Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/01/2017 00h12
SÍTIO JERICÓ

            Pelos caminhos de Deus, surgiu uma oportunidade da compra de uma propriedade no distrito de Capela, município de Ceará-Mirim, que pode ser viabilizada com a participação da poupança conjunta. O mais importante é saber o que Deus quer que façamos com esse passo dado, uma vez que tudo apontou que essa era a sua vontade. Fui até o Google, e na Wikipédia encontrei os dados abaixo que deverão servir para ajudar nesse esclarecimento.

            Jericó é uma antiga cidade bíblica da Palestina, situada às margens do Rio Jordão, a 27 km de Jerusalém, foi uma importante cidade no Vale do Jordão. Descrita no Velho Testamento como a “Cidade das Palmeiras”, com abundantes campos ao redor, tem um forte atrativo para a habitação humana por milhares de anos.

            Ela é conhecida na tradição judaico-cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor de Moisés.

            Arqueólogos tem escavado os remanescentes dos últimos 20 sucessivos assentamentos em Jericó, o primeiro que data de antes de 11.000 anos atrás (9.000 aC). É considerada a cidade mais antiga ainda existente, com mais de 11.000 anos.

            O nome Jericó é conhecido pelos seus habitantes locais Arihã, o qual significa “perfumado” e deriva da palavra cananeia Reah, de mesmo significado. Jericó também é pronunciado Yariho, e uma teoria alternativa fortalece que ela é derivada da palavra “lua” (Yareah) em cananeu e hebraico, sendo que a cidade foi um antigo centro de adoração a deuses lunares.

            Desde o início Jericó foi um centro administrativo sob domínio persa, serviu como um estado particular a Alexandre o Grande, cerca de 336 a 323 aC, após a conquista da região. Em meados do século II aC, Jericó ficou sob domínio helenista, o general sírio Báquides construiu alguns fortes para fortalecer as defesas da área ao seu redor, contra a invasão dos macabeus.

            Heródes inicialmente arrendou Jericó a Cleópatra depois de Marco Antônio tê-la dado a ela como um presente. Após o suicídio de ambos, em 30 aC, Otaviano assumiu o controle do império romano e deixou Heródes reinando sobre Jericó

            A cidade, desde a construção de seus palácios, não funcionou apenas como um centro agrícola e nem como um cruzamento, mas como uma estação de inverno à aristocracia de Jerusalém.

            Heródes foi sucedido pelo seu filho, Arquelau, o qual construiu uma vila adjacente a Jericó em seu nome, Archelais, casa de operários da sua plantação.

            Mas, por trás dessas informações históricas, existe um simbolismo espiritual que pode se refletir até os dias atuais. Afinal, Josué, sucessor de Moisés, foi quem atravessou o Jordão em busca da Terra Prometida por Deus. Assim, Josué inicia o seu Ministério às ribeiras do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado e também entra no exercício público do seu Ofício Profético. O nome Josué é o derivado hebraico que no Grego é Jesus. A batalha espiritual tem início de forma confusa, em torno do ano 1.300 aC, com Josué usando a força das armas para derrotar a cidade de Jericó, cujo único pecado anunciado era adorar outros deuses. Isso foi o suficiente para Josué receber ordem do seu Deus dos exércitos para destruir tudo o que havia na cidade; homens e mulheres, jovens e velhos, até os bois, ovelhas e jumentos, ao fio da espada. Foi a esse Deus que Josué obedeceu, muito diferente daquele Deus que Jesus ensinou, o Deus do Amor, capaz de sempre perdoar ao pecador, 70 vezes 7, e respeitar a liberdade de cada um conforme o seu livre arbítrio. Agora, quase 2.000 anos das lições do Cristo, a Batalha Espiritual simbolizada na área de Jericó e hoje alcançando todo o planeta, tem que considerar o Deus que Jesus ensinou e encontrando-O em cada aspecto da Natureza. Toda a Sua criação deve ser respeitada, mesmo que na ignorância adore deuses subalternos, representados por um animal ou qualquer outro aspecto da natureza. Somos agora os responsáveis pela aplicação prática das lições do Mestre Jesus, de construir o Reino de Deus com base na família Universal, e isso jamais poderia ser possível com a orientação que aquele Deus dos exércitos deu a Josué.

            Jericó fica hoje como a lembrança de um passado onde se deu início a batalha espiritual e que equívocos pode acontecer com a destruição de inocentes. Que esta lembrança sirva para absorver dentro dela a essência de Deus, e perdoar os seus algozes do passado, mostrando que o povo eleito de Deus é a espécie humana e que tem por dever vencer a ignorância, reconhecer a paternidade divina e ajudar todos os membros da família universal, deslocando do poder o mal com a força do Bem, dissipando as trevas com a força da Luz.  

