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03/01/2025 00h01
ALCOOLISMO E EGOÍSMO (05) – METODOLOGIA

Houve outras razões pelas quais AA e o Grupo Oxford seguiram caminhos separados depois de 1939. Frank Buchman aparentemente sabia que esse programa era eficaz em ajudar os alcoólatras e, de acordo com o veterano de AA Clarence S., Buchman foi ao grupo Akron em 1938. Mas Buchman não via a ajuda aos alcoólatras como a principal atividade de sua irmandade. “Eu sou totalmente a favor dos alcoólatras sendo modificados”, ele foi citado como tendo dito, “mas nós temos satisfatoriamente tantos grupos de alcoólatras em nossas mãos”. Muito de seu trabalho após 1938 foi dedicado a reunir líderes mundiais, juntos em um esforço, para promover a reconciliação e compreensão sem guerra e violência. Buchman tinha pouca confiança em um programa de interesse especial exclusivamente para alcoólatras e, exceto por uma aparição no Grupo Akron, ele nunca demonstrou interesse em envolvimento pessoal nas atividades de AA.



Além disso, Bill W. e outros pioneiros de AA também sentiram que o evangelismo agressivo do Grupo Oxford não funcionaria com alcoólatras. Corrigido por engano, Bill já foi obrigado a diminuir seu fervor evangelístico pouco antes de conhecer o Dr. Bob. Outra divergência foi que os primeiros AA se comprometeram com a prática do anonimato, enquanto que o Grupo Oxford procurava trabalhar e divulgar pessoas de destaque em sua irmandade. O Grupo Oxford também enfatizou os Quatro Padrões, ou Absolutos, que não foram formalmente adotados por AA, mas ainda são apresentados por alguns grupos locais da irmandade. Bill W. acreditava que esses padrões estavam expressos ou sugeridos nos Doze Passos.



Havia ainda outra razão convincente para a separação de AA do Grupo Oxford. Frank Buchman foi notavelmente bem sucedido na criação de pontes para várias religiões durante o início de sua carreira. Na verdade, ele foi provavelmente um arauto do movimento ecumênico moderno. Mas no final da década de 1930, por quaisquer razões, o Grupo Oxford era mal interpretado por alguns porta-vozes confessionais, e negativos apareceram na imprensa. Bill W., que já estava de acordo com a idéia de evitar controvérsias públicas, não achava que AA pudesse se dar ao luxo de estar ligado ao Grupo Oxford, não mais em público. Posteriormente, abades proeminentes do mesmo grupo reverteram essas posições e apoiaram publicamente o trabalho de Buchman. No entanto, na mente de Bill, a controvérsia desviou a atenção e a energia do propósito único de AA. Havia até mesmo o temor de que o uso dos Quatro Padrões e outras terminologias do Grupo Oxford pudessem despertar preconceitos contra AA. Afinal, o próprio Grupo Oxford, ao ser transformado em Re-armamento Moral (RAM) em 1938, deu menos ênfase ao conceito de ajuda mútua no pequeno grupo, tão útil para os alcoólatras em recuperação. Em 1939, quando AA tinha apenas 100 membros, Frank Buchman estava apresentando o RAM à nação em enormes reuniões de massa no Madison Square Garden, Constitution Hall e Hollywood Bowl.


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em 03/01/2025 às 00h01
 
02/01/2025 00h01
ALCOOLISMO E EGOÍSMO (04) – PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS

O impressionante sobre esse encontro histórico foi que os fatos anteriores tornariam o Grupo Oxford de Akron excepcionalmente forte e ativo na mesma época em que um empreendimento comercial não relacionado trouxe Bill para Akron. Alguns anos antes, Jim Newton, um membro do Grupo Oxford que estava intimamente ligado a um importante fabricante de pneus, foi capaz de ajudar um dos filhos do industrial a superar seu problema com a bebida. O filho, por sua vez, ajudou um advogado alcoólatra que estava vencendo a maioria de suas batalhas judiciais e perdendo suas batalhas de garrafa. Porque as escapadas do herdeiro dos pneus eram o assunto da cidade, sua recuperação chamou a atenção dos akronitas. Como resultado de tais recuperações, o Grupo Oxford de Akron foi considerado regionalmente como sendo eficaz no combate ao alcoolismo.



