A fábula de Esopo, do feixe de varas, conclama a união para o bom resultado da força positiva. Nesta fábula, um pai cujos filhos viviam brigando entre si, tentou ensiná-los a evitar aquelas discussões, mas em vão. Um dia, chamou-os todos e mostrou-lhes um feixe de varas. Disse-lhes que dava um prêmio a quem conseguisse quebrar o feixe de varas. Cada um dos filhos experimentou, curvando o feixe nos joelhos, no pescoço, sem conseguir quebra-lo. Por fim, o pai desamarrou o feixe e partiu as varas, uma a uma. O pai lhes falou que, se eles se mantivessem unidos, ninguém ousaria lutar contra eles, mas se estivessem separados, estariam perdidos.
Esta singela fábula traz a moral de que “a união faz a força”.
Foi aplicada dentro de uma situação de família nuclear, mas podemos aplicar também dentro de uma situação coletiva mais ampla, na família ampliada, na associação, uma fábrica, comunidade, na igreja, etc.
Basta sentirmo-nos como uma vara e que fazemos parte de diversos feixe ao longo dos nossos relacionamentos. Em cada feixe podemos levantar essa consciência da unidade, e avançar num projeto maior, que é a união dos feixes.
Posso colocar em prática esse projeto. Posso elaborar um questionário onde em algum feixe que eu esteja incluído, as demais varas possam citar os diversos relacionamentos que os façam sentir como varas em outros feixes.
Procurarei no próximo semestre organizar um formulário para os alunos da disciplina Medicina, Saúde e Espiritualidade possam responder com base nas diversas atividades que cada um está envolvido. Neste formulário será investigado a religião de cada um e os diversos agrupamentos que pertença. Servirá para que o restante da turma tenha conhecimento das atividades do colega e vice-versa, abrindo a possibilidade de intercâmbios mais diversificados entre todos.
As atividades que desenvolvemos em grupo, de forma transparente, sempre tem um aspecto positivo. Por outro lado, verificamos que a sociedade está tomada por ações negativas, por criminalidade as mais diversas, como prova de que o mal ainda prevalece em nossa sociedade. Por estarmos envolvidos em tanta maldade, parece que o bem está sufocado e não consegue prevalecer, apesar de sabermos da existência de muitas pessoas de bom coração. Mas é como se fossem varas que caminham isoladas, que não oferecem resistência e podem ser quebradas a qualquer momento.
O levantamento de consciência sobre a importância de formarmos varas para se contrapor ao mal, se torna extremamente necessário nos dias atuais.
Comparecemos, eu, Edmundo e José Lucena, à Câmara Municipal de Ceará Mirim, em 21-11-17, as 15h, para participar da Audiência Pública da apresentação do Instituto de Ação Social Phoenix.
Em conversa prévia com a assessoria do vereador Marcos, que estava promovendo a Audiência Pública, percebemos que a apresentação não estava focada apenas no trabalho que o Instituto pretende realizar. Como vimos que não era politicamente correto lutar para a Audiência acontecer de acordo com o que estávamos planejando, concordamos em seguir como a Câmara costuma proceder.
A Audiência teve início com a formação da mesa de trabalhos, bastante ampliada, com os três representantes do Instituto fazendo parte. Os demais convidados foram chamados inicialmente. Um pai de família, falando das dificuldades de assistir ao seu filho dependentes, a peregrinação até achar a Fazenda da Esperança onde teve uma melhora relativa. Depois foi a vez de um dependente químico que fez um depoimento sobre a sua dificuldade de recuperação, mas que foi possível através da ajuda de pessoas de bem e hoje se encontra trabalhando como profissional e dentro de atividades religiosas. Teve a palavra também um pastor, agentes de segurança e os vereadores presentes.
Quando chegou a vez da apresentação do instituto, fiz a demonstração pelo Datashow. Resgatei o significado do nome Phoenix, que identifica o instituto. Disse que era uma ave mítica e que renasce das cinzas, assim como pretendemos fazer que o dependente químico consiga renascer das cinzas onde ele se encontra. Essas cinzas são representadas pelas consequências da dependência química, a deterioração dos valores éticos e morais, os prejuízos biológicos e psicológicos, e a perda da capacidade produtiva.
