Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
Os próprios comunistas compreendiam que havia uma espécie de queda de braço e que se as coisas continuassem daquela forma o comunismo iria perder. Havia uma guerra armamentista que os Estados Unidos estavam vencendo. Eles tinham armas muito mais potentes, eram tecnologicamente mais desenvolvidos e estavam com uma situação melhor que a União Soviética. Os Estados Unidos estavam vencendo a batalha militar dentro da Guerra Fria.
Os comunistas não estavam mais fixados numa batalha militar. Há décadas que os comunistas haviam percebido que o caminho não era o militar, o caminho era o cultural. Como surgiu isso? Como se deu essa passagem, esse triunfo, de uma linha que aparentemente parecia heterodoxa do comunismo.
Vamos começar a partir do século 19 com a ideia de Karl Marx. A sociedade é injusta e explora o trabalhador, o proletário. É necessário que haja uma revolução armada para que a classe trabalhadora tome a posse do governo para implantar uma ditadura do proletariado, através de uma luta de classes. O proletariado vai tomar posse dos meios de produção, do governo, etc. Esta será uma ponte para uma sociedade que será justa, sem classes, sem governo. O ideal de Marx é implantar aqui na Terra um paraíso. Implantar aqui neste mundo uma sociedade justa, perfeita. E como será feito isso? Pelo poder criativo do mal. Aqui está a perversão marxista na sua raiz mais absurda. Marx é somente o secretário. Satanás na verdade é Hegel. Marx é somente o porta-voz, a força criativa do mal, do negativo. Faça o mal, produza o mal, destrua, disso virá algo bom. É esse o princípio Hegeliano. Uma vez que você tem uma antítese forte, desse conflito, dessa luta de tese e antítese, surgirá uma síntese superior. Esta luta será elevada, na linguagem técnica hegeliana, será suprassumida, vai ser levada para cima.
Então, num conflito, num duelo de vida ou de morte surgirá o superior. O que acontece em Hegel, é que existe uma injustiça com o mal, com o negativo. Pois o negativo foi demonizado, foi exorcizado de nossas vidas. Quando você exorciza e retira o negativo da vida das pessoas, você está criando um imobilismo, uma falta de vitalidade.
Hegel traz para dentro da filosofia aquilo que já era enxergado, já era visto pela arte, pelo romance, pelos satanistas. Se lermos o Fausto de Goethe, uma das cenas iniciais, Mefistófeles, o demônio, aparece para Fausto e se identifica. Eu sou aquela força do mal que sempre produzo. O mal produz vida. É isso que o mal diz de si. Existe criatividade, vitalidade no mal. Você dá asas a maldade e vai acontecer algo de bom.
Hegel coloca isso na filosofia, na sua dialética. Marx leva isto à prática. Passa da teoria hegeliana para a práxis política em que matar e destruir, hostilizar a civilização, trazer abaixo a ordem irá produzir uma ordem superior. Este é o princípio que vocês não devem se esquecer, porque ele governa a vida de muitos sacerdotes, até mesmo bispos, dentro da Igreja Católica hoje. Não que eles tenham estudado isso, fazem sem saber de onde vem.
É preciso que desde o início saibamos distinguir em que time a pessoa está jogando dentro dessa história da revolução cultural dentro da igreja.
É importante sabermos que estamos dentro de uma Guerra Espiritual cuja arma principal do lado do Demônio é a mentira e do lado de Deus é a Verdade. O objetivo é alcançar a mente do ser humano e o tornar consciente de que lado ele quer ficar. O Demônio é a representação energética do Behemoth criado pelo próprio Deus e citado no Livro de Jó, na Bíblia Sagrada. Ele representa a energia de preservação do nosso próprio corpo e espécie, o egoísmo que recompensa a nossa mente com o prazer imediato. Por outro lado, o Espírito, criado simples e ignorante pelo próprio Deus, como sua imagem e semelhança, deve evoluir em moral e sabedoria com seus próprios esforços para chegar novamente à intimidade com Deus. Para acontecer isso o Espírito deve migrar pelas diversas manifestações do mundo material, efêmero em suas formas, inclusive a forma humana, para dominar com harmonia, sabedoria e fraternidade tudo isso que é criação de Deus, o Pai comum de tudo e de todos.
