O aforismo grego "Conhece-te a ti mesmo" é uma das máximas de Delfos e foi inscrita no pátio do Templo de Apolo em Delfos de acordo com o escritor Pausânias.
Este autodescobrimento pode colaborar com a cura de transtornos emocionais que desenvolvemos ao longo de nossa vida. Por esse motivo, desenvolvi um curso de extensão universitária, tendo como base as lições de Joanna de Ângelis, que desenvolve conteúdos psicológicos transpessoais e é mentora espiritual do médium Divaldo Franco.
O curso visa um aprofundamento do autoconhecimento utilizando esses conteúdos psicológicos para a imersão consciencial. O autodescobrimento atingido dessa forma permite ao técnico/estudante uma compreensão mais fidedigna do ser humano e suas dificuldades inerentes à personalidade de cada um e assim capacitando melhor a sua expertise profissional na arte de cuidar. O dependente químico que geralmente frequenta o curso, tem oportunidade de reconhecer suas fragilidades psíquicas que contribuíram na geração da doença e construir formas de enfrentamento para superar o problema.
A programação do curso num primeiro momento abordou os seguintes assuntos: O ser real; Equivalentes existenciais; Consciência e vida; O inconsciente e a vida; Viagem interior; Equilíbrio e saúde; O ser subconsciente; Sicários da Alma; Viciações mentais; e Conteúdos perturbadores.
O objetivo do curso era a conscientização dos mecanismos psicológicos que favorecem a evolução pessoal e previnem os distúrbios comportamentais. O resultado esperado seria a atualização dos alunos, dos profissionais e dos dependentes químicos quanto a capacidade curativa do autodescobrimento.
As lições do Mestre Jesus que foram dadas há cerca de 2.000 anos, contribuíram bastante para a aquisição desse autoconhecimento. Serve para observar o que existe de negativo dentro de nós, oriundo de nossa origem animal, instintos que devem ser domesticados no momento que atingimos a idade adulta e a responsabilidade de gerenciar os diversos aspectos da coletividade, do mundo em que vivemos.
As igrejas cristãs disseminam por todo o mundo essas lições, no entanto, pela influência materialista, muito associada aos instintos egoístas, não conseguimos fazer a prática dessas lições. Por esse motivo, consideramos que prevalece no mundo a influência do mal e o planeta ainda continua estacionado na categoria de “provas e expiações”.
Felizmente, estamos entrando na perspectiva de evolução do planeta para a categoria de Planeta de Regeneração, onde o bem consegue sobrepujar o mal. Para isso é necessário que procuremos ter este autoconhecimento do que somos e para onde devemos ir, para ajustar o nosso comportamento e construir uma sociedade mais próxima do Reino de Deus.
Sei que ao regressar ao mundo espiritual irei prestar contas com o Cristo, ou quem Ele determinar, sobre os atos que pratiquei aqui na Terra, no mundo material, encarnado num corpo físico sujeito a tantos instintos, tantas forças que tenho como dever domesticar.
Um dos comportamentos que tive e que até hoje recebo críticas sobre a justiça, ética e moral que ele mostrou e que merece neste momento. Merece mais uma reflexão da minha parte, enquanto ainda estou encarnado neste mundo material, para ver se, eu me considerando errado, ainda tenho como reparar os prejuízos.
Esse comportamento que quero prestar contas é com respeito à fidelidade que prometi a minha primeira esposa, no ato do meu casamento. Passei bastante tempo mantendo esse compromisso de fidelidade, cerca de seis à oito anos. Foi quando nos estudos espirituais me deparei com o conceito de Amor Incondicional e que considerei importante, verdadeiro e necessária à sua prática. Nesse mesmo momento passei a receber convites de uma colega de trabalho para namorarmos, incluindo o sexo. Isso ia de encontro ao meu compromisso de fidelidade com minha esposa, e, claro, recusei. Mas os convites continuaram insistentemente e isso fez eu entrar em novas reflexões colocando em jogo o conceito de Amor Incondicional ensinado pelo Cristo e também pela bússola comportamental que Ele nos ensinou para não sairmos do caminho da ética e da justiça: “fazer ao próximo o que quero que façam a mim”.