Existem ações dentro da comunidade como no Hospital Onofre Lopes, os hospitais psiquiátricos, como João Machado e Severino Lopes, o Conselho Estadual de Entorpecentes, o Proerd, os CAPS ADs, Comunidades Terapêuticas, Grupos de Mútua Ajuda, etc. Mesmo assim a demanda de dependentes não é atendida à contento, muitos ficam nas ruas ou jogados no chão dos prontos-socorros esperando uma vaga de internação. É dentro dessas necessidades que o Instituto Phoenix atuará atenuando essas dificuldades.
O desenvolvimento desse trabalho será feito inicialmente por um Ambulatório Multiprofissional especializado em dependências. A origem dos seus clientes virá dos CAPS, hospitais, Serviço Social, famílias, convênios, justiça, presídios e demanda aberta. Permanecerão no Ambulatório aqueles que tiver esse perfil, os pacientes e seus familiares. Quem necessitar de um tratamento mais aprofundado, será encaminhado para CAPS especializado, hospitais psiquiátricos, comunidades terapêuticas, igrejas, grupos de mútua ajuda, trabalho e cursos.
A Prevenção Primária também será implementada com a parceria da UFRN através de curso à distância que originalmente deve ser oferecido à Escolas Públicas, mas que procuraremos ampliar para os diversos parceiros do Instituto Phoenix junto ao colaboradores que estiverem em contato com os dependentes e seus familiares.
A importância do Instituto dentro da sociedade, tem um impacto significativo dentro do mercado, pois promoverá a higiene e a segurança nas atividades laborativas. Contribuirá para evitar a impontualidade, as faltas constantes e injustificadas no trabalho; o afastamento e acidentes; o desperdício de material; a diminuição da produtividade; as decisões erradas e demoradas; os gastos desnecessários; as ocorrências disciplinares; e aposentadorias precoce. Com todas essas perspectivas, o mercado, através das empresas, deve também contribuir para o resgate da saúde física e mental do trabalhador, comprometido ou em risco.
Frente a tão grave problema que as drogas trazem, fica a pergunta: o que o mundo anda fazendo em alternativa à atual política? A criação e atuação do Instituto Phoenix se propõe a ser uma das respostas.
Na nossa vida cotidiana estamos em constantes embates espirito x matéria. No começo da vida era mais difícil, a nossa condição de criança ia encontrar os recursos corporais cheios de instintos de sobrevivência, sem o devido questionamento do cérebro imaturo, da consciência. É dever dos pais e da cultura ir podando os excessos de egoísmo para não prejudicar o próximo, a coletividade.
Quando atingimos um nível de maturidade consciencial para entender os diversos aspectos da vida, podemos aceitar os paradigmas mais coerentes com a nossa forma de pensar e nos comportar conforme eles. No meu caso, aceito os paradigmas espirituais como hierarquicamente superiores e aos quais privilegio nos meus relacionamentos diversos. Sempre colocando os fatores espirituais acima dos materiais, mesmo que isso me traga prejuízo neste campo, mas se traz benefícios espirituais, é o que importa.
Essa forma de pensar leva a influência em todas as áreas do meu comportamento, inclusive na área profissional onde tenho atuação como psicoterapeuta e procuro colaborar na resolução dos conflitos psíquicos dos meus pacientes. Dessa forma, vou avaliar o caso de um embate dessa natureza que está sendo realizado agora em tempo real.
O homem teve relacionamento cum uma mulher que concomitantemente, praticamente no mesmo período de tempo, teve contato com outro homem e gerou com ele dois filhos, gêmeos. O pai dessas crianças não dá o devido suporte e o primeiro homem é quem atende algumas necessidades pontuais.
Acontece que chegou um momento crítico. As crianças cresceram, se tornaram homens, e estão desempregados. Pela dificuldade que o país atravessa em empregos, até agora nenhum dos dois conseguiram nenhuma colocação. Surgiu a possibilidade da compra financiada de um carro para que eles possam trabalhar no sistema Uber, mas esbarra no financiamento. O pai não tem como ajudar, e o resto da família idem. Foi lançado um pedido de ajuda nesse sentido ao homem que sempre está colaborando, mas agora, atendendo este pedido de fazer um empréstimo em seu nome, sem ele ter capacidade de honrar o pagamento durante quatro anos, caso aconteça uma falha qualquer no planejamento, os riscos são grandes. Se for visto pelo lado material a resposta seria de imediato negativa. Mas existe o lado espiritual que entra no embate com a visão materialista.
