Marcos Leão – Olha só outra pergunta. Existe algum planejamento reencarnatório, onde um espírito deverá reencarnar e por mais que se esforce, nunca conseguirá ser amado ou ganhar dinheiro? Batalha, tem talento, mas desencarna sem conhecer o sucesso?
Pai João – A pessoa que diz que nunca encontra o amor, é porque ela não se ama e não ama. Tem muito mais de 7 bilhões de pessoas na humanidade. O problema é que você cria um perfil pessoal e quer que a pessoa se encaixe dentro daquilo que você criou. E não é assim que funciona o universo. Não existe nunca ser amado, que seja o amor de uma mãe, de um pai, de um cachorro, de um animal... de uma criança. O grande problema é que, quem ama se envolve com a pessoa amada. Ora, e se a pessoa está se sentindo tão solitária, por que ela não se solidariza com o outro? Eu não tenho quem me ame do jeito que eu quero... que tal eu pensar e perceber que eu sou amado de uma forma muito particular? Então comece você a amar! Se existe uma lei que nós chamamos de causa e efeito, para toda ação existe uma reação de igual força e intensidade e em sentido contrário, se eu começo a dar amor, é a lei da vida, eu recebo! Se a pessoa não se sente amada é porque ela não ama. Isso é muito claro. Então não podemos culpar. Allan Kardec esclarece que a falta de dinheiro, de recursos financeiros, se deve à falta de inteligência, principalmente, e em segundo plano a falta de labor, de trabalho, ou seja, de um trabalho inteligente. Nós fazemos diversas escolhas sem inteligência durante toda a vida. E nós temos diversos sinais durante a encarnação toda, indicando que está errado, e se você for contra a maré da vida, contra as ondas do rio da vida, você vai nadar, nadar e não chega na margem, no seu objetivo. Porque a margem está indo para um lugar e você passa a vida inteira indo para outro. Ora, é natural que você não vai chegar. Ai quando chega a velhice, você fala, ah, eu trabalhei a vida inteira e não consegui nada. Sim, e a vida inteira você desperdiçou, a vida inteira você não ouviu os sinais, não percebeu as intuições e nem aceitou a ajuda que foi dada pra você. Quando chega do lado de cá, você faz uma retrospectiva do passado, e a gente faz o tempo inteiro, você nota que foi colocado sinalizadores, à semelhança daqueles sinalizadores que são colocados em aeroportos, que quando o avião vai descendo tudo está iluminado, e eles sabem que aquilo ali é um lugar de pouso. O que ocorre conosco, é que quando mergulhamos na carne e não damos atenção aos sinais, nós saímos daquela situação e acontece incidentes e acidentes trágicos. Mas foi unicamente porque a pessoa fechou os ouvidos à intuição, ao chamado do alto, e não exerceu de maneira inteligente a sua escolha. Porque é facultado para todos, ninguém foi programado para a infelicidade, ninguém é programado para o fracasso, ninguém é programado para a desgraça, senão Deus... seria o que? Mesmo porque a ideia que o povo tem de Deus é de um ser que fica no Céu, esperando a hora do filho errar e dizer: “Vou mandar um raio para ele”. Tem um outro ali, vou mandar outro raio; tem outro ali, com relacionamento íntimo com pessoas do mesmo sexo, então toca um sinal lá em cima e Deus manda ele para o inferno. Nós precisamos urgentemente esclarecer e reconfigurar a nossa ideia a respeito de Deus, da Natureza, das leis divinas, e principalmente sobre a reencarnação. Nenhuma reencarnação é programada para desgraça ou para a infelicidade. Por mais que a nossa interpretação esteja temporariamente equivocada, mas a nossa interpretação é somente a nossa visão pessoal, não é a realidade.
ML – É como se alguém tivesse criado o princípio inteligente e esse vai ser um fracasso. Que lógica tem isso?