O fabricante de pneus, grato pela recuperação de seu filho, então convidou uma equipe de 60 pessoas do Grupo Oxford para Akron em 1933 para realizar reuniões noturnas e matinais em toda a cidade, atividade que durou dez dias. Henrietta Seiberling, T. Henry e Clarace Williams juntaram-se ao Grupo durante esta sessão de dez dias e começaram as reuniões de quarta-feira à noite na casa de Williams, que logo estavam juntos a Dr. Bob e Anne Smith. As reuniões foram alegres e amigáveis, e o Dr. Bob disse que os membros do Grupo Oxford o conquistaram por causa de sua aparente postura, saúde e felicidade. “Eles falavam sem nenhum constrangimento, o que eu nunca poderia fazer, aparentavam estar muito à vontade em todas as ocasiões e pareciam muito saudáveis. Mais do que esses atributos, eles demonstravam serem felizes”, escreveu em sua história pessoal. Ele e Anne compareceram às reuniões por 2 anos e meio, mas ele ainda bebia todas as noites. Mais tarde, ele reconheceu, porém, que o Grupo Oxford o conduziu a princípios espirituais vitais que seriam importantes em seu trabalho em AA. Além disso, é claro, foi a conexão do Grupo e a inspiração da Sra. Seiberling que o ajudou a entrar em contato com Bill W.



Entretanto, de volta à cidade de Nova York, o Grupo Oxford estava também muito atuante em sua sede nacional na Igreja do Calvário do Dr. Sam Shoemaker, onde Bill W. recebeu muita ajuda valiosa. O Dr. Sam era um importante líder americano da irmandade do Grupo Oxford e a pessoa ideal para se tornar o mentor espiritual de Bill W. Como Bill disse mais tarde, “... os primeiros AA tiveram suas ideias de auto-exame, reconhecimento de defeitos de caráter, restituição por danos causados e trabalho com outras pessoas dos Grupos Oxford e precisamente de Sam Shoemaker ... e do contrário de parte alguma. Os ensinamentos de Sam ajudaram muito a nos mostrar como criar o clima espiritual em que nós, alcoólatras, podemos sobreviver e progredir”.



Em 1978, Lois W. disse a um entrevistador que durante dois anos e meio, 1934−1937, ela e Bill participavam de duas reuniões do Grupo Oxford em Manhattan todas as semanas na maior parte do ano. As noites de quinta-feira eram para planejamento e compartilhamento pessoal. As tardes de domingo eram as reuniões comunitárias aonde pessoas traziam novos amigos. Na fita de vídeo “A História Pessoal de Bill”, Bill completa essa maravilhosa cadeia de eventos, dizendo: “Começamos a ir às reuniões do Grupo Oxford…. O impacto do Dr. Shoemaker sobre nós naqueles primeiros dias certamente foi registrado, e os princípios enfatizados pelo Grupo Oxford mais tarde emprestados espontaneamente sem muita demora para formação dos 12 Passos de AA e à publicação de nosso livro Alcoólicos Anônimos”.



Apesar dessa ligação importante, Bill e o pequeno grupo de alcoólatras ao seu redor não permaneceram por muito tempo ligados ao Grupo Oxford. Bill começou a realizar reuniões separadas para alcoólatras logo após retornar de Akron. Em 1937, seu grupo de iniciantes na cidade de Nova York retirou-se completamente da irmandade do Grupo Oxford. Todavia, Bill sempre reconheceu que os importantes princípios espirituais e de trabalho de AA vinham do Grupo.



Em Akron, era uma história ligeiramente diferente. Profundamente leais a amigos não-alcoólicos como Henrietta Seiberling e o T. Henry Williams, os alcoólatras recuperados de Akron mantiveram seus laços com o Grupo Oxford até 1939. Eles, também, eventualmente decidiram seguir um caminho separado para serem mais eficazes na ajuda aos alcoólatras. Nessa época, o livro Alcoólicos Anônimos já era publicado e a irmandade dos alcoólatras recuperados tinha seu próprio nome. Grupos de AA foram criados em Cleveland, e AA agora estava bem encaminhado como uma irmandade separada, grata ao Grupo Oxford, mas não dependente mais dele.



