Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
03/04/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (06) – ASSOCIAÇÃO DE MÚTUA AJUDA

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



EVENTOS PARANORMAIS OU DE OUTRO MUNDO – SEATTLE



- Oi, Pessoal. Esta é a Associação Internacional de Estudos de Quase-Morte de Seattle. Levante a mão quem já teve uma experiência de quase-morte? Tem muita gente morta aqui hoje. Bem-vindos! Experiências de quase-morte não são apenas borboletas e flores, Deus, luz e céu. Você adquire uma dificuldade com o materialismo. Talvez em arranjar emprego. Provavelmente no casamento, se for casado. Porque as mudanças são muito profundas. Comecei a orientar pessoas que tiveram essas experiências. Tenho a vantagem de ter tido uma, então posso dizer honestamente: “Eu sei como você se sente”.



- Não só tive uma parada cardíaca. Meus eletrólitos se desequilibraram. Eu estava intoxicada. E eu morri. Quando voltei, muita gente se afastou de mim. É difícil até falar com o meu marido. Porque eu sinto que alguém vai trazer uma camisa de força e me prender num manicômio. Porque o que eu sabia antes não é o que sei agora. E estou tendo dificuldades com isso.



- Sim. Se sentir maluca...eu compreendo, faz parte da adaptação, porque tudo fica tão confuso! Você morreu. Você teve uma experiência. Você voltou e agora tem que viver no mesmo mundo, mas com um ponto de vista diferente.



- E é difícil porque o ponto de vista dos outros não mudou.



-Esta Associação é um lugar de conforto e esperança, validação e apoio, e espero que vir aqui acalme seus corações e suas emoções. E lembrem que esta é uma situação muito temporária. A vida. As pessoas vêm a Associação pois tiveram uma experiência de quase-morte. Porque estão de luto e querem ouvir que seguimos em frente. E elas vêm para escutar que é real. Isso realmente aconteceu e já aconteceu com milhões de pessoas.



É importante a criação de uma Associação como esta do Seattle, Estados Unidos, pois dão apoio a pessoas que passaram por experiências parecidas e se sentem deslocadas do mundo para o qual voltaram.



A experiência dessa senhora é bem esclarecedora de como a pessoa se sente de volta a uma comunidade que tem pensamentos totalmente integrados ao materialismo, que imaginam que após a morte do corpo físico não resta mais nenhum sinal de vida. Quem conta uma história diferente, sem ter as características de um médium, é considerada uma pessoa que voltou de uma crise existencial com sequelas emocionais, passam a ser vistas por todos com uma certa resistência e até temor pela sanidade mental da pessoa.



Encontrar pessoas que passaram por experiências semelhantes é muito confortador. É o mesmo funcionamento dos grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos Anônimos (AA) e semelhantes, que se reúnem para falar de suas doenças, sentimentos que nenhuma pessoa que não passou pelo problema consegue ter. Talvez por isso, o segundo passo dessas irmandades se refira ao Poder Superior, uma força transcendental que pode ajudar a pessoa.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/04/2022 às 00h01
 
02/04/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (05) – RELATOS

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



Experiências de quase-morte são subjetivas e são difíceis de confirmar objetivamente. E isso levanta questões para muitos cientistas. Alguns críticos dessa pesquisa dizem que são apenas relatos. Mas a história da ciência mostra que tudo começa com a coleta de relatos. Até que encontramos padrões entre esses relatos. E milhões desses relatos são relatadas no mundo inteiro.



- Estava tendo um ataque de asma no meu apartamento.



- Fui explodido por uma bomba na Guerra do Vietnã e levei tiros no braço, no peito e no pescoço.



- Fui atropelada por uma mulher que mandava mensagens enquanto dirigia.



- Sofri lesões na cabeça, pescoço e medula espinhal, e fiquei paralisado.