Existia um relacionamento afetivo desse homem com a mãe desses dois filhos, tanto é que eles poderiam ter sido dele. E se acaso fosse dele, qual seria a resposta? Acredito que seria positiva. Então, com esse argumento biológico, se fosse seus filhos, ajudaria, entra o contraponto espiritual. Porque, então, não fazer o empréstimo, considerando esse relacionamento material profundo. Por que não considera-los como filhos espirituais, já que está nos paradigmas desse homem a construção do Reino de Deus e da família universal? Afinal, já existem diversas pessoas que ele ajuda e que entra nesse critério, de parentes espirituais, sem nenhuma ligação sanguínea, material.
Essa foi o cerne da discussão que fermentou a reflexão mental. O homem partiu para uma conversa com a mãe e os dois filhos, bem mais inclinado por uma decisão espiritual do que material.
Quem tem olhos para observar o rio da vida que flui pela própria Natureza, o Corpo de Deus, irá ficar encantado com o que acontece com o seu próprio corpo. Eu, estando com 65 anos, tenho oportunidade de falar assim com tanto entusiasmo, vendo o que acontece com o meu próprio corpo e os relacionamentos que ele permite.
Um ponto importante que foi gerado no corpo e nele se mantém praticamente durante toda a vida, é a sexualidade. Freud já havia descoberto, apesar da críticas preconceituosas que sofreu na época, que desde a infância temos uma sexualidade corporal, mesmo que nós, crianças, não tivéssemos esse entendimento e buscássemos nos comportar simplesmente pela curiosidade e desejos.
Quando chega a puberdade nossos corpos são inundados pelos hormônios, os desejos se tornam mais fortes, o cérebro já está habilitado para estudar e participar do fenômeno com mais consciência crítica.
Quando vem a senectude, os hormônios escasseiam e a potência para a realização do sexo vai se perdendo. No entanto, o cérebro mantem sua capacidade crítica cada vez mais elaborada, desde que não tenha sido acometido por qualquer espécie de demência. O idoso percebe que sua potência masculina, erétil, vai se perdendo. É um fenômeno irreversível que irá acontecer inevitavelmente, apesar de podermos fazer alguma compensação com substituição de hormônios ou comprimidos que facilitam a ereção.
Estou no ponto de observar essa fenomenologia ocorrendo no meu corpo, pode até surgir o desejo sexual, mas não tem o devido acompanhamento da ereção. Posso usar hormônios e comprimidos eréteis, mas percebo uma certa resistência dentro do meu campo mental. É como se eu, fazendo uso desses artifícios, tivesse fugindo do fluxo da Natureza ao qual devo me adaptar e não lutar contra ela. Ainda não usei hormônios, e penso não usar em nenhum momento. Mas já usei comprimidos como Viagra, Helleva, que tem o objetivo de facilitar a dilatação dos vasos penianos e favorecer o enchimento de sangue promovendo a ereção. Não tive muito sucesso. Acredito que a minha forma de pensar associada ao fluxo da Natureza tenha entrado em conflito com o desejo sexual, desejo esse que quer forçar o corpo a funcionar como antes.
Além desse aspecto puramente biológico, existe também o aspecto espiritual. A minha consciência consegue dar prioridade ás atitudes espirituais em comparação com as biológicas, materiais. Então, tenho a compreensão que o desejo sexual que ainda existe em minha mente, não encontra mais respaldo na arquitetura fisiológica do meu corpo para a potência necessária ao ato. É como se o meu espírito tivesse sido dado o sinal para que a minha mente se volte com mais vigor para os aspectos profundos da espiritualidade.