Esta é a raiz do conflito. O Demônio representado pela força energética do egoísmo e que usa a mentira como sua principal arma e Deus representado por nosso Espírito que usa a verdade como sua principal arma. As narrativas criadas, com base na verdade ou na mentira, chegam ao campo mental do homem, desde a sua infância e vão modulando os seus pensamentos. São essas narrativas que criam a Cultura e somos nós que fazemos isso. O Demônio descobriu que o caminho das armas não era eficaz e investiu na criação de uma cultura propícia para ele através do Comunismo. O Cristianismo não percebeu isso, e pior, deixou se contaminar na sua principal estratégia de evangelização, a Santa Igreja Católica.
Agora estamos dentro do prejuízo, a Guerra Cultural está dominada pelo Comunismo e o Cristianismo é atacado com perversidade onde ele se manifesta, principalmente quando é evocado o direito do homem à liberdade, privando-o da fraternidade e jogando-o dentro de sistemas autoritários e corruptos de poder.
Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
Quando falamos em Revolução Cultural parece uma coisa distante do nosso mundo, da nossa realidade eclesial. Quando falamos da Teologia da Libertação já soa um pouco mais familiar, do nosso dia-a-dia.
Como reflexão teológica o que está acontecendo dentro da igreja, que forma o pensamento revolucionário está influenciando pensar a teologia, pensar Deus, pensar o sacerdócio, e realmente estruturar a nossa vida eclesial.
Para chegar na teologia temos que partir sempre da filosofia. Então, essas primeiras palestras serão mais filosóficas do que teológicas, mas iremos chegar na Biologia. Mas é necessário saber as raízes do movimento revolucionário cultural que está plenamente instalado na igreja.
Quando falamos em Teologia da Libertação as pessoas ficam assustadas, perguntam se isso ainda existe. Mas de fato, a agua não é vista pelo peixe. Nós já estamos dentro de uma hegemonia cultural em que todo pensamento da sociedade e da igreja estão tão impregnados de revolução que já não notamos mais o que seja revolução.
Em 1989 houve um evento que mudou a história recente da humanidade, a queda do Muro de Berlim. O comunismo real, o marxismo real, desapareceu. Parecia uma vitória do capitalismo, de dois grandes homens do século XX, o presidente Ronald Reagan e o Papa João Paulo II. Houve realmente uma colaboração entre o Vaticano e os Estados Unidos, um esforço de trazer abaixo o comunismo.
O Papa João Paulo II vinha de um país comunista, ele sabia o que era o comunismo, a opressão de um estado totalitário. O presidente Ronald Reagan foi sempre um anticomunista ferrenho, foi eleito como tal. Os dois homens, o braço religioso e o braço secular se uniram num esforço hercúleo de trazer abaixo o comunismo.
Em 1987, o presidente Reagan diante do portão de Brandemburgo em Berlim, pronunciou seu famosíssimo discurso falando a respeito do Secretário Geral do Partido Comunista, Gorbatchev, falando de seus esforços de fazer uma Perestroika, uma reestruturação do movimento comunista na Rússia e fazer uma Glasnost, uma transparência na estrutura e no governo comunista, disse assim: Senhor Gorbatchev, abra esse portão, derrube esse muro. Dois anos depois o muro caiu.
Parecia um grande triunfo do capitalismo, dos valores tradicionais do Ocidente, da luta do Papa João Paulo II.
