Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/03/2019 01h01
CERCO DE JERICÓ

            O episódio do cerco de Jericó narrado na Bíblia, sempre me deixa com a impressão que esse livro trata de dois deuses com características diferentes. O Deus que deu ordens para “seu povo” invadir a cidade fortificada de Jericó, destruir todo seu povo, crianças, idosos, homens e mulheres, não é o mesmo Deus ensinado por Jesus que ama a todos os seus filhos independentes de onde a pessoa tenha nascido.

            A ler o Velho Testamento sobre essa história do cerco de Jericó, não consigo criar empatia com aqueles soldados que sitiaram a cidade durante sete dias, até ter as muralhas da cidade derrubadas com a orientação do Deus do exército de Israel e promoverem a carnificina, deixando escapar apenas a prostituta que os ajudaram na tarefa. A minha empatia se volta para aquelas pessoas amedrontadas, com medo da destruição que de fato aconteceu. Se eu vivesse naquela época, muito provavelmente não participaria daquele exército invasor, eu estaria entre os habitantes da cidade, já que não tenho perfil israelita, não tenho um Deus de estimação exclusivamente meu e que comete injustiças ao redor ao meu favor.

            O Deus que eu venero e que procuro cumprir a Sua vontade, é aquele Deus que Jesus ensinou, que é Pai de todos os homens, independentemente de sua nacionalidade, quer tenham conhecimento da existência dEle ou não, quer acreditem nEle ou não. É o Deus que espera que todos nos comportemos como irmãos, pois todos fomos criados por Ele; que devemos aplicar a lei do Amor, pois o Amor é a Sua essência dentro da Natureza, que é a expressão material da Sua existência.

            Dessa forma, observamos pensamentos distintos em cada um desses deuses, o do Velho e o do Novo Testamento. Mas sabemos que só pode existir um único Deus, e que Deus não pode ter comportamento contraditório. Então devemos escolher qual Deus devemos ou queremos seguir: o Deus do Velho Testamento como fazem os judeus, os israelitas, ou o Deus do Novo Testamento, como nos ensinou Jesus.

            Jesus já ensinava, que não podemos servir a dois senhores, pois ao obedecer a um poderemos estar desobedecendo ao outro. Se eu estudo a vontade de Deus e observo que Ele ordena que eu mate o meu irmão por não acreditar nEle, como acontece com algumas religiões, e se eu já tive conhecimento do Deus que Jesus me apresentou e que reconheci a lógica da Sua existência, não posso obedecer a uma ordem que venha matar o meu irmão, pois desobedecerei aquele Deus que minha consciência já aceitou como correto.

            Agora, como conviver com pessoas que aceitam esses dois deuses como um só? Como conviver com essa incoerência? Usando a tolerância? A paciência de ouvir louvores a um Deus que manda assassinar crianças e pessoas indefesas, o mesmo comportamento que Herodes teve para garantir a sua realeza?

            Sei que o meu Deus é misericordioso até com os perversos e ignorantes, pois Ele faz brilhar o mesmo sol sobre todos. Sei que Ele mandou o Seu filho mais preparado para nos ensinar essas lições, veio para corrigir nossa ignorância, mandando amar, orar e vigiar. Se somos expulsos e escorraçados por procurar cumprir esse mandamento (amar ao próximo como a si mesmo) ou mesmo querer ensinar sobre ele, não devemos desistir. Ao aceitar Jesus como Mestre, passamos a nos colocar como instrumentos de Deus, e talvez essa seja nossa função como instrumento: trazer luz às consciências obnubiladas pelas trevas da ignorância. E, se, for eu o ignorante que está nas trevas da ignorância, que o Pai me envie, por favor, um Mestre mais competente que Jesus para me ensinar o que não consegui aprender.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/03/2019 às 01h01
 
06/03/2019 01h01
TRÓTSKY (25) – PIOR DOS PIORES

            Série da Netflix, segundo episódio.

A cena se desloca para a Rússia, 1919. Uma pessoa é enxotada do meio de pessoas fardadas que bebem e cantam no meio da rua.

- Temos um mundo novo a criar! Venham aqui!

- Ele rompeu o fronte entre o 8º e o 9º exércitos e ganhou a retaguarda.

- Quem? Foram quantos homens? Para onde ele está indo? Investigue. Informe.

- Sim, camarada presidente. Eu procuro você.

