Experimento agora como é bom, salutar, revigorante e maravilhoso conversar com Deus, saber que Ele me ouve, sonda meu coração e dá suas instruções por intuição ou qualquer meio de comunicação.
Sinto-me mergulhado nos Seus mistérios que mesmo sem compreender todos, isso agora não me trás angústia, pois sei que jamais alcançarei a plenitude de Sua sabedoria ou a dimensão de Sua consciência.
Sei que sou uma de Suas infinitas criaturas, que Ele me criou com o germe de Sua inteligência e que gerou o meu livre arbítrio. Sei que agora estou na plenitude de minha consciência, no controle racional do meu livre arbítrio. Reconheço a minha filiação divina e procuro ser obediente as ordens do Pai. Sei que o meu irmão maior, o Mestre Jesus, já explicou que Ele, o Pai, deseja que formemos na Terra o Seu Reino. Deu as primeiras instruções de como alcançar isso e agora eu me considero voluntário dentro dessa missão.
Fiz uma boa faxina no meu coração e agora procuro construir os relacionamentos adequados a esse Reino de justiça e fraternidade, de Amor Incondicional.
Deus enviou duas companheiras para mim que se propõem a construir esse modelo e mostrar, em comparação, a benignidade de uma família ampliada, dentro da confiança, do amor inclusivo, da falência do egoísmo, da morte do ciúme.
Sei que estamos dando os primeiros passos nesse sentido, mas eu, como motivador da idéia, não tenho referências teóricas, de experiências de outras pessoas para me instruir nesse caminho. O único referencial que possuo é a lição do Amor Incondicional ensinado por Jesus, das duas principais leis que ele destacou e do livro da Natureza que é a lei de Deus exposta ao meu redor.
Sinto-me as vezes assustado, apesar de maravilhado, com a dimensão do que tenho à frente. Vejo tantos caminhos abertos, sei pela intuição quais são os aprovados pelo Senhor, e sei que tenho influência de minhas tendências instintivas, geralmente inconscientes. Isso pode provocar erros. E se eu prejudicar o próximo ao invés de auxiliá-lo? Esta é uma dúvida que não sai de minha cabeça, e serve para orientar os passos que devo dar. A consciência me acusa, pois em determinada ocasião, por excesso de zelo nesse campo, eu deixei de ajudar a quem devia e que estava sob meus cuidados. A própria consciência diz que os passos devem ser bem pensados para não trazer prejuízos a terceiros, e consequentemente, atrasos ou inviabilidade da missão.
Poderia ficar sozinho sem nenhum relacionamento afetivo, sinto que tenho condições de viver assim, mas a missão que o Pai me determinou implica em relacionamentos os mais amplos possíveis, os mais profundos possíveis.
Tem momentos como este no qual vejo toda a dimensão da vida a se descortinar à minha frente e não posso deixar de fazer a pergunta: que faço, Deus, agora?
Sei que tenho meu livre arbítrio, mas que posso errar até mesmo sem ter a consciência desse erro; errar por ação ou por omissão. Tenho que ter ajuda de Deus, minha sabedoria ainda não é suficiente para resolver essas questões.
Tenho diversas opções de caminhos pela frente. Seguirei àqueles que pelas circunstâncias tem a “assinatura” do Pai. Mas esperarei sinais mais claros da vontade dEle para dar passos mais largos.
QUE FAÇO, DEUS, AGORA?
Desde que desenvolvi meus estudos procurei encontrar um foco para a vida. Inicialmente foram as diversas opções de profissão, da qual eu deveria escolher uma; depois escolher a companheira, a quantidade de filhos, o trabalho, e assim por diante. Depois verifiquei que a vida como eu a sentia e imaginava era uma coisa passageira, logo mais eu estaria morto e tudo perderia o sentido. Então, valia a pena tanto esforço para depois tudo se perder? Bem que os filhos seriam a minha continuidade na vida através da expressão da consciência, mas minha essência seria perdida.
Depois que passei a estudar a doutrina dos Espíritos adquiri uma nova compreensão da vida, que não se resumia apenas a esta fase material de existência, muito pelo contrário, existia outra fase, espiritual, mais dinâmica e mais importante, de onde toda a vida se origina. A minha vida no mundo matéria seria apenas um ligeiro estágio que poderia se repetir quantas vezes fosse necessário para a aprendizagem do Espírito. Dessa forma eu tive que fazer uma reprogramação radical nos meus paradigmas de vida e estabelecer novos propósitos a alcançar e direção a seguir. Passei a ter um conceito de Deus mais adequado ao meu racional e que evitava tantas dúvidas quantas eu tinha antes.
