Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/10/2013 00h01
EMPATE

            Hoje verifiquei que o meu peso estava igual o de ontem. Um empate considerando a disputa que estou fazendo com a Gula até o dia 17-10-13, o dia prévio à minha viagem para Curitiba. Pretendo viajar sem estar nesse conflito com o meu corpo. Meu espírito deve seguir em harmonia, apesar dos cuidados regulares com a alimentação, mas não com este controle rígido que estou empenhado em fazer agora.

            Verifico que nestes quatro dias de avaliação com um placar, não tive uma só vitória, o máximo que consegui foi este empate. Isso traz uma preocupação para mim, pois sei que depende da minha competência frente ao Pai, a capacidade que eu terei agora de deixar o meu corpo hígido, sem excesso de peso, de gorduras, que atrapalhem a sua competência. O fruto que eu deverei produzir agora no ramo da minha videira ligada ao Cristo e sugando as energias do Criador, é um corpo saudável sem nenhum excesso de peso. Lendo um texto da Fé Bahá’í encontrei motivos para uma boa reflexão nesse sentido. Diz assim:

            Dize: - Ó povo de Deus! Acautelai-vos para que os poderes da Terra não vos alarmem, a força das nações não vos enfraqueça, o tumulto do povo da discórdia não vos detenha, nem os expoentes da glória terrena vos entristeça. Sede como uma montanha na Causa de nosso Senhor, o Onipotente, o Todo-Glorioso, o Irrestrito.

            Juro por minha vida! Nada pode sobrevir aos meus amados, salvo aquilo que lhe traga proveito. Testemunho disso é dado pela pena de Deus, o Mais Poderoso, o Todo-Glorioso, o Mais Amado. Que os acontecimentos do mundo não vos entristeçam. Deus é Minha Testemunha! O mar do júbilo anela a atingir vossa presença, pois toda coisa boa foi criada para vós e, segundo as necessidades dos tempos, vos será revelada. O texto orienta para que sejamos uma montanha na causa do Senhor. Eu pretendo ser essa montanha, resistir a qualquer influência externa ou interna, ou ameaça que tente me desviar do caminho. Para isso eu devo ter um corpo saudável, então, para atingir a condição de “montanha”. Eu tenho que cumprir esse pré-requisito que é domar a força da Gula e tirar o excesso de peso do corpo. Não tem aqui nenhum propósito de exclusividade estética, mas também com uma boa aparência, acredito que eu me torne mais benquisto aos olhos do Pai.

            Continuarei o enfretamento com a Gula até o dia previsto, mas também não a terei como um inimigo cruel. Sei que ela se origina dos desejos do meu corpo, que por ignorância pretende se alimentar com exagero para usufruir desse prazer. Neste meu controle deve passar também a orientação do espírito para os pensamentos que se organizam no campo mental, para que tente justificar aos desejos da Gula a importância dela não se impor com tanta força contra os objetivos do espírito, pois este não quer outra coisa que não seja o seu bem estar, mesmo que num momento pareça ser um capataz rigoroso que evita o gozo do prazer em seus comandados.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/10/2013 às 00h01
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12/10/2013 00h01
GULA 3 X 0 ESPÍRITO

            Mais uma derrota contabilizada para o Espírito. Dessa vez não foi por nocaute, não comi de forma exagerada. A primeira parte do dia, manhã e tarde, atravessei sem dificuldade, como sempre acontece. O meu hábito de fazer só uma refeição que adquiri desde os tempos de estudante universitário, hoje me dá essa proteção. Agora à noite quando eu tenho o costume de alimentar-me, vem o grande teste. A Gula cresce em imponência e o Espírito muitas vezes é como se nem existisse. Foi assim com esta batalha.

            Apesar de que no dia anterior eu tinha recebido uma lição de que era um ramo da videira que estava intimamente associado ao Cristo, mesmo assim no momento crítico esse pensamento não chegou à minha mente. Pelo contrário, qualquer ideia de alimentação logo era aceita sem grande contestação. Não exagerei, tá certo, comi até de forma regular, mas acontece que estou em regime de controle e o meu peso é quem decide quem vence. Caso eu perca peso, eu venço “por contagem de pontos”. Caso eu ganhe peso, eu perco “por contagem de pontos”. Foi o que aconteceu. Ganhei 300 grama comparado ao dia anterior. Perdi por contagem de pontos!