PJ – Como se Deus tivesse programando a sua desgraça espiritual, e não é isso que acontece. Que Jesus abençoe os meus filhos, e Nego Véio tá à disposição, a hora que vocês tiverem tempo, hoje, amanhã, depois, para Nego Véio responder mais perguntas. É lógico que não tenho nenhuma pretensão de saber a verdade. É apenas a opinião de alguém que como vocês está estudando e tentando aprender também.
Marcos Leão – Prosseguindo nosso bate-papo, tem outra pessoa que fala assim: sem falar no que a gente fez numa vida passada, mesmo que seja tentado a recuperação, por que ainda as perseguições cármicas, as cobranças, como poder equilibrar, libertar? Eu faço trabalho social, faço estudos no centro, Evangelho no Lar, sou médium... por que ainda tanta dificuldade?
Pai João – O problema está na elaboração da pergunta. Não é uma pergunta elaborada de maneira inteligente. Não existe perseguição cármica, não existe esse peso que a pessoa imprime. Trabalhar no bem não nos isenta de forma alguma das responsabilidades que criamos nos nossos vínculos e nos nossos contratos que fizemos no passado. O que ocorre, é que, se a Justiça Divina, age de maneira inexorável, fazendo com que quem deve, pague diante da lei universal o tributo que deve à própria lei, quando essa lei vem ao nosso encontro e nos encontramos trabalhando no bem, a misericórdia entra e dilata o tempo de pagamento, mas não nos isenta do resgate. Agora, a interpretação da pessoa, que isso é pesado, que isso é cobrança, que isso é difícil, é uma visão da pessoa a respeito da vida. Porque se nós entendemos a trajetória da lei, a lei de causa e efeito, e antigamente Nego Veio chamava de Xangô, de retorno... ora, é muito bom você enfrentar uma situação sabendo que você tem os recursos, está amparado pelo conhecimento espiritual, isso já é uma bênção. Imagina, você está aqui, e o nosso companheiro que está gravando, ambos vão enfrentar diante da lei o resgate diante das necessidades evolutivas de cada um. Ora, se você não tem o conhecimento espiritual, você vai ficar revoltado, isso vai ser um peso, e toda vez que estamos revoltados, a situação pega, é como se fosse 10% amplificado a 100%. O outro que tem conhecimento espiritual, ele sabe que precisa quitar-se diante da lei. Mas não é peso, porque diante da lei não é a dor que vai quitar, é o amor. Se a pessoa matou no passado, ela não precisa morrer da mesma forma, ela pode vir como médico para salvar vidas, como enfermeiro... depende então da visão da pessoa. Esse espiritismo que se divulga por aí, a ideia que você tem que resgatar, que tem dores e sofrimento, não procede dos braços amorosos de Jesus. Isso são das pessoas mal informadas. A única moeda no universo que existe para pagar dívidas, chama-se amor. Se você pôs fogo numa senzala, numa fazenda e matou milhares de pessoas, ora, não é mais fácil você vir como bombeiro? Do que ficar inútil numa cama tendo fogo selvagem em você?
ML – Mesmo que se você pusesse fogo em você, seria outro crime.
