Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
23/03/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (01) – INTRODUZINDO

            Na condição de espiritualista de tendência espírita, claro que acredito no mundo espiritual, na existência de espíritos e na existência de Deus, inclusive. Como tenho também formação acadêmica, de forte viés materialista, sou pós-graduado com especialização em Psicobiologia e mestrado e doutorado em Psicofarmacologia, com formação em Psiquiatria, Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), atual professor do Departamento de Medicina Clínica do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, não posso deixar de ter forte dose de ceticismo em tudo que chega aos meus sentidos físicos.



            A minha forte fé consolidada no mundo espiritual não se deixa permanecer acima de qualquer dúvida ou crítica, sempre com o uso da racionalidade para empunhando cognitivamente a lógica, verificar se estou sintonizado com a verdade ou dentro de algum falso desvio.



            A doutrina espírita fornece três pilares conscienciais que satisfazem a lógica de nossa curiosidade: Filosofia, com “O Livro dos Espíritos”, Religião, com o livro, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, e a Ciência com “O Livro dos Médiuns”.  Diversos outros livros escritos por médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco, com o conteúdo de inteligências extrafísicas como André Luiz, Emmanuel e Joanna de Angelis, formam uma literatura consistente com a existência do mundo espiritual e sua interação com o mundo material.



            Considerando a humanidade como o coletivo material mais conveniente para a educação moral dos espíritos, como mecânica de sua força evolutiva em direção a uma perfeição absoluta, que podemos conceituar como Deus, Inteligência Suprema, independente da forma gramatical que possamos exprimir, verificamos em vários pontos do planeta o surgimento de personalidades que trazem importantes contribuições neste sentido. Podemos exemplificar com Buda, Krishna, Confúcio, Sócrates, entre outros, e principalmente Jesus de Nazaré, o qual os espíritos são unânimes em informar que serve como o melhor modelo para nosso comportamento.



            Nesse sentido, e por ter nascido e ser educado no Ocidente, num país colonizado por forças cristãs, compreendo a Igreja Católica Apostólica Romana como a instituição tradicional que procura levar essas lições do Cristo de forma coerente com o pensamento do seu autor, gerando o Cristianismo.



            Porém, o materialismo é uma forte corrente doutrinária presente entre nós desde o nascimento e alimentado pela cultura empírica dos dados da realidade. Coloca sempre em xeque a existência do mundo espiritual e que a vida não permanece após a falência do corpo físico. Por esse motivo, irei desenvolver neste espaço a reflexão sobre a série exibida pela Netflix, “Vida após a morte” que apresenta forte argumentação no sentido da vida permanecer existindo após a morte da organização vital do corpo físico.    


Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/03/2022 às 00h01
 
22/03/2022 00h01
PERGAMINHO NÚMERO II

            Este é o primeiro pergaminho que Og Mandino coloca em seu livro “O Maior vendedor do Mundo” para o aprendiz ler três vezes ao dia durante 30 dias, para ter sucesso na vida. Como é uma técnica que tem sua razoabilidade, trago aqui para dividir com meus leitores, colocando pequenas alterações que coloco em negrito no texto...



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Pois este é o maior segredo do êxito em todas as aventuras. Os músculos podem partir um escudo e até destruir a vida, mas apenas os poderes invisíveis do amor podem abrir os corações dos homens, e até dominar esta arte não serei mais que um camelô na feira. Farei do amor minha maior arma e ninguém que a enfrente poderá superar sua força.



