Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/12/2022 00h01
LUZ E TREVAS

            Antes nada existia, tudo era trevas. Deus disse: “Fiat lux – Faça-se luz”, e a luz se vez. Desde então a luz penetrou as trevas e o mundo se fez; a vida surgiu e nós dentro dela, com a centelha do Criador. Dos nossos corpos biológicos que surgiram das trevas, existe dentro deles a luz em nossa consciência, que é a herança do Criador.



            O trabalho de vencer as trevas continua a existir pela eternidade, Deus com sua palavra e ação de amor dentro do mundo, e nós também, com palavras e ação de amor dentro da mente.



            O universo de Deus é lá fora, dentro do mundo; o nosso universo é aqui dentro, na nossa consciência.



            As trevas se abastecem com a ignorância, a luz com a verdade.



            Nós somos criados à cada momento do barro, da matéria, pelo milagre da união do óvulo com o espermatozoide. Recebemos o sopro divino em nosso DNA, mas essa luz deve ser despertada pela Verdade.



            Foi isso que o Cristo, enviado pelo Pai, veio nos ensinar, com base no amor. Que existe um Pai celestial que nos criou e nos disse qual o Caminho que devemos trilhar no esteio da Verdade para alcançar a Vida eterna cada vez mais próxima da fonte de Luz.



            Este é o trabalho que Deus quer que realizemos, para difundir a luz junto com Ele.



            A nossa consciência iluminada, por menor que seja, deve se esforçar, as vezes com o sacrifício da própria vida material, para acender a luz naquelas consciências que estão perdidas em plenas trevas.   



            Eis o espaço que Deus não pode penetrar, o nosso livre arbítrio. As trevas estão dentro de nós, quer o prazer da vida material usando todo o egoísmo que tem em nossa natureza animal. A nossa luz deve estar sempre acesa no velador, e que cada um, perdido nas trevas, possa vê-la, e como um farol, possam vir acender a própria luz.



            Esse trabalho de ser Luz divina as vezes usa como combustível o nosso suor, lágrimas e até sangue. Mas o Mestre já nos deu essa lição prática de maneira inconfundível, trilhando sempre no estrado da Verdade, pelos gabinetes imperiais e eclesiásticos, no caminho do Gólgota e até no alto da cruz.



            Agora é nossa vez, de alunos, discípulos e até apóstolos, seguirmos os seus passos em direção ao Pai, atravessando a porta estreita do sacrifício material, das dores da alma, mas sempre com a consciência sintonizada com o Pai, e de que estamos fazendo a Sua vontade, de acordo com a missão que Ele nos deu e nos preparou.



            Saber que nossa pequena família nuclear pode se ampliar cada vez mais, até atingir a universalidade, onde todos se reconheçam como irmãos, que sabem navegar no mar da vida, dirigindo o barco da existência com os ventos do amor e tentado recolher pelo caminho aqueles que perdidos nas trevas, podem até fazer nosso coração espiritual sangrar.



            Para esses que fustigam o nosso corpo e ate tiram a nossa pequena vida material, que tenhamos a força que nosso Mestre mostrou e rogar da mesma forma ao Criador: “Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem”.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/12/2022 às 00h01
 
25/12/2022 00h01
AÇÃO CATÓLICA

A guerra espiritual se desenvolve no contexto humano material com as narrativas que vêm do alto.



A narrativa que vem do Cristo, nosso comandante espiritual, gerou a Igreja Católica com a estratégia dos apóstolos para evangelizar o mundo sob a direção do Papa.



 O Papa Pio XI elaborou a Ação Católica como forma de dinamizar a evangelização com o apoio dos leigos.



A ofensiva que vem do inimigo luciferino, utiliza as palavras-chave do cristianismo para desviar da construção do Reino de Deus a partir da revolução íntima, limpando o egoísmo exagerado do nosso coração, para a construção do Mundo Melhor, de forma mais rápida, a partir da luta de classes, deixando o egoísmo de cada um se digladiarem em praça pública, com oratórias inflamadas e enviesadas até o uso de armas.



 Esse apelo de um Mundo Melhor de forma mais rápida tem maior reciprocidade dentro do pensamento da juventude, por essa faixa etária ter um vigor transformador e pouca cultura e instrução para se defender das mentiras das falsas narrativas.



Assim, a estratégia tão bem formulada da Ação Católica, de ajudar na evangelização em todo o mundo, termina sendo cooptada sutilmente pelos adversários do bem, principalmente na América Latina.