PJ – Iria fazer um círculo vicioso, vinganças... Agora, o que vamos encontrar na Terra? Nós estamos num mundo em que nós precisamos vencer os obstáculos: enfermidades, que é decorrente do mau uso que a pessoa faz do corpo físico, das suas habilidades mentais, emocionais, o uso inadequado das forças vitais do corpo, e vai falar que isso é pesado perante o carma? Não, isso é burrice. A pessoa conhece as leis divinas e sabe que isso faz mal e produz os mesmos resultados, ora, sinto muito, isso não é a lei, não é o carma não, é a pessoa que não está usando de inteligência suficiente e está permanecendo nesse sentido. As pessoas as vezes escolhe alguns caminhos, e esses caminhos têm suas consequências, absolutamente, tudo tem consequência na Terra. Toda ação, provoca uma reação em sentido contrário em igual força e intensidade. Eu não tenho como me livrar disso, eu tenho como plantar uma nova atitude e compreender que o impacto vibratório pode vir até a mim, mas depende do meu estado de espírito, a minha interpretação disso. Muitas pessoas enfrentam o câncer, o HIV, sabendo que elas fizeram alguma coisa para desenvolver uma predisposição física e energética que favorece o aparecimento dessas enfermidades. Se ela conhece o estágio da lei da vida, ela vai passar com relativa tranquilidade. Não vai poder imediatamente se livrar, mas isso pode se dilatar, ela pode se negativar, ela pode ter uma situação em que o vírus não seja detectável, e consiga viver 10, 20, 30 anos, e sem, inclusive, contaminar outras pessoas. Ela não vai deixar de passar pelo vírus, pois foi consequência, muitas vezes, mas nem sempre, de atitudes da pessoa. Mas ela pode modificar isso na caminhada. O câncer do mesmo jeito, as outras enfermidades também, então, não existe peso, isso é interpretação. Na verdade, existe um pensamento de um grande sábio do passado, que ele dizia: fatos não existem, o que existem são interpretações. E se é pesado ou leve, é uma interpretação da pessoa.
ML – Se eu entendo que isso é uma perseguição cármica, eu vou brigar com Deus, e se vai perder na certa. Agora, se eu interpreto essa situação como uma necessidade para eu passar de um patamar para outro, seja que situação for, ao invés de eu brigar com Deus, eu me torno um parceiro de Deus. Eu deixo de brigar com Deus, pois perseguição dar a ideia de injustiça.
PJ – Nego Véio tem que dar a mão à palmatória para Ângelo Inácio, porque as vezes do lado de cá em nossas discussões, o Ângelo vem com algumas observações, que Nego, por ser velho e por ser morto, tem menos dificuldade de entender algumas questões. Mas Ângelo costuma, nas nossas conversas, falar que os espíritas e os espiritualistas precisam reciclar urgentemente a ideia a respeito de Deus, e a ideia a respeito das leis da vida. Eles transformam o universo em algo muito pesado. As coisas que podem ser utilizadas de maneira benéfica, tem um peso vibratório tão grande, de dor e sofrimento, que Nego Véio hoje pensa, sinceramente, que as doutrinas atuais que se dizem espiritualizadas, são as maiores ferramentas para levar as pessoas a não acreditar em Deus. Porque colocam peso nas coisas. Ora, se você tem um câncer, por que não encarar a oportunidade do câncer? O momento que você vai fazer a quimioterapia, você pode levar livros, levar alegria, levar socorro para as pessoas enquanto você está fazendo lá dentro do consultório ou na clínica de quimioterapia. Por que você não aproveitar e ir muito elegante, arrumado e ajudar as pessoas que estão ali num processo emocional difícil, a se elevar também? Ou seja, depende do seu ponto de vista. Você pode transformar aquela situação num impulso para ajudar centenas de pessoas. Você está com HIV, ora, morre muito mais gente no mundo de outras coisas do que de HIV. O problema todo que a mídia deu um aspecto sensacionalista a isso. Nego Véio costuma dizer, por que não usar essa abençoada oportunidade que a enfermidade trouxe para você levar a quem tem outras a se elevar, a reeducar o comportamento, a visão de vida... ora, tudo é oportunidade de progresso, até mesmo aquilo que a gente chama de dor. Agora, depende da interpretação de cada um. Lógico que esse companheiro que fez essa pergunta tem todo o direito de interpretar assim, mas essa não é a visão dos espíritos, pelo menos dos espíritos da dimensão que Nego Véio participa. Claro, que Nego Véio não é nenhum espírito superior, eu sou aprendiz dentro do esquema evolutivo de Aruanda. Mas, é apenas a opinião de um Nego Véio.