Hoje estou com 61 anos e tenho propósito bem claro na consciência e sei a direção que tenho de seguir. Consegui alcançar as lições do Mestre Jesus que falava do Reino de Deus, como o podíamos alcançar e do respeito e obediência que eu deveria ter para com o Pai.
O propósito da minha caminhada estando claro na consciência, faz com que eu deva escolher a melhor direção para a alcançar. Recebo constantemente mensagens que Deus manda das mais variadas fontes. O que antes para mim era algo muito distante ou fantasia de alguns beatos, ganhou um grande destaque na minha consciência e até um lugar de destaque que reformula todo o meu repertório comportamental.
A direção do comportamento é com o que devo maior preocupação, cuidado para não entrar em desvio errado que me distancie dos meus propósitos. Isso implica em ter cuidados com a minha rotina, observar o que faço de errado e corrigir, e por outro lado observar o que faço de correto e procurar repeti-los até formar um hábito e posteriormente ser incluso no caráter.
Esse é um aprendizado que devo fazer constantemente, com todos que estejam ao meu lado, em qualquer circunstância. Sei de inúmero defeito que possuo e que alguns são tão fortes, como a gula e a preguiça, que talvez eu não tenha tempo de os corrigir nesta atual existência.
Mas continuo mantendo a esperança que atingirei os meus propósitos que não cometerei tantos erros na direção dos caminhos.
Após encontrar textos que ajudam a combater o egoísmo e formatar dentro do nosso comportamento o homem de bem, apto a ser cidadão do Reino de Deus, eis que me deparo com um texto que mostra o contrário, o que incompatibiliza o homem com essa cidadania. O encontrei no livro da Bíblia, Eclesiástico, 13: 19-32 (Incompatibilidade entre o rico e o pobre).
19. Todo o ser vivo ama o seu semelhante , assim todo homem ama o seu próximo.
Assertiva tirada da Natureza, no estado da ingenuidade, pois quando existem associações prévias o homem pode se transformar no pior inimigo do próprio homem.
20. Toda carne se une a outra carne de sua espécie, e todo homem se associa ao seu semelhante.
Também é mais um aspecto tirado da Natureza virgem, a procura do ser vivo por associações para otimizar a sua sobrevivência pessoal e o sucesso reprodutivo; desde que seja feito as associações, o próximo encontro com um homem desconhecido pode ser de muita hostilidade e violência. São fatos observados até hoje entre indivíduos cultos e incultos, entre civilizações brutas ou modernas.
21. O lobo jamais terá amizade com o cordeiro: assim é entre o pecador e o justo.
O Cristo veio nos ensinar que o justo que tem a luz tem a obrigação de ensinar o que erra, o pecador, para assim ambos terem a cidadania no Reino de Deus.
22. Que relação pode haver entre um santo homem e um cão? Que ligação pode ter um rico com um pobre?
A ligação fraterna entre irmãos que ambos devem ter, principalmente o rico que se subentende ter mais capacidade de conhecimento.
23. O onagro (mamífero ungulado selvagem, do Irã e da Índia, intermediário entre o cavalo e o asno) é a presa do leão no deserto: assim os pobres servem de pasto aos ricos.
Até hoje se observa essa exploração dos pobres, mas não devemos nos comportar para manter esse status quo, e sim para o transformar em solidariedade.
24. E como a humanidade é abominada pelo orgulhoso, do mesmo modo o pobre causa horror ao rico.
Essa é a distância enorme que existe entre ambos, pois não é considerado a fraternidade que deve existir no Reino de Deus.
25. Um rico abalado é apoiado pelos seus amigos, o pobre que tropeça é ainda empurrado pelos seus companheiros.
No mundo material existe essa tendência, dos ricos se tornarem cada vez mais ricos, isso é, exploradores; enquanto os pobres se tornam cada vez mais pobres, isso é, explorados. O Reino de Deus exige que isso seja interrompido, que seja criada a verdadeira fraternidade universal.
26. Quando um rico é enganado, numerosos são aqueles que o vêm ajudá-lo; se diz tolices, o apóiam.
Novamente aponta para a tendência de todos protegerem os ricos para se tornarem candidatos aos seus benefícios, mesmo que a custa do suor e sangue dos demais irmãos.
27. Quando um pobre é enganado, ainda merece censura, e, se falar com sabedoria, não o levam em consideração.
Relata um fato que é observado, mas que não ensina como corrigir a distorção e a falta de caridade para quem é pobre; como se o fato observado fosse apenas para se conhecer o devido lugar onde se encontra a pessoa.
28. Se fala o rico, todos se calam, e glorificam suas palavras até as nuvens;
Nesse ponto surge uma pitada de crítica, principalmente aos pobres que sendo a principal vítima dos ricos não reconhecem a rapinagem que sofre e bajula seu torturador.