            Podem opor-se ao meu raciocínio, desconfiar de minhas apregoações; podem desaprovar meus trajes; podem rejeitar meu rosto; e podem até suspeitar de meus negócios; contudo, meu amor enternecerá todos os corações, comparáveis ao sol cujos raios suavizam o mais frio barro.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como o farei? De hoje em diante olharei todas as coisas com amor e renascerei. Amarei o sol porque aquece os meus ossos; não obstante, amarei a chuva porque purifica meu espírito. Amarei a luz porque me mostra o caminho; não obstante, amarei a escuridão porque me faz ver as estrelas. Eu receberei a felicidade porque ela engrandece o meu coração, não obstante tolerarei a tristeza porque abre a minha alma. Aceitarei prêmios porque são minhas recompensas; não obstante, receberei de bom grado os obstáculos, porque eles são meu desafio.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como falarei? Enaltecerei meus inimigos e eles se tornarão amigos. Encorajarei meus amigos e eles se tornarão irmãos. Cavarei fundo, buscando razões para aplaudir; jamais arranjarei justificativas para maldizer. Quando tentado a criticar, morderei a língua; quando decidir elogiar alguém, falarei alto acima dos tetos.



            Não é assim que os pássaros, o vento, o mar e toda a natureza falam com a música de louvor pelo seu Criador? De hoje em diante relembrarei este segredo e mudarei minha vida.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como agirei? Amarei todos os comportamentos virtuosos dos homens, pois cada um tem qualidades para ser admirado, mesmo se estiverem ocultas. Com amor derrubarei o muro da suspeita e ódio que construíram em volta dos corações e, em seu lugar, construirei pontes para que meu amor possa entrar em suas almas.



            Amarei as ambições, pois elas podem inspirar-me; amarei os fracassos, pois eles podem ensinar-me. Amarei os reis, pois eles são apenas humanos; amarei os humildes, pois eles são filhos de Deus. Amarei os ricos, pois eles são, não obstante, solitários; amarei os pobres, pois eles são muitos; amarei os jovens, pela fé que têm; amarei os velhos, pela sabedoria que partilham. Amarei os formosos, por seu olhar de tristeza; amarei os feios, por suas almas de paz.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Mas como reagirei a reação dos outros? Com amor. pois, sendo a minha alma para abrir os corações dos homens, o amor é também o meu escudo para repelir as setas do ódio e as lanças da ira. A adversidade e o desencorajamento se chocarão contra meu novo escudo e se tornarão como as chuvas mais brandas. Meu escudo me protegerá na feira e me sustentará quando sozinho. Ele me reanimará em momentos de desespero e, contudo, me acalmará na exultação. Tornar-me-ei mais forte e mais protegido usando-o até o dia que ele seja parte de mim, e andarei desembaraçado entre todos os comportamentos dos homens, e meu nome se erguerá alto na pirâmide da vida.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como enfrentarei cada um que encontrar?



            De apenas um modo. Em silêncio, e para mim mesmo, dir-lhe-ei: “Eu amo você.” Embora ditas em silêncio, estas palavras brilharão em meus olhos, desenrugarão minha fronte, trarão um sorriso aos meus lábios e ecoarão em minha voz; e o coração dele se abrirá. E quem dirá não às minhas mercadorias quando seu coração sente meu amor?



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Acima de tudo amarei a mim mesmo, pois, quando o fizer, zelosamente inspecionarei todas as coisas que entraram em meu corpo, minha mente, minha alma e meu coração. Jamais abusarei das solicitações da carne, mas, sobretudo, cuidarei do meu corpo com asseio e moderação. Jamais permitirei que minha mente seja atraída para o mal e o desespero, mas sobretudo a elevarei, com o conhecimento e a sabedoria das gerações. Jamais permitirei que meu coração se amesquinhe e padeça, mas compartilhá-lo-ei e ele crescerá e aquecerá a Terra.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            De hoje em diante amarei a humanidade. Deste momento em diante todo o ódio desaparece de minhas veias, pois não tenho tempo para odiar, apenas para amar. Deste momento em diante dou o primeiro passo necessário para me tornar um homem entre os homens. Com amor, aumentarei minhas vendas cem vezes mais e me tornarei um grande vendedor, se nenhuma outra qualidade possuo, posso ter êxito apenas com o amor. Sem ele eu fracassarei, embora possua todo conhecimento e as técnicas do mundo.



            Saudarei este dia com amor e terei êxito.



