Pai, em algum momento do mês anterior, pensei em fazer esta oração digitada e que publico a cada mês neste diário, na forma de uma entrevista. Perdi o sentido original de fazer assim, mas a lembrança da forma ficou. Por isso acho importante na minha oração deste mês, que é uma conversa conTigo, que eu a transforme numa entrevista, o Senhor concorda?
Sim, filho, estou sempre pronto a ouvir as expressões dos corações de todos os meus filhos, e vejo o quanto tu te esforças para fazer a minha vontade e não a tua. Então, não percebo neste pedido nenhuma tendência ao egoísmo ou vaidade, e sim uma forma de estabelecer o contato comigo mais profundo o que sei o quanto tens necessidade disso.
Obrigado Pai, por compreenderes minhas intenções e necessidades, minhas virtudes, vícios e desvios. Neste ponto chego a um ponto crítico das minhas dificuldades. Como ter um contato mais íntimo com o Senhor, através da oração, como o Cristo nos ensinou e exemplificou, se quero fazer isso, mas estou na maior parte do tempo envolvido com meus compromissos temporais e não me chega a mente, como agora, a prioridade dos compromissos espirituais?
Você foi formado do pó das estrelas condensado neste planeta chamado de Terra, Gaia ou Urântia. A formação do teu corpo, designado por mim, na forma de órgãos e sistemas, todos tem esse pó das estrelas em cada uma das 50 trilhões de células que tu possuis. O espírito pelo qual eu te criei e que é a essência da tua vida, vai habitar e gerenciar esse condomínio de células na forma de um corpo. Acontece que esse corpo assim formado de pó material constrói em suas engrenagens um monstro energético chamado de Behemoth, construído com a minha supervisão divina, que tem o objetivo de proteger a vida material deste corpo e dos demais em todos os seres vivos. Você já percebeu a existência do Behemoth em seu corpo e que ele não é malvado nem perverso por natureza, e sim uma competente criatura para gerenciar a viabilidade da criatura na qual foi criado e também manter a linha produtiva automática da criação de novas estruturas corporais pelos instintos sexuais que levam à reprodução. Logo você percebeu e tantos outros dos teus irmãos, que este monstro energético dentro dos corpos se expressa na forma de sete cabeças bem caracterizadas como os sete pecados capitais. Este é o motivo da tua falta de sintonia profunda comigo, como bem o fez Jesus Cristo. O teu Behemoth está competentemente fazendo o seu trabalho dentro do corpo e nisso chega a ofuscar no cotidiano a prioridade da sintonia que deves ter comigo através da prece. Mas vejo que, mesmo que seja assim, tu já conseguiste domesticar de forma aceitável quatro das sete cabeças, restando para maior controle de tua parte as cabeças da preguiça, gula e sexo, que citei aqui pela ordem de força que elas ainda exercem sobre você. Vejo que a tua persistência em reconhecer essa dificuldade de sintonizar mais tempo comigo e dos esforços que fazes para corrigir isso, é o caminho adequado para chegar aonde queres.
Obrigado, Pai pelas respostas. Irei parar por aqui, mas voltarei a falar contigo de forma digitada nos próximos inícios de mês neste formato de entrevista. Senti que foi mais ágil para o meu espírito colocar o que me vai na alma e obter as Tuas respostas de forma mais objetiva. Vou me despedir agora como estou me habituando a fazer em alguns momentos: Ave Cristo!
Eis que descobri com surpresa a utilidade do Azul de Metileno, uma substância tão barata e fácil de encontrar e com muita utilidade, inclusive na minha área, a psiquiatria. Vejamos este texto publicado numa revista de revisão com o título: Azul de Metileno no tratamento de transtornos neuropsiquiátricos.
Review - CNS Drugs. 2019 Aug;33(8):719-725. doi: 10.1007/s40263-019-00641-3.
Methylene Blue in the Treatment of Neuropsychiatric Disorders
Martin Alda 1 2 - Affiliations collapse
1Department of Psychiatry, Dalhousie University, 5909 Veterans' Memorial Lane, Halifax, NS, B3H 2E2, Canada. malda@dal.ca.