29. Se fala um pobre, dizem: “Que é este homem?” E, se ele tropeçar, fazem-no cair.
Este é o outro lado da moeda, a falta de caridade de todos, pobres e ricos, para quem é pobre. Não tem a solidariedade de ninguém.
30. A riqueza é boa para quem não tem a consciência pesada, péssima é a pobreza do mau que se lastima.
Este é um ponto que existe uma crítica mais forte contra essas incompatibilidades para com o Reino de Deus.
31. O coração do homem modifica seu rosto, seja em bem, seja em mal.
Também adverte para a mudança que ocorre no físico quando a alma está cheia de defeitos, certamente se tornando roto, incapaz de vestes fisionômicas para adentrar no Reino do Pai.
32. O sinal de um coração feliz é um rosto alegre; tu o acharás dificilmente e com esforço.
Finalmente aponta uma característica capaz de sinalizar um candidato ao Reino de Deus. Um rosto alegre aponta para uma consciência tranqüila. Não podemos generalizar, pois existem espíritos melancólicos por natureza, que estão capacitados para o Reino de Deus. Mas um rosto alegre permanece sendo um bom sinal.
Mas devemos atentar para o conjunto do texto que mostra a fatalidade de uma sociedade e da necessidade de nos defendermos dela, não de transformá-la.
Para procurar o aperfeiçoamento moral, a reforma íntima, é necessário que nos conheçamos, que saibamos nossas deficiências e virtudes e para onde queremos ir. Esse conhecimento de si mesmo é mais uma vez ensinado em “O Livro dos Espíritos” e por um doutor da Igreja católica:
Questão 919: Qual o meio mais prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?
- Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.
SANTO AGOSTINHO: Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava em revista o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a se lamentar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver o que havia para reformar em mim. Aquele que, cada noite, lembrasse todas as ações da jornada e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião para o esclarecer, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Questionai, portanto, e perguntai-vos o que fizestes e com qual objetivo agistes em tal circunstância; se fizestes uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai-vos ainda isto: se aprouvesse a Deus me chamar neste momento, reentrando no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, eu teria o que temer diante de alguém? Examinai o que podeis ter feito contra Deus, contra vosso próximo, e enfim, contra vós mesmos. As respostas serão um repouso para vossa consciência ou a indicação de um mal que é preciso curar.
O conhecimento de si mesmo, portanto, é a chave do progresso individual. Mas, direis, como se julgar? Não se tem a ilusão do amor-próprio que ameniza as faltas e as desculpas? O avarento se crê simplesmente econômico e previdente; o orgulhoso crê não haver senão a dignidade. Isso é verdade, mas tendes um meio de controle que não pode vos enganar. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai-vos como a qualificaríeis se fosse feita por outra pessoa; se a censurais em outrem, ela não poderia ser mais legítima em vós, porque Deus não tem duas medidas para a justiça. Procurai saber, também, o que pensam os outros a respeito, e não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque estes não têm nenhum interesse em dissimular a verdade e, frequentemente, Deus os coloca ao vosso lado como um espelho para vos advertir com mais franqueza que o faria um amigo. Que aquele que tem vontade séria de se melhorar explore, pois sua consciência, a fim de arrancar dela as más tendências, como arranca as más ervas do seu jardim; que faça o balanço de sua jornada moral, como o mercador faz de suas perdas e lucros, e eu vos asseguro que a um lhe resultará mais que a outro. Se ele puder dizer que sua jornada foi boa, pode dormir em paz, e esperar sem receio o despertar de uma outra vida.
Colocai, pois, questões claras e precisas e não temais de as multiplicar; podem-se dar alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna.
Não trabalhais todos os dias com o objetivo de amontoar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os vossos desejos, o alvo que vos faz suportar as fadigas e as privações momentâneas? Pois bem! O que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquele que espera o homem de bem? Isso não vale a pena de fazer algum esforço? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro incerto; ora, eis aí precisamente o pensamento que estamos encarregados de destruir em vós, porque desejamos vos fazer compreender esse futuro de maneira que ele não possa deixar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso, primeiro chamamos vossa atenção para os fenômenos de natureza a impressionar vossos sentidos, depois vos demos instruções que cada um de vós se acha encarregado de divulgar. Foi com esse objetivo que ditamos o Livro dos Espíritos.
ALLAN KARDEC: Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, com efeito, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais frequentemente nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem o perceber, por falta de perscrutar a natureza e o móvel de nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais precisa do que uma máxima que, frequentemente, não aplicamos a nós mesmos. Ela exige respostas categóricas, por um sim ou por um não, que não deixam alternativas; são igualmente argumentos pessoais e pela soma das respostas pode-se calcular a soma do bem e do mal que está em nós.