- Aqui, aqui! Sorriam, todos vocês! Não me provoquem! Sorriam, rapazes!

- T. O que está acontecendo?

- Fiquem em pé! É uma foto juntos, só isso. Pegamos um kike na rua. Digo, um fotógrafo.

- T. E isso aí? (aponta uma estátua)

- Expropriado para as necessidades do exército. Seria uma pena deixar uma gostosa dessa para trás.

- Camarada presidente! Por favor, uma foto juntos! Não vão acreditar em mim! Um simples vagabundo. Não vão acreditar que fui da sua tropa. Uma foto para fazê-los acreditar?

Trótski aceita ser fotografado com os soldados enquanto vem à sua mente palavras do passado: - Quero ver as pessoas que merecem amor. Ver rostos normais, lindos, felizes, sorrindo. Como o seu.

A Primeira Guerra Mundial terminou em 1918, a Revolução Russa aconteceu em 1917. O país tenta se estabilizar, os líderes da revolução, como Trótski, são aclamados, respeitado entre os soldados. É uma honra tirar uma foto com tal pessoa. Seu pensamento positivo quanto a sociedade em geral permanece, seu foco ainda é este, mas talvez isso tenha sido o motivo para seu afastamento do poder, que para se manter geralmente está enrodilhado com iniquidades.

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A cena se desloca para o México. Trótski viaja no banco de trás de um automóvel na companhia do jornalista.

- J. Devo escrever sobre isso também?

- T. O livro é seu. Você decide. Me diga Jacson, para que serve a propaganda?

- J. Para informar ás pessoas a posição do Estado.

- T. (rindo) Para criar ilusões de que você vai gostar. A imagem do seu mundo é maravilhosa. Um paraíso na Terra governado por titãs bons e justos protegendo-nos de todo o mal. Você está disposto a acreditar nisso que sua mente rejeita qualquer fato que contradiga essa imagem. Infelizmente. Esta auto hipnose ocorre por seu desejo de conforto, não pelos fatos.

Pensamento muito lúcido de Trótski. Ele tem autoridade de falar isso, pois sofreu na pele essa propaganda feita pelo governo, muito longe da verdade do governo da justiça, e bem próximo das falcatruas para o empoderamento de quem já está no poder e usa todos os meios para mantê-lo e ampliá-lo.

- J. O fato é, à propósito, que meio mundo venera o Lenin. E o Stalin é discípulo dele. Será que dois zeros poderiam ter tanto sucesso?

- T. Você usou a palavra certa, Frank. Venera. Liberte a sua mente, comece a pensar! Veneração é religião. Como ateu, você deve evitar isso. Aliás, eles não inventaram nada. Usaram mitos antigos. Lenin faz o papel de Deus Pai, Stalin, de Deus Filho.

- J. Sim. E você é Judas.

- T. Sim. Já ouvi isso. Trótski, o Judas. (rindo)

- J. Mas você é, julgando pela sua história. Você traiu os dois: Lenin e Parvus. Judas é o personagem cristão que melhor se encaixa a você.

Esta informação está cristalizada na mente do jornalista como uma verdade, e ele busca na entrevista os motivos para que isso acontecesse. Não está procurando entrar na história dos fatos que o outro possa contar e daí tirar uma nova conclusão, que seja favorável ou não a sua opinião inicial.

- T. você acha que culpariam Judas se ele traísse o Alto Sacerdote e não Jesus?

- J. E se os sacerdotes tivessem construído um paraíso na Terra, as pessoas venerariam eles ou Jesus?

Dois lances racionais inteligentes, onde cada um procura mostrar a verdade do que acredita. Trótski tem a vantagem, pois ele vivenciou os fatos. Jackson depende do que leu nas narrativas e no que pode colher com algum personagem da história. Para quem está na posição de Jackson, de colher a verdade, deve entrar nos relatos desarmado para procurar descobrir se existe alguma incoerência de algum lado.

- T. Você tem uma mente muito aguçada para um stalinista. Até amanhã, Jacson. E anote isso: Lenin e Parvus não queriam construir um paraíso, talvez, só para eles. Só isso.

Essa ironia de Trótski é muito atual. Geralmente quando passamos a venerar alguma personalidade acima do que os fatos mostram como inverso, é porque a mente não foi suficientemente ágil e capaz de perceber o engodo em que tal personalidade está embutida.