Dentro dessa nova perspectiva, passei a considerar que o convite que eu estava recebendo devia aceitar, pois o Amor Incondicional não estava sendo agredido, pelo contrário, incentivava. Da mesma forma que minha colega desenvolveu o desejo de namorar comigo, eu também tinha por ela o mesmo desejo. Pode ser dito que isso não era amor, que era puro instinto, mas o instinto foi também feito pelo Criador dentro da gente para que pudéssemos usá-lo. O que importava saber era, esse namoro entre nós dois era ruim para qualquer um de nós? Claro que não! Poderíamos responder. Iria nos dar prazer. Não havia promessas ou recompensas em função disso. Ambos sabíamos nossas condições de vida e que o namoro seria bom para nós. Se o nosso universo fosse só este, Mestre, eu não estaria agora aqui procurando esta prestação de contas. Mas existia as minhas circunstâncias de vida e as dela. Eu sabia que ela era casada e que o marido tinha diversas experiências afetivas como essa que ela estava querendo ter comigo. Isso justificava o lado dela. Acontece que eu tinha uma esposa fiel, que cumpria o que havia prometido desde o nosso casamento. Se eu saísse com essa colega para namorar, iria quebrar o compromisso de fidelidade. Mas, o Amor Incondicional estava me liberando, eu poderia seguir a vossa bússola comportamental, amado Mestre, desde que eu não considerasse os compromissos com minha esposa.
Este foi o meu dilema. Até onde eu poderia ignorar a liberdade que o Amor Incondicional me dava, por respeitar um compromisso que o amor condicional, romântico, um dia elaborou? Eu iria viver até os fins dos meus dias, como estava escrito na promessa, por respeitar esse amor romântico, condicional a uma pessoa? Mesmo que eu percebesse que a cultura funcionasse dessa forma, que a maioria mostrava um cumprimento a essa promessa para a manutenção do casamento, mesmo que por trás houvesse a quebra de fidelidade. Eu não queria participar dessa hipocrisia.
Fiquei muito tempo paralisado dentro desse dilema, até que um dia resolvi quebrar essa fidelidade e sair com minha colega para namorar. Para compensar o meu senso de justiça, aceitei implicitamente que a minha esposa tinha o direito de ter o mesmo comportamento que eu, pois assim fazendo também estava seguindo os parâmetros do Amor Incondicional. Mas acontece que, apesar de todos esses cuidados éticos, conceituais, eu não pude evitar o sofrimento que a minha esposa padeceu por causa de minha decisão. Até hoje ela coloca de forma amargurada, a perversidade do meu comportamento, de não ter tido cuidado com a felicidade dela, procurando atender apenas aos meus desejos carnais.
Eis, Mestre, minha prestação de contas no campo da Fidelidade. Eu sei que Vós, como filho mais evoluído do Pai, que consegue sondar nossos corações, sabe que eu não tinha intensões de ferir ninguém, e sim de praticar o Amor Incondicional, da forma que aprendi e compreendi. Teria que ser fiel, principalmente ao Amor Incondicional, assim entendia.
O que fiz, Mestre, foi certo ou errado? A minha consciência, onde está escrita a lei de Deus, não me acusa. Mas eu recebo tantas críticas, acusações, e tantas recriminações, principalmente daquela que se sente mais prejudicada, a minha primeira esposa, que resolvi recorrer a Vós.
Tomé, o apóstolo, tinha certa cultura, raciocínio fácil, compreendia as coisas com rapidez. Usava principalmente a razão, e pouco os sentimentos. A sua caridade para ser aplicada deveria ser bem compreendida. Examinava bem aqueles que iam ser beneficiados para bem sentir a necessidade alheia. Não tolerava a mentira. Lutou, mais tarde, para ser diferente, mas não conseguiu.
Invejava os colegas que se aproximavam do amor que o Cristo ensinava, que não exige, que não especula, que jamais erra na escolha. Gostava de viajar, conhecer lugares, fazer amizades, trocar ideias, observar as experiências alheias. Conhecia o misticismo da Índia e da China, os antigos escritos do Egito e da Caldeia, da Grécia e mesmo de Roma.
