Hermes Trimegisto já dizia que tudo que existe acima, reproduz o que existe abaixo. Podemos ver o exemplo do átomo com seus elétrons em torno do núcleo... não parece reproduzir o sistema solar com seus planetas girando ao redor do sol?
Foi esse tipo de comparação e ainda envolvendo o próprio átomo, que me levou a novas reflexões. Estudamos no segundo grau a composição do átomo com seus elétrons e os prótons e nêutrons que formam o núcleo. Os elétrons giram em torno do núcleo obedecendo as faixas de eletrosferas onde podem estar em qualquer lugar, em qualquer momento dentro desta faixa. Um elétron pode saltar de uma faixa para outra passando por uma área onde ele não é identificado, chamado a zona proibida. Proibida porque não se percebe nada acontecendo ali dentro, mesmo que, para o elétron passar para outra faixa de eletrosfera, ele tenha que passar por essa zona paradoxal. Isso é de conhecimento da ciência, sabe que esse salto do elétron é um fato, só não consegue explicar porque ele não é identificado nessa passagem pela zona proibida.
Agora, posso fazer um paralelo com essa informação sabendo o que acontece conosco, seres humanos, encarnados numa espécie de faixa materialista. Chega um momento de falência de nosso corpo material e temos que voltar para o mundo espiritual e planejar uma nova reencarnação voltando ao mundo material. Quando damos esse salto de uma faixa material para entrarmos em outra faixa material, parece que nos comportamos como os elétrons. Penetramos numa zona proibida onde as pessoas que permanecem na zona materializada não conseguem mais nos perceber. É como se tivéssemos entrado numa zona proibida que chamamos de mundo astral.
Sabemos pelas informações dadas pelas inteligências que habitam o mundo espiritual, a faixa proibida para nossos olhos materiais, que a verdadeira vida se realiza ali. É do mundo espiritual que recebemos todas as informações das diversas vivências e que planejamos como será o nosso retorno nas faixas materialistas para obter novos ensinamentos.
Com essa informação, que a zona proibida do elétron corresponde ao mundo astral do nosso espírito desencarnado, e que ali no astral é que se procede a verdadeira vida, então surge outra consequência dessa forma de raciocínio: a vida real acontece tanto na zona proibida do elétron quanto no mundo astral dos espíritos. A ciência materialista se preocupa em estudar exclusivamente os corpos materiais, não encontra uma metodologia para adentrar no mundo astral, na zona proibida.
Mesmo que não tenhamos nenhuma sensibilidade para perceber o que contém essas zonas proibidas, tanto no elétron quanto em nossas vidas, tanto no micro quanto no macrocosmo, mas somente a perspectiva que esta narrativa esteja correta já nos deixa mais confiantes e seguros com o que devemos fazer ou deixar de fazer.
Observamos que sempre existe algum tipo de problema dentro dos lares, às vezes com bastante gravidade. São irmãos que se antagonizam, cônjuges em lamentáveis conflitos, animosidade entre pai e filhos, farpas de ódio entre filha e mãe...
Os afetos conjugais que antes pareciam tão harmônicos, se transformam em azedume, os sorrisos filiais de antes se transformam em rituais de vingança, desabam entre os parentes tempestades verbais em discussões hostis.
Muitas vezes surgem agressões infelizes com consequências fatais, gerando tragédias nas paredes estreitas do domicílio. Também surgem enfermidades rigorosas exacerbadas pelo chicote da maldade.
Outras vezes, pais envelhecidos, com mãos enrugadas, sofrem sob o tormento de filhos dominados pelo ódio, ou são pais enfermos que se sentem açoitados por filhos obsidiados pela ira, ou são irmãos dependentes químicos e emocionais sofrendo agressões, queixas e recriminações.
A lei divina é incorruptível. Todos que geram dívidas tem que pagá-las. O infrator renasce ligado à infração que cometeu. A justiça determina que a sementeira é livre, devemos respeitar o livre arbítrio, mas a colheita é obrigatória.
O esposo negligente de ontem recebe no lar de hoje a filha ingrata e maldizente; a noiva irresponsável de ontem recebe hoje nos braços o esposo traído como o filho cruel; o companheiro do passado culposo hoje se vincula pela consanguinidade à vítima desesperada; o braço açoitador se imobiliza frente a visão de um retardado mental.
