A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a décima sétima parte do episódio 1, “Origem do mal”.
Hitler foi mandado para a prisão de Landsberg, próximo de Munique. As condições que ele enfrentou na cadeia não eram nada ruins. Ele não precisava usar uniforme de presidiário. Recebia comida de admiradores. Recebia tantos pacotes de doces, salsichas, bolos e coisas do gênero, que chegou a engordar.
Ele recebia uma enxurrada de cartas. Acho que foi a primeira vez que as mulheres ficaram apaixonadas por Hitler. Ele recebia praticamente um rodízio de visitantes. Ele ainda era uma figura central no Partido Nazista. Isso diz muito sobre a capacidade de Hitler de aproveitar todos os contatos possíveis para facilitar sua ascensão política.
Ele usou seu tempo na prisão para escrever a autobiografia, Mein Kampf, ou Minha Luta.
E Rudolph Hess colaborou com Hitler para escrever Mein Kampf. Hess estava preso com Hitler, e ele sempre foi um assistente dele. Um superfã, pode ser dito.
Hess compartilhava com Hitler as lições que havia aprendido na Universidade de Munique sobre a ideia de Lebensraum.
O Lebensraum de Hitler é traduzido como “espaço vital”. Mas era mais complexo do que isso. Fazia parte da propaganda ideológica alemã do século 19, e Hitler tinha a ideia de que as culturas que viviam nos territórios ao leste, os eslavos, que ele considerava sub-humanos, eram uma espécie de cultura bastarda. Eles não mereciam viver lá. Os judeus eram untermenschen, não humanos. Era preciso voltar à ideia da missão alemã no leste europeu, em que aquela raça ariana perfeita iria “limpar” essas terras e depois recriá-las com cidadezinhas alemãs e vilarejos perfeitos.
Para ele, desde o começo era essencial que a Alemanha adquirisse mais territórios para se expandir, extrair recursos naturais e construir um arsenal que a tornaria uma potência mundial. Para ele, a guerra não era uma possibilidade, e sim uma certeza.
Mein Kampf não é um livro fácil de ler. É um coquetel de ideias odiosas.
Um momento arrepiante é quando ele afirma que, se ao menos milhares de judeus tivessem sido condenados à câmara de gás na Primeira Guerra, a Alemanha estaria melhor (Richard J. Evans, Author, Teh Coming of the Third Reich).
O livro é um exemplo do que os alemães chamam de bildungsroman, um romance ou conto sobre o amadurecimento de um jovem, mas, nele, Hitler se apresenta como um gênio da política.
Uma mente perversa que teve a oportunidade de ficar restrito numa cela de prisão, acompanhado por pessoa que acreditava demasiado nele e que tinha uma boa formação acadêmica, deu Hitler a oportunidade dele organizar o seu pensamento e reconduzir suas ações em outro nível.
Estamos vivendo atualmente no Brasil momentos sombrios. As forças do mal tomaram o poder usando de falsas mentiras, destruindo os pilares da civilização cristã, na busca de viabilizar o reinado do Anticristo, tendo a participação inocente do próprio Papa. Vejamos uma lista de nomes que circula nas redes sociais e mostra com clareza o nível de desordem que chegamos.
SAIU A ATUALIZAÇÃO DA LISTA DE ALEXANDRE, UMA TORTURA E PERSEGUIÇÃO COLETIVAS SEM PRECEDENTES, PARA DESPERTAR OS PASSIVOS E OS QUE AJUDARAM ESTA RAÇA TOMAR O PODER DE NOSSO PAÍS!!!...