Esta é uma lição muito preciosa e que não devo deixar passar sem a considerar na prática. Tenho o propósito de seguir as orientações do Cristo assim como essas lições dos Espíritos, que vêm a ser o consolador que Ele prometeu. Devo ter uma disciplina para seguir e essas instruções desta lição são valiosas, inclusive para divulgar e aplicar aos meus pacientes, fortalecendo em muito o meu trabalho psicoterapêutico. Já fiz um questionário há algum tempo e já havia começado a aplicar em algumas situações. Deixei de fazer isso, mas a lição que li mostra com clareza que esse é um caminho importante se quisermos caminhar para ser um homem de bem.
Criar as características de um homem de bem dentro de nossa mente, pensamentos e comportamentos deve ser o esforço daquele que pretende ser um dos cidadãos do Reino de Deus. O Livro dos Espíritos continua a nos ajudar nesse aprendizado:
Questão 918: Por que sinais se podem reconhecer num homem o progresso real que deve elevar seu Espírito na hierarquia espírita?
- O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal são a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
ALLAN KARDEC: O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza. Se interroga sua consciência sobre os atos realizados, se pergunta se não violou essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém tem nada a se lamentar dele, enfim, se fez a outrem tudo aquilo que queria que outros lhe fizessem.
O homem cheio de sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperança de retribuição, e sacrifica o seu interesse à justiça.
Ele é bom, humano e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem exceção de raças nem de crenças. Se Deus lhe deu o poder e a riqueza, olha essas coisas como um depósito, do qual deve fazer uso para o bem, sem se envaidecer, porque sabe que Deus, que os deu, pode retirá-los.
Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais diante de Deus. Usa de sua autoridade para elevar sua moral e não para esmagá-los por seu orgulho.
É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que, ele mesmo, tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: que aquele que está sem pecado lhe atire a primeira pedra.
Não é vingativo: a exemplo de Jesus, perdoa as ofensas para não se recordar senão dos benefícios, porque sabe que lhe será perdoado como ele próprio tiver perdoado.
Respeita nos seus semelhantes todos os direitos decorrentes das leis da Natureza, como gostaria que respeitassem os seus.
Ao fazer esse exame de consciência eu vejo o quanto ainda tenho de imperfeições, apesar das minhas sinceras intenções de ser um “homem de bem”, de estar apto a ser esse cidadão do Reino de Deus.
Agora mesmo estava assistindo uma série intitulada “A Bíblia”, no trecho que passa a vida de Jesus, e pincei algumas frases que fizeram forte sintonia com o meu pensamento:
“Temos que confiar no plano de Deus, assim como Ele confia em nós”
Este é um jogo de confiança que somente agora, na maturidade de minha vida, tenho uma melhor compreensão. Sei do caminho que o Pai quer que eu siga, e cada vez que eu desenvolvo essa confiança nEle me sinto mais fortalecido, recebo suas instruções com mais clareza e fico mais motivado para ir em frente.
“Você pode entrar no Reino de Deus, mas deves nascer de novo, não na carne, mas no Espírito”
Neste momento adquiri uma nova compreensão sobre esse “nascer de novo” que Jesus cita. Não é o voltar a vida seja pela ressurreição ou reencarnação, isso pode acontecer diversas vezes sem haver um “nascer de novo”. O que Jesus quis dizer foi que, mesmo estando vivendo na carne, temos que despertar a consciência da existência do Espírito e de sua prioridade na vida e assim viver agora em função dele.
“Eu vou para o Pai, mas sempre estarei com vocês”
O Mestre sabia que sua passagem na terra como um ser encarnado era fugaz, passageira, mas Ele continuaria a existir como Espírito e que ficará sempre ao nosso lado nos ajudando a assimilar as lições que Ele nos deixou.
“O Espírito está pronto, mas a carne é fraca”
Este foi o momento que Ele sentia que se aproximava seu suplício. Sabia do extremo sofrimento que sua carne iria passar e foi essa pressão da carne sobre sua mente que chegou a pedir ao Pai para afastar dEle esse cálice.
“Se for a Sua vontade, é a minha”.
Mas logo em seguida o Seu Espírito assumiu o comando da Sua mente e se dispôs a passar por qualquer sacrifício se assim fosse a vontade do Pai.
No exame de consciência que fiz notei inúmeras fraquezas da carne que se manifestaram no meu comportamento. Minha oração junto ao Mestre e ao Pai foi carregada de vergonha e culpa. Prometi que neste dia iria fazer o máximo para cumprir a vontade do Pai em todos os momentos e circunstâncias, como forma de despertar a consciência para minhas responsabilidades enquanto cidadão do Reino de Deus.