            Mas não perco a esperança. Continuo dentro do ringue, continuo na luta, tentando o controle sobre a Gula. Agora sei de toda sua força, já fui subjugado três vezes, duas por nocaute e esta última por contagem de pontos. Desta vez estou dentro do ringue com muito otimismo. Tenho esperança de ganhar desta vez por nocaute. Procurarei não abrir minha guarda, não alimentar desejos de alimentação, não desenvolver pensamentos nesse sentido, não fantasiar nem imaginar qualquer tipo de alimentação. Procurarei manter a imagem de que sou um pequeno ramo da videira e que estou intimamente ligado ao Cristo, que espero receber dEle toda a seiva necessária ao meu fortalecimento. Quero ser apto a mostrar este fruto que desejo amadurecer, um corpo sadio, sem sobrepeso, apto a desenvolver com vigor e competência a vontade do Pai.

            Dedicarei minha vitória de hoje à Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do meu país, a mãe do meu Mestre Jesus. Dentro também do significado humano do Dia da Criança, condição essa que eu não me afastei muito, apesar do tempo está pintando de branco os poucos cabelos que me restam. Mas lembro que Jesus dizia: deixai que venham a mim as criancinhas. Pois eu assumirei o meu lado criança e procurarei estar o mais perto possível do Mestre.

            Acredito que todas essas circunstâncias estejam favoráveis para a minha vitória. Não posso ser excessivamente confiante, pois já sei da força do meu adversário. Tenho que manter a humildade, mas também ao mesmo tempo a confiança na proteção e estímulo dos meus protetores e esperança na “força” do meu espírito.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/10/2013 às 00h01
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11/10/2013 00h01
GULA 2 X 0 ESPÍRITO

            Estou concentrado agora na luta contra a Gula. Pode parecer uma questão de menor importância, mas a Gula é por mim reconhecida como um dos meus principais adversários íntimos, que eu me sinto subjugado por sua força, mas que sei da responsabilidade do espírito sobre o corpo de onde surge a sua força. Sei que ela obedece aos desejos do corpo que tem por finalidade garantir a sobrevivência, mas como ela não é inteligente, não consegue perceber que o exagero que ela procura e termina por realizar é contraproducente, que termina por atrair doenças e consequentemente acabar com a vida que ela queria preservar. Quem tem essa consciência é o espírito e cabe a ele domar essa força bruta da Gula. Por isso acho importante me colocar agora no centro desse confronto, não importando qual seja o cenário que a vida ofereça no cotidiano. Devo estabelecer estratégias e procurar cumpri-las, observando os erros cometidos nas derrotas anteriores e procurando evitá-los.

            Ontem eu tinha previsto uma vitória, com a firme determinação de praticar o jejum em qualquer que fosse a circunstância. Comecei o dia bem, na reunião do departamento evitei o tradicional bolo que sempre eu aproveitava com satisfação. Assim que terminou a reunião meu espírito comandou o corpo para longe da mesa onde estavam os alimentos e procurei me envolver em outras tarefas. Passou o horário do almoço, a Gula não se manifestou, ela sabia que como eu não tenho costume de almoçar, não iria ser derrotado nesse round do tempo. Mas tudo aconteceu com a aproximação da hora do jantar, onde costumo ir à padaria e comer à vontade. Aceitei logo o boicote que poderia passar por lá e tomar apenas um copo de suco de laranja. Não era nada demais, não estaria rompendo o projeto do jejum no dia, isso já era uma estratégia da Gula. Parece que a contra-argumentação do espírito, de que eu tinha determinado que tomaria apenas água, não valia. No campo mental estava agora a determinação de que eu tomaria o suco. De quem era essa determinação de tomar o suco? Do corpo através da Gula! O espírito terminou por aceitar os seus argumentos de que isso não iria comprometer o jejum. Uma falsidade, reconheço agora, mas naquele momento não vinha com tanta força essa compreensão. É como se o corpo boicotasse a entrada na mente dos argumentos do espírito e ficasse no domínio quase completo dos pensamentos. Até aí eu poderia considerar uma derrota parcial. Mas a derrota total, um verdadeiro nocaute, veio logo em seguida.