Quando João Paulo II foi visitar Cuba, um jornalista perguntou a Fidel Castro, como ele se sentia recebendo em Cuba o homem que havia causado a queda do comunismo. Fidel Castro respondeu candidamente: eu não desprezaria assim Michail Gorbatchev. Ou seja, quem derrubou o comunismo não foi Reagan, não foi o Papa João Paulo II. Quem derrubou o comunismo foi o próprio comunismo. Hoje se torna cada vez mais evidente que a coisa foi de caso pensado. Existem expressões do próprio Gorbatchev anteriores a queda do Muro de Berlim que ele já dizia e os próprios comunistas já previam que seria necessário promover uma aparente morte do comunismo para que o espírito e o ideal comunista se alastrasse no Ocidente.
Acredito que a primeira narrativa de organização de uma sociedade ideal para toda a humanidade foi proposta pelo Cristo há 2.000 anos, com a formulação do Reino de Deus que seria alcançado a partir reforma íntima, individual, iniciada pela limpeza do excesso de egoísmo de dentro do coração. Podemos chamar essa narrativa de Cristianismo. Após 20 séculos de sua formulação e de crescimento por toda a Terra, inspirado na vontade de Deus, foi formulada outra narrativa por Karl Marx, que usando as ideias de Hegel, construiu a narrativa Comunista.
Essas duas narrativas, Cristianismo e Comunismo se espalharam pelo mundo através do campo ideológico das mentes humanas. O embate entre essas duas narrativas são caracterizadas por suas principais armas, a verdade e a mentira, respectivamente. Espalhadas difusamente pelos diversos países, assumindo aqui e ali certas particularidades, chegamos à Segunda Grande Guerra Mundial onde de certa forma as duas narrativas estavam em confronto, lutando pela hegemonia no mundo, representados por Hitler (Nazismo/Comunismo) x Churchill (Democracia/Cristianismo).
Com a vitória na Segunda Guerra Mundial, pelas armas, do Cristianismo, ficou desenhada nova frente de conflito e enfrentamento Cristianismo x Comunismo chamada de Guerra Fria, cujo emblema era o Muro de Berlim. As lideranças do Presidente Ronald Reagan e do Papa João Paulo II pelo Cristianismo, induziram a derrubada desse Muro permitindo a passagem massiva das pessoas do lado Oriental para o Ocidental, mostrando a perversidade do sistema Comunista aplicada à liberdade do ser humano. Mas essa aparente vitória do Cristianismo está se revelando agora como mais uma artimanha do Comunismo, que assumindo agora uma Guerra Cultural passa a deflagrar a moderníssima Terceira Guerra Mundial com armas biológicas e adversários sem rosto. Fomos advertidos diversas vezes pelas forças do Cristianismo, através das aparições de Nossa Senhora, sobre os perigos do Comunismo. Devido a fumaça de Satanás já ter entrado na Santa Igreja Católica, que deveria ser a responsável por esse enfrentamento, como Churchill foi na Segunda Guerra Mundial, ficamos sem liderança neste atual conflito.
Sentimos um mundo próximo da capitulação com todo tipo de restrições às liberdades individuais em nome do medo da Pandemia, sempre sendo usado o principal combustível do mal, a mentira.
Com a vitória de Jair Bolsonaro para a presidência do Brasil, com o lema de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” observamos que as forças do Cristianismo conseguiu montar uma base estratégica no principal país sul-americano, coberto pelo Cruzeiro do Sul e descoberto pelas caravelas impulsionadas pelos ventos sobre os estandartes da Cruz e cuja primeira ação institucional induzida pelos reis católicos de Portugal, foi o ofício da Santa Missa.
Bolsonaro mostra coragem e sabedoria nesse enfrentamento Cristianismo x Comunismo, mostrando com clareza a arma que estamos empunhando, que nos foi oferecida pelo próprio Mestre e Comandante, Jesus de Nazaré: a Verdade vos libertará. Felizmente, milhares de pessoas se tornam livres pela Verdade que Bolsonaro aponta com seus gestos rudes como Pedro, mas com a honestidade, coragem e fidelidade de João, e o recepciona como Mito por onde ele se apresenta. No entanto, continua cercado institucionalmente pelas forças Comunistas que o bombardeiam constantemente com mentiras e com ameaças a sua integridade física, como aconteceu com a facada que recebeu.