2National Institute of Mental Health, Klecany, Czech Republic. malda@dal.ca.
PMID: 31144270 DOI: 10.1007/s40263-019-00641-3
O azul de metileno é uma droga estabelecida há muito tempo com farmacologia complexa e múltiplas indicações clínicas. Seus diversos mecanismos de ação são provavelmente os responsáveis pela grande variedade de seus efeitos clínicos.
De interesse para os psiquiatras, o azul de metileno tem propriedades antidepressivas, ansiolíticas e neuroprotetoras documentadas por estudos em animais e humanos. Seu efeito estabilizador na função mitocondrial e efeito dose-dependente na geração de espécies reativas de oxigênio são de valor heurístico significativo. Por essas razões, o azul de metileno é promissor como um tratamento de prova de conceito de distúrbios orgânicos/neurodegenerativos e como um agente neuroprotetor em geral.
Em psiquiatria, o azul de metileno é usado há mais de um século. Foi testado com sucesso no tratamento de transtornos psicóticos e de humor e como um intensificador de memória no treinamento de extinção do medo.
Resultados particularmente promissores foram obtidos no tratamento de curto e longo prazo do transtorno bipolar. Nesses estudos, o azul de metileno produziu um efeito antidepressivo e ansiolítico sem risco de mudança para mania.
O uso prolongado de azul de metileno no transtorno bipolar levou a uma melhor estabilização e redução dos sintomas residuais da doença. Geralmente é bem tolerado, mas é necessário cautela devido ao seu efeito inibitório sobre a monoamina oxidase A.
O azul de metileno produziu um efeito antidepressivo e ansiolítico sem risco de mudança para mania. O uso prolongado de azul de metileno no transtorno bipolar levou a uma melhor estabilização e redução dos sintomas residuais da doença. Geralmente é bem tolerado, mas é necessário cautela devido ao seu efeito inibitório sobre a monoamina oxidase A.
Esta é uma boa notícia, apesar de que deveria ser bem mais divulgada. Talvez pelo baixo preço que a substância tem, não traga motivação para sua divulgação em nossos consultórios, mas é uma boa opção para a população que merece ser informada e ser utilizada.
Hoje é necessário, mais do que nunca, que a luz do Cristo brilhe esplendorosamente através de nós, filhos obedientes a Deus. Esta é a hora em que o Príncipe da Trevas, através dos seus acólitos, enganou de tal forma os incautos que “ao mal chamam bem e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo” (Is 5, 20). Isto é o que vemos com frequência no Brasil, por todos os lados, até nas instâncias responsáveis pelas leis, pela justiça, pelo ensino, pelo clero... pessoas que, com cargos ou sem cargos, por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça.
A própria luz que ainda existe nos bons cristãos tende a esconder-se sob a influência do ceticismo e materialismo preponderantes, da preguiça, do medo.
Hoje mais do que nunca devemos voltar nossos olhos as Escrituras, para conhecer o fundamento do Cristianismo à luz das próprias palavras de Deus escritas na Bíblia, a fim de que possamos discernir, como peritos, as moedas boas das falsas.
Na Bíblia encontramos uma descrição incomparável e brilhante da essência e natureza de Deus, de sua constante atividade misericordiosa e de sua justiça vivificante.
A palavra de Deus é um facho de luz capaz de penetrar por entre as trevas mais espessas: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais penetrante do que toda espada de dois gumes; e chega até o íntimo da alma e do espírito, também às juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.” (Hb 4, 12).
Isso se aplica a quem aceita a Palavra de Deus, pois serve como fogo purificador, esquenta e ilumina toda a pessoa.
Isso não se aplica a quem não aceita a Palavra de Deus, não reconhece sua filiação divina, não possui intenções éticas em seus corações. São pessoas que, apesar de instruídas e respeitáveis, alegando ser até cristãs, não conseguem fazer brilhar a luz que está no Evangelho do Cristo. Aqui também se encontra aquelas pessoas citadas pelo Marcola no texto do dia anterior, pessoas que perderam a sua natureza humana, não sabem nem que existe uma luz na Verdade que conduz a vida eterna. Essas pessoas caracterizam uma nova raça dentro da humanidade, com um raciocínio mais próximo das feras, que se consideram nossos predadores sem nem um pouco de compaixão.
