filho que nasce de uma recente união de homem-mulher, uma família nuclear é formada automaticamente.



            Este formato que pode ser bem estudado e entendido de forma didática, na prática enfrenta muitas dificuldades de conceituação. O interesse do par inicial que gerou um filho, formou uma família nuclear, pode voltar o interesse para outra pessoa, homem ou mulher, e também gerar um filho. A cultura não permite que essa terceira pessoa com o filho gerado venha a fazer parte da família nuclear preexistente, o que seria mais racional, coerente. Isso gera uma injustiça social com formação de filhos bastardos, criticados, humilhados e muitas vezes ignorados e deixados à própria sorte.



            Para evitar essa injustiça social é importante que sejamos honestos com nosso potencial humano e animal, de desenvolver o amor e também os instintos. Saber que o sentimento de amor que caracteriza nossa natureza humana, deve sempre entender que esta é a maior força que possuímos, que se aplica nos relacionamentos em “não fazer ao outro aquilo que não desejamos para nós”.



            A força instintiva que caracteriza nossa natureza animal não acata o compromisso de fidelidade conjugal, de desejos sexuais exclusivos ao companheiro(a). Que cada um, independente da honesta promessa de se comportar dentro da fidelidade sexual, pode em algum momento sofrer uma derrota e os desejos superarem os compromissos assumidos.



            Existindo essa possibilidade de sexo fora do contexto da família nuclear e com a geração de filho, que este não seja penalizado, nem o(a) parceiro(a) que foi incluído. Como evitar a injustiça?



            No compromisso inicial onde o par de forma com o objetivo de construir a família nuclear, que essa possibilidade seja esclarecida e que, surgindo uma relação sexual fora da família nuclear e com a geração de filho, que estes, filho e pai ou mãe, sejam incluídos na família nuclear original.



            Este novo compromisso levaria a uma mudança radical na estrutura social tal como a entendemos e praticamos hoje. As famílias nucleares se tornariam imensas, com a possibilidade de cada parceiro(a) incluir a qualquer momento outro membro, que tenha ou não gerado filhos. O cimento que deve unir e aglutinar todos os participantes deve sempre ser o amor, que está sempre acima de qualquer interesse, e sempre mantendo a bússola comportamental, de “não fazer ao outro aquilo que não queremos para nós”. Este é o freio que impede que os desejos sexuais instintivos decaiam numa libertinagem sexual sem respeito aos sentimentos do próximo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/09/2022 às 00h01
 
11/09/2022 00h01
VERDADE

            Nossa vida intelectual é cercada de narrativas que são construídas com diversos propósitos. Alguns são coerentes com a racionalidade, com a lógica e com a verdade. Outros procuram usar os princípios da racionalidade e da lógica, mas se afastam da verdade, com propósitos inocentes ou maldosos.



            Inocentes quando as pessoas que constroem essas narrativas distorcidas na mente dos outros, não sabem ou intuem os prejuízos que irão causar na construção dos paradigmas enviesados na consciência de quem acredita neles.



            Maldosas quando as pessoas sabem que as narrativas que propagam são falsas, mas que trarão benefícios para elas, mesmo que deixem malefícios para a coletividade, impedindo o fluxo evolutivo em direção à perfeição.



            A Universidade como instituição, cuja missão é a busca do conhecimento que esteja próximo da verdade e da sua aplicação no aperfeiçoamento da humanidade em harmonia com o meio ambiente, deve usar o máximo da racionalidade entre seus membros para se afastarem das falsas narrativas, se aproximarem daquelas mais verdadeiras, e, principalmente, contribuir para a construção da narrativa que se mostre mais próxima da verdade.



            Este é o objetivo pelo qual a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), através dos seus departamentos e disciplinas, elabora este projeto em busca da verdade de nossas raízes históricas no campo imanente associado aos fatos de natureza transcendental.



            O projeto tem como princípio que a vida ocorre na natureza em duas dimensões: uma dimensão material, física, imanente, e a outra espiritual, abstrata, transcendental. Para construir uma narrativa mais próxima da verdade, isso não seria possível sem a consideração dessas duas dimensões, imbricadas, inter-relacionadas.



            Procuraremos respeitar todas as conquistas do método científico na aquisição de conhecimentos, considerando sempre o poder de nossa racionalidade humana para discernir o que está próximo ou distante da realidade.



            Um projeto com esta dimensão não pode ficar restrito no âmbito local ou regional. Quanto mais amplo seja construído este trabalho racional, aberto à críticas e sugestões, mais condições ele terá de oferecer à comunidade humana um produto que atenda as necessidades da evolução individual e coletiva.



            Construir um conhecimento que sirva para o espírito humano acelerar o caminho da perfeição, corrigindo defeitos, conquistando virtudes, sintonizado com o fluxo da evolução, harmonizado com os diversos entes da natureza.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/09/2022 às 00h01
 
10/09/2022 08h04
QUE É DEUS? RESPOSTA 07 – PRINCÍPIO E FIM

         Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.



Sétima frase:



“Deus é o princípio sem princípio. Progresso imutável. Final sem fim”



Imaginem um exemplo baseado numa percepção de Parmênides, que falava do avanço da luz sobre as sombras.