Esta é a Terceira Grande Guerra Mundial, o Grande Novo Enfrentamento do Cristianismo/Deus x Comunismo/Demônio. Não existe no ar o cheiro acre da pólvora e sim o inodoro invisível do vírus; as bombas não destroem fisicamente tudo ao redor, mas o medo destrói funcionalmente tudo ao redor; somos obrigados a andar afastados uns dos outros, mascarados e submetidos a experimentos biológicos. Como a Santa Igreja capitulou sob a “fumaça de Satanás”, assim aconteceu com nossas instituições mais importantes, a Justiça, a Academia, o Parlamento. Nós cidadãos nos sentimos fragilizados, acuados sobre a ameaça constante que paira sobre nossas cabeças, pois quem nos representa está tomado pelas mentiras e suas falsas narrativas. Os números não mentem, mas os mentirosos constroem números. Os fatos não mentem, mas os mentirosos constroem falsas narrativas. Este é o cenário da guerra.
Agora não é o simples Muro de Berlim que precisa ser derrubado, é a própria mentira. Este Muro atual não é feito com pedras e tijolos, e sim com seres humanos feitos à imagem e semelhança de Deus que estão intoxicados pela “fumaça do Demônio” e não conseguem ver a Verdade à sua frente, apenas as falsas narrativas nas quais se apoiam uns aos outros como cegos guiando outros cegos.
Nós, cristãos, engajados na Guerra Espiritual sob o Governo do Cristo e aqui no Brasil sob o comando do Anjo Ismael com o estandarte: Deus, Cristo e Caridade. Este é o novo Muro de Mentiras que temos que derrubar e salvar nossos irmãos que estão dentro dele. Ave Cristo!
Irei reproduzir neste espaço a palestra do Sr. Nelson Ribeiro Fragelli, especialista no tema da Revolução Francesa e autor de diversos estudos, para nossa reflexão sobre o mundo atual que vivemos hoje.
Era a noite de 9 para 10 de agosto, famoso, muito quente, era o verão aqui na França. Ouvia-se de longe gritos contra a rainha: “Queremos comer as entranhas da rainha! “
Ela era, sobretudo, particularmente odiada. Um dos guardas, chamado Mandá, muito fiel a eles, briguento, homem forte, temido pelos revolucionários, a Comuna manda chamar Mandá. Queria falar com ele. A Comuna, quer dizer, os que tramavam a prisão do rei no prédio da Assembleia Nacional.
Maria Antonieta, disse que Mandá não poderia ir. Mandá deveria ficar para os proteger. Mas o rei disse, não, vamos dar mais uma prova de boa vontade em relação à Assembleia e a Comuna de Paris, vamos parlamentar com eles. Mandá se despediu do Rei e disse: “eu não volto mais. A ordem de Vossa Majestade é minha condenação à morte”.
De fato, ele foi e uma hora depois a sua cabeça passeava em Paria na ponta de uma lança e o seu corpo atirado no Rio Sena.
A Comuna de Paria manda dizer para o Rei que toda Paris está revoltada. Era mentira. Eles diziam: é preciso que Vossa Majestade vá para a sede da Assembleia Nacional, onde se exercitavam os cavalos, onde a Assembleia Nacional estava ali assediada.