Sim, hoje mais do que nunca devemos ir em busca da luz que o Cristo nos trouxe, passar pela porta estreita e seguir no Caminho, mesmo que tenhamos que carregar a nossa cruz de acordo com a missão que o Pai desenhou para nós, sem entrar nos desvios encantados das palavras de ordem dos capetas ou das miríades de iniquidades que geram o tilintar do ouro fácil da corrupção.
Que sejamos capazes de nos cumprimentar em qualquer viela ou avenida, como cidadãos do Reino de Deus, mesmo que as aves de agouro nos rondem as cabeças, mas que não penetrem em nossos corações.
Ave Cristo!
Estamos frente a uma nova raça na humanidade, que nós mesmo construímos com o nosso egoísmo, latente ou evidente, que procuramos acumular riquezas para nós e nossos parentes e amigos e deixa os à mingua, explorados, subservientes e ignorantes a grande massa dos nossos irmãos. As lições que o Cristo nos trouxe não foram bem aplicadas e agora estamos com ais este problema das mãos. Vejamos essa entrevista que circulas nas redes sociais e reflitamos...
É MUITO SÉRIO
Assustadora, mas imperdível a entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ao jornal O Globo, Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema.
O GLOBO: Você é do PCC?
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha…. Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo…. Nós somos o início tardio de vossa consciência social…. Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão…
O GLOBO: – Mas… a solução seria…
- Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.
O GLOBO: – Você não tem medo de morrer?
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar…, mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba…. Estamos no centro do Insolúvel, mesmo…. Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha…. Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante…, mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
O GLOBO: – O que mudou nas periferias?
- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório…. Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “micro-ondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
O GLOBO: – Mas o que devemos fazer?
- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano.
Se continuamos a nos comportar como está sendo feito até agora, a descida para o nível mais baixo do padrão de vida humana é inexorável. Comparando as diversas ideologias construídas para construirmos uma sociedade melhor, uma sociedade ideal, continua sendo aquela proposta pelo Cristo há dois mil anos. E só podemos fazer isso seguindo as instruções que Ele nos deu, construir o Reino de Deus a partir de nosso próprio coração. Ave Cristo!
Da mesma forma que examinamos qualquer paciente na clínica médica, também iremos examinar o paciente psiquiátrico, adicionando as funções mentais e psicopatologia.
A psicopatologia como assunto central não iremos abordar aqui em profundidade, pois será tema das primeiras aulas na disciplina de psiquiatria.
Aqui iremos ver um cenário mais geral, procurando ver aspectos da normalidade alterada para identificar a psicopatologia.
Vamos ver três funções mentais de forma superficial, introdutória: a consciência, a atenção e a orientação.
O diagnóstico psiquiátrico é feito sobre o transtorno mental identificado, com a leitura que é feita de todas as funções mentais para ver em qual transtorno ele está inserido.
Não existem sinais ou sintomas patognomônicos em psiquiatria. Temos que ver o que é considerado normal (falar com Jesus Cristo todos os domingos na missa) para saber o que é considerado patológico (se considerar Napoleão e que está pronto para voltar ao campo de batalha).
Temos que considerar os padrões culturais da comunidade em que estamos atuando para observar se existe desvio da norma de forma significativa, que justifique procurarmos o tipo de transtorno mental que está ocasionando isso.