Jacson se afasta no carro que deixou Trótski, enquanto esse adentra o seu quarto sozinho, e entra em monólogo, que logo se transforma em diálogo com a figura imaginária de Freud.

- T. Do que você precisa? Eu? Eu já morri há um ano, não preciso de nada. Achei que tivesse me ligado. Outro homem morreu por minha causa. E não senti nada. Eu sou vazio.

Do outro lado responde a figura imaginária de Freud.

- F. Sim. Você não se tornou serial killer ou fanático religioso. Você se tornou algo mais terrível.

- T. Você não está sendo original. Ouvi muito isso desde que me exilaram da URSS.

- F. Um maníaco mata para sentir. Um fanático se mata e os outros sentem. Por um longo tempo, você não sente nada, Sr. Revolucionário. Nenhum amor, dó ou ódio. Nenhuma compaixão por suas vítimas.

- T. O que você quer? O meu pedido de desculpa?

- F. Eu me lembro de olhar nos seus olhos e ver suas pupilas se contraírem num momento de estresse. Foi lindo. Mas o que eu vejo agora? Nada. Um olhar vazio. Você está indiferente à morte dos outros... e à sua.

- T. Apenas os fracos temem a morte, Sr. Freud. Você tinha me acusado de fraqueza. Agora eu sou forte. E não tenho medo de morrer.

- F. Seu destemor é bem natural. Sabe quem não tem medo de morrer?

- T. Quem?

- F. Aqueles que já... estão mortos.

A consciência de Trótski se debate com aquilo que lhes acusam. Será que ele é tão sanguinário assim? Será que as tantas mortes que ele proporcionou, chegou ao ponto de matar a sua alma? Valeu a pena tanto esforço e agora viver exilado, longe da sua terra?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/03/2019 às 01h01
 
05/03/2019 01h01
TRÓTSKY (24) – POSSE, PENETRAÇÃO... REVOLUÇÃO

            Série da Netflix, segundo episódio.

A cena se desloca para o trem que faz o retorno da palestra. Trótski está sozinho com Natália. Ela tira a luva... ele coloca os óculos sobre a mesa. Sem dizerem quaisquer palavras, Trótski a puxa para seu colo. Ela fica sentada de costas para ele, sobre suas pernas. Ele a abraça por trás, abre sua blusa, seus seios saltam para fora, ele os acaricia com ambas as mãos. Depois desce e puxa sua saia, se imagina a penetração por trás, pelos gemidos que ela faz. Ele coloca a mão sobre sua boca para que ninguém ouça os ruídos de dor e prazer de uma penetração sem muito ângulo. Nenhuma palavra nenhum deles diz.

A cena se desloca para outro ambiente, uma espécie de café ao ar livre onde estão sentados na mesma mesa, Natália e Trótski. Ambos estão um tanto constrangidos.

- N. Você é um rufião (pessoa que se mete em brigas por causa de mulheres).

- T. Sou revolucionário.

- N. Você foi rude comigo.

- T. Eu a fiz feliz com os meios que tinha.

- N. Este é o seu jeito de construir o mundo novo?

- T. Por que não? Se o resultado é o mesmo!

- N. Em que sentido?

- T. No sentido que fazemos todo mundo feliz no final.

- N. Todo mundo?

- T. Todo mundo.

- N. Não é convencido demais, camarada revolucionário? Você seduziu uma mulher fraca, agora espera que o mundo o deseje? Todo mundo?

- T. A nação é isso. Uma mulher fraca. As massas têm psicologia feminina. Vocês são passivas por natureza. Vocês esperam as ofertas dos homens e escolhem a melhor. As massas são iguais. Sobretudo as russas. Estas pessoas são como moças bem criadas: nunca dão o primeiro passo, mas quando veem um homem forte e confiante, deitam-se sob ele de uma vez.

- N. Como pode falar com tanto desdém da nação que quer fazer feliz?

- T. Não é desdém. Há um entendimento claro do material.

- N. Você tinha que ver sua cara. Eu só vejo desdém. Em letras maiúsculas.

- T. Por que desdém? As pessoas que toleraram a tirania durante séculos merecem certo desdém.

- N. E por quer lutar por aqueles que você desdenha?

- T. Já tive minha parte de desdém. Eu quero amá-los. Quero ver as pessoas que merecem amor. Ver rostos normais, lindos, felizes, sorrindo. Como o seu. Todos ao meu redor. Você não quer isso? Eu quero.