Os cobradores estão reencarnados junto às dívidas no aconchego do lar.
Chega o momento de acender a luz do Evangelho dentro do lar, amar a família problema da qual fazemos parte, exercitando humildade e resignação. Preservemos a paciência elaborando o curso do amor nos exercícios diários do silêncio entre os planos da piedade.
Sempre atento... não renascemos em determinada família-problema por acaso. Há sempre um planejamento. Escolhemos aqueles que dividirão conosco as aflições dos próprios desenganos. Solicitamos a bênção da presença dos que nos cercam para vencer as dívidas contraídas e rumar para o Pai. Sem essas pessoas faltariam as bases da justiça nos erros cometidos. Sem a exigência deles não seríamos dignos de compartilhar os avanços espirituais que nos espera.
São os parentes severos nos trajes de verdugos inclementes, a lição de paciência que necessitamos viver, aprendendo a amar os difíceis de amor, para nos candidatar ao amor que todos ama.
O amor que o Cristo nos ensinou deve brilhar em nosso espírito se transformando em farol de compaixão e sabedoria. É o remédio-consolo para as nossas dores no lar, o antídoto e o tratado de paz para o campo de batalha que pode se tornar o lar.
Devemos esgrimir com maestria as armas da fé e da bondade, apaziguando, compreendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores no futuro.
Ao observarmos as condições de convivência e relacionamento do homem com a Terra, temos a impressão que ela está se deslocando no espaço obedecendo a mecânica dos corpos celestes, de forma desorganizada, sem consciência do seu rumo, onde irá chegar, sem ter algum determinismo, sem um timoneiro eficaz.
Verificamos a miséria estampada por toda a parte, como uma máscara horrível de ironia e perversidade a cobrir todos os rincões do planeta, como se estivesse triunfante, soberana, invencível. O galope desenfreado do sofrimento lembra fantasmas horripilantes criados por mentes sensibilizadas, exacerbadas. A calamidade, a injustiça, sensualidade são lugares comuns na Terra, onde quer que estejamos.
Diante de tanto desequilíbrio, personagens que davam expressões tão convincentes de honradez, se desmancham ao impacto das investigações policiais. Pessoas que davam tão eloquentes atestados de fé, do alto dos púlpitos, se esfacelam no confronto das delações. Incontestáveis servidores do bem debandam suas convicções ao verem a avassaladora invasão da corrupção por todos os lados. O campo ético se torna ermo, habitado apenas pelos fantasmas das ideologias do bem que um dia quiseram germinar.
Assim segue o nosso planeta, nosso domicílio neste estágio carnal. Este é o solo pantanoso que devemos drenar, a gleba a cultivar ao chamado do Cristo, cuja voz nas palavras do Evangelho ressoa na acústica da alma.
Quem escuta o chamado do Cristo e procura segui-Lo, não irá desfrutar de paisagens risonhas coroadas de sol, nem de noites formosas vestidas de estrelas. Essa pessoa caminha muitas vezes sozinha, mesmo no meio da multidão, cantando a melodia da tristeza, em contrações de forte agonia. Tem os passos seguidos por interesses mercenários, busca repouso, mas desperta a cada momento chamado pela aflição.
Dessa forma vai, incompreendido, vê os teus sonhos convertidos em pesadelos. Deseja melhorar a paisagem de sombras, mas sofre o conflito decepcionante do que fez ser transformado por línguas maliciosas no que dizem que foi feito. Buscando refúgio na família consanguínea, até aí sente-se como um estranho.
O cristão coerente, abraçando a grande família humana, vê-se renegado. Parece não haver lugar na Terra para quem ouviu o chamado dEle. No entanto, mesmo com todos esses obstáculos, é imperioso que possamos manter, de forma incorruptível, o ideal de amar que o Cristo nos ensinou e nossa consciência pode adaptar às circunstâncias atuais. Sentir que estamos servindo ao Mestre, ouvindo a sua voz no emaranhado de nossas convicções.
Pode ser que ninguém perceba ou considere o nosso esforço de ser um discípulo aplicado do Mestre, mas, da mesma forma, podemos perceber a lição da semente, que mesmo desconsiderada, consola-se no silêncio das profundezas da terra, sabendo que um dia também irá romper a crosta que lhe impede a germinação e brotará para a luz, dando os diversos frutos pertinentes à sua natureza.