No conceito de normalidade devemos considerar a ausência de doença, o comportamento ideal para a cultura que o indivíduo está inserido, dentro da norma estatística, que leve o paciente sentir um bem-estar funcional (diferente da mania e hipomania, onde o paciente sente o bem-estar, mas não está funcional). Verificar também se o processo de evolução da pessoa está dentro da normalidade, pois a esquizofrenia quebra esse processo de normalidade por volta da adolescência ou um idoso que pode apresentar déficits cognitivos ou psicomotricidade disfuncionais. O paciente pode perceber que existe algo de anormal no seu afeto e/ou comportamento, evocando a subjetividade, que tem uma doença em curso. Isso não é observado na esquizofrenia, por exemplo, pois seus delírios e alucinações são considerados como reais, que não existe doença causando esses sintomas. A ocorrência de sintomas pode implicar na perda da liberdade do paciente, ter medo de sair de casa por está se sentindo perseguido. Tudo isso pode nos mostrar a capacidade operacional do paciente dentro do seu contexto.
Avaliando as funções mentais propriamente ditas, veremos inicialmente o nível da consciência, se o paciente está alerta, sonolento, obnubilado ou em coma, podendo ser usada, neste caso, a escala de Glasgow, verificando a abertura ocular, a resposta verbal e a resposta motora. Ver o nível de contato do paciente com a realidade, de perceber e reconhecer o que está ao seu redor. As alterações quantitativas da consciência quando a pessoa não está alerta, podem ser classificadas em obnubilação, estupor e coma.
No delirium o paciente está desorientado, com um caráter flutuante, podendo estar agitado, agressivo, atenção prejudicada, com ciclo sono-vigília alterado e em outro momento está calmo e colaborativo.
No estado onírico há um rebaixamento do nível de consciência, a pessoa vivencia a realidade como se fosse um sonho.
As alterações qualitativas da consciência podemos encontrar os estados crepusculares, onde a pessoa está alerta, com o nível de consciência preservada nas funções normais, mas fazendo tudo de forma automática, sem passar pelo registro da memória, sofrendo de amnésia de quando estava nesse estágio. O estado segundo, a pessoa assume comportamentos estranhos a sua personalidade normal, como por exemplo, ser um pedófilo nessa condição e ao retornar não recordar o que aconteceu. A dissociação da consciência acontece quando a pessoa sofre um estresse forte (notícia de que está com um câncer e restam poucos dias de vida) e passa a delirar, sem saber onde se encontra ou qual seja o seu papel no mundo, nem mesmo seu nome. É como uma defesa do ego para se livrar do sofrimento que o estresse causou. O transe é uma ausência da consciência, olhar fixo e a possessão é como se sua personalidade fosse trocada por outra, muito encontrada em igrejas evangélicas, espíritas e de origem africana, que dentro do contexto pode ser considerada normal. Outro estado alterado de consciência, o transe hipnótico, pode ser provocado com objetivos terapêuticos sendo mantido o hiperfoco em algum tema desenvolvido pelo hipnotizador. A experiência de quase-morte (EQM) é também considerada uma alteração de consciência não necessariamente patológica.
A atenção pode ser voluntária quando colocamos o foco em alguma atividade, o estudo, por exemplo, e a atenção involuntária quando outros estímulos entram na consciência e tiram o foco do que estava sendo feito com prioridade, como acontece no transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Tenacidade é a nossa capacidade de fixar a atenção e vigilância a capacidade de mudar o foco de acordo com nossos interesses. As alterações da atenção como um todo podem ser vistas como hiperprosexia, hipoprosexia e apropexia (aumento, diminuição ou incapacidade total de fixar a atenção). A distração é dito para o paciente com muita facilidade de perder o foco da atenção ou distraibilidade, incapacidade de se manter focado.
A orientação é a capacidade de situar-se quanto a si mesmo, auto psíquica (quantos anos eu tenho, que gosto de fazer, como foi a minha vida) e a alopsíquica, referente ao ambiente, com relação ao tempo e ao espaço. A temporal é mais sofisticada que a espacial, pois o paciente está mais desorientado com relação ao tempo, pois a orientação no espaço é adquirida mais cedo no desenvolvimento pessoal. É como se a orientação temporal fosse uma função mental mais elaborada cognitivamente. Por esse motivo, a auto psíquica é mais difícil de ser alterada. A orientação é muito encontrada em alterações ou dano cerebral, necessitando uma melhor avaliação sobre a existência de lesão cerebral. No contexto dessas alterações podemos encontrar alterações de memória, apatia, delírio ou dissociação.