Hoje, o mal está tão disseminado, que pessoas como eu que há pouco tempo não imaginava que existisse tal realidade, só aos poucos estamos despertando, enquanto os diversos setores da comunidade nacional estão contaminados, principalmente nas escolas e universidades que continuam reproduzindo tal pensamento, sem nenhuma oportunidade de crítica.



Como fazer a reação? Como fazer um combate a essa infiltração no exército do Cristo? Esta é uma preocupação que nós, fiéis cristãos, devemos ter sempre em nossas mentes, pois a vitória do inimigo corresponde a uma derrota de nossa liberdade e dignidade.



Temos que estudar, adquirir conhecimentos, saber onde está a Verdade para que ela nos liberte da ignorância e deixarmos de fazer o papel de "bucha de canhão" para interesses escusos.



Sou professor universitário (UFRN) e sei o quanto minha universidade está tomada por esse pensamento esquerdista de forma hipnótica, que a instituição tem uma missão ética a desenvolver, no entanto a maioria dos professores e administradores defendem o discurso de ladroes devidamente julgados e condenados.



Mas a narrativa cristã deve ser colocada em discussão, mesmo que haja tanta resistência dos colegas e até dos alunos que já começam a entrar no modelo "manada".



 Acredito que as estratégias devem estar sendo preparadas para o nosso conhecimento pelo mundo espiritual e ao chegar ao nosso conhecimento, a prática a partir daí vai ser indispensável. Acredito que a estratégia da Ação Católica do passado seja retomada nos dias atuais, de uma forma mais ampla, talvez Ação Cristã.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/12/2022 às 00h01
 
24/12/2022 00h01
OUTRA IGREJA

Cada vez mais tenho a compreensão que a Teologia da Libertação é um movimento revolucionário dentro da Igreja Católica, é uma dissidência que implica numa ruptura, que justifica a formação de uma nova igreja.



Isso aconteceu com os revolucionários capitaneados por Lutero, que originou as diversas igrejas protestantes, formadas cada uma com suas específicas visões de mundo e de Deus.



O problema ou talvez o objetivo da Teologia da Libertação/Movimento Comunista é absorver a cultura católica com toda a grandeza que ela conquistou no passado e que promete no futuro.



Este é um inimigo mais perigoso, pois não se coloca no campo oposto das ideias para influenciar a práxis como é o tradicional; se coloca dentro do mesmo campo católico para distorcer o pensamento de quem se envolve com suas narrativas sem fazer a devida comparação com a narrativa que o Cristo deixou para nós e que formou e consolidou a Igreja Católica; que defende a construção do Reino de Deus no mundo transcendental a partir da revolução interna dentro dos nossos corações.



O Cristo não defende a formação de exércitos para a conquistas de reinos temporais, sempre tentou ensinar isso aos primeiros apóstolos, mesmo que esses também esperassem um Messias libertador, usando o poder da espada.



A Teologia da Libertação se assemelha mais ao movimento Zelote que existia na época do Cristo, na luta pela libertação do opressor romano, movimento ao qual o Cristo nunca aderiu.



Pelo contrário, o Cristo atraiu para o seu colegiado o Simão, Zelote, para deixar de trabalhar na revolução pelas armas em busca de um Mundo Melhor à curto prazo, para trabalhar pela construção do Reino de Deus que não é deste mundo e que se consolidará à longo prazo, preferencialmente no mundo transcendental.



Hoje, os Zelotes atuais atraem os novos apóstolos (bispos) para trabalharem pela revolução comunista em busca da construção de um Mundo Melhor pela força das armas e de tanto sangue derramado.



Devemos encarar essas pessoas como membros de outra Igreja, bem diferente daquela que o Cristo ensinou, mesmo que use das mesmas palavras, mas com intenções diferentes.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/12/2022 às 00h01
 
23/12/2022 00h01
REINO DO MEU PAI

            Nos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos recém-formados, Ele sempre insistia na formação do Reino de Deus como sua principal missão. Vejamos como Ele se refere a isso segundo “O Livro de Urântia”, quando usou a palavra na sinagoga de Cafarnaum.



            “Eu vim para proclamar o estabelecimento do Reino do meu Pai. E esse Reino deverá incluir as almas adoradoras dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, dos livres e escravos porque meu Pai não tem preferência por ninguém. Seu amor e Sua misericórdia estendem-se a todos.  