ML – Vou emendar essa pergunta, pois vai por esse caminho. Eu gosto muito de ouvir rock, não rock muito pesado. O estilo musical influencia na minha defesa psíquica e energética? De que forma?
PJ – Do lado de cá, principalmente na cidade de Aruanda, onde Nego Véio está temporariamente vinculado, nós temos espíritos de diversas categorias, de diversos gostos: musicais, estéticos, de todas as formas possíveis. O rock não é ruim em si mesmo. O estilo musical não é ruim em si mesmo, mas existem algumas vibrações, de algumas notas musicais que dão intenso ruído, que movimenta as energias dos chacras inferiores, dando uma abertura mais intensa nos chacras inferiores. O que faz as pessoas se tornarem mais vulneráveis às energias desencadeadas por tais vibrações. Uma nota musical vai produzir no fluido ambiente determinada vibração. Quanto mais harmônica for a nota musical, mais suave e sutil vai ser a vibração dos fluidos ambientes. Quando são mais agitadas as notas musicais, mais agitação vai imprimir no ambiente. Não significa que essa agitação seja daninha ou nociva, mas a pessoa tem que se preparar que ela vai perceber esse impacto por uma vibração mais intensa. E é lógico que existem outras situações em que a música atrai espíritos de uma categoria inferior, que tem ligação, que tem identidade com aquele estilo musical. Veja bem, a música, a vibração, pode atrair quem gosta daquele estilo. Não que ela seja ruim em si. Então, fica à critério de cada um se analisar, não existe uma regra determinada no plano astral. Por exemplo, na Aruanda nós temos diversos teatros, mais de mil teatros na Aruanda com várias temáticas. E com temáticas que assustariam os nossos amigos encarnados que tem uma mania de espiritualidade. Mas isso existe? Sim, porque nós somos humanos. Nós temos apresentações musicais na Aruanda, belíssimas, de extrema espiritualidade, que eleva o espírito, mas temos outras também que movimentam energias do espírito para desagregar aquelas energias densas que vieram da Terra. Não podemos dizer que esse grupo de espíritos não presta, não! Aquilo tem uma finalidade, tudo está no pensamento. O pensamento é a base de tudo. Então, nós temos tanto informação quanto inteligência suficiente para elaborarmos melhor os nossos gostos. E se a gente desconfia, sente que aquela determinada coisa não é boa para nós, embora gostemos daquilo, se estamos a caminho de dias melhores, podemos modificar, podemos mudar o teor vibratório. Nós estamos em um ou outro lado da vida, aprendendo isso, que tudo é possível modificar ainda, enquanto estamos nessa caminhada.
ML – No “Faz parte do meu show” nós vamos ver expressões do rock brasileiro se preparando para realizar um grande show na dimensão astral, que tinha como objetivo sensibilizar determinadas categorias de espíritos para que eles pudessem ser levados às suas áreas de recuperação.
PJ – Se trouxer Nego Véio para falar para um grupo de espíritos que ainda traz na sua personificação espiritual o formato dos jovens rebeldes, dos anos 70, 80, 90... e vai ouvir Nego Véio? Claro que não! Se chamamos Tereza de Calcutá, João Paulo II para falar, eles vão considerar como pessoas ultrapassadas e com uma linguagem que não encontra sintonia com eles. Aí nós chamamos Cássia Eller, chamamos Cazuza, chamamos Fred Mercury... chamamos outros espíritos... Michael Jackson... que falam a linguagem que essas pessoas entendem... Só que, junto com o som da guitarra, o som dos instrumentos, a mensagem vocal que é passada, é de uma elevação espiritual. Então, enquanto eles estão se movimentando ao som do rock, estão cantando mensagens vocais, na verdade é através do pensamento, mas tem a impressão que é externada pela fala, que traz um conteúdo superior. Agora, essas pessoas, das quais Nego Véio se referiu, artistas desencarnados, tem muito maior capacidade de atingir as multidões do que Nego Véio. Porque eles tem uma estrutura de impacto, um carisma muito forte, e um magnetismo muito forte, que vai falar a esse tipo de espírito. Uma vez que eles conseguem arrebanhar os espíritos com a sua música impactante e a mensagem elevada que traz, porque aí, a mensagem não é do mesmo teor do que eles faziam quando encarnados. Mas é elaborada especificamente para esta função. Aí entram os espíritos consoladores ou os guardiões para fazerem o seu trabalho, uma vez que eles já fizeram outro que foi o de retirar esses espíritos das suas situações. Então, nós trabalhamos em equipe, mas tudo dentro de um planejamento milimetricamente feito por aqueles que são superiores a nós. Tudo é aproveitado no universo.
