Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/09/2020 00h13
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – A CRUZ DE CRISTO (9)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no segundo capítulo “A pátria do Evangelho”.

A PÁTRIA DO EVANGELHO

D. Henrique de Sagres abandonou as suas atividades na Terra em 1460. (Do site Santúario Espírita Maria de Nazaré colhi a seguinte informação, seguido por dados da wikipedia. O infante D. Henrique, encarnação do Espírito Helil, foi um emissário de Jesus. Como Espírito de elevada hierarquia, permaneceu adstrito ao cumprimento da tarefa que lhe fora atribuída. D.Henrique instituiu um roteiro de coragem, para que fossem transpostas as imensidades perigosas e solitárias que separavam os dois mundos Por predestinação de Jesus, o nosso Brasil é o Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, com a árdua, mas nobre tarefa de espalhar, principalmente com o exemplo, a mensagem do Cristo. A preocupação do autor espiritual era nos mostrar que nada aconteceu por acaso. Tudo foi fruto de um cuidadoso planejamento; o Infante D. Henrique, encarnação do espírito Helil, foi um emissário de Jesus, como também não deixa nenhuma dúvida quanto à sua missão; a sua afirmação de que Helil é um Espírito de elevada hierarquia, é a confirmação do que foi dito por Zurara, navegador e historiador português, quando em uma de suas crônicas, retrata o Infante de Sagres como "um homem de extraordinárias virtudes”. Nunca foi avarento, nem era dado ao luxo. Usava gestos calmos e palavras suaves. Sempre foi muito dedicado ao trabalho. Não era rude, mas sabia manter a disciplina. Absteve-se de álcool desde a mocidade". Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Governador da Ordem de Cristo, - A Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo originalmente era uma ordem religiosa e militar, criada a 14 de março de 1319 pela bula pontifícia Ad ea ex quibus cultus augeatur do Papa João XXII, que, deste modo, atendia aos pedidos do rei Dom Dinis. Recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo ou Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo. Henrique manteve o cargo até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do oceano Atlântico, o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440. Desde que ficou com a tutela da Ordem, as velas passaram a usar a cruz de Cristo. A Cruz da Ordem de Cristo ou Cruz de Portugal é o emblema da histórica Ordem de Cristo, (também chamada Ordem dos Cavaleiros de Cristo) de Portugal. Desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal, usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos, pela Força Aérea Portuguesa, nos navios da Marinha Portuguesa e na bandeira da Região Autónoma da Madeira. É usada também no brasão de Tomar, juntamente com a Cruz Templária, cidade que foi sede da Ordem dos Templários no Reino de Portugal e da Ordem de Cristo, sucessora da anterior. Na definição heráldica, trata-se de uma cruz pátea, encarnada, carregada com uma cruz branca, podendo ser a comenda em formato latino e sua insígnia em formato grego.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/09/2020 às 00h13
 
15/09/2020 00h13
VINHA DE LUZ (16) – TU, PORÉM

            Paulo escreveu, em Tito, 2:1, “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Foi uma orientação que nos norteia até os dias atuais, devo prestar atenção a ela, eu que me considero cristão e quero seguir a doutrina do Cristo. 

Sempre serei instigado a falar em todas as situações, pelos que desejam ser bons e os deliberadamente maus, os cegos das estradas sombrias e os caminhoneiros das sendas tortuosas.

Corações perturbados pretenderão arrancar-me expressões perturbadoras, reações agressivas, violentas, tirando-me da calma.

Caluniadores induzir-me-ão a caluniar, usando fake news como sinônimo de verdade, de fatos acontecidos, atingindo personalidades inocentes. Para evitar isso, devo ter compaixão de todos, culpados e inocentes. É melhor elogiar um culpado sem saber dos seus crimes, do que caluniar um inocente. Mas, é bem melhor evitar ambos comportamentos.

Mentirosos podem me levar a mentir, se eu acredito que o que eles dizem é verdade. Neste tempo de açodamento político, muitas calúnias são levantadas. Importante ter o cuidado de se colocar no lugar do outro e procurar distinguir a verdade por trás das aparências.  

Levianos tentarão conduzir-me à leviandade, ao prejuízo do próximo sem vir à minha consciência que isso está acontecendo.

Ironistas buscarão localizar-me a alma no falso terreno do sarcasmo, na destruição da honra de pessoas distantes ou próximas, que ficam sem poder de reação.

Compreendo que procedam assim, porquanto são ignorantes, distraídos da iluminação espiritual, cuja fonte principal é o Evangelho, cujo Mestre mais capacitado é Jesus. Essas pessoas são cegas desditosas sem o saberem, vão de queda em queda, desastre a desastre, criando a desventura de si mesmos.