            Este texto usado da forma que foi orientado, serve como um mantra. Essas 90 leituras feitas durante um mês irá formar um hábito. Esta é a intenção do autor, formar um hábito saudável que impulsione a pessoa em direção à fortuna e felicidade. Irei ver comigo mesmo o impacto deste comportamento e sugiro aos meus leitores que façam o mesmo, afinal são bons hábitos que podemos incorporar ao nosso repertório comportamental.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/03/2022 às 00h01
 
21/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (07) – NASCEU PORTUGAL

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Os Templários, desde o início do movimento, eles ajudaram em dois pontos: ajudar Portugal a expulsar os mouros e iniciar a defender as Cruzadas.



            Em uma das incursões que os cristãos faziam na terra tomada dos mouros, um pequeno exército comandado por Afonso Henriques foi surpreendido e encurralado pelos muçulmanos.



            O conflito era inevitável, e a chance de sobrevivência quase inexistente. Segundo os historiadores, os muçulmanos eram dez vezes mais superiores que os portugueses.



            Segundo os documentos da época, foi nesse momento que o comandante Afonso Henriques jura ter tido uma visão onde Cristo aparecia e profetizou sua vitória, entregando a ele a missão de espalhar a fé pelos quatro cantos do mundo.



            Afonso Henriques venceu a batalha e foi aclamado o primeiro rei de Portugal. Fato ou lenda, o Milagre de Ourique marcou de tal forma o imaginário português que tornou-se presente na bandeira de Portugal e no espírito de aventura nos séculos seguintes.



            Os portugueses consideram este documento como sendo a certidão de batismo de Portugal. Nasceu Portugal. A fronteira mais antiga da Europa hoje em dia.



            A civilização se funda com as orientações gerais que vêm do mito. Mito não é sinônimo de mentira. No dicionário veremos que mito tem vários significados e uma delas é sim, ilusão e mentira. Mas o mito no sentido que é usado aqui, é no sentido grego, uma explicação primordial da ordem do universo e da ordem humana. Então, por que primordial? Porque é uma explicação fora do tempo, lá no passado que não sabemos direito quando foi, algumas coisas aconteceram e explica como surgiu o universo, e como se organizou a vida humana e qual o entrosamento dessas coisas.



            Sem mito não há civilização. Nós tivemos aqui a figura do pai fundador e esta característica estava presente desde a fundação de Portugal, desde Dom Afonso Henriques.



            Com isto se ganha mais poder, mais autonomia e continua a formar os seus domínios impedindo a entrada dos mouros novamente.



            A Espanha, ao contrário, continua a lutar contra o elemento mouro.



            É interessante colocar aqui um texto também encontrado na internet com o título “O Milagre de Ourique” para ajustar melhor nossa compreensão sobre a origem do pequeno país que se tornou grande e nos colonizou, com a bandeira do Cristo empunhada em suas caravelas.



            A Batalha de Ourique foi o momento decisivo da independência do pequeno condado portucalense, que no final da peleja Dom Afonso Henriques foi aclamado pelos combatentes como Rei.



            Era noite, véspera da Batalha. Os guerreiros tentavam descansar. Nas coloridas tendas mouras o movimento fora intensíssimo durante todo o dia. De cinco reinos havia chegado homens aguerridos, decididos a não deixar progredir o pequeno exército dos cristãos. Tinham vindo muitos de Sevilha e de Badajoz para se juntarem à hoste composta por gente de Elvas, Évora e Beja. Diz-se mesmo que tinha vindo gente de além-mar.   



Durante o dia, não tinha havido descanso para ninguém. As setas tinham sido cuidadosamente afiadas e guardadas nas aljavas. Os velozes alfarazes da cavalaria moura tinham tido ração suplementar e relinchavam respondendo aos puros-sangues árabes dos grandes senhores que, impacientes, esperavam pela ação, pelo combate.