MORTO
Clezão
A MORRER
Roberto Jefferson
INELEGÍVEL:
- Jair Bolsonaro
PRESOS:
01) Anderson Torres - ex-ministro da justiça
02) Daniel Silveira - ex-deputado federal
03) Bismark - humorista, canal Hipócritas
04) Ivan Papo Reto - influencer
05) Serere - cacique
06) Gabriel Monteiro - ex-vereador, RJ
07) Mauro Cid - auxiliar de Bolsonaro
08) Max Guilherme - auxiliar de Bolsonaro
09) Sérgio Cordeiro - aux. de Bolsonaro
10) João Carlos - aux. de Bolsonaro
11) Ailton Gonçalves - aux. de Bolsonaro
12) Luís Marcos - aux. de Bolsonaro
13) Allan Frutuozo - jornalista
14) Diversos patriotas - 1.800 - 08/01/23
FORAGIDOS:
15) Paulo Figueiredo - jornalista
16) Allan dos Santos - jornalista, site 3° Livre
17) Adriano Castro - Ex-BBB
18) Oswaldo Eustáquio - jornalista
CASSADOS:
18) Pablo Marçal
19) Deltan Dallagnol
DESMONETIZADOS E MULTADOS:
21) MONARK
22) WALTER SOUZA BRAGA NETTO
23) CARLOS BOLSONARO
24) EDUARDO BOLSONARO
25) FLAVIO BOLSONARO
26) NIKOLAS FERREIRA
27) KIM PAIM
28) CARLA ZAMBELLI
29) GUSTAVO GAYER
30) LEANDRO RUSCHEL
31) SILVIO NAVARRO PEREJON
32) HENRIQUE DAMASCENO
33) LUCAS FERRUGEM
34) FILIPE SCHOSSLER
35) BARBARA ZAMBALDI
36) LUIZ PHILIPPE DE O. E BRAGANCA
37) PAULO EDUARDO LIMA MARTINS
38) BERNARDO PIRES KUSTER
39) ELISA BROM DE FREITAS
40) BEATRIZ KICIS DE SORDI
41) ERNANI FERNANDES B. NETO
42) THAIS RAPOSO DO AMARAL PINTO
43) ANDERSON AZEVEDO ROSSI
44) OTAVIO OSCAR FAKHOURY
45) RICARDO DE AQUINO SALLES
46) ANDRE PORCIUNCULA A. ESTEVES
47) ALEXANDRE RAMAGEM R.
48) PAULA MARISA C. DE OLIVEIRA
49) SARITA GONCALVES COELHO
50) DIEGO HENRIQUE GUEDES
51) MARCELO DE C. FRAGALI
52) JOSE PINHEIRO TOLENTINO
53) ROBERTO BEZERRA MOTTA
54) MARIO LUIS FRIAS
55) ROGER ROCHA MOREIRA
56) MICARLA ROCHA MELO
57) SILVIO GRIMALDO DE C.
58) FLAVIA FERRONATO
59) JAIRO MENDES LEAL
60) CAROLINE ROD. DE TONI
61) AUGUSTO PIRES PACHECO
62) PAULO VITOR SOUZA
63) BISMARK FABIO FUGAZZA
64) RODRIGO CONSTANTINO
65) ALEXANDRE DOS SANTOS
66) MAX GUILHERME M. DE MOURA
67) BRUNO CASTRO ENGLER
68) FLORENCIO DE ALMEIDA
69) FILIPE TOMAZELLI SABARA
DESMONETIZADOS NO INSTAGRAM E FACEBOOK:
70) @Doprimido2
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88) @Fa1ryNight,
89) @Conservadora191
90) @FlviaLeo16
91) @mendesluizpaulo
92) @freu_rodrigues
93) @ViLiMiGu_Tex
94) @iaragb
95) @glovesnews
96) @alepavanellim
97) @BrazilFight
》POVO DE ESQUERDA《
SOLTOS:
01) André do Rap
02) José Dirceu
03) Sergio Cabral
04) Lula
05) Flordelis
06) Chico Rodrigues
07) Renato Duque
08) Delúbio Soares
09) João Santana
10) Paulo Roberto Costa
11) André Vargas
12) Léo Pinheiro
13) Pedro Corrêa
14) Geddel
15) Jacob Barata Filho
16) Chaaya Moghrabi
17) Anthony Garotinho
18) Daurio Speranzini JR
19) Flávio Godinho
20) Eike Batista
21) Lélis Teixeira
22) Octacilio de Monteiro
23) Claudio de Freitas
24) Marcelo Traça
25) Eneas Bueno
26) Dayse Neves
27) Rogério Onofre
28) David Augusto
29) Miguel Iskin
30) Gustavo Estellita
31) Marco Antônio de Luca
32) Sérgio Côrtes
33) Orlando Diniz
34) Milton Lyra
35) Ricardo Rodrigues
36) Marcelo Sereno
37) Carlos Pereira
38) Adeilson Telles
39) Marcelo Martins
40) Arthur Pinheiro Machado
41) Marcos Lips
42) Carlos Martins
43) Sandro Lahmann
44) Cesar Monteiro
45) Sergio da Silva
46) Hudson Braga
47) Paulo Sergio Vaz
48) Athos Albernaz
49) Rony Hamoui
50) Oswaldo Prado Sanches
51) Antonio Albernaz
52) Roberta Prata
53) Marcelo Rzezinski
54) Daurio Júnior
ENGAVETADOS:
55) Renan Calheiros
56) Aécio Neves
57) José Serra
58) Michel Temer
59) Alckmin
60) Guido Mantega
61) Rodrigo Maia
62) Gleisi Hoffmann
63) Eunício
64) Padilha
64) Moreira Franco
65) Jaques Wagner
_*VAMOS DIVULGAR PRA TODOS NOSSOS CONTATOS, PARENTES E AMIGOS_*
(Se cada um enviar para 10 pessoas milhares de pessoas tomarão conhecimento desta lista)
Se você acha que numa Democracia isso é normal, não sabe o que significa liberdade, tem uma mente escrava e vê justificativas em uma Ditadura👊🤝👍😎🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Quem tem oportunidade de ver esta lista e ainda defende essa organização criminosa que nos oprime e leva o país a destruição, ou tem deficiência cognitiva ou está se locupletando com as migalhas que são jogadas para eles.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a décima sétima parte do episódio 1, “Origem do mal”.