A espiritualidade foi importante para a criação dos grupos de AA e também será para a criação dos grupos de EA. Além da formatação dos grupos de EA seguirem os exemplos de AA, haveremos de fazer uma associação mais forte com os valores espirituais, mostrando que é importante a domesticação do egoísmo individual para ser considerado um cidadão do Reino de Deus e, portanto, apto a ser convocado para o exército do Bem comandado pelo Cristo para a ferrenha guerra que o Mal provoca sobre o Bem.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/01/2025 às 00h01
 
01/01/2025 00h01
ORAÇÃO JANEIRO 2025

            Pai, hoje neste início de ano quero conversar com o Senhor a respeito da minha narrativa de vida, de cosmogonia, que vejo me encontrar frente a uma encruzilhada. Por um lado, a Santa Igreja Católica informa que o Senhor pode se manifestar de três forma diferentes: como Pai, que é com quem converso agora, como Filho que é Jesus Cristo o qual considero como Mestre divino, e como Espírito Santo que é a essência de Amor que pode nos preencher e orientar a vida a qualquer momento. Por outro lado, a doutrina ensinada pelos irmãos espirituais que já se encontram desencarnados e que têm uma boa dose de conhecimentos e sabedoria, nos ensina que todos somos filhos do Senhor, e que Jesus é um desses filhos, de natureza pura, que recebeu Sua ordem de descer ao mundo material e nos ensinar pessoalmente. Acredito que ambas situações não implicam em mudança drástica em reconhecer a Sua paternidade divina e fazer a Sua vontade, como qualquer pai deseja para os filhos, viverem com amor uns para os outros, conforme se fizessem suas ações para o próximo fossem dirigidas a si mesmo. Portanto, irei fazer hoje a minha oração dirigida ao Senhor na essência do Espírito Santo.



            Espírito Santo, concedei-me o dom da Sabedoria, a fim de que cada vez mais eu possa apreciar as coisas divinas e, abrasado pelo fogo do Vosso amor, prefira com alegria as coisas do Céu a tudo que é mundano e me una para sempre a Cristo, sofrendo neste mundo por Seu amor.



            Espírito Santo, concedei-me o dom do Entendimento, para que, iluminado pela luz celeste da Vossa graça, bem entenda as sublimes verdades da salvação e da doutrina da santa religião.



            Espírito Santo, concedei-me o dom do Conselho tão necessário nos melindrosos passos da vida, para que escolha sempre aquilo que mais lhe seja do Vosso agrado, siga em tudo a Vossa Divina Graça e saiba socorrer meu próximo com bons conselhos.



            Espírito Santo, concedei-me o dom da Fortaleza, para que despreze todo orgulho humano, fuja do pecado, pratique a virtude com santo fervor e afronte com paciência, e mesmo com alegria do espírito, o desprezo, o prejuízo, as perseguições e a própria morte, antes de renegar por palavras e obras a Cristo.



            Espírito Santo, concedei-me o dom da Ciência, para que eu conheça cada vez mais minha própria miséria e fraqueza. A beleza da virtude e o valor inestimável da alma e para que veja claramente as ciladas do demônio da carne, do mundo, a fim de as evitar.



            Espírito Santo, concedei-me o dom da Piedade, que me tornará delicioso o trato e colóquio Convosco na oração e me fará amar ao Senhor com intimidade, assim como a Maria Santíssima e a todos os homens como meus irmãos em Jesus Cristo.



            Espírito Santo, concedei-me o dom do Teu Temor pelas consequências das minhas ações, para que eu me lembre sempre, com suma reverência e profundo respeito, da Vossa divina presença, trema como os anjos diante da Vossa divina majestade e nada receie tanto como desagradar Vossos santos olhos!



            Vinde, Espírito Santo, ficai comigo e derramai sobre mim Vossas divinas bênçãos. Em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor.



            Parece um tanto estranho, Pai, falar com o Senhor com uma personalidade e logo mais me dirigir ao Senhor com outras personalidades. Parece ser mais coerente a forma que meus irmãos espirituais ensinaram. Que achas?



            Filho, eu entendo de qualquer forma que se dirijas a mim, o importante é que ambas as formas contribuam para a formação da Família Universal e que amem ao próximo como se fosse a si mesmo, como já foi ensinado. Mas, também vejo como você, fica mais enrolada a comunicação de falar comigo se dirigindo às três personalidades.