Enfim, era noite e a algazarra que pairava todo o dia sobre o arraial esmorecera um pouco e só se ouvira como que um zunir de  moscas.  No acampamento cristão pairava o silêncio. Também os ginetes da guerra estavam prontos e impacientes, as espadas tinham sido afiadas, os peões haviam experimentado as bestas para que tudo corresse como desejavam. Os guerreiros descansavam nas tendas, recostados em leitos improvisados com as peles dos animais mortos, lá mais ao norte, nas selvas que bordejavam as suas tendências e propriedades.



Também Afonso Henriques estava recostado na sua tenda. Dera ordem para que ninguém o incomodasse. Não conseguia dormir. Pensava na batalha do dia seguinte, na enorme cópia de gente moura contra a sua minúscula hoste. Corria até que o exército árabe tinha uma ala de mulheres guerreiras... Mas, era necessário vencer... Deus se encarregaria de se mostrar ao infiel o seu poder pelo braço do guerreiro.



Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião. Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha. 



Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho que queria falar-lhe com muita urgência:  Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:



- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres? 



-Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te da parte de Jesus, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida onde há já sessenta e seis anos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que Ele manda dizer-te!



Antes do guerreiro abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efetivamente, o sino da ermida e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, com gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado.



Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado de anjos. Afonso Henriques, ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe: 



-Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás rei...  



Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra os guerreiros de Afonso Henriques. Ao Primeiro embate muitos homens caíram no chão trespassados pelas lanças. Puxou-se então por espadas e alfanjes e a planície foi invadida por um tinir de ferros misturados com a gritaria de toda aquela multidão e os relinchos doloridos dos cavalos feridos.



Durante muito tempo, foi um verdadeiro inferno. Os guerreiros cristãos, porém, levaram a melhor. Os mouros sobreviventes, fugiram pela planície afora, deixando os cadáveres naquele imenso chão. Do lado cristão também eram muitos os mortos e feridos, mas os sobreviventes proclamavam a vitória, gritando: 



-Real! Real! Por Afonso, Rei de Portugal! 



Diz a tradição que nesse momento e em memória do acontecimento, o rei pôs no seu pendão cinco escudos, representando os cinco reis mouros que derrotara. Pô-los em cruz, pela cruz de Nosso Senhor e dentro de cada um mandou bordar trinta dinheiros, que por tanto vendera Judas a Jesus Cristo. Esta é a patriótica lenda com que os portugueses quiseram perpetuar um fato.



Assim nasce Portugal, após a vitória dos cristãos em uma batalha com o uso da espada. Foi parecida com a vitória do Cristianismo em Roma, na batalha conduzida por Constantino empunhando um escudo também com a cruz do Cristo.



Sei que são narrativas que os vitoriosos colocam em suas epopeias, mas será que não correspondem à verdade? Podemos usar nossa racionalidade e ver se tudo que é contado se distancia da verdade que o Cristo nos ensinou ou não. Isto faz parte da responsabilidade de cada pessoa no uso do seu livre arbítrio e assim ir fortalecendo seus paradigmas conscienciais que irão nortear sua vida.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/03/2022 às 00h01
 
20/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (06) – ORDEM DOS TEMPLÁRIOS

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            As Cruzadas foram uma resposta parcial e tardia a maior agressão imperialista que a Europa sofreu. Nem os romanos fizeram tanta devastação como os muçulmanos. Os romanos pelo menos invadiam um lugar ou um país, e imediatamente transformavam todas pessoas em cidadãos romanos, com todos os direitos.



Os romanos se adaptam a religião local. Ao contrário, se tem uma religião local, uma divindade esquisita, os romanos colocam aquilo no panteão e diziam: aí está, mais uma religião. Quer dizer, quem inventou o multiculturalismo foi os romanos.



            Com os muçulmanos, era o contrário. Quando eles invadiam um lugar existiam duas opções: ou se convertia a fé islâmica ou aceitava a autoridade islâmica, se tornava um cidadão de segunda classe, ou morria. Não podia praticar sua religião em público, não podia falar sobre ela, não podia exercer o proselitismo, tiravam metade do que essas pessoas tinham com impostos, e assim por diante.