ML – E a gente ver no nosso meio mesmo, encarnados, grupos de rock com letras incríveis, muito bonitas e embrulhadas nesse som que ativa os jovens, que leva o jovem a se descontrair, a dançar, uma forma de se alegrar, mas com letras sensacionais
ML – Tem outra que diz assim: como devemos nos portar quando sabemos que vamos a um lugar que possui uma egrégora negativa? Robson comentou que devemos ir com o coração menos aberto, o que seria isso na prática?
PJ – Pois é. Primeiro vem a responsabilidade. Você já sabe que o local tem uma egrégora que não é muito fácil de transitar por ela. As pessoas vivem hoje em dia, e não estou falando que o autor da pergunta é desse jeito, mas estou falando de maneira geral; vivem hoje em dia de maneira irresponsável diante da realidade do mundo no qual estamos inseridos, diante de sua própria realidade energética. Se eu não tenho resistência energética para tais ambientes, eu não devo ir. Vamos supor que seja necessário ir devido a um trabalho profissional, o que justifica perfeitamente, temporariamente, até que a pessoa consiga um outro ambiente. Mas se a pessoa não tem resistência energética, se a aura da pessoa está rompida, ela vai sim, absorver os impactos energéticos disso aí, e mesmo fazendo oração não consegue se livrar. Então, o que ela precisa ter é uma postura mental e emocional, isso que o médium falou, de não estar com o coração muito aberto, ou seja, isso remete aquilo que a gente falava ainda no tempo da escravidão, de corpo fechado ou corpo aberto. É que a pessoa vai sem preparo, com a aura totalmente aberta, mude-se o nome, mude o nome de coração para aura e a pessoa entende melhor. A pessoa vai para um ambiente desse como se tivesse entrando e saindo da sua casa, não se preocupando com a sua segurança energética. Ora, a pessoa sempre pode entrar sozinho, mas sempre sairá acompanhado, tanto com as energias, quanto com os habitantes extrafísicos desse ambiente, mesmo aqueles que se cuidam, mesmo médium que acha que é espiritualizado, que acha que cumpre com suas obrigações, os seus deveres espirituais, seja lá o nome que você queira dar a essa sua relação de espiritualidade. O médium principalmente, já tendo as suas faculdades psíquicas mais ou menos elaboradas, ele vai sentir com mais intensidade o impacto vibratório de tais ambientes. Agora, convém pensar que, existe ambiente onde essa energia está mais densa, contudo, não existe ambiente livre completamente dessa energia no planeta Terra. Porque a Terra toda está contaminada de forma ampla de espíritos que estão no processo educativo num mundo que a vibração é também densa. Então temos que criar resistência espiritual, resistência energética, contudo, usar a sabedoria ou o mínimo de inteligência para selecionar os locais que nós frequentamos. Olha, chegamos a um momento que não é necessário submetermo-nos por força nenhuma, coação nenhuma, para ambientes salubres. A pessoa tem inteligência suficiente para fazer uma seleção de ambiente, de amizades, de situações, que são ou não benéficas para ela. Não é nem mesmo uma questão de espiritualidade, é de ser inteligente.