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em 01/01/2025 às 00h01
 
31/12/2024 00h01
ALCOOLISMO E EGOÍSMO (03) – JUNG

Na época da formação dos grupos de mútua ajuda, um bebedor problemático chamado Rowland H. descobriu com o renomado psiquiatra, Dr. Carl Jung, na Suíça, que casos como o dele eram sem esperança, exceto quando uma experiência espiritual vital tomava o controle. Rowland encontrou sua experiência no Grupo Oxford e a passou para Ebby T., que então a levou para Bill W. em sua mesa de cozinha no Brooklyn. No Towns Hospital, em 1934, Bill teve o mesmo tipo de experiência espiritual que Frank Buchman teve na Inglaterra em 1908. E precisamente tanto quanto Frank tenha visto sua experiência como uma resposta aos males do mundo, a mesma coisa fez Bill W., a viu como uma saída para milhares de outros alcoólatras. Deste modo, o palco estava montado para o encontro de Akron que trouxe AA à existência. No início, no entanto, o programa de recuperação alcoólico fazia parte do movimento do Grupo Oxford.



Henrietta Seiberling, a graciosa senhora que reuniu Bill e Bob em sua casa em Akron, lembrou que Bill se apresentou a ela por telefone como "um membro do Grupo Oxford de Nova York e um alcoólatra". Era um telefonema oportuno, pois a própria Henrietta era membro do Grupo Oxford de Akron, o qual vinha tentando ajudar o Dr. Bob. Apenas duas semanas antes, em uma reunião carregada de emoção na casa de T. Henry e Clarace Williams, o Dr. Bob, que frequentava as reuniões semanais por mais de dois anos, finalmente admitiu aos outros que tinha um problema com a bebida. E aí, em seguida, Bob liderou o grupo em oração por sua recuperação. Agora ele iria encontrar o homem o qual ele mais tarde descreveria como o primeiro ser humano vivo com quem ele conversou que por experiência própria sabia sobre o que estava falando em relação ao alcoolismo.



Esta é uma forma dramática onde observamos a ação da Divina Providência agindo para trazer ao mundo uma das mais eficientes formas de tratamento de doença causada pelo demônio (álcool) na mente das pessoas.



O Egoísmo Selvagem termina sendo uma doença mais difícil de abordar e tratar do que o Alcoolismo, pois este se encontra externo à pessoa atingida, ela deve sair à procura do mal que lhe submete, a bebida alcoólica.



O egoísmo está dentro da pessoa, ela não precisa procura-lo em bares ou qualquer ambiente fora de si. Quando a pessoa inadvertidamente o deixa crescer e tornar-se selvagem, destruindo tudo que está ao alcance da pessoa afetada, é de mais difícil a abordagem e tratamento. A pessoa terá que desenvolver o forte sentimento espiritual como bem diagnosticou Jung.



Portanto, eu como psiquiatra e sabedor desse importante sucesso do AA, vendo o mundo coberto de sombras maléficas, principalmente no Brasil, onde vemos instrumentalizadas pelas forças telúricas dominando todos os espaços públicos, a população extorquida e o cristianismo atacado, principalmente na Santa Igreja Católica, a instituição que mais coerentemente faz o seu combate.



Assim, devo iniciar o primeiro grupo de Egoístas Anônimos (EA), com pessoas portadoras de diagnósticos psiquiátricos e reconhecem que o egoísmo selvagem é um dos motores para a doença se manifestar a tornar o comportamento maléfico, principalmente para o próximo com os quais não tem compaixão pelos males causados.


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em 31/12/2024 às 00h01
 
30/12/2024 00h01
ALCOOLISMO E EGOÍSMO (03) - RESSENTIMENTO

            Na criação dos grupos de AA se observa que tudo comecou com um ressentimento. Há um ditado em AA que diz que tudo o que é preciso para começar um novo grupo é um membro ressentido. Assim foi com Frank Buchman. Ele teve um ressentimento que o levou a uma experiência espiritual que o transformou completamente. Finalmente, ele seguiu fazendo reparações e iniciou um movimento. Vejamos como aconteceu.



Tendo crescido em Allentown, província “holandesa da Pensilvânia”, onde seu pai dirigia um bar perto do tribunal, Buchman foi fortemente influenciado por sua mãe para entrar no ministério. Ele estudou no Muhlenberg College e Mt. Airy Seminary, e então se envolveu no trabalho da igreja que o levou a estabelecer, em 1905, uma hospedagem para meninos carentes das favelas na Filadélfia.



Mas um desentendimento com os administradores sobre seu plano de cortar custos, reduzindo a comida dos meninos, definitivamente resultou em sua demissão. Cheio de ressentimento em relação ao conselho, Buchman embarcou para a Europa. Era 1908 e ele tinha 30 anos. Ele ficou ofendido e decepcionado, e seu rancor para com os administradores o tornara avarento e solitário.