            As Cruzadas se iniciaram para resgatar a Terra de Canaã, porque havia se tornado uma terra de fé hegemônica que era a questão islâmica.



            As Cruzadas tiveram um grande sucesso no início, conseguiram expulsar os exércitos sarracenos e libertar Israel, libertar Jerusalém.



            Com a Terra Santa reconquistada, surgiram massas de peregrinos que marcharam em busca de paz espiritual, mas o caminho até Jerusalém era para poucos. Além de frequentes assaltos, havia constantes ataques dos muçulmanos ao longo do percurso.



            Todo peregrino para a Terra de Canaã, em Israel, tinha seu visto impedido. Começou a ser muito perigosa essa jornada. Sempre foi, mas agora existia uma missão islâmica, que começava a impedir a peregrinação, pois existia risco de vida real.



            Para proteger os cristãos nesta jornada, várias ordens militares começaram a se formar para acompanha-los na jornada.



            Um grupo de nobres da França se reuniu e formaram uma ordens para proteger os peregrinos nesta viagem. Esta foi a Ordem dos Templários.



            A Ordem seria reconhecida oficialmente pelo papado, ganhando isenções e privilégios, tais como o poder de comunicação direta com o papa.



            Ao ser admitido como cavaleiro, juravam viver em castidade e pobreza, ser obediente ao mestre do Templo e nunca recuar no campo de batalha. Conquistou grande popularidade e cresceu rapidamente, tanto em membros quanto em poder.



Para defender as riquezas dos peregrinos durante as cruzadas, foi criado um mecanismo de depósito e retirada que se tornou o embrião do sistema bancário.



            Os Templários eram religiosos e tinham voto para não recuar do campo de batalha. Isso era um terror para os mouros.



            A Ordem poderia ajudar a formar os novos exércitos, poderia ajudar muito na constituição de Portugal.



            Mais um bom exemplo da espada associada a defesa da fé. Observamos que as iniciativas do Cristianismo não eram para obrigar ninguém a seguir sua fé, e sim na defesa de não ser obrigado a seguir a fé de ninguém, pois consideravam que a sua fé era a mais coerente com a verdade. Deixar de seguir esta determinação consciencial, racional, lógica, coerente com a verdade, por medo da espada, isso sim, seria considerado covardia, um aspecto que os cristãos não apresentavam, tendo em vista os incontáveis mártires em defesa da fé. Se a ocasião era de apresentar “a outra face” eles mostravam, como Pedro, Paulo e tantos outros; se a ocasião era de pegar a espada, eles pegavam, como bem demonstrou Carlos Martel, Dom Pelágio e tantos outros.



            Essa guerra espiritual ainda não terminou e parece não estar tão próximo o seu fim. Verificamos hoje uma guerra cultural onde o pensamento hostil ao Cristianismo impregna todos os espaços sociais, inclusive o parlamentar, acadêmico, jurídico e até eclesiástico. Com o uso da mentira, das falsas narrativas, tenta conduzir a humanidade como massa de manobra para seus objetivos furtivos, com a falsa denominação de democracia e justiça social.



            Mais uma vez procuremos desenvolver condições para suplantar esse mal que está tão avançado, como aconteceu com a decisão das Cruzadas e da formação da Ordem dos Templários.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/03/2022 às 00h01
 
19/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (05) – CRUZADAS

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Quando você observa a sociedade islâmica, você ver tudo diferente. Todos os valores são diferentes. E Portugal passou por um tempo pelo domínio islâmico. Você percebe valores islâmicos, não só na linguagem, nas palavras como alface e algodão, mas também em outros valores.



Por exemplo, na organização militar. Dentro de nossa visão, era mais um cavaleiro querendo se tornar digno, se auto sacrificando por uma causa maior no campo de batalha. Enquanto os islâmicos tinham uma visão mais coletivista, mais organizada.