Faço esse trabalho há quatro décadas. Descobri que, não importa como chegue perto da morte, há padrões consistentes na experiência em si e em como ela afeta as pessoas. Por exemplo, muitas pessoas relatam que a noção do tempo fica distorcida.



- Eu perdi a noção do tempo. Instantes, meses ou milênios. Não sei.



- Eu não fazia ideia da velocidade. Mas era muito rápido.



Também descrevem um ser de luz caloroso e amoroso.



- Uma sensação de receber informações de professores de alta performance.



- Muito acolhedor, caloroso e carinhoso.



- Um abraço de energia calorosa... no cérebro.



E há coisas paranormais ou de outro mundo. Os sentidos comuns ficam muito mais vívidos.



- Havia uma música grandiosa.



- Jacques Cousteau. Eu estava debaixo d’água e rodeado de peixes.



- Comecei a me dissolver ou desaparecer como uma gota no oceano, desaparecendo.



- Se eu ou pudesse tocar numa folha... eu me tornava um aspecto dessa folha.



- Eu era uma pequena luz. E depois me tornei uma grande luz.



O mesmo fenômeno ocorre em diversas culturas. E as pessoas voltam profundamente impactadas pela experiência.



- Agora eu vejo beleza em tudo.



- Eu era uma ateia convicta e irritada, mas mudei completamente.



- Eu não tenho mais nenhum medo da morte.



O que é isso que tem o poder de mudar uma pessoa numa fração de segundo?



Todos esses relatos partem de pessoas com diferentes características, religiões, ideologias. Não há como pensar que todas estejam mentindo sobre fatos tão impactantes. Pode se pensar que estejam confusas, imaginando coisas que são frutos de suas imaginações, mas como descartar os padrões que elas apresentam? É mais lógico e coerente que elas estejam revelando uma realidade de outra existência paralela à nossa existência material, onde o corpo não tem importância, mas os valores morais da pessoa sim, com seu conteúdo de afeto para com pessoas e Natureza. Este mundo faz conexão com o mundo que as pessoas que têm uma sensibilidade maior percebem, e que tais pessoas recebem o nome de médiuns, que fazem a mediação entre o mundo material e o espiritual, entre o imanente e o transcendente. Talvez seja mais profícuo aprofundar nossos estudos nessa direção, associando o conteúdo científico que já possuímos com o conteúdo espiritual desenvolvido pela humanidade em todos os rincões da Terra.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/04/2022 às 00h01
 
01/04/2022 00h01
ORAÇÃO ABRIL 2022

            Pai, como é que posso te compreender melhor? Parece um tanto paradoxal, pois o meu pai biológico, que também não tenho registrado o seu registro físico na minha memória, sei que ele existiu materialmente a agora está no mundo transcendental. Agora, o Senhor, meu Pai, Criador, sei também de Sua existência pelos passos da criação em tudo que observo na Natureza. Tenho o Teu registro lógico na minha consciência assim como tenho o registro lógico do meu pai biológico. Pareceria mais perto de mim a existência do meu pai biológico, pois ele viveu comigo na matéria, por mínimo que seja o tempo, mas isso deve está registrado na minha consciência, no nível inconsciente, os seus registros. Mas sobe à minha consciência com mais frequência e consistência a Tua existência e não a dele.



            Sei que estás presente em todos os universos, em cada minúscula partícula da criação, em cada imensa estrutura do tempo ou do espaço. Como não poderias também estar dentro e sobre mim? Vendo o que sinto e percebendo o que imagino e o que tenho de vontade? Sondando a minha alma imortal e o meu coração humano? Avaliando as minhas ações justas e injustas? Colaborando para o meu aprendizado de forma que eu não perca a minha autonomia e dignidade de dono do meu próprio destino? Respeitando o meu livre arbítrio para qualquer direção que ele decida ir? Tendo a paciência para eu reconhecer os meus erros, que eu tenha a humildade para pedir perdão a todos a quem prejudicar, e tenha a coragem para fazer as devidas compensações de acordo com a justiça e solidariedade?