O julgamento que ocorreu em 1924, foi uma reviravolta incrível para Hitler.
Na audiência, Hitler se dirigiu à população de um jeito que mudou toda a narrativa. Ele não era mais um maluco armado tentando derrubar o governo em uma cervejaria, mas sim um homem com uma profunda consciência nacional convocando as massas a reconhecerem a disfunção daquele sistema.
Em vez de negar a culpa, ele se responsabilizou completamente, e disse: “Sim, eu fiz isso, mas os revolucionários que destruíram o Reich e criaram esta república absurda que são os verdadeiros bandidos.”
Ele colocou a si mesmo como vítima, mas também colocou a Alemanha como vítima.
Esses são os temas principais, os maiores elementos encontrados na ideologia nazista: a democracia é podre. É capitalista. É internacionalista. E, portanto, a ordem nazista iria restaurar a Alemanha à sua antiga glória (Tiffany N. Florvil, Professor, University of New México).
Jornais alemães e internacionais relataram em detalhes o julgamento de Hitler.
O Putsch da Cervejaria deu fama mundial para Hitler e os nazistas. A imprensa escrevia sobre aquela figura, carismática e interessante, que surgiu naquele julgamento. Ele se tornou um astro.
Uma parte célebre do último discurso de Hitler, no fim da audiência, foi quando ele afirmou que poderia ser condenado por traição, poderia ser preso, mas que a deusa da história iria absolve-lo, porque tudo que ele tinha feito havia sido pelo país, por patriotismo. Um dos juízes comentou: “Que senhor incrível, esse tal de Hitler.”
Essas palavras causaram um forte efeito nos juízes, e ele recebeu a sentença mais leve possível, cinco anos de prisão.
O juiz de direita simpatizava com Hitler, e acrescentou a sentença a possibilidade de condicional depois de apenas seis meses.
Eis uma mente perversa, vingativa, mas inteligente. Conseguiu ver o que fez de errado para alcançar os seus objetivos e fez uma mudança radical nos pensamentos e comportamento. O objetivo era levar o povo para crer no que ele estava dizendo, que tinha muito a ver com a realidade que todos sentiam e imaginavam, mas não com o pensamento autocrático e dominador, que incluía o mundo todo, que estava embutido nas entrelinhas.
O mesmo aconteceu com o nosso país. Pessoas com mensagens de liberdade, justiça, democracia e honestidade, conseguiram alcançar o poder e praticam justamente o contrário do que anunciavam. Agora estamos em situação crítica, caminhando cada vez mais para perto do abismo, como aconteceu na Alemanha dos trabalhadores socialistas, o nazismo.
A Santa Igreja Católica Apostólica Romana se define como o Corpo Místico de Crístico. Isso quer dizer que é formada por cada cristão, pessoa que aceita o ensinamento básico do Cristo como Verdade: “Todos temos um único Pai universal, o criador de tudo e de todos, por esse motivo somos irmãos e fazer a vontade do Pai, como todo pai deseja para seus filhos”.
A Igreja Católica, iniciada pelos apóstolos de Cristo e incentivados por Ele para fazerem esse trabalho de evangelização por todo o mundo, pode muito bem evocar esse título de Corpo Místico de Cristo para sua organização eclesiástica. Jesus é a cabeça e os fiéis são os membros deste corpo único. Acontece que esse processo de evangelização ao redor do mundo irá converter muitas pessoas a essa atitude ensinada por Jesus, e por isso passam a formar a família universal, acima da família biológica, sanguínea, nuclear.
Com a diversificação de pessoas convertidas, vamos observar conflitos com alguns comportamentos sólidos da instituição, considerados como dogmas. Essas pessoas mesmo convertidas ao ensinamento do Cristo, não se sente mais confortável em conviver com regras que o seu psiquismo não aceita. A tendência é que essas pessoas saiam da Santa Igreja e procurem formar outro agrupamento de pessoas com pensamentos parecidos com os seus.