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em 06/01/2017 às 00h12
 
04/01/2017 11h11
COSMOGONIA DE URÂNTIA

            Recomecei este ano a leitura do livro “Urântia” nome que é dado ao nosso planeta Terra, nessa cosmogonia que dá título a este texto. O livro é muito complexo e traz muitas informações que não conseguem ser absorvidas pelo meu intelecto. Passo por cima de muitas assertivas, pois assim é a orientação dos escritores, pois reconhecem nossa dificuldade de compreender uma realidade tão ampla.

            Os escritores do livro são personalidades designadas por sua hierarquia a trazer essas informações até a inteligência terráquea, para que aqueles mais aquinhoados do ponto de vista cognitivo pudessem dar um redirecionamento ao seu pensamento, expandir a consciência cósmica mais lógica e coerente com a realidade universal, elevar a percepção espiritual e assim colaborar com a evolução que todos devem seguir com base na Verdade.

            Portanto, irei colocar aqui o que entendi da cosmogonia apresentada e onde se encontra o nosso planeta Terra com o nome de Urântia.

            O nosso mundo, Urântia/Terra, é apenas um entre os muitos planetas similares habitados, que compreendem o universo local de Nébadon. Este universo, juntamente com outros universos, constitui o Superuniverso de Orvônton, de cuja capital, Uversa, veio essa comissão para nos instruir. Orvônton é um dos sete superuniversos evolucionários do tempo e do espaço, que circundam a criação de perfeição divina, sem princípio nem fim – o universo central de Havona. No coração desse universo central e eterno está a Ilha do Paraíso, centro geográfico estacionário da infinitude e morada do Deus eterno.

            Por grande universo é designado, em geral, os sete superuniversos em evolução, em conjunto com o universo central e divino; e estas são as criações organizadas e habitadas até o presente. Elas são, todas, uma parte do universo-mestre, que abrange também os universos do espaço exterior, não habitados, mas em mobilização.  

            Estas informações geralmente ampliam o nosso conceito de universo, onde a ciência aponta para a existência de um só universo e que sofre ampliação a partir de uma grande explosão (Big-bang) até os dias atuais. As diversas religiões também apontam para outro universo constituído na dimensão espiritual, onde nós intercambiamos a nossa existência através da experiência da morte e do nascimento.

            Acredito que possam existir mais de um universo e a cosmogonia apresentada pelos missionários vindos de Uversa possui muita coerência interna com aquilo que já tenho absorvido na memória. Acrescentou a informação dos outros universos que formam os superuniversos e que constituem o universo-mestre em evolução. Além disso, deixa aberta a possibilidade da criação continuar no espaço externo.

            Não é preciso que eu exclua do meu pensamento nenhuma informação que eu já tinha como correta, mesmo porque, mesmo instruído sobre a existência de um único universo, sempre estava aberto para a possibilidade de outros. A dimensão espiritual pode cobrir todos os universos existentes e aqueles que ainda irão ser formados. Dessa forma, as informações trazidas pelos mensageiros de Uversa se encaixam sem dificuldade dentro dos meus paradigmas existenciais.

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em 04/01/2017 às 11h11
 
03/01/2017 07h27
ABORDAGEM DAS DROGAS (I) – VALENTIM GENTIL FILHO (04)

            - (M) Estamos de volta ao vivo com o psiquiatra Valentim Gentil Filho. Dr. Valentim, se o senhor tivesse plenos poderes para lidar com esses problemas do gênero, de que forma o senhor tentaria resolver a questão da cracolândia ou das cracolândias que se espalham pelo Brasil?

            - (V) Eu acho que a coisa do ponto de vista humanitário mais importante seria pegar as pessoas que estivessem mais comprometidas no momento, do ponto de vista humanitário, porque eu tenho informações fragmentadas a respeito da situação. De vez em quando eu passo pela cracolândia, mas as informações que eu tenho são de que as mais graves não estão procurando atendimento e é compreensível que isso aconteça.

            - (M) Justamente porque são casos graves.

            - (V) São casos graves, eles não tem crítica suficiente sobre o que está acontecendo. Então, eu acho que ao invés de ter um promotor e um juiz lá no cratório, para ver quem são as pessoas que poderiam precisar de uma ajuda, de uma internação compulsória, eu acho que as pessoas do judiciário deviam ir à Cracolândia e perceber quem são as pessoas que realmente estão comprometidas. Porque essas pessoas estão correndo risco de vida.