ML – No livro “Canção da Esperança” há uma situação que o Franklin narra depois de desencarnado e no livro “Senhores da Escuridão”, nós vamos ver uma situação do mundo astral onde eles narram que tem uma festa...
PJ – Quando o médium desdobrado vai a um ambiente desses, mesmo acompanhado pelos guardiões, pelos seus protetores espirituais, sejam guias, sejam mestres, ao retornar para o corpo eles trazem parte dessa vibração. Então, existem os exercícios de limpeza energética. O contato com a natureza e algumas outras situações onde o médium descarrega essa energia através da urina. Ele volta do desdobramento, e essa energia vem para o corpo dele e é comum ele correr para o banho e urinar muito ou ter uma descarga através de uma diarreia muito intensa dessa energia que ele absorveu. Mesmo em trabalho espiritual, dependendo da densidade da vibração, o médium traz resquícios disso, que naturalmente somem durante os dias seguidos. Mas ele tem que conhecer autodefesa, tem que conhecer um pouco o que é bom para ele, o que é menos bom, usar um pouco mais de inteligência na seleção de ambientes e pessoas, principalmente na preservação do seu lar. Isto é essencial, preservar o seu lar como um templo sagrado.
ML – Só finalizando isso, o que eu queria dizer é que quando você vai a esses locais que foram relacionados, sem nenhuma questão de preconceito, seja aonde for, o tônus energético relacional é diferente, e se porventura existe ali um grupo de espíritos desejosos de uma energia um pouco mais bem elaborada, vamos colocar assim, essas pessoas são as mais visadas, porque o tônus vibracional diferencia da maioria das pessoas que geralmente frequentam aquele local, não é isso?
PJ – É um copo de vinho para os outros beberem através dela essas energias.
ML – Aí as sensações são mais intensas, justamente por isso.
ML – É possível conceder a defesa psíquica e energética de terceiros, com pessoas próximas, filhos, crianças... nesse caso, como proceder?
PJ – Sim, isso é possível de forma relativa. Quando nós tratamos daqueles seres que ainda não tem capacidade intelectiva e mental de se auto protegerem, a energia dos pais acaba englobando os filhos e aqueles que estão próximos a si, e tem a capacidade de autodefesa. Então isso pode ocorrer. Mas à medida que a pessoa vai crescendo, vai progredindo mentalmente e alcança um estágio de autonomia, então é a própria pessoa que tem de se manter. Não adianta a gente querer ajudar o outro, se o outro não quer ser ajudado. Nós podemos ajudar através de uma prece, nós podemos até mesmo aplicar um passe magnético, formar um campo de força, de proteção, mas quem sustenta isso é a própria pessoa. Ela vai estar vivendo com a energia emprestada, mas é ela que tem que sustentar o seu campo energético. O mesmo ocorre quando a gente usa um medicamento, através de ervas ou qualquer outro produto. Você passa um medicamento floral, ou homeopático, isso vai dar um quantum de energia, de vibração positiva para a pessoa sair da situação, mas ela tem que se sustentar. A energia doada acaba e ela volta a fragilidade anterior. Então, podemos ajudar de maneira relativa. As pessoas precisam assumir as suas responsabilidades na vida, e por mais que as amemos, nós não podemos fazer por elas aquilo que compete a elas próprias. Podemos dar o impulso inicial, mas a sustentação desse estágio, de autodefesa, isso depende dela, e sobretudo, das atitudes e comportamento da pessoa.
ML – Eu lembro da minha avó paterna, quando a gente era criança. Ela rezava aquela oração de São Jorge, antes da gente ir para a escola, mas chegou um período da nossa faixa etária que ela disse que aquilo era apenas um recurso que agora era da nossa responsabilidade, selecionar os amigos, por onde a gente andava, essa coisa toda, que é basicamente isso que foi dito.
PJ – È isso mesmo, meu filho.