            Recebi a notícia que a minha ex-primeira-esposa que sempre nos acompanha nas reuniões da noite e que participa conosco do jantar na padaria, estava impossibilitada de vir devido estar sendo obrigada pela fraternidade e compaixão a fazer companhia ao seu irmão doente, já que os seus vários outros irmãos se recusam a ajudá-la no compartilhamento dessa tarefa. Logo despertou em mim o sentimento da fraternidade para com ela, o sentimento de que ela faz parte da minha família ampliada dentro das perspectivas da construção do Reino de Deus, como é a minha principal missão nesta Terra. Pensei logo que podia comprar os alimentos e ir até a casa dela para jantarmos juntos, existia tempo para isso. Recebi o apoio da minha companheira que ia comigo para a reunião, e como ela sabia do meu controle alimentar, procurou me advertir para manter esse controle que eu queria. Tarde demais! A Gula aproveitou o sentimento de fraternidade que autorizou a compra dos alimentos e logo colocou o argumento de que não seria nada delicado ir jantar solidariamente com uma pessoa fazendo um controle alimentar que poderia trazer constrangimento ao invés de alegria. O espírito foi à lona com esse argumento e passei a comprar tudo em demasia, que com certeza não teríamos condições de comer tudo. Cheguei dessa forma, carregado de comida e com a Gula em pleno vigor, dominando todas minhas ações. Comi o máximo que pude como no dia anterior. Mais uma derrota! Por nocaute!

            Agora, fazendo a reflexão do acontecido e comparando com a leitura que faço diariamente, observei uma coisa de grande importância. Eu estava com a impressão de que estava nesta luta sozinho, que a maioria das pessoas que estão ao meu redor, sem querer, termina por estimular a Gula quando dizem que eu devia comer alguma coisa para não ficar no jejum. Não sabem que qualquer alimento que eu colocar na boca é como se eu tivesse dando um pote de vitaminas à Gula para ela com toda força exigir mais, e mais, e mais! Mas eu tenho ao meu lado o Mestre Jesus e disso eu estava esquecendo. Eu não o colocava comigo dentro dessa luta. Foi quando li um texto do livreto PÃO DIÁRIO onde é colocado assim:

“Jesus também usou uma planta para ensinar os seus discípulos. Ele descreveu os discípulos como ramos ligados a Ele mesmo – a videira. Um ramo consegue dar frutos sozinho? Não. É preciso extrair nutrientes e água da videira. Jesus quis dizer que o segredo para gerar frutos não estava na força ou em nossa determinação, mas em estar unido à fonte da vida. Ele dizia que, se vocês ficarem unidos comigo, e as minhas palavras continuarem em vocês, receberão tudo o que pedirem. Quando orardes extrairás de Deus os recursos necessários para produzir frutos. A natureza gloriosa do meu Pai se revela quando vocês produzem muitos frutos e assim mostram que são meus discípulos. Você quer ser forte e cheio de beleza espiritual? Permaneça em Jesus e siga suas palavras, dependa dele como uma forma de ser um caminho seguro em direção ao Pai. O Pai com certeza responderá aos clamores do filho, que está produzindo frutos através do Seu poder.” 

            Essa leitura serviu como se um treinador chegasse perto de mim nesse ringue da vida e desse as orientações necessárias para eu voltar ao confronto. Interessante que eu já tinha essa leitura, inclusive no O LIVRO DOS ESPIRITOS existe a figura do ramo da parreira e a explicação do que significa. Mas foi preciso o meu instrutor espiritual vir até mim nesse momento de derrotas para me orientar na luta, lembrar da lição.

            Sei agora o significado do nocaute como o que ocorreu comigo ontem, quando não tenho nenhum controle e me alimento de forma exagerada. Quando eu consigo a abstenção total de alimentos, o jejum total, é um nocaute que eu aplico na Gula. Mas a luta deve se desenvolver sem a procura principal do nocaute. Pode existir a vitória pela contagem de pontos, quando eu me alimento de forma limitada, controlada. Agora com a compreensão de que sou um simples ramo da parreira que está ligada ao Cristo e dessa forma tenho ao meu alcance todos os recursos que o Pai pode me oferecer através da prece, fico mais fortalecido. Posso alcançar a produção do fruto que eu quero agora, deixar meu corpo saudável sem o excesso de peso, mais competente para cumprir a vontade do Pai. Perdi as duas batalhas anteriores por nocaute. Verei se consigo vencer esta de hoje pela contagem de pontos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/10/2013 às 00h01
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10/10/2013 00h01
A FORÇA DA GULA