Chegam tropas revolucionárias para reforçar ainda mais as tropas de Paris em rebelião. O Rei resolve partir, contra a vontade de Maria Antonieta. Eles saem das Tulherias e o povo se encoraja vendo que eles tinham saído. Cercam, apupam, empurram, roubam uma bolsa de Maria Antonieta e invadem as Tulherias. Nessa invasão eles mataram 100 empregados que serviam ao palácio. A família real estava ali desde outubro de 1789. Vasculham todos os quartos, põem fogo, matam ou jogam pessoas vivas pelas janelas. Na adega, onde estavam os vinhos, quebraram todas as garrafas e o sangue se misturava com o vinho. Um violinista, revolucionário, bêbado de tanto sangue, tocava violino junto a um monte de cadáveres. As megeras que tinha empurrado os canhões até as Tulherias, elas assavam e comiam os órgãos sexuais dos suíços mortos na defesa do Rei. Mortos barbaramente.
Eles começaram a reação, os suíços levaram a melhor e o Rei mandou um bilhete mandando depor as armas. Eles obedeceram.
Esse bilhete, existe, eu o vi, está no museu em Paris.
Assim que eles depuseram as armas foram todos massacrados.
Ponto por ponto, a monarquia recuava. Nesse banho de sangue e nessa barbaridade, começam os massacres de setembro. Mataram 16.600 pessoas e guilhotinadas 10.000. e nem todos foram mortos pela guilhotina.
Por exemplo, acompanhava a família real, na Tulherias, a princesa de Lamballe que teve uma morte horrível. Uma senhora finíssima, moça muito bonita, decapitada, esquartejada, a cabeça também no cimo de uma lança, tocaram na janela onde estava a família real, quando abrem a janela para ver, isto foi mais tarde, evidentemente, um mês mais tarde. Mostram a cabeça da princesa de Lamballe.
E assim, a programação da República foi em setembro, e com este banho de sangue e de ignomínia foi proclamada a primeira república, das quais as outras repúblicas que vieram a se estabelecer, inclusive a nossa no Brasil, fazem parte dessa origem.
Impressionante como detalhes tão importantes da história são omitidos. A minha geração jamais soube desses detalhes da origem das repúblicas e como entramos nela. O que é ensinado para nós é a ocorrência de uma revolução que veio tirar o povo de uma tirania, que é pintada a tal revolução, de 1789, uma data que nunca saiu da minha cabeça, mas sempre como um momento grandioso da humanidade, uma vitória da liberdade, igualdade e fraternidade.
Quando tomamos conhecimento dos fatos como deveras aconteceu, sentimos raiva por todos aqueles que nos manipularam, mesmo que não tenham rostos, mas cujas consequências perversas existem até hoje. Podemos até perdoar aqueles que inocentemente, como eu estava, venha a colaborar com projetos de tal ideologia, como eu colaborei, sendo filiado e militante de partido político (PDT) que defendia tal programa de poder, que defende a República como de origem e ação virtuosa. Pode até que seu programa de governo tenha boas intenções, como aconteceu com a Revolução, mas o que acontece são inúmeros atos de iniquidade perpetrados por esse pessoal quando se instala no poder.
Irei reproduzir neste espaço a palestra do Sr. Nelson Ribeiro Fragelli, especialista no tema da Revolução Francesa e autor de diversos estudos, para nossa reflexão sobre o mundo atual que vivemos hoje.
Luiz XVI, bonachão, jamais queria usar a força, achava, como Fenélon, que tinha lhe ensinado, que tudo voltaria à normalidade porque aquele povo lhe amava e sobretudo ele amava o povo.
Grande humilhação, a fuga de Barrene... eles voltam para Paris, para a prisão das Tulherias, uma verdadeira prisão. Isso era junho de 1791, e pouco depois era aprovada uma Constituinte. O rei teria que assinar, que jurar à Constituição. Era uma humilhação enorme. O poder do rei caia cada vez mais.
Muito triste toda essa situação da monarquia. Maria Antonieta o aconselhava, mas ele não cedia no seu aspecto bonachão, calmo, tranquilo, jamais reagia.
Chegamos ao assalto das Tulherias em 10 de agosto de 1792, portanto, um ano e dois meses depois da fuga de Varrene.