Pode ser que ninguém nos entenda nessa caminhada, procurando fazer o bem e sendo ignorado, às vezes distorcendo para ruim o que fazemos de bom, mas vejamos o exemplo do rio que corre ao nosso lado, pois mesmo sendo poluído pelas mentes insanas, não deixa de trazer vitalidade para as terras que permitem a sua passagem.
Pode ser que ninguém nos compreenda ou respeite nossas intenções e ações, mas não esqueçamos da lição do grão de trigo, que sendo moído, assado, maltratado, mesmo assim não deixa de trazer o sabor e sustança para nossos corpos.
No passado, os futuros reis eram ungidos com óleo pelos sacerdotes, em nome do Senhor, para que pudessem reinar sobre o seu povo. Hoje, não é preciso esse óleo para nos ungir e nos capacitar a ser um cidadão do Reino de Deus. Basta nós mesmo nos ungir com o óleo simbólico do Amor Incondicional, criando um halo de luz capaz de deixar voluteando ao nosso redor as almas carentes de ajuda e compaixão. Assim caminharemos, todos juntos, sob o comando divino do Mestre Nazareno, para os rumos superiores da vida. Não desfaleçamos ou desesperemos no fragor da batalha, no ardor das fogueiras das vaidades que tantas pessoas armam no espírito.
Tenhamos a consciência de que um dia reclinaremos a cabeça, na falência dos órgãos e tecidos, e nossa alma procurará o repouso justo. Repassaremos no recôndito da nossa alma as agonias da pelejas e quando as lágrimas brotarem, então planaremos além e acima das vicissitudes, seguindo para Jesus, sempre ouvindo o seu chamado.
Peço-te, Deus perdão por minhas faltas
Deixa que eu saia dessa escuridão
Dos labirintos infindos dessa solidão
Tem pena dessas almas, tão pobres e incautas
Bem que eu queria ser obediente
Bem que eu tentei aprender como amar
Mas só ouvia em resposta o chorar
E de quem tão perto, logo tão ausente
Agora tenho em ferida o meu peito
Agora sinto angústia e sofrimento
E não encontro, tampouco linimento
Desculpa, Pai, por querer ser tão perfeito
Deixa-me lavar com lágrimas minha dor
Deixa-me sofrer a fome de amor
Continuando o estudo de Deepak Chopra sobre as Sete Leis Espirituais do Sucesso, iremos ver a sétima e última lei assim como está no documentário da Netflix com algumas adaptações para melhor ser apresentado neste texto. É conveniente dizer que assumo a importância do que foi escrito, como uma necessidade básica para nossa evolução, material e principalmente espiritual.
Todos temos um propósito na vida. Um dom único ou talento especial para dar aos outros. E quando misturamos este talento único servindo os outros, experimentamos o êxtase e a exaltação de nosso espírito, que é a meta máxima de todas as metas. Seu destino único, seu lugar no plano cósmico, é conhecido como darma.
Todos que nascem neste planeta tem uma razão para estar aqui. Com as crianças, temos medo de que não encaixem na sociedade e se for bom em artes, mas não em matemática, arranjamos um professor de matemática porque temos medo que a criança fique para trás. Mas se honramos a lei de darma, procuraríamos um professor de artes para ajudá-lo a explorar esse talento único. Um grande artista sempre pode contratar um contador para administrar suas contas.
Imagine se as crianças fossem recebidas num ambiente logo cedo onde pudessem descobrir seus verdadeiros dons. Onde não há caixas, nem estudos, nem exames. Esta é uma brinquedoteca... um parque de diversões para a alma.
O darma implica mais que buscar um trabalho que você goste. O darma é uma mudança na consciência, que começo por te alinhar com sua visão mais alta e, depois, voltar para a manifestação dessa visão.
Torçamos para ter a bênção de poder encontrar nosso propósito. Ficaremos muito mais conscientes do que éramos. Poder ajudar as pessoas nos seus trabalhos para viverem de uma forma mais respeitosa com seus funcionários, seus clientes, com eles mesmos, com toda a comunidade.
