Na leitura do trecho do Evangelho que faço diariamente, seguindo o dia da minha agenda “A Bíblia dia a dia”, encontrei no sábado, dia 05-08, o seguinte: Herodes disse a seus servidores: “É João Batista que ressuscitou dos mortos e por isso os poderes miraculosos atuam nele”. De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e coloca-lo na prisão, por cauda de Herodíades a mulher do seu irmão Filipe. Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse.
Com essa leitura fiz a conexão daquele tempo com o atual e que se passa no Brasil.
Naquele tempo existia a profecia de que o Messias viria para libertar o seu povo. João Batista foi enviado na frente para preparar a vinda do Messias. Esta era a missão de João Batista, determinada por Deus e anunciada através dos seus anjos às respectivas mães de Jesus e João, Maria e Isabel.
Também existe no Brasil a profecia de que a nosso país será o “Coração do mundo e a pátria do Evangelho”. Tivemos recentemente um presidente com Messias no nome, que foi eleito com o lema de “Brasil acima de todos, Deus acima de tudo”, que fez um governo atacado constantemente pelas mentiras e falsas narrativas, mas que agiu sempre dentro dos princípios cristãos, lembrando sempre que a verdade nos libertará. Foi retirado do poder com manobras cheias de iniquidades, visíveis a olho nu por aqueles que não estão completamente dominados pelo mal.
Após as trevas haverem conquistado mais uma vez com seus artifícios nefastos o poder, o país caiu no autoritarismo, de ninguém poder falar o que pensa, de serem presos às centenas de uma só vez, com falsos argumentos de golpes de estado, não amparado por nenhum argumento lógico. As prisões se sucedem e os diversos poderes se mostram contaminados, incapazes de reação positiva.
Nesse contexto, de derrocada onde todos se mostram mudos, amedrontados e sitiados, cada vez mais a profecia para o Brasil se afasta da realidade.
Mas acontece que se esta profecia corresponde à vontade de Deus, de alguma forma ela irá se cumprir. E como sabemos que a vontade de Deus é realizada por aqueles que se consideram seus filhos e que desejam fazer a Sua vontade, alguma situação irá ser feita, como aquele batismo que João fazia no Jordão, apelando para todos se arrependerem dos seus pecados para poderem participar do Reino de Deus, que logo iria ser anunciado pelo Messias.
Então, como estará vindo esse novo João Batista para nos preparar para a consolidação do nosso país como a pátria do Evangelho? Muitos de nós, brasileiros, já estamos adquirindo uma consciência compatível com este trabalho, de resgatar a missão da igreja católica, a verdadeira barca do Cristo, em direção firme ao Reino de Deus.
Ave Cristo!
Dentro da minha ainda frágil compreensão da vontade do Criador, entendo que Ele deseja e espera que consigamos evoluir, usando a centelha divina que deixou dentro de nós e do livre arbítrio como ferramenta de decisão.
Estamos mergulhados, enquanto humanos, dentro da natureza, junto com todos os nossos irmãos que têm os mesmos objetivos, fazer a vontade do Pai. Esse objetivo muitos ainda não sabem. Outros são informados, mas não acreditam. Outros acreditam, mas não querem fazer a vontade do Pai. Mas tem aqueles que acreditam e querem sinceramente fazer a vontade do Pai, como o apóstolo Paulo, mas terminam fazendo o contrário do que pretendem.
Tem aqueles que fazem a vontade do Pai, intuitivamente. Ninguém os informou sobre a paternidade divina, não pertencem a nenhuma igreja. Essas pessoas estão no caminho correto e indo em direção ao Pai. Talvez elas tenham maior recompensa que nós, que sabemos da existência do Pai e que sabemos que teremos a recompensa de estarmos cada vez ais perto dEle se fizermos à Sua vontade.
Realmente, a consciência da existência de Deus e da recompensa que receberemos dEle por fazer a Sua vontade, no leva a pensar que o amor dessa forma deixa de ser incondicional e passa a ser condicionada ao amor que o Pai vai demonstrar por mim. Porém, nós não nos movemos dessa forma? Evitando a punição e indo em busca da recompensa? Não vejo que isso possa afetar a ética. O que nos deixa curioso é o que faz aquele se mover em direção à vontade de Deus, contabilizando prejuízos pessoais, para si e a família, se não tem essa perspectiva de recompensa no mundo espiritual? O que pode construir esse aparente paradoxo, é que essas pessoas já acumularam bastante conhecimento em vivências anteriores que agora, na atual vivência, ele simplesmente resgata do inconsciente o que está armazenado em sua memória espiritual.