            Assim, Pai, é que posso Te compreender... posso ainda estar enganado em algum aspecto, mas até agora isto me deixa satisfeito para que eu faça a minha caminhada com confiança. Sei que não estou sozinho em nenhum momento, que a essência do amor está comigo, que me permeia e me preenche... espera que eu não seja como um dique de represamento para esse fluxo de amor, e sim que eu consiga repassá-lo ao meu redor, a todas as criaturas, principalmente aquelas que tem a consciência mais evoluída, como os meus irmãos em humanidade, que raciocinam sobre a vida, que podem compreender as leis morais que vêm da Tua existência e exigem que a vontade do Pai, a Tua vontade, seja cumprida.



            Por onde eu andar, com quem me relacionar, não tirarei essas considerações da minha mente. Saudarei a cada dia com amor no coração, pois sei que nele estará a Tua essência e que eu tenho que distribuir, no falar, no agir. Saberei usar o amor como escudo de proteção contra a maldade que surge da ignorância humana e ao mesmo tempo devolver tolerância e fraternidade dentro dos limites da justiça. Procurarei ter coragem para vencer meus principais inimigos internos da minha alma imortal, que residem energeticamente nas entranhas do meu corpo para protege-lo, e que não posso deixar que prejudique o próximo, por mais distante que ele esteja.



            Pensando assim, Pai, peço a sua bênção para continuar a minha caminhada, sempre no intuito de fazer a Tua vontade e não a minha. Peço perdão pelos meus erros passados e futuros, pois também estou disposto a perdoar tudo quem meus irmãos fizerem de errado comigo, como foi no passado e será no futuro, até o dia que tal comportamento seja necessário.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/04/2022 às 00h01
 
31/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (12) – COLOMBO E VASCO DA GAMA

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Foi justamente no acampamento de Santa Fé que Colombo assistiu a queda de Granada e tenta convencer Isabel a patrocinar a navegação.



            Qual a influência da navegação? O que as grandes navegações de Portugal e Espanha tem a ver com a reconquista?



            Temos que ver que estamos falando acerca de um processo de mais de 700 anos de luta por posse de territórios. Lá da distante Astúrias, os cristãos foram crescendo, foram se expandindo até conquistar todo seu território.



            Eles foram formados, geração após geração na conquista e desbravamento do território. Até que não tem mais território a conquistar. Só resta o mar.



            Cristóvão Colombo conseguiu de Isabel e Fernando o financiamento para sua expedição. Era um objetivo que já tinha sido negado por outros reis, inclusive pelo de Portugal.



            Em 1492, Colombo descobriu o que ele chamou: Índias Ocidentais. Eram as ilhas da América Central.



            Esta descoberta tornou necessário dividir as zonas de influência entre espanhóis e portugueses nas navegações. Para isto, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, onde fora da Europa, os portugueses ficavam com um território a leste do meridiano, enquanto os espanhóis ficavam com um território a oeste.



            Até então, apenas uma pequena parte dividida pelo tratado tinha sido vista pelos europeus, sendo dividida apenas no papel.



            Imediatamente após a primeira viagem de Colombo, vários exploradores seguiram na mesma direção. Mas eles já tinham noção de que havia algo do outro lado do Atlântico, a tal ponto que quando houve o tratado entre Espanha e Portugal, eles insistiram que demarcação da linha fosse de 70 milhas para oeste, de onde veio o Tratado de Tordesilhas.



            Não se deve desprezar o imenso valor que este país tem, o Brasil, de ter nascido de um esforço técnico e político de um povo de pequeno território e que foi a primeira nação organizada da Europa, localizada num canto da Península Ibérica e que em determinada época de sua trajetória dividiu o mundo em duas partes: uma parte para eles mesmo e outra parte para a Espanha. Eles tinham poder, cacife político para isso. E conseguiram isso através do empenho do seu povo.