Podemos observar dessa forma, dentro de nossa realidade, diversas agremiações religiosas de denominação cristã, que formam a Cristandade. É importante que cada membro dessas igrejas, original e derivadas, cumpra o ensinamento do Cristo. Assim fazendo, todas essas igrejas formariam o Corpo Místico de Cristo.
Essa é uma consequência lógica, mas existe outra dificuldade. A igreja tem uma ordem estrutural, apresenta-se plenamente visível aos nossos olhos e sabemos onde e como encontra-la. Mas a realidade substancial, aquilo que está dentro da aparência ou manifestação exterior, como o Corpo Místico de Cristo, escapa aos olhos da carne. Não podemos ver o Corpo Místico de Cristo como podemos ver a estrutura da igreja. Imaginamos que todos os cristãos ali presentes acreditem na existência do Pai e que procuram fazer a Sua vontade e assim formam a realidade do Corpo Místico de Cristo que não é plenamente visível. Depende da nossa fé e do compromisso de todos os membros, todos os cristãos que congregam dentro da igreja.
Observamos hoje essa dicotomia dentro da própria matriz, dentro da própria Santa Igreja Católica. Os atuais pastores se comportam de acordo com o progresso da modernidade e a tradição dos ensinamentos de Cristo são desviados para o segundo plano. Estes atuais pastores, sucessores dos primeiros apóstolos, deixam de privilegiar a existência do Pai que o Cristo ensinou a passam a se nivelar com todas as outras formas de religião, da conceituação de Deus e da Sua vontade.
Dessa forma, entre esses clérigos não pode estar formado o Corpo Místico de Cristo, apesar da igreja manter a mesma aparência.
Uma solução, para nós cristãos que percebemos a perda substancial do Cristo dentro da igreja, que possamos formar com os irmãos que pretendem manter a prática dos ensinamentos de Cristo e fazermos assim um pequeno Corpo Místico do Mestre entre nós, nos ambientes em que nos reunirmos.
Assim, a Cristandade deixa as estruturas físicas das igrejas portentosas e se desloca para simples reuniões evangélicas que podem ser praticadas por pequenos grupos em qualquer local, nas casas, nas ruas, nas praças... pois onde duas ou mais pessoas se reunirem em nome do Mestre, Ele estará presente.
Podemos considerar o conflito da sede provisória para a AMA-PM, que aconteceu na tentativa de recuperarmos uma casa abandonada, como o nosso batismo de Fé frente ao Pai. Deixamos os sentimentos de humildade, perdão, tolerância e amor lavarem as nossas cabeças, como as águas do Rio Jordão colocadas por João Batista sobre a cabeça de Jesus, que também com humildade se deixou batizar por uma pessoa mais simples, com o objetivo de cumprir a Lei. A partir daí o Pai viu a capacidade do filho Jesus em fazer a Sua vontade, da mesma forma que Ele nos viu capacitados para fazer aqui na Praia do Meio a Sua vontade, e assim, o que Ele disse para Jesus naquele momento, também se aplica a nós: ESTES SÃO MEUS FILHOS AMADOS NOS QUAIS ME COMPRAZO.
Mas existe um relato no meio do apostolado do Cristo que faz a gente entender o que o Mestre espera de nós. Vejamos...
As primeiras peregrinações do Cristo e de seus discípulos, em torno do lago de Genesaré, alcançou grande triunfo. Eram doentes atribulados que agradeciam o alívio, trabalhadores humildes que se enchiam de consolação.
Aquelas atividades começaram a despertar a reação de judeus que viam em Jesus um perigoso revolucionário. Foi assim que na viagem do Mestre a Nazaré, sua terra, houve grande dificuldade com os adversários que tentavam desmoralizá-lo e até apedreja-lo.
Jesus sentiu de perto a delicadeza da situação com esses inimigos gratuitos de sua doutrina, mas aproveitou todas as oportunidades para dar as melhores reflexões à base de ensinamentos, mas o mesmo não aconteceu com Filipe e Simão Pedro. Eles queriam que houvesse protestos, debates públicos, mostrar a superioridade do Messias em confronto com os velhos testamentos. Jesus compreendeu os acontecimentos e, calmamente, ordenou a retirada, afastando-se da cidade com tranquilo sorriso.
Passado alguns dias, aproveitando uma oportunidade Pedro e Filipe procuraram falar com o Senhor:
- Mestre, chamaram o senhor de servo de Satanás e reagimos prontamente. Observamos que o Senhor mesmo não fez nenhuma oposição à injúria, mas revidamos aos ataques com a maior força de nossas expressões.