Correu o boato, havia uma oficina de boatos, chamava-se “oficina dos criadores de boatos”. Eram mestres para apenas estudarem livros sobre a criação de boatos durante a Revolução Francesa.
Os boatos corriam que a Áustria, que o imperador austríaco que era irmão de Maria Antonieta, ele invadiria e como chefe de suas forças, o duque de Brunswick, estava para invadir Paris e matar os Patriotas. Era preciso que o rei fosse protegido. Que ele saísse das Tulherias e fosse para a Assembleia Nacional. Pegasse refúgio na Assembleia Nacional. Era uma prisão ainda pior. A Assembleia Nacional era contra ele. As Tulherias pelo menos era o palácio dele. A Assembleia Nacional era totalmente dominada pelos jacobinos, pelos radicais.
A partir de 10 de agosto de 1792, começaram a tirar os soldados que guardavam as Tulherias onde morava o rei. Começaram a esvaziar a guarda e a sua proteção. Ficaram 259 suíços, mais uma guarda fiel de uns 200 homens. A Comuna de Paris que era quem dirigia Paris, dava as ordens, tinha a polícia, tinha a força, criada pela Assembleia Nacional, manda um recado ao rei, que era preciso que ele vá para a Assembleia. Ora, era uma derrota, ele ser protegido pelos seus inimigos.
Maria Antonieta diz: “não, nós não vamos, nós temos armas para isso, nós vamos resistir, os suíços nos são fiéis, a nossa guarda não será abatida por esses desordeiros que querem vir aqui.” O rei hesita.
Um bom exemplo do que faz uma má educação no caráter humano. O rei educado dentro da ideologia do Quietismo manteve uma atitude quieta diante de uma crise que exigia ações enérgicas. A minoria revolucionária aproveitou essa brecha no caráter do rei e passou a manipular a população que sempre se mostra inclinada a ouvir os arautos da felicidade, sem condições psicológicas, educacionais ou morais de fazer diagnósticos alinhados com a verdade.
O desarmamento para a população é uma atitude gerada do Quietismo, que fiquemos quietos frente ao poder marginal, que passa a afrontar os cidadãos desarmados em suas próprias residências. Dessa forma é facilitada a revolução que os partidos de esquerda defendem, colocando a sociedade a mercê dos grupos armados, nas ruas das cidades, nos campos e até nas estradas. Fui vítima desses abusos diversas vezes, quando era obrigado a desviar meu carro quando ia para oo trabalho, de estradas bloqueadas por pneus queimados colocados por grupos armados. Agora, se todos os cidadãos que trafegavam por essa estrada tivessem suas armas, isso aconteceria?
Irei reproduzir neste espaço a palestra do Sr. Nelson Ribeiro Fragelli, especialista no tema da Revolução Francesa e autor de diversos estudos, para nossa reflexão sobre o mundo atual que vivemos hoje.
A Assembleia do Notáveis é fechada e são convocados os Estados Gerais. Foi a última grande solenidade da monarquia francesa. O povo de Paris acorreu a Versalhes, procissão do Santíssimo Sacramento. O que era os Estados Gerais? Eram os Notáveis mais os deputados eleitos. Foram feitas eleições na França e se reuniram em Paris para estudarem a situação, para trazerem uma solução para a França que nas mãos dos reis degringolava aos poucos. Os Estados Gerais se transformam em Assembleia Constituinte e essa se transforma um ano, dois anos depois em Assembleia Legislativa e começa então a demolição da França.
Em 4 de agosto de 1789 aconteceu a abolição das ordens e dos privilégios feudais, o fim do feudalismo. O Feudalismo, favorecido por São Luiz, o feudalismo que gerou a grandeza da França, era abolido e um sistema democrático igualitário tomava o lugar da administração pública. Em seguida, os benefícios eclesiásticos foram abolidos em novembro, os bens da igreja passaram para as mãos do Estado. Os Bispos já não eram, e tentaram fazer, sem inteiro sucesso, já não eram nomeados pelo Papa. Eram nomeados pela administração civil, pela Assembleia, pelo governo, o que é inadmissível para a Santa Igreja, que é soberana. Ela não pode admitir a interferência fora dos quadros da sua autoridade do governo eclesiástico.