            Povos que nunca antes tinham se visto, estavam prestes a se encontrar. Em 1497, Portugal enviou Vasco da Gama para encontrar um caminho marítimo para a Índia, contornando pela primeira vez a África.



            Três meses após a saída, a frota que comandava já estava navegando em águas desconhecidas para os europeus.



            Em Moçambique tiveram que se passar por islâmicos e quase tiveram seus navios roubados, até que finalmente, 10 meses depois, alcançou o destino indiano e estabeleceu a rota do Cabo mantendo um caminho aberto para a Índia.



            Na hora de regressar, navegando contra o vento em algumas partes da jornada que duravam apenas 23 dias, passaram a gastar 132 dias. Metade da tripulação pereceu.



            E das navegações, dos 148 navegadores que estavam lá, só duas delas com um total de 55 homens, retornaram a Portugal.



            Vasco da Gama chegou um mês depois em sua companhia, tendo que sepultar seu irmão mais velho no caminho.



            No seu retorno, ele foi recompensado como o homem que finalizou o plano que levou 80 anos para ser cumprido. Recebeu o título de Almirante-Mor dos mares da Índia.



            E em 1499, houve a notícia que os portugueses tinham descoberto a Índia verdadeira. A viagem era a mais longa até então realizada. Superior a uma volta completa ao mundo. Seria eternizada no épico – Os Lusíadas, escrito por Luiz Vaz de Camões. Um feito inacreditável que seria superado logo no ano seguinte.



            As grandes navegações daquela época podem ser comparadas atualmente à NASA, as viagens no campo espacial, o cabo Canaveral e os esforços dos Estados Unidos do século XX. Não sei quais foram as aventuras mais arrojadas, se não foram aquelas dos navegadores, que se jogavam no mar aberto num tempo cheio de superstições, receios, medos incertezas, navegando em mares nunca dantes navegados.



            A saída desses homens, esta expansão marítima, é uma característica fundamental de heroísmo, de empreendimento humano. Homens ficaram pelos caminhos, ao longo de toda tradição marítima.



            Portugal tem o privilégio de ter nos mares o seu maior cemitério. Tem versos do poeta Fernando Pessoa que diz: Oh, mar salgado, quanto de seu sal são as lágrimas de Portugal!



            E depois, no final desses versos ele diz: “Valeu à pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.



            Imagino o quanto foi empolgante naquela época ver toda essa movimentação em torno das navegações, homens destemidos que se lançavam ao alto mar, enfrentando medos e superstições, em longas jornadas de meses, sem nenhuma segurança quanto o retorno. Quanta esperança, saudades e lágrimas registradas nos livros diários das embarcações nos oceanos desconhecidos e na literatura poética da terra-mãe. Estes deveriam ser os aspectos transmitidos a todas as gerações, mostrando os feitos heroicos de nossos antepassados e não criarem narrativas tendenciosas para atingirem benefícios iníquos com o embuste sobre nossas consciências. Esse é um crime que nossas leis aqui no mundo material ainda não consegue alcançar, mas com certeza, no mundo espiritual a justiça divina não será cooptada por esses interesses egoístas, e muitos dos que praticam tais enganações com falsas narrativas, voltam a este planeta de provas e expiações na condição de retardados mentais, muita vezes alimentados em suas deficiências por aqueles a quem enganou e que vivem também em vida de sofrimento.



            Mas a verdade sempre triunfará, não importa o tempo que leve para isso acontecer. E a verdade sempre nos libertará, pois esta foi a mensagem do Cristo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 31/03/2022 às 00h01
 
30/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (11) – GRANADA, ISABEL E FERNANDO

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            No ano de 1485, o Infante Dom Henrique é nomeado Grão-Mestre da Ordem de Cristo, cujos amplos recursos e os imensos privilégios acumulados seriam bem aproveitados nas navegações. Transformou muitos dos seus cavaleiros em navegadores e muitos dos seus navegadores em cavaleiros.