Tomé, também chamado Dídimo, nunca se esquecia de esmiuçar as coisas invisíveis. Sua consciência pedia ponderação ao aceitar qualquer fato. As ocorrências tinham que ser testadas à luz da razão. Sabia das verdades espirituais e assistiu os milagres do Cristo.
Tomé não representava ponto de negação ou dúvida, mas vigilância. Naquela época, como hoje, e ainda por milênios, existiam mais coisas falsas que verdadeiras, e Dídimo representava o vigiar de Jesus.
O Mestre o chamou para discípulo por encontrar no seu coração a disposição de espalhar a verdade, na plenitude do amor universal. Homem decidido, de caráter nobre, a ponto de entregar a vida para que o ideal do bem vivesse. Depois que conheceu o Cristo, seu assunto predileto era mostrar aos amigos a história de Jesus, seus prodígios e sua doutrina.
Encontrou Judas Iscariotes em Betsaida debatendo assuntos financeiros com um alto comerciante, que se dava às grandes compras e vendas. Ambos foram conversando, em direção ao casarão para a reunião regular que tinham todos finais de tarde com o Mestre.
Tomé e Judas Iscariotes entraram em silêncio, com a senha mental que todos usavam: “A paz seja nesta casa”. Felipe ergueu a voz pela indicação do Mestre, abrindo a reunião com a prece inicial. Tomé foi instigado pelo olhar do Senhor e indagou:
- Senhor! Procuro um tesouro bem diferente e talvez mais difícil que as pedras preciosas ou o ouro do mundo. Procuro um poder que vale mais que todos os poderes temporais da Terra, mas sou um garimpeiro inexperiente, não sei onde ou como encontrar. Esse tesouro é a Felicidade. Que me dizes, Mestre?
- Tomé! O que buscas não está muito longe porque reside dentro de ti. As preciosidades mais relevantes estão dentro do coração e a chave que abre é a virtude do Amor. A Felicidade verdadeira somente se expressa no reino dos anjos, mas todos estamos caminhando para lá. O Pai dá oportunidades e espera pacientemente que todos se decidam a buscar esse reino da mais alta fraternidade, onde o Amor é o sol que aquece a todos. Assim, não penses em viver egoisticamente só dentro de ti, gozando a Felicidade que te pertence.
‘Falaste bem quando chamaste a Felicidade de tesouro. O modo pelo qual deves encontrar essa preciosidade é frequentando a escola-oficina que instalamos. O poder que buscas para ti é importante, mas o mais importante é saber como usar esse poder. O homem que domina a natureza, que conhece a si mesmo, é o homem obediente às leis de Deus, pois essas leis são seus agentes com a mais intensa obediência. Qualquer um que desobedece-las responde imediatamente pelas consequências.
‘Não penses que os profetas, os místicos e os santos, operando prodígios, estão agindo fora da lei. São eles que vivem em um plano diferente da humanidade, e a sua obediência às leis maiores dá a eles o que realmente merecem pela vida que levam. Possuem poderes que nem desconfias.
‘A Felicidade é o conjunto de muitas qualidades que podes alcançar. Contudo, não são compradas nas feiras públicas, nem apanhadas de quem já as possui. Essas qualidades pertencem ao tempo e são filhas de esforços ingentes. Elas são devedoras da disciplina e da educação. Eis o que aconselhamos: pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis. Pede a Deus que Ele te dará a Felicidade, pois ela não pode existir sem que Ele a movimente.
‘Talvez não saibas a arte de pedir. No estado em que estás, levarás mais de um século para saberes pedir, sem que os teus lábios anunciem as tuas necessidades. Falamos o mesmo dileto e nem sempre nos compreendemos uns aos outros, porque nos falamos veladamente. Os homens do futuro perceberão todas as nossas intenções, porque a inteligência não para de crescer. Aquilo que achas difícil de compreender agora, tornar-se-á menos complicado para as crianças de amanhã.