Terrível nessa agitação, foi a jornada de 5 e 6 de outubro de 1789. Não posso dar detalhes, apenas digo que foram para Paris um conjunto de agitadores pagos. Vinham da Bélgica, da Alemanha, da Holanda, pagos para tirar o rei e sua família de Versalhes, e o conseguiu. Invadiram Versalhes (estou abreviando muito), chegaram até o rei, ele não reagiu. Obrigaram a família real, o rei, Maria Antonieta, seus dois filhos, madame Bertosseille que era a governanta dos filhos do rei, a entrarem sob vaias, apupos e ofensas, entrarem numa carruagem que os conduzia a Paris.
Esta viagem que normalmente se fazia em três horas, levou 10, 12 horas. Cheia de xingamentos a eles, jogavam até excrementos humanos dentro da carruagem. Maria Antonieta, uma princesa muito fina, se sentiu abaladíssima, humilhadíssima, chegaram em Paris no palácio das Tulherias, que não estava preparado para recebe-los e acamparam como puderam nos corredores. Não tinham ali seus empregados, não havia preparo para recebe-los. Grande humilhação para ele, e assim o rei ficou como que refém na mão da Revolução.
Nas Tulherias eles eram vigiados como feras numa jaula. Saiam à rua eram vaiados. Não eram vaiados pelo povo, mas sempre por esses agitadores pagos. Algum povo aderiu por mimetismo, passaram a acreditar que o rei era mal, que o rei era a causa das pretensas e criadas falta de comida e de alimentos que existiam na França.
Alguns aderiram, cansados desses apupos, desses males tratos e o rei resolve ir para o exterior, ir para a Bélgica para encontrar com os fieis da coroa e ali organizar uma reação. Foi uma fuga do rei por uma tentativa de sair das mãos de seus carcereiros, para organizar uma reação do exterior e retomar a França. Foi um fracasso.
Este é um bom exemplo de como as massas podem ser manipuladas por um pequeno grupo de agitadores, com suas palavras de ordem de violência com casca de justiça social. Essas pessoas podem ser eleitas “democraticamente pela vontade do povo”, induzidas pelas falsas narrativas como acontece até hoje. Por que nossas câmaras representativas dos deputados e senadores estão cheias de corruptos, pessoas carregadas de processos, alguns condenados, outros acobertados pela justiça... como pode um sistema saudável construir um sistema de poder tão podre? Que chega a desviar bilhões dos cofres públicos para os seus bolsos e para a sua ideologia manter esse mesmo tipo de poder? Como quebrar o poder hipnótico das falsas narrativas sobre a massa humana, em sua maioria ignorantes e dependentes dos instintos de sobrevivência, de garantia contra a fome, mesmo à custa da dignidade humana.
Felizmente observamos movimentos sociais positivos como a Brasil Paralelo, que se propõe a montar cursos baseados na verdade para inibir ou anular o efeito hipnótico das mentiras, desde que a pessoa ainda tenha condições de olhar sem preconceito o trabalho que é realizado.
Hoje com a pandemia, essa atitude dos gestores, associada a essa forma de governança, baseada nas falsas narrativas, se tornou muito mais ousada. A nossa liberdade de pensar e se expressar ou até de se conduzir, está ficando cada vez mais restrito. O cidadão é obrigado a usar máscara e se deixar inocular por substâncias experimentais, sem nenhuma segurança do resultado.
Parece que a profecias das Escrituras Sagradas, do reinado do Anticristo, baseado no autoritarismo, esta ficando cada vez mais próximo.