            “O Pai dos céus envia o Seu espírito para residir na mente dos homens e, quando houver acabado o meu trabalho na Terra, do mesmo modo, o Espírito da Verdade será efundido sobre toda a carne. Assim, o Espírito da Verdade e o espírito do meu Pai estabelecer-vos-ão no Reino vindouro de compreensão espiritual e retidão divina. O meu Reino não é deste mundo. O Filho do Homem não conduzirá exércitos à batalha para estabelecer um trono de poder nem um reino de glória temporal. Quando o meu Reino houver chegado, vós reconhecereis no Filho do Homem o Príncipe da Paz, a revelação do Pai eterno. Os filhos deste mundo lutam pelo estabelecimento e ampliação dos reinos deste mundo; os meus discípulos, todavia, entrarão no Reino do céu por meio das decisões morais e vitórias espirituais; e, uma vez que hajam entrado, encontrarão alegria, retidão e vida eterna.



            “Aqueles que primeiro buscarem entrar no Reino, começando assim a lutar pela nobreza do caráter, como a do meu Pai, possuirão logo tudo o mais que for necessário. E eu vos digo com toda a sinceridade: a menos que busqueis a entrada no Reino, com a fé e a dependência confiada de uma criança pequena, não sereis admitidos de modo nenhum.



            “Não sejais enganados por aqueles que vêm dizendo que aqui é o reino ou que acolá está o reino, pois o Reino do meu Pai não concerne às coisas visíveis nem materiais. E este Reino está convosco mesmo agora, pois, onde o espírito de Deus ensina e guia a alma do homem, na realidade, aí está o Reino do céu. E o Reino de Deus é a retidão, a paz e a alegria no Espírito Santo.



            “João, de fato batizou todos, como um símbolo de arrependimento e remissão dos vossos pecados, mas, quando entrardes no Reino do céu, sereis batizados pelo Espírito Santo.



            “No Reino do meu Pai não haverá judeus nem gentios, apenas os que buscam a perfeição pelo serviço, pois eu declaro; aquele que quer ser grande no Reino do meu Pai deve primeiro transformar-se em um servidor de todos. Se quereis servir aos semelhantes, deveis assentar-vos comigo, no meu Reino, do mesmo modo que, servindo à semelhança da criatura, irei assentar-me dentro em pouco com o meu Pai no Reino dEle.



            “Esse novo Reino é como uma semente crescendo em bom solo em um campo. Não dá imediatamente os seus frutos. Há um intervalo de tempo entre o estabelecimento do Reino, na alma do homem, e a hora em que o Reino amadurece, dando os plenos frutos da retidão duradoura e da salvação eterna.



            “E o Reino que eu vos proclamo não é um reino de poder e ou abundância. O Reino do céu não é uma questão de comida e bebida, mas, antes, uma vida de retidão progressiva e júbilo crescente no serviço que se perfecciona do meu Pai, que está nos céus. Pois o Pai disse dos seus filhos do mundo: ‘É da minha vontade que sejam finalmente perfeitos, como eu mesmo sou perfeito.’



            “Vim para pregar as alegres novas do Reino. Não vim para acrescentar nada às já pesadas cargas daqueles que gostariam de entrar nesse Reino. Eu proclamo um caminho novo e melhor e aqueles que estiverem capacitados para entrar no Reino vindouro e desfrutarão todos do descanso divino. E, não importando o que vos custará, em termos das coisas deste mundo, não importando o preço que ireis pagar neste mundo, para entrar no Reino celeste, recebereis muitas vezes mais, em júbilo e progresso espiritual, na vida eterna nas idades que virão.



            “A entrada no Reino do Pai não depende de exércitos que marchem, nem de mudar os reinos deste mundo, nem de que se quebre o jugo sobre os aprisionados. O Reino celeste está ao alcance da mão e todos que entrarem nele encontrarão liberdade abundante e salvação cheia de júbilo.



            “Tal Reino é domínio do eterno. Aqueles que entrarem no Reino ascenderão até o meu Pai; e irão certamente alcançar a mão direita da Sua glória no Paraíso. E todos que entrarem no Reino do céu tornar-se-ão filhos de Deus e, nas idades que virão, irão ascender ao Pai. E eu não vim para chamar aqueles que seriam os justos, mas os pecadores e todos aqueles que têm fome e sede da retidão, na perfeição divina.



            “João veio pregando o arrependimento para preparar-vos para o Reino; agora venho eu proclamar a fé, a dádiva de Deus, como preço da entrada no Reino do céu. Se apenas acreditardes que o meu Pai vos ama com um amor infinito, então vos estareis no Reino de Deus.”