Então Portugal e Espanha aprendem, eles mantem o heroísmo cristão e a técnica islâmica aprendida. Porque primeiro eles sofreram. Se observamos o mapa, os mulçumanos conquistaram a Península Ibérica quase por total, fica apenas um pequeno pedaço de resistência, as Astúrias, quando foi feita a reconquista.



            Passaram quatro séculos desde que os muçulmanos tomaram a cidade de Jerusalém. Impediram a peregrinação dos cristãos que queriam visitar a tumba de Cristo.



A vida ocidental nessa época era de derrotados e sem esperanças. A cada ano, a fé deixa de existir. O temor ao Senhor já não prevalece entre os homens. A justiça desapareceu do mundo e a violência domina as nações. A mentira, a traição e a perfídia, paira sobre os homens. A virtude não existe e nessa época é algo sem valor.



O mal reina em seu lugar.



            Se voltássemos no tempo, até o século 11, seria difícil acreditar em nossos olhos. A Europa parecia uma região amaldiçoada. Os governos centrais não eram organizados, e as monarquias ainda engatinhavam repletas de grandes castelos que roubavam e guerreavam entre si. Era uma terra devastada e sem leis.



            Em uma decisão sem precedentes, o Papa promete um lugar no paraíso para as almas daqueles que marcharem para Jerusalém e tomarem a Terra Santa.



            Para o Papa, era a oportunidade perfeita para unificar o Cristianismo ocidental e oriental, e colocar a Igreja novamente no centro da cena política mundial. Se não era possível a vida em paz na Europa, seu povo decidiu buscar uma vida melhor neste mundo ou no próximo.



            Estava inaugura da era das Cruzadas. Agora milhares de cristãos de toda a Europa marcharam para tomar Jerusalém das mãos dos seguidores de Maomé.



            Podemos verificar que o tempero que constrói uma sociedade, que lhe dá um rumo a seguir, uma ética a perseguir, é a fé. O Cristo chegou e nos temperou com suas lições de amor em nome do Pai de todos nós. Ensinou a obrigação que devemos ter junto à sintonia com o Pai, de sermos fraternos uns com os outros, fazendo ao próximo aquilo que desejamos ser feito conosco. Como dizer que tal ética é errada? Somente se a intenção é adquirir vantagens pessoais à custa do próximo, como fazer corrupção, praticar a mentira, a violência, a destruição, em busca de atingir esses objetivos.



            Não vamos dizer que o Cristianismo é a resposta suficiente para nos transformar de repente em anjos celestiais, deixar nossa condição de animal egoísta para um cidadão fraterno. Observamos que mesmo dentro das sociedades cristãs, mesmo dentro das próprias igrejas cristãs, se observa a corrupção, a perversão dos costumes, a apostasia do que o Cristo ensinou.



            Então, a tarefa de construir a sociedade ideal, com justiça, paz e liberdade, como previsto no Reino de Deus, não é tão fácil de ser alcançada. O primeiro passo é reconhecer qual a ideologia mais adequada a esse desiderato. No confronto com as demais, devemos usar da racionalidade para chegar a essa conclusão. Visto qual a melhor fé ou ideologia, devemos fazer cumpri-la com objetividade, pragmatismo, honestidade.



            Estamos inseridos dentro do Cristianismo, mas isso não nos impede de avaliar todas as outras ideologias ao redor do mundo e aplicar nossa racionalidade cheia de ciência e tecnologia para fazer o diagnóstico mais apropriado.



            As Cruzadas foram um movimento armado para garantir a existência de uma fé considerada até hoje mais apropriada para uma boa parcela da humanidade. Não queremos dizer que ela é a mais correta ou que a estratégia de defende-la foi a mais apropriada, pois este é o trabalhos que iremos desenvolver ao longo de nossas reflexões apoiadas em diversas discussões feitas por diversos pensadores e ideólogos. O importante é que sejamos honestos com a verdade, que não queiramos transformar tudo na verdade subalterna que acreditamos, geralmente em detrimento de tantos que não a aceitam.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/03/2022 às 00h01
Página 195 de 941