Eu, cristão, que conheço o que elas desconhecem, que cultivo na mente valores espirituais que elas ainda não cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como convém ao Espírito do Cristo que nos rege os destinos. É muito fácil falar aos que nos interpelam, de maneira a satisfazê-los, e não é difícil replicar-lhes como convém aos nossos interesses e conveniências particulares; todavia, dirigirmo-nos aos outros, com a prudência amorosa e com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico nos raciocínios.

Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem, nem veem... eu, porém, acautelo-me nas criações verbais, como quem não se esquece das contas naturais a serem acertadas no dia próximo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/09/2020 às 00h13
 
14/09/2020 00h12
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – HENRIQUE DE SAGRES (8)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no capítulo “O coração do mundo”, onde o Mestre estava descendo das esferas superiores. Conversa com Hilel, o seu sociólogo, chegando à descoberta da importância espiritual do Brasil e da necessidade dele encarnar em Portugal como o Infante Dom Henrique de Sagres, para acelerar a descoberta dessas novas terras.

Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e opulento, exclama então Jesus: 

— Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial. Tu, Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ocidente; (entendendo essa informação como “a nação mais humilde da Europa”, Leonardo faz nova crítica: Em que sentido Portugal seria a nação mais humilde da Europa? Economicamente? Militarmente? Moralmente? É bem questionável tal afirmativa. Mais à frente, o texto acabará propondo sentenças contraditórias em relação a essa suposta liderança em termos de humildade.) instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o velho do novo mundo. Instalaremos aqui uma tenda de trabalho para a nação mais humilde da Europa, glorificando os seus esforços na oficina de Deus.

Aproveitaremos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo! 

Consoante a vontade piedosa do Senhor, todas as suas ordens foram cumpridas integralmente. 

Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabelecia na Terra, em 1394, como filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, e foi o heróico Infante de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além dos mares. O elemento indígena foi chamado a colaborar na edificação da pátria nova; almas bem-aventuradas pelas suas renúncias se corporificaram nas costas da África flagelada e oprimida e, juntas a outros Espíritos em prova, formaram a falange abnegada que veio escrever na Terra de Santa Cruz, com os seus sacrifícios e com os seus sofrimentos, um dos mais belos poemas da raça negra em favor da humanidade. 

Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje com todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo. (Leonardo faz crítica sobre isso: Trata-se de um comentário confuso. Ora, se analisarmos a costa oriental da América do Sul, que hoje constitui o litoral brasileiro, nós não teremos a forma aproximada de um coração. Isso só pode ser admitido com a expansão da América portuguesa para muito além dos limites portugueses estabelecidos pelo Tratado das Tordesilhas. Previamente, somente analisando a geografia da região, fica difícil visualizar “...em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo”, a não ser que o texto se refira a toda a América do Sul, mas o texto frisa, especificamente, “o Brasil”). 

  São detalhes que ao meu ver podem merecer a crítica, mas não suficiente para anular ou desviar o objetivo de instrução que é trazido pela produção do livro em estudo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/09/2020 às 00h12
 
13/09/2020 00h12
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – DESCOBERTA DO BRASIL (7)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no capítulo “O coração do mundo”, onde o Mestre estava descendo das esferas superiores, conversando com Hilel e chegando à descoberta espiritual do Brasil.

E, como se a sua vista devassasse todos os mistérios do porvir, continuou: 

— Infelizmente, não vejo senão o caminho do sofrimento para modificar tão desoladora situação. Aos feudos de agora, seguir-se-ão as coroas poderosas e, depois dessa concentração de autoridade e de poder, serão os embates da ambição e a carnificina da inveja e da felonia, pelo predomínio do mais forte. 

A amargura divina empolgara toda a formosa assembléia de querubins e arcanjos. Foi quando Helil, para renovar a impressão ambiente, dirigiu-se a Jesus com brandura e humildade: 

— Senhor, se esses povos infelizes, que procuram na grandeza material uma felicidade impossível, marcham irremediavelmente para os grandes infortúnios coletivos, visitemos os continentes ignorados, onde espíritos jovens e simples aguardam a semente de uma vida nova. Nessas terras, para além dos grandes oceanos, poderíeis instalar o pensamento cristão, dentro das doutrinas do amor e da liberdade. 

E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz na imensidade dos espaços, encaminhou-se ao continente que seria, mais tarde, o mundo americano. 

O Senhor abençoou aquelas matas virgens e misteriosas. Enquanto as aves lhe homenageavam a inefável presença com seus cantares harmoniosos, as flores se inclinavam nas árvores ciclópicas, aromatizando-lhe as eterizadas sendas. O perfume do mar casava-se ao oxigênio agreste da selva bravia, impregnando todas as coisas de um elemento de força desconhecida. No solo, eram os silvícolas humildes e simples, aguardando uma era nova, com o seu largo potencial de energia e bondade. 