Imaginem que uma sala esteja cheia de pessoas. Todo mundo já estava lá há um bom tempo. Mas chega alguém com uma lanterna.



Essa lanterna de pequena potência, a princípio, foca só no rosto de uma pessoa. Quando ele acende a lanterna, diz: “chegou fulano”.



Aí ele esconde o foco da lanterna, e percebe: “em segundo lugar chegou ciclano”. “Em terceiro lugar chegou tal pessoa, em quarto lugar chegou alguém”.



Ele tem a ilusão de que as coisas vão acontecendo paulatinamente, na medida que sua luz se expande.



Se ele desde o início tivesse colocado o dedo do interruptor e acendido uma luz maior, teria percebido que ninguém chegou, todo mundo estava ali há muito tempo. O que chegou foi a luz dele.



A luz dele é que chegou e está se expandindo progressivamente.



Assim, a expansão da luz é que deu a ilusão de início, de progresso e de final. E na verdade as coisas todas estavam aí. A gente simplesmente começou a ver. Desenvolvemos a nossa visão. E um dia chegaremos à plenitude da visão.



Tudo esteve parado e presente o tempo todo. O único movimento que há é o movimento da luz sobre as sombras. Da consciência sobre o desconhecido. Consciência sobre a ignorância. Esse é o real e verdadeiro movimento.



Ou seja, Deus é princípio sem princípio. Progresso imutável. Final sem fim.



Ele sempre esteve aqui. O que vai progredir é a nossa visão sobre Ele.



Principiou Deus... não! Principiou a minha visão. Ele é um princípio para mim, mas Ele não tem princípio.



Desenvolveu-se Deus... não! Ele sempre foi o mesmo. Desenvolveu-se a minha visão sobre Ele



Um dia chegaremos ao fim, à plenitude, ao máximo que podemos ver de Deus. Ele não chegou a fim nenhum. Chegou ao fim a possibilidade de nossa visão.



Isso é bem bonito e interessante. Isso é a ilusão do movimento, que só ocorre da consciência sobre a ignorância. O resto todo é um movimento ilusório.



Por isso corremos de um lado para outro, pela vida afora. E no fundo não saímos do lugar, muitas vezes.



Este é o argumento mais forte da existência de Deus, o Criador. É muito claro a consequência lógica de que, existindo algo, algo o criou. Ao abrir o olhos e perceber a dimensão da natureza que nos abriga, surge logo a pergunta de quem o criou. Não tem outra resposta a não ser Deus, o Ser não criado, princípio de tudo, sem começo nem fim.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/09/2022 às 08h04
 
09/09/2022 00h01
QUE É DEUS? RESPOSTA 06 – ACIDENTAL

 



      Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.



Sexta frase:



“Deus, em comparação com Ele, a substância essencial é meramente acidental, e o acidental não é nada”



Em comparação com aquele elemento que gerou, que modelou a substância primordial, essencial.



Essa substância é meramente algo passageiro, acidental.



Acidental é aquilo que vai ser devorado pelo tempo. A nossa identidade mais elevada, aquilo que somos. Que é nossa essência. Ela ainda tem um defeito. Ela está separada uma das outras.



Ainda que seja muito profunda e conheça muito bem a mim mesma, o que não é o caso, mas imaginando, eu ainda me consideraria separado de você. Dele, do outro.... Essa separatividade faz com que a nossa existência ainda seja limitada.



Ela é um episódio passageiro, perto daquilo que teremos quando mergulharmos na Unidade.



Se você perceber, aquilo que se diz dos grandes sábios que houveram na história da humanidade, eles perceberam a Unidade, mesmo estando presos dentro de um corpo. Mesmo estando separados dos outros por um corpo.



Eles foram capazes de transcender essa ilusão do corpo e perceberam a Unidade em todas as coisas.



Só assim viemos ao mundo para trabalhar pela Unidade. Porque devemos vê-la como uma certeza. Ver como uma evidência e saber que não há trabalho real se não for por todo o nosso Corpo, a Unidade.



Se a Unidade é real, a maior parte de nós são os outros. E quando eu não trabalho pelos outros estou negando a trabalhar pela maior parte do meu próprio corpo.



Ainda em essência somos separados. E a separatividade é acidental. A Unidade é eterna.



Portanto, os atributos que nos levam à percepção da Unidade e trabalhar por ela, como fraternidade, empatia, solidariedade, são sempre elementos preciosos na evolução do ser humano. E nos levam a uma visão mais ampla da realidade. Porque somos de fato, Um. E o tempo nos levará a perceber isso como uma evidência.



Tenho agora cada vez mais forte essa compreensão da efemeridade da minha vida corporal. Que sou um ser vivente criado por Deus e que devo passar por um processo de burilamento a partir de minha consciência, do livre arbítrio e da coragem de implementar o que for necessário.



            Tenho a compreensão que fui criado por Deus assim como toda a criação. Que estou num processo evolutivo em busca da perfeição assim como todos os meus irmãos, viventes ou não, racionais ou não. Sou uma simples partícula da Unidade que é a composição do Pai. Ao estar trabalhando e servindo a tantos ao meu redor, estou trabalhando muito mais por mim do que estaria se estivesse focado apenas no meu desenvolvimento individual, egoísta. 


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/09/2022 às 00h01
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