Será este um tipo de pensamento revolucionário? Comum a todo revolucionário? Tanto aos ativos como Trótski ou passivos como Lenin e seus amigos? Qualquer pessoa que tenha o ideal de trazer justiça e solidariedade à sociedade, possui esse tipo de pensamento?

Faço uma reflexão comigo mesmo. Também sempre nutri esse pensamento de trazer justiça e solidariedade para a sociedade. Foi o principal motivo de ter me filiado nos partidos mais à esquerda, como PDT, PV e PSB. Procurava uma forma de aplicar esse ideal dentro da sociedade, através da luta política.

Fiquei decepcionado com a forma do “fazer política”, muito longe do ideal grego e sempre colado às panelinhas, falcatruas, falsas narrativas. Não consegui me adaptar a tal comportamento, mesmo ouvindo a defesa de que os meios justificavam os fins. Cheguei, enfim, ao momento de me desencantar com a política e principalmente com os partidos de esquerda. Começo a perceber que nos partidos de direita, na ideologia liberal, não existe tanta iniquidade quanto nos partidos de esquerda.

Mas, será que o meu pensamento também tem essas características que Trótski citou? Comparando com o comportamento feminino?

Com relação a mulher, o meu comportamento seria idêntico, e acredito que com a maioria dos homens seja assim, mesmo que não tenham um pensamento tão revolucionário.

Agora, com relação a sociedade, confesso que nunca tive pensamento de tal forma, e da mesma maneira, acredito que a maioria dos homens não tenham. Pode ser que a maioria dos homens tenham um interesse de alcançar o poder e com isso tirar vantagens pessoais, e por isso me incluo entre a minoria, daqueles que não tem interesse de abusar do poder que alcança.

A sedução de um ente frágil, seja uma mulher, seja uma nação, não deve passar e continuar na cabeça de uma pessoa ética, principalmente se pretende seguir os princípios cristãos, de construir o Reino de Deus, com base na fraternidade e no amor incondicional. Com essa perspectiva, o pensamento de Trótski fica totalmente incompatível. Aí está a distorção do pensamento frente a moral cristã, mesmo que no fundo exista uma boa causa.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/03/2019 às 01h01
 
04/03/2019 01h01
ADEUS À CARNE

            O carnaval é uma palavra de origem latina (carna vale) e que significa “adeus à carne. São três dias de festas que precedem a quarta-feira de cinzas.

No início, as festas de carnaval aconteciam nas ruas, com desfiles de fantasias. Posteriormente, passaram a ser realizadas nos clubes, onde eram tocadas as marchas, os sambas e os frevos preparados para os festejos.

            Atualmente, algumas cidades se destacam nas festas de carnaval no Brasil, onde esta festividade é considerada uma das maiores do mundo.

No Rio de Janeiro, por exemplo, são os desfiles das escolas de samba e em Salvador são os trios elétricos que tomam conta das ruas da cidade.

No Recife, o bloco "O Galo da Madrugada" que sai às ruas no sábado de carnaval e vagueia pelo centro da cidade, já entrou para o livro dos recordes como o maior bloco de carnaval do mundo.

Em Olinda, o destaque fica para os bonecos gigantes, que desfilam pelas ladeiras da cidade Patrimônio da Humanidade.

Em todo o Brasil, o período do Carnaval muitas vezes é caracterizado pela inversão das normas aceitas pela sociedade, sendo que alguns comportamentos são “tolerados” só durante esta época festiva.

Este ano, o primeiro da era Bolsonaro, que foi eleito com o lema “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, o carnaval não terá os recursos públicos que tinha no passado. Certamente iremos ver uma nova face do carnaval, sem tanta riqueza de ornamentos e fantasias, foliões e evoluções.

As manifestações mais populares do Carnaval são os bailes de máscaras e desfiles carnavalescos.

O mais popular desfile de carnaval acontece no Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí, onde ocorre o desfile tradicional das escolas de samba da capital carioca.

Em sentido figurado, a palavra carnaval pode significar “folguedo”, “folia” ou “confusão”. Exemplo: “Quando a professora entrou na sala, encontrou o maior carnaval”.

A origem do Carnaval está relacionada com determinados rituais de fecundidade da terra, que eram organizados na passagem de ano e no início da Primavera.