Tomé bebia os ensinamentos do Senhor, como se estivesse sedento de água celestial. Uns cochichavam com outros: “Como é difícil ser feliz”. Em resposta ouviam: “As coisas boas não podem ser fáceis”. Tomé tinha vontade de gritar dentro do salão: “Meus irmãos, o Cristo é nossa Felicidade”. Mas o bom senso o reprimia e o próprio Mestre poderia não gostar. Pensava então, que a discrição é uma das portas para a Felicidade.
- Tomé! Quando a criança dá os primeiros passos, mesmo que sejam em falso, os pais sentem uma alegria tamanha que algo da Felicidade os visita por instantes. Também o garotinho se embeleza ainda mais por não saber expressar o seu contentamento. O nosso impulso, quando a imaginação vai além dos nossos ideais, é gritar, é falar, é fazer conhecer aquilo que estamos percebendo a todas as criaturas. Mas será que essa mesma disposição tem durabilidade, de maneira a nos acompanhar em todos os fatos, em todos os esforços que a vida requer de nós para nos ofertar tais poderes? Ponderemos sobre isso e vamos adiante, com Deus.
Tomé saiu dali cheio de esperança, pensando mesmo em polir o que de bom existia dentro de si. Queria sentir mais de perto a Felicidade.
Quando na Índia, estava cercado por fanáticos e não havia jeito de continuar a pregação do Evangelho, sentiu que era chegado o fim da sua vida física e se deixou ser apanhado para o sacrifício, sem palavras de revolta. Mas sentiu no coração uma harmonia indizível e uma serenidade imperturbável. Quando quis gritar que era feliz, apareceram dois dedos selando seus lábios. Esforçou-se para abrir os olhos, já agonizante, e viu com dificuldade, alguém sorrindo para ele, com os braços abertos.
Devemos aproveitar as lições do passado para construir nosso futuro evitando os erros que foram cometidos. No campo político são observados diversos erros, motivados pelo egoísmo que todos nós, humanos e classificados como animais, possuímos. Muitas vezes ações tomadas com o melhor sentimento de fraternidade, termina degenerando em ações agressivas, violentas e até genocidas.
Vejamos o exemplo do comunismo, iniciado com base em ideias utópicas de uma sociedade justa, terminou patrocinando ditaduras perversas ao redor do mundo através de estratégias organizacionais que se mostraram competentes para as suas intenções de dominação.
Como uma dessas estratégias, desenvolvidas a nível global, podemos observar a criação do fórum de ideias e discussões à nível mundial intitulado de Internacional Socialista. Reúne cerca de 170 organizações partidárias afins de pensamento, de natureza social e democrática dentro do contexto que eles imaginam correto, de 120 países de todos os continentes.
Lá estão representados partidos socialistas, social-democratas e trabalhistas. Sua atual organização é originária da II Internacional, que surgiu em 1889, em Paris, a qual, por sua vez, derivava da Associação Internacional do Trabalho, na verdade, a I Internacional, e formada em Londres por Karl Marx e Friedrich Engels, em 1864, que reunia representantes do movimento operário europeu.
A III Internacional foi formada em Moscou, em 1919, pelos bolcheviques (comunistas), após a tomada do poder na Rússia, e dissolveu-se em 1943, sob influência stalinista. A IV Internacional foi fundada pelos trotskistas.
Esse movimento socialista/comunista que causa tanto sofrimento onde é instalado, que se contrapõe as lições do Cristo, fechando igrejas e perseguindo padres, que usa os recursos da mentira tantas vezes repetidas até que se tornem as verdades que desejam ser construídas, em busca do poder ou da manutenção dele, deve ser confrontado com a mesma eficiência pelos cristãos e pessoas que defendem a verdade e a justiça, sem derramamento de sangue, ódio ou destruição de reputações.
A criação de uma Internacional Cristã que coloque em prática não os ensinamentos de Marx, mas sim do Cristo, se torna uma necessidade para nosso tempo, onde observamos a investida do mal como nunca dantes no planeta, apesar de todo o avanço da aplicação do amor ensinado nos Evangelhos.