A raiz da palavra darma em sânscrito é um verbo que significa apoiar. Esta é uma pista valiosa. Saber que você é parte do desenho cósmico quando o universo te apoia e te mantém.
Podemos acreditar que cada dia, cada hora, o propósito da nossa vida muda. Se sempre pensarmos no propósito da nossa vida, terminamos por perder o que devo fazer diariamente. Talvez o propósito de uma vida seja trabalhar 12 horas e avançar na carreira. Talvez, numa noite, o propósito seja apoiar um irmão.
A sétima lei faz que as seis leis anteriores se realizem. Quando você domina o darma, o universo inteiro está do seu lado. Todas as leis da natureza te ajudam. Todos os poderes te apoiam espontaneamente.
Pode-se estar a ponto de morrer. Mesmo assim há uma grande luz e que pode se viver em fluxo espontâneo contínuo. Reconhece-se que a vida é conectar-se com pessoas, que é tudo que se deve fazer. Geralmente, em qualquer área, um sucesso significa que você está conectado com muita gente. Muita gente diz: “Ah, entendo isso.”
O propósito na vida é servir. Estamos aqui para servir um propósito maior que nosso ego. Te dá certo nível de satisfação. Todos como indivíduos temos a essência de quem somos. Se pudermos expressá-la em todas as situações da vida, então, segundo a lei do darma, todas as outras leis se acomodam.
A auto exploração não é uma tarefa que se atinge e depois você a abandona. Cada pessoa é um projeto eterno do universo. Somos navios na escuridão, e a corrente que nos carrega e nos leva para o amanhecer é o darma. Talvez fique mais tempo aqui do que deveria, mas sabemos que temos que ir para outro lugar
Podemos ter a sorte de viver o próprio darma por muitas coisas que fazemos na vida. O fato de devolver consiste numa sensação maravilhosa, por tudo o que nos dão. Podemos então perguntar: o que estaria fazendo se não estivesse fazendo isto? E podemos chegar a uma conclusão: nada. Quando fazemos o que fazemos, devemos estar centrados, sentir o prazer. Quando estivermos atuando, que sejamos a atuação; quando produzirmos, que sejamos o produto. Por isso devemos gostar tanto, é uma forma de meditar, uma forma de estar centrado.
Ao se avaliar o trabalho de alguém devemos ter a sensação que aquilo foi feito sem esforço nenhum, como se a pessoa fosse um canal do qual tudo se manifestou. A pessoa pode nem se lembrar de como atuou, como produziu, o trabalho flui de forma espetacular. Vem uma inspiração após outra e chega-se a pensar: “Como pude fazer isso?”
A criatividade é parte do que somos. Todos a levam dentro de si. Quando criamos algo sem esforço, vem da sua alma, do seu espírito.
Onde houver ódio, deixe-me levar amor... (Canção de São Francisco)...
Quando falamos de Deus usamos o termo “criador”. E o universo é a criação de Deus. Portanto, quando você participa no processo criativo está literalmente co-criando com Deus. Quando se recupera de uma grave doença, você dar um exemplo criativo para dar uma chance aos outros.
Onde houver escuridão, deixe-me levar luz...
Encontramos a criatividade através da alma. Se abrirmos os olhos e vermos além da ilusão e o condicionamento do passado, o caminho nos chamará, pois ele sempre esteve lá. Está lá agora, neste momento, é um chamado das profundezas de nossa própria consciência.
Começamos falando de nossas conexões invisíveis. Há uma conexão que mantém todas as outras. A mente universal coreografa tudo o que acontece em bilhões de galáxias de elegante precisão e perfeita inteligência. Sua inteligência é única e suprema, permeando cada fibra de existência. Desde o menor até o maior. Desde o átomo até o cosmos.
Torna-me um instrumento de paz.
Somos um impulso do universo neste momento particular do tempo, parte de uma onda coletiva de consciência. Quando partirmos, teremos feito o que viemos fazer. E isso é suficiente.
Excelente! Sintoniza com as lições do Mestre Jesus, quando diz que viemos aqui para servir com amor, para fazer o nosso próximo também evoluir como nós evoluirmos no processo de dar e receber. Sintoniza com o último passo de Alcoólicos Anônimos onde cada pessoa recuperada do alcoolismo, passa a participar de reuniões contínuas para ajudar outras pessoas.