Na Inglaterra, ele foi levado a uma conferência religiosa que acabou sendo irrelevante. Então, na pequena cidade de Keswick, Buchman participou de um ministério da igreja à tarde que mostrou ser o momento da mudança em sua vida. Era uma pequena assembleia de apenas 17 pessoas. O orador era Jessie Penn-Lewis, uma missionária que pregava na Convenção de Dwight L. Moody e outros reformadores do século XIX. Buchman, por seu próprio reconhecimento, entrou na igreja sentindo orgulho, egoísmo e má-vontade que ele mais tarde percebeu que o estavam impedindo de agir da forma que um ministro cristão deveria.



A palestra da mulher chegou á ele, dando-lhe uma visão do abismo entre ele e Cristo que havia sido criado por sua raiva contra os administradores. Ele então teve uma experiência espiritual transformadora que mudou completamente sua vida. Ele parou de culpar os administradores e escreveu a cada um deles uma carta de reparação. Isso alterou tanto seu pensamento que ele se convenceu de que tal experiência, se multiplicada, seria a resposta para os males do mundo.



Nos anos seguintes, Buchman serviu como secretário da YMCA na Penn State, onde trabalhou com alunos no desenvolvimento de seus métodos de mudança de vida. Uma das pessoas que mudou com a mensagem de Buchman foi Bill Pickle, o contrabandista do campus que também era alcoólatra. Mas o discípulo de Buchman que seria tão importante para as origens de AA foi Sam Shoemaker, cuja vida mudou como resultado de um encontro com Frank Buchman na China em 1918. O Dr. Sam se tornaria um conselheiro espiritual de Bill W. e um dos maiores apoiadores de AA no ministério. (Depois de romper com Buchman em 1941, Sam deu continuidade à ideia de ajuda mútua em seu próprio movimento “Fé por meio das obras”.)



Em 1919, Buchman formou uma sociedade chamada "Irmandade Cristã do Primeiro Século", que logo se tornou conhecida como "Os Grupos". A irmandade patrocinava festas em casa e praticava um programa que incluía orações, confissão de erros, buscar orientação e fazer restituições, além de um evangelismo que mudava a vida de outras pessoas. O nome "Grupo Oxford" foi adotado em 1928, porque os alunos da Universidade de Oxford estavam espalhando a idéia pelo mundo.



Em 1923, Buchman e a irmandade foram descritos em um livro intitulado Transformadores de Vida, de Harold Begbie. Curiosamente, Frank estipulou que seu nome não fosse mencionado no livro, e ele foi descrito apenas como "FB" ou "F.". Sete outros capítulos foram dedicados a jovens universitários – Sam Shoemaker sendo um deles – que haviam passado por mudanças e estavam trabalhando para ajudar os outros, mas ninguém foi citado no livro. Essa prática, certamente um exemplo do que Bill W. via como anonimato espiritual, foi mais tarde abandonada pelo Grupo Oxford em favor de uma estratégia de “pessoa-chave”; ou seja, usando nomes ilustres e pessoas importantes que foram ajudadas a fim de atrair outros para a irmandade.



Mas o livro que realizou tudo para o Grupo Oxford foi uma publicação de 1932 intitulada Somente Para Pecadores, escrita por AJ Russell e publicada pela Harper's. O livro focalizou o Grupo Oxford quando estava desfrutando de seu maior sucesso como movimento de ajuda mútua. Russell, ele mesmo um beneficiário dos ensinamentos do Grupo Oxford, também editou muitas das mensagens espirituais reimpressas no livro de meditação, Vinte e Quatro Horas Por Dia, que é usado por muitos alcoólatras em recuperação. Somente Para Pecadores foi de fato o “Grande Livro” do Grupo Oxford, e pode muito bem ter servido de modelo para o texto Alcoólicos Anônimos. (Aqueles que estão interessados ​​em saber mais sobre a formação de Buchman podem ler sua biografia mais recente, Na cauda de um cometa de Garth Lean, publicado por Helmers & Howard, Colorado Springs.)



O ressentimento não será a origem para os grupos de Egoístas Anônimos, basta saber que foi este um dos passos iniciais que levou a formação dos grupos de mútua ajuda associado aos ensinamentos cristãos.



Mas vejamos no próximo texto a contribuição do famoso psicanalista Jung para a formação do AA como mais um modelo para a formação dos grupos de Egoístas Anônimos (EA).


Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/12/2024 às 00h01
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