            Observei com maiores detalhes a força que a gula exerce sobre o meu comportamento. Estou determinado a fazer o controle alimentar esta semana tendo em vista o aumento do peso que me deixa na faixa do sobrepeso com ameaça a saúde. O meu espírito observa esse detalhe e a necessidade desse controle. O meu corpo não tem a condição crítica de fazer essa observação. Ele tem apenas o preparo fisiológico de apresentar as necessidades na forma de desejos e sabe que ao cumprir recebe em troca o prazer corporal. Assim ele comete exageros em vários aspectos, não somente no alimentar, sempre que a ação lhe proporcione algum prazer. Assim observo com relação as drogas recreativas, legais ou ilegais; com relação ao sexo, jogos, doces, etc. Todas as ações, desde que realizadas acima de determinado limite, passam a ser nocivas ao próprio corpo e por consequência, ao espírito que deve ser responsável por ele. Mas somente cabe ao espírito fazer esse diagnóstico e limitar as ações dentro de limites saudáveis.

            Então, dentro desse contexto, o meu espírito viu a necessidade do controle alimentar e isso vai de encontro a força do desejo do corpo por alimento, força essa que quando não controlada e tem uma existência abusiva a chamamos de Gula, reconhecida como um dos sete pecados capitais. Pode até parecer um controle simples e fácil de fazer, comparado ao controle do uso de drogas recreativas onde o poder nocivo dessas é devastador na vida dos dependentes. Mas se observarmos bem a Gula também faz seus estragos massivos. É só verificar quantas pessoas estão classificadas na faixa do sobrepeso em que me encontro, quantas avançam para a obesidade sem conseguir deter essa marcha. Quando percebem a necessidade do controle, se submetem as diferentes formas de dietas e até a cirurgias corretivas e limitantes.

            A estratégia que eu uso com maior êxito é o jejum. Consigo ficar até três dias sem me alimentar de nada, apenas tomando água ou no máximo um suco de frutas, sem sofrimento corporal significativo. Porém sou muito criticado por isso, que devo fazer apenas o controle da alimentação, mas não deixar de comer, pois isso também é nocivo à saúde. Não tenho essa compreensão, mas muitas vezes me submeto a opinião da maioria que está ao meu redor, e sinto nesses momentos a força da Gula. Uma porção de alimentos por pequena que seja desperta no corpo toda a força dos desejos, o vigoramento da Gula.

            Foi isso que aconteceu ontem. Eu já estava sofrendo derrotas sucessivas representadas no controle do peso que não consegue descer aos níveis desejados e algumas vezes sobe em vez de descer. Isso na primeira semana que decidi fazer o controle alimentar. Então ontem eu estava determinado a fazer o jejum mesmo, para compensar a falha do dia anterior que elevou o meu peso muito acima do que eu queria. Pensava que ao sair do trabalho eu passaria na padaria e comeria um pouco de salada ou um pacote de castanhas, já foi um boicote a necessidade do jejum que o espírito tinha planejado. De forma bioquímica e neurofisiológica as necessidades do corpo chegam até as estruturas cerebrais capacitadas em levar os conteúdos mentais que formam os desejos no campo emocional dos pensamentos. Toda essa estrutura tem um desenvolvimento biológico autônomo, predeterminado desde a existência do ser na forma de instintos, que se desenvolvem para a preservação da vida e reprodução do indivíduo. Não existe nessa engenharia biológica um setor de autocrítica que por si só faça o controle do comportamento exagerado, apesar de que, os mesmos sistemas neurofisiológicos da gula promovida pelo corpo, também sustentem os processos intelectivos movidos pelo espírito os quais irão fazer o diagnóstico nocivo do comportamento. Surge assim no campo mental a decisão do espírito em limitar ou evitar o comportamento nocivo, no caso a aquisição exagerada de alimentos. Também existem no campo mental os desejos do corpo, alicerçados no interesse da sobrevivência biológica. São dois títeres que se confrontam e que vestem os devidos uniformes: no lado espiritual é o Ego superior ligado aos interesses da vida eterna, a evolução do espírito no campo moral; no lado corporal é o ego inferior, ligado aos interesses da sobrevivência do corpo, da vida efêmera, da evolução no campo biológico. O termo superior e inferior não significa maior ou menor força de forma automática. Claro, a lógica nos diz que o Ego superior é quem deveria ter a maior força e comandar o comportamento. Mas isso não é o que observamos. Na maior parte das vezes o comportamento e determinado pelo ego inferior, o que está preocupado com a vida efêmera da carne, com a evolução egoística do próprio corpo.