Jesus percebeu o calor daquelas afirmativas e com doce placidez no olhar profundo, interrogou: - Acaso poderemos colher uvas nos espinheiros? De modo algum me empenharia numa contradita estéril aos meus opositores. Contudo, procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível. Nesse particular, não deixei de operar na minha esfera de ação, de modo a produzir resultados a nossa excursão à cidade vizinha, tornando-a proveitosa, sem evitar as palavras construtivas no momento oportuno. De que serviriam as longas discussões públicas cheias de injúrias e zombarias? Ao término de todas elas, teríamos apenas menores probabilidades para o triunfo glorioso do amor e maiores motivos para a separatividade e odiosas desavenças. Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.
- Mestre – atalhou Filipe, quase com mágoa – a verdade é que a maioria de quantos compareceram às pregações de Nazaré falava mal de vós!
- Mas não será vaidade exigirmos que toda gente faça de nossa personalidade elevado conceito? – interrogou Jesus com energia e serenidade – Nas ilusões que as criaturas inventaram para a sua própria vida, nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós, indistintamente. Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção. Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos. Filipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse bem apreciado no seu tempo? Todos os portadores da Verdade do Céu são incompreendidos de seus contemporâneos. Portanto, é indispensável consideremos que o conceito justo é respeitável, mas, antes dele, necessitamos obter a aprovação legítima da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus. Em toda circunstância, convém que se diga o necessário, mas que não se perca tempo.
Deixando transparecer que as elucidações não lhe satisfaziam plenamente, perguntou Filipe: - Senhor, vossos esclarecimentos são indiscutíveis, entretanto, preciso dizer que alguns dos companheiros se revelaram insuportáveis nessa viagem a Nazaré: uns me acusaram de brigão e desordeiro; outros de mal entendedor de vossos ensinamentos. Se os próprios irmãos da comunidade apresentam essas falhas, como há de ser o futuro do Evangelho?
O Mestre refletiu um momento e retrucou: - Estas são perguntas que cada discípulo deve fazer a si mesmo. Mas com respeito a comunidade, Filipe, pelo que me compete esclarecer, cumpre-me perguntar-te se já edificaste o Reino de Deus no íntimo do teu espírito.
- É verdade que ainda não – respondeu, hesitante, o apóstolo.
- De dentro dessa realidade, disse o Cristo, podes observar que se nosso colégio fosse constituído de irmãos perfeitos, não teria necessidade de repreensão pela adesão de um amigo que ainda não houvesse conquistado a divina edificação. O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos de perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam de nossa fé.
Nesse ponto de suas afirmativas, Pedro atalhou-o, dizendo: - Mas, para perdoar não devemos aguardar que o inimigo se arrependa? E que fazer, na hipótese de o malfeitor assumir a atitude dos lobos sob a pele da ovelha?
- Pedro, o perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que cada coração está obrigado a defender, para bem trabalhar no serviço divino que lhe foi confiado. Se nosso irmão se arrepende e procura o nosso auxílio fraterno, amparemo-lo com as energias que possamos despender, mas, em nenhuma circunstância cogites de saber se o teu irmão está arrependido. Esquece o mal e trabalha pelo bem. Quando ensinei que cada homem deve conciliar-se depressa com o adversário, busquei salientar que ninguém pode ir a Deus com um sentimento de odiosidade no coração. Não poderemos saber se o nosso adversário está disposto à reconciliação; todavia, podemos garantir que nada se fará sem a nossa boa vontade e pleno esquecimento dos males recebidos. Se o irmão infeliz se arrepender, estejamos sempre dispostos a ampará-lo e, a todo momento, precisamos e devemos esquecer o mal.
Foi quando Simão Pedro fez sua célebre pergunta: - Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que hei de perdoar? Será até sete vezes?
Jesus respondeu calmamente:- Não te digo sete vezes, mais setenta vezes sete.
Daí por diante, o Mestre sempre aproveitou as menores oportunidades para ensinar a necessidade do perdão recíproco entre os homens, na obra sublime da redenção. Acusado de feiticeiro, servo de Satanás, de conspirador, Jesus demonstrou em todas as ocasiões, o máximo de boa vontade com os espíritos mais rasteiros do seu tempo. Sem desprezar a boa palavra, no instante oportuno, trabalhou todas as horas pela vitória do amor, com o mais alto idealismo construtivo. E no dia inesquecível do Calvário, em frente dos seus perseguidores e verdugos, revelando aos homens ser indispensável a imediata reconciliação entre o espírito e a harmonia da vida, foram estas as suas últimas palavras – “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!...”.