Outra questão que merece nossa reflexão, é a forma que Deus vai se comunicar comigo para que eu entenda qual seja Sua vontade e que a realize. Não tenho o cacife de ouvir do próprio Deus essa informação, como aconteceu com Moisés e ele terminou obedecendo apesar de toda a inferioridade com a qual ele se revestia.
Entendo que o Pai conversa comigo, que deixa na minha consciência qual seja a Sua vontade através de intuições. Também costuma falar comigo e explica algo com muito detalhe através do trabalho de outras pessoas, perto ou distante que chegam a me fazer contatar com a mensagem e com a vontade que Deus quer para mim. Isso acontece muito com a opinião de pessoas sobre algum assunto, na leitura de livres, em filmes, em palestras, cultos ou pregações na internet.
Foi isso que aconteceu agora mesmo, bem recente, há menos de 24 horas. Acessei a pregação de um pastor que de início eu pensava que não ia me acrescentar em nada, mas com o decorrer, antes de eu mudar para outro vídeo como estava planejando, observei que o pastor entrou num tema que era como se Deus estivesse me instruindo, sobre algo forte que intui no último sábado e domingo.
Irei colocar nos textos seguintes essa sequencia, das intuições do fim de semana e da pregação do pastor.
Jesus desceu de sua majestade universal para nos ensinar a reconhecer Deus como o Pai criador de tudo e de todos, e que devemos nos comportar como irmãos, amando a todos com o amor incondicional, formando a família universal e construindo o Reino de Deus, trazendo-o dos céus para a terra.
Acatando este ensinamento, então sou filho de Deus da mesma forma que Jesus. O que difere é que Jesus é um espírito mais amadurecido, já adquiriu condições especiais de estar tão próximo de Deus que Ele o considera como um filho bem-amado.
A minha condição de filho de Deus é porque tenho a consciência de que ainda sou um bebê espiritual, que acabou de receber a informação que tenho um Pai criador e que Jesus é o meu irmão mais velho, bem mais próximo do Pai por fazer com perfeição a Sua vontade.
Eu ainda não consigo discriminar com a perfeição do Cristo qual seja a vontade do Pai em minha vida. Preciso muitas vezes de orientações, em outras ocasiões de um severo “puxão de orelhas”.
Portanto, quando coloco que sou filho de Deus não quero com isso me comparar a Jesus, sei da sua maior importância em inteligência e sabedoria, da mesma forma que um irmão biológico ainda criança, reconhece a superioridade do irmão adulto, mais velho, que sabe melhor a vontade de seu pai.
Mas, da mesma forma que o filho mais velho faz a vontade do Pai, eu, como filho recém-nascido devo me esforçar para captar a vontade do Pai para comigo, saber o que Ele quer que eu faça dentro dos meus limites infantis e procurar realizar essa vontade com todo o empenho de minhas forças.
Por enquanto eu aprendi a lição básica a qual qualquer pessoa pode entender e praticar, desde que saiba da importância do Pai, que esteja ciente da presença dEle em qualquer instante de nossas vidas.
A lição principal é de que sou filho de Deus e que todos são meus irmãos aos quais devo considerar nos relacionamentos com respeito, tolerância e principalmente o amor.
Amar a eles como amo a mim mesmo e me esforçar para amar como o meu irmão mais velho, o Cristo, ama a todos nós.
O que se apresenta com dificuldade neste início de aprendizado, é com o apelo egoísta da carne em que estamos inseridos para alcançar essa evolução espiritual. A carne deseja tudo de melhor para si e para sua parentela sanguínea. Isso implica em deixar os outros irmãos que não pertencem a esta consanguinidade fora dos nossos interesses e que podem ser explorados em nosso benefício, quando for conveniente.
Este é o principal sentimento que prevalece no mundo atual, mesmo com toda a difusão que aconteceu com a mensagem cristã ao redor do mundo. Ao querer praticar esta lição de fraternidade universal, coerente com o que Cristo nos ensinou, sinto que fico totalmente isolado da cultura e da moral em que estou inserido, um estranho no ninho.
Vendo o filme “Duro de Matar” vi um trecho que merece reflexão correlacionando com minhas decisões que implicam no lugar onde estou... vejamos.
- Policial - O que há com você? Não tem mais reclamação? O que há com você?
- Hacker - Não sou como você, não posso fazer isso.
- P - Você quer dizer o que?
- H - Eu não sou corajoso como você, eu não sou desse jeito.
- P - Não sou herói de ninguém.
- H - Salvou minha vida 10 vezes nas últimas 6 horas.
- P - Fiz o meu trabalho. Sabe o que você ganha por ser um herói? Nada! Você ganha umas tapinhas nas costas... você se divorcia, a ex não usa nem o seu sobrenome, os filhos não falam com você, tem que fazer muitas refeições sozinho... pode crer, ninguém quer ser herói.