Cheio de esperanças, emocionasse o coração do Mestre, contemplando a beleza do sublimado espetáculo. 

— Helil — pergunta ele — onde fica, nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção humana? (Leonardo faz crítica: Jesus, segundo o texto, teria enfatizado que “o símbolo da redenção humana” é a cruz. Trata-se de comentário simbólico vazio e sem sentido para aquele que dois mil anos atrás combateu uma série de simbolismos e tradicionalismos religiosos. Já naquela época, Jesus achava que tínhamos condição de saber que “o Reino de Deus está dentro de vós”; “nem todos aqueles que dizem: “Senhor, senhor”, serão salvos! “. Além disso, Ele parece desconhecer a posição geográfica do Brasil. É claro que podemos considerar uma pergunta retórica). 

— Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde se vêem, no mundo, as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para o sul. 

E, quando no seio da paisagem repleta de aromas e de melodias, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que seria mais tarde o Brasil, desenharam-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolos. 

O Mestre faz perguntas no sentido de a pessoa colocar para fora o que sabe. É a técnica da maiêutica desenvolvida por Sócrates. Não é que ele seja ignorante na questão que coloca. Ele procura saber o quanto a pessoa sabe e de que forma naquilo que tem interesse. Como o Cristo participou da formação de todo o sistema solar, que guarda informações da evolução terrestre desde a sua formação, iria depender de alguém ara informar sobre a simples geografia? Esta é a minha forma de pensar que não afasta meu pensamento daquilo que se deseja transmitir, por meio de Humberto de Campos e respaldado por suas obras anteriores e pela disciplina férrea de Emmanuel que está sempre ao lado de Chico Xavier.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/09/2020 às 00h12
 
12/09/2020 02h16
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – VERDADE OU MENTIRA (6)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no capítulo “O coração do mundo”, onde o Mestre estava descendo das esferas superiores, conversando com Hilel.

— Todavia — replicou o emissário solícito, como se desejasse desfazer a impressão dolorosa e amarga do Mestre (Leonardo Marmo Moreira faz a seguinte crítica: Helil está tentando consolar Jesus? O texto dá a entender que Helil está tentando despertar uma visão mais positiva para o Mestre. Pode-se alegar, que Jesus está apenas “dando a oportunidade de Helil elaborar a discussão, o que, ele mesmo Jesus poderia fazer. É uma hipótese razoável. De qualquer maneira, vamos prosseguir para colher mais dados para nossa análise). 

— Esses movimentos, Senhor, intensificaram as relações dos povos da Terra, aproximando o Oriente e o Ocidente, para aprenderem a lição da solidariedade nessas experiências penosas; novas utilidades da vida foram descobertas; o comércio progrediu além de todas as fronteiras, reunindo as pátrias do orbe. (Novamente Leonardo faz a crítica: Helil estava tentando explicar e justificar as Cruzadas para Jesus). 

Sobretudo, devemos considerar que os príncipes cristãos, empreendendo as iniciativas daquela natureza, guardavam a nobre intenção de velar pela paisagem deliciosa dos Lugares Santos. (Leonardo volta à crítica: Em primeiro lugar, “Lugares santos” constitui expressão atípica ao Espiritismo. Entretanto, é difícil crer que os responsáveis pelas Cruzadas “...guardavam a nobre intenção...”. Como pode ser nobre uma intenção de matar um número incontável de pessoas por vários séculos para ter o controle de um local físico, ou porque queriam “...velar pela paisagem deliciosa dos lugares santos”?). 

— Mas — retornou tristemente a voz compassiva do Cordeiro — qual o lugar da Terra que não é santo? Em todas as partes do mundo, por mais recônditas que sejam, paira a bênção de Deus, convertida na luz e no pão de todas as criaturas. Era preferível que Saladino guardasse, para sempre, todos os poderes temporais na Palestina, a que caísse um só dos fios de cabelo de um soldado, numa guerra incompreensível por minha causa, que, em todos os tempos, deve ser a do amor e da fraternidade universal. 

Reconheço que qualquer pessoa possa fazer uma crítica sobre qualquer texto, colocando suas razões e tentando elucidar a verdade, se a pessoa age com honestidade, como acredito ser o caso de Leonardo Marmo. Porém, vejo que a descrição dos fatos espirituais feito pela pena de Humberto de Campos, um autor reconhecido por sua forma poética de se expressar, pode gerar desconfianças de sua veracidade. Aqui entra outro aspecto importante para se verificar a evolução do pensamento humano: a crença. Tenho a crença que gera a convicção que todos os autores, encarnados e desencarnados envolvidos na produção deste livro, são de uma confiança inquestionável. Portanto, não são figuras de linguagem que irá distorcer o foco do que está sendo proposto passar para a humanidade encarnada. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/09/2020 às 02h16
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