            Foi isso que aconteceu quando entrei naquela padaria. O meu processo mental foi tomado pelos desejos do corpo e meus pensamentos foram totalmente direcionados para eu me alimentar o máximo possível. Parecia que eu era um autômato onde a voz do meu espírito não conseguia influenciar o meu comportamento. Fiz um prato enorme e me dirigi a mesa. Fazia a crítica do que estava acontecendo, mas sem nenhuma convicção de evitar o desastre eminente. Aconteceu. Ingeri o enorme prato que construí e o espírito agora passava apenas a se lamentar por mais uma derrota.  

            Sei de todos esses detalhes e sei que meu espírito não pode abandonar a arena de luta, apesar das derrotas humilhantes que sofre. Hoje é mais um dia, mais uma batalha. O meu espírito se coloca mais uma vez a postos, enche a minha mente com os propósitos da abstenção total de alimentos, do jejum total, onde seja aceita apenas a água, como forma de recuperação do amor próprio. Hoje verei se esse round será vencido por meu espírito. Estarei torcendo por ele durante todo o dia. Procurarei evitar todas as armadilhas que a Gula desenvolver com os mais diversos argumentos, com os mais diversos apoiadores que sem saberem estão atuando como uma torcida que motiva os jogadores do seu time. No caso, os desejos da carne que já estão bem postos em campo.

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em 10/10/2013 às 00h01
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09/10/2013 00h01
ORAÇÃO DA SABEDORIA

            Fiz uma adaptação da “Oração de Salomão para obter a sabedoria”, descrita em Sb 9: 1-18, para aplicar na minha atual condição de vida, de acordo com meus paradigmas e perspectivas futuras, e que ficou da seguinte forma:

            Deus, Pai de todos nós, Senhor da vida e de todas as coisas, que por Vossa sabedoria nos criastes como homem para ser o senhor de todas as Suas criaturas, governar o mundo na santidade e na justiça, e proferir seu julgamento na retidão de sua alma, dai-me a sabedoria que partilha do Vosso trono. Não me rejeiteis por minhas fraquezas como ser indigno de ser um dos Vossos filhos capacitados em cumprir a Vossa vontade.

            Sou, com efeito, Vosso filho, e por meu livre arbítrio, Vosso servo, instrumento da Vossa vontade. Também sou filho biológico de Vossos filhos que nasceram, cresceram, reproduziram e morreram, sem a compreensão adequada de Vossa lei e de Vossa vontade. Por esse motivo nasci fraco, de existência breve, incapaz de compreender Vosso julgamento e Vossa lei. Mesmo porque, qualquer homem, mesmo perfeito entre os homens, não será nada se lhe faltar a sabedoria que vem de vós.

            Ora, Vós me escolhestes para ser o educador de Vosso povo, aplicando o conhecimento adquirido na academia, nos templos, que me proporcionastes em minha própria vida e relacionamentos com Vossos filhos e Vossas filhas. Vós me ordenastes aplicar o Amor Incondicional, a Vossa essência, nos relacionamentos afetivos até os mais íntimos, na estrutura santa da família como um modelo para o Reino em que habitarás: uma imagem da sagrada família universal que preparastes desde o princípio e que foi anunciada pelo Vosso filho mais amado, mais perfeito, nosso Mestre Jesus.

            Mas, ao lado de Vós, está a sabedoria que conhece as Vossas obras; ela estava presente quando fizestes o mundo, ela sabe o que Vos é agradável, e o que se conforma às Vossas ordens.

            Fazei-a, pois, descer de Vosso santo céu, e enviai-a do trono de Vossa glória, para que, junto de mim, tome parte em meus trabalhos, e para que eu saiba o que Vos agrada.

            Com efeito, ela sabe e conhece todas as coisas; prudentemente guiará meus passos e me protegerá no brilho de sua glória.

            Assim, minhas obras vos serão agradáveis; amarei Vosso povo, meus irmãos, na base da amizade, fraternidade e justiça e serei digno do Vosso amor, meu Pai.

            Que homem, pois, pode conhecer os desígnios de Deus e penetrar nas determinações do Senhor?

            Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções, porque o corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados.

            Mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão.

            Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu?

            E quem conhecerá Vossas intenções, se Vós não lhe dás a sabedoria, e se do mais alto dos céus, Vós não lhe enviais Vosso Espírito Santo?

            Somente assim, Pai, tornarei retas as veredas que estão à minha disposição na terra, aprenderei as coisas que Vos agradam e pela sabedoria conseguirei cumprir a Vossa vontade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/10/2013 às 00h01
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