- H - Então, por que faz isso?
- P - Porque não tem ninguém para fazer isso agora. Por isso. Se tivesse outra pessoa para fazer eu deixaria que fizesse. Mas não tem, então eu faço.
- H - Tá... isso te tornou um herói
Foi esta a minha percepção, igual ao do policial. Quando eu percebi que as lições de Jesus eram perfeitas e que nós teríamos que funcionar dentro do Amor Incondicional, exercendo o amor inclusivo e não exclusivo, construindo a família universal considerando todos como irmãos, sem trazer benefícios à minha família nuclear ou pessoas consanguíneas que implicassem em prejuízo ao próximo, e u passei a quebrar as barreiras do casamento tradicional, abri o meu relacionamento conjugal para ser coerente com as lições do Cristo e isso me tornou um pária dentro da minha cultura, dentro da família biológica. Sofri o divórcio, meus filhos ficaram distantes sem poder falar comigo, fiquei sozinho sem ter com quem quisesse caminhar pela minha trilha. Não encontrei ninguém que fizesse este trabalho que considero fundamental para a construção do Reino de Deus. Não poderia deixar de fazer este trabalho, já que não vejo ninguém o fazendo da forma que o Cristo explicou, e como é necessário para a construção do Reino de Deus, não tinha como ficar omisso e procurando aprender ainda mais sobre a vontade de Deus, se o primeiro passo da missão que me era confiado eu não me mostrava capaz. Fazendo assim eu posso me tornar um herói, mas não reconhecido ou até mesmo julgado como um anti-herói, como foi julgado e condenado o próprio Cristo.
Enquanto não haja grupos formados com o mesmo nível de conscientização, jamais alguém vai me considerar como um herói, como o hacker que acompanhava o policial e sabia a verdadeira motivação para o que ele fazia. Não tenho ninguém com o meu nível de conscientização. Minhas diversas companheiras inclusive a atual, não conseguem conviver comigo entendendo e aceitando as minhas motivações.
Como cristão, fico curioso com minha origem espiritual, escolhida de acordo com os registros históricos e revelações. De acordo com as lições que recebi do Cristo, Deus é o nosso Pai universal e todos somos irmãos e que devemos agir com fraternidade uns com os outros, como é a vontade de qualquer pai para os seus filhos, principalmente o Pai universal.
Porém, o comportamento de Deus, o Pai apresentado por Jesus, não é coerente com o comportamento do Deus, Javé ou Jeová, apresentado no Antigo Testamento. A começar por Abrão que saiu de sua terra para Canaã, conforme está registrado no capítulo 12 do livro de Gênesis:
¹ Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
² E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
³ E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
⁴Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
⁵ E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.
⁶ E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra.
⁷ E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.
⁸ E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor. Gênesis 12:1-8
De acordo com o escrito, Deus mandou Abrão sair de sua terra, em Ur dos caldeus, para a terra que Ele iria lhe mostrar, em Canaã. Foi até Siquém onde estavam os cananeus. E Deus disse que iria dar essa terra a descendência de Abrão. Logo Abrão lhe edificou um altar.
Fica aqui a pergunta... como ficaram os cananeus com essa decisão de Deus? Uma pessoa com sua parentela e servos, que tinha agora a promessa de Deus de receber essa terra como doação? Que irá fazer deles uma grande nação, e que serão abençoados os que os abençoarem e amaldiçoados os que os amaldiçoarem? Isso não seria estabelecer uma relação de servidão de um povo sobre o outro? E de um povo que acabou de chegar a uma terra que já estava habitada?
Fico a pensar... minha descendência não é originada de Abrão, como os judeus, que se consideram os dignos representantes dessa linhagem. Pela genética estou enquadrado entre os povos que devem abençoar e nunca amaldiçoar os eleitos desse Deus, independente do que eles possam fazer conosco, como tomar nossas terras, por exemplo.
Então, nesse ponto de vista, Abrão não pode ser o nosso pai, no máximo o nosso padrasto, se ele quiser ser bonzinho conosco, pois pela promessa de Deus seria o nosso feitor.
Com a vinda do Cristo, apontando para um outro tipo de Deus, que é Pai de toda a criação e não de um determinado povo, posso me incluir dentro desta irmandade como todos os outros povos, dependendo apenas da decisão de quem recebe a informação, de crer ou não neste Pai universal.
Dessa forma, reconheço a importância de Abrão e de seu Deus na condução do seu povo, mas considero com muito mais respeito e obediência ao Deus-Pai de todos nós que Jesus nos apresentou.