No entanto, com o aparecimento do Cristianismo o Carnaval perdeu um pouco do seu caráter simbólico e místico, mas o comportamento de fecundação humana, visto nas mínimas roupas e fantasias, com as permissões de toques e amassos durante as danças sensuais, permanecem cada vez mais ousadas.

Os bailes de máscaras foram criados na França, apenas por volta do século XVII, mas rapidamente ficaram populares em outros países europeus.

Durante o Renascimento, as festas carnavalescas atingiram uma grande popularidade, principalmente na Itália (em Roma e Veneza).

Atualmente, o Carnaval perdeu a sua espontaneidade popular em quase todas as suas manifestações, passando a ser uma mera atração turística.

No Brasil, apesar do Carnaval ter uma grande componente turística, ainda mantém a sua espontaneidade (principalmente no Rio de Janeiro e Bahia), que se fortaleceu através do folclore popular.

O carnaval é celebrado 40 dias antes da Páscoa, desde o século XI. Este período é chamado pela Igreja Católica de Quaresma, que preserva quarenta dias de jejum, com abstinência de carne.

Este período é caracterizado por muitas privações e por incentivar aqueles festejos carnavalescos onde a própria palavra carnaval indica os prazeres da carne.

A terça-feira de carnaval é chamada popularmente de “Terça-feira gorda” ou "Mardi Gras", como dizem os franceses.

Eu não entro no sensualismo, nas festas e orgias próprias do carnaval para atender os desejos da carne, mas, por outro lado, facilito muito o apetite da gula, retiro os controles que geralmente faço sobre a alimentação. Isso tudo porque ao iniciar a Quaresma, os controles sobre a alimentação se tornam mais rígidos, iniciando com três dias de jejum e me alimentando o mínimo possível nos demais dias.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/03/2019 às 01h01
 
03/03/2019 01h01
CÍRCULO DO MAL DE HITLER (13) – FALSAS NARRATIVAS

Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XIII

Nos anos seguintes, o golpe fracassado será reescrito no folclore nazista como uma luta triunfante. Foi glorificado. E todo membro do círculo de Hitler que estava lá naquele fatídico dia. E todo membro tem seu lugar reservado para sempre. O golpe criou um laço de sangue entre figuras do futuro Terceiro Reich.

Mas Dietrich Eckart não viverá para ver a ascenção do Terceiro Reich. Ele morreu seis semanas após o golpe fracassado. Os anos de abuso de álcool tiveram seu preço. Suas últimas palavras são proféticas. “Sigam Hitler. Ele dançará, mas fui eu que escolhi a música! Não lamentem a minha morte. Eu devo ter influenciado a história mais que qualquer outro alemão.”

Eckart em sua forma mais pura. Ele se apresenta como o titereiro, o verdadeiro arquiteto da Nova Alemanha que surgiria. A morte prematura de Eckart finaliza o primeiro ato dramático do movimento nazista, mas o legado permanece.

Eckart nunca saberá, mas pelo menos em público, Hitler sempre o respeitará como um membro permanente do círculo. Ele dedicará o primeiro volume de Minha Luta a Eckart e o chamará de líder espiritual do nacional-socialismo.

Eckart morreu, mas suas ideias não morreram, e claro, são propagadas por Hitler e seu círculo íntimo e quase levaram o mundo à destruição.

O círculo do mal de Hitler ainda não acabou.

Podemos observar a influência do mal quando existe a criação de falsas narrativas para iludir quem assiste. A derrota do primeiro ataque do Partido Nazista ao poder constituído, foi encarado como uma vitória que eles se conscientizaram de tal maneira e passaram a indevida forma de pensar para população.

Mais uma vez podemos fazer o paralelo com os corruptos de esquerda que saquearam o Brasil, quando pegos pela justiça e devidamente punidos, saiam de punho erguido como se tivessem feito um ato heroico e que devia ser reproduzido por quem tivesse ainda livre. Já pensou se todos pensassem como eles? A quem sobraria para saquear?

Interessante que nas narrativas mais próximas da verdade, o verdadeiro idealizador do nazismo e criador da figura do Hitler, o seu nome não aparece. Portanto, vivemos num mundo onde o mal ainda prevalece, e consequentemente as falsas narrativas também prevalece, tanto na mente de pessoas do mal, com é de se esperar, como também nas mentes de pessoas que querem sintonizar com o bem, que procuram ser justa, mas por um processo próximo da hipnose, não conseguem ver as artimanhas dos iníquos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/03/2019 às 01h01
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