            (E) Seria o judiciário a fazer isso?

            (V) Acho que o Ministério Público tem de propor e o juiz de que autorizar, porque a internação compulsória é por ordem judicial. O médico não tem esse poder. O médico pode dizer “olha, aqui nesta região eu tenho estes 10 indivíduos que do ponto de vista médico estão me parecendo incapazes de perceber o que está acontecendo com eles, estão correndo sérios riscos, inclusive de vida. E aí, a justiça é quem tem de determinar a internação compulsória.

            (E) O senhor é favorável a internação nesses casos?

            (V) Não só de quem estiver com problemas de Crack, quem tiver qualquer problema e estiver correndo risco de vida deve se beneficiar de uma internação hospitalar e deve ser levado para um hospital e ser atendido, porque o resto me parece omissão de socorro.

            (E) Doutor Valentim, apesar do drama da cidade do Crack, o senhor tem demonstrado uma preocupação muito grande com a Cannabis, com a Maconha. Tem feito uma certa cruzada no melhor sentido dessa palavra. Qual o sentido? Há uma posição liberalizante que eu acho um pouco...

            - (V) Eu sou bem liberal. O problema é que, o adolescente fumando maconha uma vez por semana aumenta em 310% o risco de desenvolver Esquizofrenia. Que é uma doença incurável.

            (E) Uma vez por semana!

            (V) É. Essa pesquisa foi feita desde 1959 com um grupo de 50 mil suecos e está confirmado em 7, 8 países já. Então, as metanálises mostram 210% se somar todos os estudos controlados e adequados até 2007. Então, o problema é, vamos liberar geral, desde que antes dos 21 anos as pessoas não fumem maconha uma vez por semana. Quem é que pode garantir isso? A questão do Crack é outra, as pessoas estão correndo risco de vida mesmo e elas estão muito perturbadas. Então, eu acho até que, se o sujeito estiver fumando Crack e não está muito prejudicado, está fazendo uso mais esporádico, então o juiz não deve decretar a internação compulsória. Porque se fizer assim vai internar milhares de pessoas.

            - (M) São raros os casos de uso esporádico do Crack?

- (V) São raros porque ele vicia demais. O que nós temos visto e eu tenho informações do que a gente tem recebido no Cratório, por exemplo, que é o Centro de Referência lá na cidade, são famílias e os usuários pedindo para ser atendidos. Então, as vezes você tem uma internação involuntária, a família pede, o médico recomenda; as vezes você tem uma internação voluntária... estão começando a fechar os leitos, pois acreditam que existem outras formas de lidar com isso. Agora, tem algumas pessoas que estão muito prejudicadas. E essas pessoas, mesmo que não estejam usando crack, mas tenham um doença mental grave, que estejam muito prejudicadas, na rua, comendo terra, se expondo as coisas que o filme “Omissão de socorro” mostrou, por Luiz Tavares de Araújo, eu acho que essas pessoas devem ser atendidas.

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em 03/01/2017 às 07h27
 
02/01/2017 11h30
ORAÇÃO JANEIRO 2017

            Dá-me, Pai, a serenidade necessária para que eu reconheça a qualquer momento da minha vida que sou o seu filho, que tenho deveres de obediência para Contigo, mesmo que atravesse os maiores turbilhões, onde existem ameaças aos valores materiais de sobrevivência do corpo físico e dos seus instintos.

            Que eu não esqueça, Pai, que fui criado por Vós como espírito simples, ignorante e eterno; que tenho todas as oportunidades de evoluir e me aproximar de Ti pelos meus próprios esforços.

            Que a arrogância não perturbe minha humildade; que a vaidade não me ofusque a minha razão; que a pompa dos reis arrogantes não me desvie dos caminhos do Mestre Jesus, teu filho mais amado por muito saber amar e que aceitou vir até nós para nos ensinar os caminhos.

            Dá-me, Pai, a serenidade para reconhecer o Teu rosto nas autoridades temporais e também nos miseráveis formados pela ignorância, tanto os multimilionários formados com o suor injusto de quem trabalha, como os indigentes, que caminham respirando o mesmo ar neste aquário azul, mas sem Te obedecer ou mesmo reconhecer em tudo que criastes; algumas vezes usando o Teu nome como moeda mercadológica para os interesses materiais.

            Dá-me, Pai, o sentido do meu posto de serviço, que onde eu estiver, sozinho ou acompanhado, deverei estar envergando o uniforme do Teu reino divino, pronto para a batalha nas fileiras do Bem, em uma mão o escudo do Perdão e na outra mão a lança do Amor.