Talvez precisemos criar antecipadamente o Manifesto Cristão, para se contrapor ao Manifesto Comunista, como forma de advertência ao mundo e de apelo para uma nova política baseada nas lições do Cordeiro de Deus.
Podemos assim influenciar cum uma nova ética e filosofia em todos os países, mostrando que a dignidade humana pode ser resgatada não somente pela força das armas, das ditaduras de qualquer natureza, mas por todos aqueles que se dispõem a servir ao próximo sem objetivo egoísta de se beneficiar, a sua família ou ao seu clã.
Na guerra espiritual que se desenvolve no mundo, os estrategistas da Luz, sob a direção de Jesus, desenvolveram o projeto de tornar o Brasil o coração do mundo e a pátria do Evangelho. Em função disso observamos que o Brasil se tornou o país com maior número de cristãos, e atualmente assumiu a presidência um gestor com o lema de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” com o foco prioritário de vencer o vírus da corrupção que já havia se entranhado nas diversas instituições públicas e privadas.
Essa infecção virótica da corrupção nas instituições brasileiras, tinha como meta a inviabilidade do país em cumprir o projeto espiritual da Luz. Agora, onde encontrar dentro do país, uma instituição livre da corrupção que facilmente se instala dentro da nossa natureza humana? Que seus membros usam o anonimato como forma de vencer o egoísmo que está dentro de cada um? Qual a instituição que obedece ao Poder Superior, qualquer que seja o nome que dermos a Ele? Que inicia e termina as suas reuniões ordinárias sempre pedindo ao Senhor, serenidade para aceitar as coisas que não podem ser modificadas, coragem para modificar aquelas que podem ser modificadas e sabedoria para distinguir umas das outras? Parece impossível encontrar uma instituição assim, não é mesmo? Mas existe: Alcoólicos Anônimos!
É uma instituição já pronta para colaborar com esse estado de guerra espiritual. Existem células, salas de reunião, espalhadas por todo o planeta. Sua função básica é recuperar os filhos de Deus atingidos pelo alcoolismo, qualquer que seja a sua condição, recuperar a saúde da família e o potencial financeiro da nação.
Foi com essa compreensão que participei do 44º aniversário de AA no Rio Grande do Norte, ocorrido na cidade de Açu, nos dias 3 e 4-08-2019. Fui com o objetivo de fazer uma exposição (descrita neste diário no dia 06-08-19) no dia 03-08-19. Logo após fui convidado para participar do início das atividades do dia seguinte, conduzindo a bandeira do Brasil na cerimônia do desfile das bandeiras. Senti-me honrado e aceitei o convite.
Assim, no dia 04-08-2019, entrei no auditório lotado da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, empunhando a bandeira do Brasil, a pedido da Irmandade de Alcoólicos Anônimos. Confesso que fiquei emocionado, atravessando aquele corredor apinhado de gente, todos em sinal de respeito, cantando o hino nacional, enquanto eu fazia tremular a bandeira por sobre as cabeças de todos nós.
Fiquei um momento sobre o palco, à frente da mesa diretora dos trabalhos, e de frente para a plateia. Apoiei a bandeira sobre o quadril com a mão esquerda e com a outra assumi a posição de respeito, com a mão direita sobre o coração, como a maioria fazia. Fiquei ainda mais emocionado, ao lembrar que o Poder Superior havia orientado a criação da Irmandade de Alcoólicos Anônimos, patrocinadora da festa; que Jesus havia projetado ser o Brasil a pátria do Evangelho e coração do mundo; que o anjo Ismael ficou responsável por levar avante esse projeto, e que agora, eu estava ali, na presença de tantos companheiros, levantando o símbolo da nação que leva consigo essa responsabilidade que o Cristo nos outorgou.
Senti como se eu tivesse, naquele momento, trazendo ao mundo material a responsabilidade do primeiro Comando Brasileiro nessa guerra espiritual, aquartelado dentro da Irmandade de Alcoólicos Anônimos.
Assim, ao término, repousei a bandeira do Brasil por trás da mesa diretora dos trabalhos, ladeada pela bandeira do Estado do Rio Grande do Norte e pela bandeira da Irmandade de Alcoólicos Anônimos.