            Nem tudo estava tranquilo na Europa enquanto as navegações progrediam. As guerras de séculos por territórios ainda apresentavam riscos, e antes de conquistar os mares, haveria um último desafio na Europa Ocidental.



            Já passavam seis séculos desde que houve a reconquista do território europeu pelos cristãos. Os muçulmanos foram recuando até se concentrarem no sul da Europa, na região de Granada.



            O Emirado de Granada tornou-se o último bastião muçulmano na Península Ibérica e cai sob o domínio de Isabel. Ela era uma mulher de grandes dotes intelectuais e ela pensava que sua missão era conquistar de vez a Espanha, terminar o que seus ancestrais começaram.



            Os muçulmanos estavam em Granada, eventualmente guerreavam com os cristãos e tinham planos de reconquistar o território. Eles estavam em contato com os turcos e marroquinos para fazerem uma grande invasão na Espanha para começar a reconquista.



            Isabel conhecia toda a história, era muito culta. Ela tinha uma noção de estratégia, ela sabia que devia tomar o Emirado de Granada rapidamente, pois senão toda essa história de conquista da cristandade poderia ser colocada na lata do lixo.



            O que Isabel e Fernando entendem? Eles não podem atacar sozinhos. Eles se lembram que nas Cruzadas, as quais terminaram há pouco tempo, o Papa tinha dado indulgências para cristãos de outros países que entrassem nas Cruzadas. Então, eles conseguiram que o Papa Inocêncio VII promulgasse uma bula chamando todos os cristãos de outros países se juntassem para a reconquista, ganhando indulgências da mesma forma que eles ganharam nas Cruzadas. Com isso, nós vemos um contingente de tropas estrangeiras se dirigindo para a Espanha para ajudar os cristãos espanhóis: ingleses, alemães, irlandeses, franceses, se integram ao exército castelhano.



            Mais de 50 mil homens se juntam ao exército castelhano de Fernando e Isabel.



            Isabel se faz presente, pessoalmente, nos campos militares e partem para novas conquistas até chegarem aos pés da cidade de Granada.



            Os cristãos, nestes oito meses, não esmoreceram eles continuaram convictos de que uma hora Granada iria cair. Os mouros também sabiam que iria cair. Eles continuaram lutando apenas por heroísmo. Queriam ser fiéis aquilo que eles acreditavam.



            Finalmente Granada se rendeu, os reis católicos, a princesa, os nobres, sacerdotes, os grandes capitães cristãos vestem-se de gala e se posicionam nos portões da cidade. Os tambores rufam, bombardeios de honra são feitos, a cruz é alçada na torre mais alta junto com a bandeira de Castela e com isto termina a reconquista.



            Os chefes mouros tentam beijar as mãos de Fernando e Isabel reconhecendo a soberania deles. Mas Fernando não deixa. Ele diz: “eu sou rei, você também é um rei”.



            Ainda que inimigos, eles não querem a sua humilhação. Isso foi em 02-01-1492 as 15h. Desde então, os sinos das igrejas de Granada, fazem três toques exatamente às 15h desse dia, em honra desse acontecimento. Nesse ano, Cristóvão Colombo fez sua navegação para a descoberta da América.



            Mais uma página heroica e aventureira de nossa história, conduzida por Isabel e Fernando na tomada de Granada dos mouros, com o apoio da Igreja Católica. Era uma ação estratégica para garantir a nossa liberdade no continente e daí partir as iniciativas de descobertas que levaram a civilização ocidental a um Novo Mundo, onde nos encontrávamos. Gente heroica e fraterna que na vitória não deseja a humilhação do adversário e que tem capacidade de apostar recursos em novas aventuras, em novos pensamentos e atitudes que enfrentam o desconhecido e pior que isso, enfrentam os preconceito e os temores mitológicos de mares nunca dantes navegados e cheios de monstros indestrutíveis.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/03/2022 às 00h01
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