            Dá-me, Pai, a sabedoria e coragem de ser o combatente que esperas de mim, que no fragor da luta eu seja o combatente ferrenho a distribuir Amor, mesmo que sofra na carne os espinhos que possam me atingir, dilacerar o meu corpo e angustiar a minha alma.

            Sim, Pai, dá-me o que preciso, pois na minha ignorância, reconheço, posso estar confundindo vaidade com necessidade.

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em 02/01/2017 às 11h30
 
01/01/2017 01h01
CEARÁ-MIRIM: UMA NOVA ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA?

            Hoje dia internacional da Paz, um feriado comum entre os países, tivemos aqui no Brasil a posse das novas administrações municipais. Num tempo em que a política está tão corrompida pelos homens que a representa, que deterioram a pureza de sua finalidade, o bem estar coletivo a partir do respeito da dignidade humana, tive oportunidade de assistir os discursos de transmissão de cargo entre o prefeito que terminava o mandato e o prefeito eleito.

            Notei, no longo discurso do primeiro a falar, o prefeito que entregava o cargo, a forte ligação com o nome de Deus e passou a elencar todas as dificuldades recebidas no começo da gestão, durante o mandato, até aquele momento. Sempre referia a participação de Deus em tudo que ocorrera com ele e agradecia aos seus auxiliares. Notei certo descompasso com o que existia de sentimentos nas ruas com o que era dito como forma de prestação de contas. Se tudo que estava sendo dito era verdade, a população da cidade cometera a maior injustiça ao não eleger o candidato que ele apresentou. Se existia mentira consciente em sua fala, que a justiça humana não conseguiu alcançar, então isso seria uma questão dele resolver com Deus, mesmo porque ele fez questão de colocar Deus como o aval de todo o tempo de sua administração.

            O rápido discurso do prefeito eleito, foi o que mais me chamou a atenção. Parece que ele, como profissional liberal, como pessoa que se diz independente da politicagem que enodoa a atuação da verdadeira política, está disposto a colocar na sua administração frente à prefeitura os verdadeiros princípios políticos, dentro de uma inspiração pragmática, empresarial, capitalista, onde os lucros do trabalho individual promova a dignidade humana do trabalhador e assim fortaleça a coletividade ceará-mirinense.

            Dois trechos do seu discurso deixou claro essas intenções: primeiro, onde uma pessoa puder fazer o serviço, ele não contratará dois, exemplificando que, mesmo pagando o salário mínimo a essa 2ª pessoa desnecessária, deixaria de pagar benefícios para a coletividade, pois estaria pagando a uma só pessoa. Muito justo!

            Segundo, ele disse que durante todo o tempo de trabalho junto a administração que estava saindo, com a comissão de transmissão do cargo, ele não convocou nem se reuniu com nenhum dos vereadores, pois respeita a finalidade pela qual o vereador foi eleito e ele não pretende comprar a consciência de ninguém distribuindo benesses da prefeitura. Respeita a liberdade que o Legislativo deve ter para aprovar ou não as leis de importância para o município, mesmo que isso implique que ele não terá maioria na câmara. Muito justo!

            Agora, eu ouvi essas palavras de um homem com convicções éticas e disposição para coloca-las em prática. Antevejo as dificuldades que ele irá encontrar dentro de uma estrutura política viciada, política essa que contribuiu para a sua vitória e até com ações radicais de orientação de mudança de voto de última hora. São essas forças que irão levar ao novo prefeito a cobrança pelo que foi feito, mesmo que ele não tenha pedido isso a tal preço.

            O próximo passo a ser observado na prefeitura de Ceará-Mirim é com relação a coerência do atual prefeito. Ele será capaz de colocar nas suas ações práticas as intenções que demonstrou no discurso? Será capaz de negar benefícios aos vereadores, que estão comprometidos com seus eleitores, e não empregar pessoas desnecessárias ao município? Será capaz de desautorizar ações politiqueiras de seus auxiliares que trocam funcionários necessários e competentes por outros de seu interesse particular? Acima das competências técnicas e administrativas que cada gestor deve realizar, está a capacidade de colocar na prática as intenções do prefeito, como deve ser feito por cada “cargo de confiança”, pois, se assim não for suas intenções, não deve aceitar o cargo.

            Os 100 primeiros dias da nova administração irá mostrar se teremos uma nova forma de fazer política no Rio Grande do Norte. Iremos observar a coerência e a coragem do novo prefeito ao levantar a bandeira da ética política no cipoal de corrupção que está mergulhada a politicagem brasileira.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/01/2017 às 01h01
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