            Depois de assim falar, ele assentou-se. Todos aqueles que o haviam escutado estavam atônitos com as suas palavras. Os seus discípulos maravilhados. Todavia, o povo não estava preparado para receber as boas novas, vindas dos lábios desse Deus-homem. Cerca de um terço dos que o escutaram, acreditou na mensagem, ainda que não pudesse entende-la completamente; cerca de um terço preparou-se, nos seus corações, para rejeitar um conceito tão puramente espiritual do Reino aguardado; enquanto o terço restante não conseguiu nem compreender os seus ensinamentos; e, sendo assim, muitos deles na verdade acreditaram que Jesus “estava fora de si.”



            Acredito que essa estatística continua válida nos dias atuais. Se Jesus viesse fazer esse tipo de explicação em qualquer igreja dos nossos dias. Um terço da assembleia poderia até entender parcialmente e pouquíssimos com determinação de colocar em prática; o segundo terço rejeitaria um conceito tão puramente espiritual, prefere lutar pelos benefícios materiais; o terço restante não compreenderia nada do que foi dito, mas continuaria por perto à procura de alguma cura ou alimento.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/12/2022 às 00h01
 
22/12/2022 00h01
EXPLICAÇÕES DO MESTRE

            Para o Mestre Jesus, Criador Michael do nosso universo, o tempo e o espaço estão sob a sua jurisdição de acordo com a vontade do Pai.



            Dessa forma, lições que Ele possa ter dado há 2 mil anos, como afirma a nova revelação segundo “O Livro de Urântia” pode servir até hoje para os novos discípulos que queiram se converter em apóstolos e prosseguir nas suas orientações de como construir o Reino de Deus.



            Ele explicou que devemos trabalhar regularmente em nossas atividades até que a nossa hora chegue, de acordo com nossa missão, individualizada para cada um.



            Explicou que devemos gastar três horas, todas as noites, estudando e preparando-nos para nosso trabalho futuro e que todos nós permaneceremos juntos até que o Pai nos peça e nos chame.



            Orientou para não dizermos nada sobre Ele a nenhum homem, lembrando que o Seu Reino não virá com barulho, nem com encanto, mas antes deve vir por meio da grande mudança que o Pai terá feito em nossos corações e nos corações daqueles que serão chamados para juntarem-se a nós, nos conselhos do Reino. Disse ainda...



            “Por enquanto, permanecereis meus amigos, confio em vós e vos amo; cedo transformar-vos-eis em meus companheiros pessoais. Sede pacientes, sede gentis. Sede sempre obedientes à vontade do Pai. Estejais prontos para a chamada do Reino. Ao mesmo tempo em que vós ireis experimentar um grande júbilo no serviço de meu Pai, vós devereis também vos preparar para complicações, pois eu vos previno que será por meio de bastante atribulação que muitos entrarão no Reino.



            “Mas, para aqueles que tiverem encontrado o Reino, o seu júbilo será pleno, e eles serão chamados os abençoados de toda a Terra. Contudo, não alimenteis falsas esperanças; o mundo tropeçará nas minhas palavras. E mesmo vós, meus amigos, não percebeis completamente o que estou revelando para as vossas mentes confusas.



            “Não cometais erros; iremos adiante, nesse trabalho para uma geração de buscadores de sinais. Eles demandarão que prodígios sejam feitos, como prova de que sou o enviado pelo meu Pai, e serão lentos para ver, na revelação do amor do meu Pai, as credenciais da minha missão”.



            Essas explicações que foram dadas há tanto tempo, permanecem atuais para aqueles como nós, que recebemos o Evangelho do Cristo, acreditamos em Sua missão, não como um Messias libertador, guerreiro, revolucionário, construindo um reino autoritário a custa de muito sangue.



            Hoje estamos mais aptos para entender que este Reino de amor que o Cristo anuncia, inicia pela transformação do nosso coração animal, egoísta, para um coração angélico, fraterno. Se há de correr sangue nessa instalação do Reino de Deus, que seja o sangue de nossas próprias veias.



            Entendo que a orientação de não dizermos nada sobre Ele a ninguém, se refere a missão que cada um vai ter que desempenhar ao seu lado enquanto nosso comandante, e que falar sobre isso de forma pomposa não há de ser bem vista aos olhos do Pai, que privilegia a humildade e a honestidade de propósitos.



            Finalmente, a oração que Jesus faz ao Pai ao término dessas explicações, muito deve nos encorajar:



            “Meu Pai, eu te agradeço por esses pequenos que já creem, apesar das suas dúvidas. E por causa deles eu me coloquei à parte, para fazer a Tua vontade. E, agora, que eles possam aprender a ser um, assim como Tu e eu somos Um”.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/12/2022 às 00h01
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