Por exemplo, uma mulher que tenha um terço da minha e que se relaciona comigo, desperta em minha mente material o desejo forte do sexo, por ela ter com exuberância os recursos sensuais próprios da reprodução (lábios, seios, nádegas, etc). A minha mente espiritual leva à crítica de que não posso pensar em leva-la para a cama, para obter um prazer que se encontra entre nós defasado pelo tempo. Enquanto ela tem todo o potencial de gerar filhos e seguir o seu destino biológico e espiritual dentro do ritmo da Natureza, eu perdi o meu potencial reprodutivo e mesmo que o consiga artificialmente o filho gerado irá perder o apoio do pai, pela morte, muito antes da morte da mãe.
Não quero dizer que isso não possa acontecer, e até acontecer de forma ética, de acordo com o relacionamento dos envolvidos. Quero dizer que isso foge um pouco do ritmo da Natureza. Será mais coerente, para nós que respeitamos a Natureza como o “Corpo e Fisiologia” de Deus, o Criador, entender essa jovem, que desperta nossos desejos instintivos como uma filha e que merece o Amor Incondicional, assim como todos os nossos irmãos. Agindo assim, acredito que estaremos fluindo com mais naturalidade no fluxo da Natureza, na construção da família universal que viabilizará o Reino de Deus, assim como Jesus previu.
A nossa capacidade de amar incondicionalmente deve entrar em queda de braço com o desejo sexual instintivo. Não é porque eu perdi minha potência sexual, que eu perdi também a capacidade de amar, pelo contrário. Quando isso acontece, de eu perder a potência sexual, é o momento que a capacidade de amar deve ficar mais potente, o espirito estar mais fortalecido, e cada vez mais que o tempo passa, que nos aproximemos do falecimento da carne, mais nossa mente e alma estará associadas aos interesses espirituais.
Coube a fala de Paulo ““Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem”, escrito em Romanos, 2:10, interpretada por Emanuel em “Caminho, Verdade e Vida, livro mediúnico escrito por Chico Xavier, para que despertasse em mim a intuição do que poderia ser feito nas lojas que funcionam no Shopping do Artesanato “Mãos de Arte” na Praia do Meio.
O Shopping atrai muitos turistas que vêm de todos os estados do Brasil e até de outros países. As lojas tem o sentido de divulgar a cultura do nosso estado, o Rio Grande do Norte, através da produção literária dos nossos escritores e a arte através dos trabalhos artesanais. Podemos também fazer uma interação espiritual com quem nos visita e tem interesse em ampliar os seus horizontes espirituais, servindo de âncora viva aqui em Natal da seguinte forma.
Podemos abrir um livro de registro para os visitantes que tiverem interesse, e colocar nome, endereço e forma de comunicação, email, celular, etc... Colocará também a prática espiritual que realiza no seu ambiente comunitário e de trabalho. Este é o objetivo central com este trabalho, identificar por menor que seja o trabalho no bem que cada um faça, de acordo com a sua consciência, e ter oportunidade de interação mútua entre todos que se declararem, tendo as lojas administradoras desse intercâmbio.
Será também apresentado o trabalho comunitário que se faz na Praia do Meio, através da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio, o caderno de atas e de reflexões cristãs que é feito a cada reunião, a forma transparente de prestação de contas, de como é feita a aplicação do dinheiro arrecadado, sempre considerando que é um dinheiro recebido das doações, mas que agora pertence a Deus e que devemos administrar com coerência e honestidade na prática do Bem.
Podemos oferecer um tour pelo bairro, previamente agendado, onde o turista pode ver de perto as características de moradia e relacionamento de uma comunidade simples e ainda comprometida pela miséria dos crimes, drogas, prostituição. Nivaldo, como um marinheiro bastante viajado com capacidade de comunicação em outras linguas, será o cicerone oficial.
Podemos também verificar dentro da comunidade a casa que melhor servir para a instalação da sede da associação e abrir um livro de ouro a ser assinado com esse objetivo, tanto destinado a moradores, colaboradores, políticos, empresários e turistas. Esta sede servirão como mais uma casa de Deus, não somente para orar, já temos igrejas suficientes com esse objetivo. A sede terá a finalidade primordial de servir de oficina de trabalho para o Bem comum, uma prática do Evangelho onde o foco está dirigido no servir ao próximo sem espera de recompensas materiais.