Escuta, Pai, minhas palavras, considera minhas fragilidades. Atenta para os meus pedidos, pois sei que sondas o meu coração, que sabes de minhas boas intenções e fracas determinações, limitado pragmatismo.
De manhã, ouve, Pai, o meu clamor, mesmo que eu me esqueça de Ti, da minha responsabilidade de apresentar a minha oração. Eu te aguardo com esperança, pois sei da Tua bondade e que aguardas o tempo de cada um, afinal sabes tudo sobre mim, És o meu Criador.
Sei que não És um Pai de injustiça, pelo contrário, estás sempre ao meu lado, nos momentos mais difíceis, nos maiores esquecimentos, nas menores obediências. Em Ti não vejo raiva ou ressentimento, apenas tolerância e compaixão.
Que não caia sobre mim nenhuma soberba, arrogância, livrai-me do mal, Pai, pois sei que abominas essas condutas e quero ser sempre um filho grato ao Teu lado, mesmo que por fraqueza minha eu seja desobediente.
Já faço o maior esforço para não ser traiçoeiro, não mentir, pois sei que isso tem essência maligna, se torna a principal arma dos combatentes pelas trevas, mas no exército divino no qual estou inscrito, as armas que devo usar são a lança do amor e o escudo do perdão.
Guardo a Tua casa, o Teu templo, que é o meu corpo. Procuro atender as necessidades do Behemoth que Criastes dentro de mim para a preservação do meu corpo, mesmo que ele seja ganancioso, egoísta, e leve meu espírito a se comportar com gula e preguiça, atrapalhando a vitalidade do corpo e a evolução espiritual. Mas sei que tenho responsabilidade sobre ele, que devo imprimir a disciplina espiritual para ele saber quais são os limites permitidos e coerentes com o cumprimento da Tua vontade.
Conduze-me, Pai, na Tua justiça, que eu consiga sempre aplicar a lei do amor por onde quer que os caminhos que colocas à minha disposição me levem, mesmo que me depare com inimigos perversos ou sedutores.
Sei que vindo de Ti, Pai, tenho total confiança, e ao meu lado, neste mundo de Provas e Expiações, muitas são as tramas de destruição, gargantas que são túmulos abertos a atrair os incautos, línguas que enganam sutilmente, com doces palavras carameladas de falsas fraternidades.
Perdoa, Pai, àqueles que vivem no inferno das próprias maquinações enquanto não têm a consciência dos erros que estão cometendo. Deixai agir o Arcanjo Miguel, trazendo justiça onde foram praticadas as iniquidades, e deixai-me firme e forte ao lado de Jesus, para levar à misericórdia no dia que surgir o relâmpago do arrependimento em suas consciências.
Alegro-me, pois estou refugiado e instruído por Ti; meu coração canta de alegria mergulhado no amor que recebo de Ti; procuro fazer dele uma sintonia, atuando como um maestro ao lado daqueles que sofrem, distribuindo o quanto é preciso decorrente do quanto me ofertas; por isso ensino todos a Te amar acima de todas as coisas, como aprendi com o Mestre Jesus.
Por tudo isso, Pai, sei que abençoas o justo e o Teu favor o protege como um escudo. Por isso quero ser assim.
Circula nas redes sociais uma mensagem urgente que alega ser do Divaldo Franco, advertindo sobre os riscos que estamos correndo, pois os espíritos de luz estão com dificuldade de nos ajudar. Vejamos a mensagem.
ATENÇÃO POVO BRASILEIRO:
Preocupados com a situação de desconsolo e tristeza que vive o povo brasileiro, os maiores do plano espiritual enviaram instruções para que todos os irmãos participem do movimento espírita cristão, no sentido de formar uma corrente composta por centros de luz em todo o nosso país, visando alterar o padrão mental e vibratório do povo desta nação, pátria do evangelho e coração do mundo.
Alertam-nos estes irmãos sobre a onda negativa que paira sobre a nossa pátria, propiciando a formação de clima deletério, similar ao ocorrido da segunda guerra mundial, onde a luta espiritual foi maior do que a ocorrida no plano físico e que levou a humanidade ao sofrimento supremo que todos nós conhecemos.
Nos dizem os orientadores do bem, que se prosseguir o clima ora instaurado entre as pessoas, com o sentimento de ódio, vingança, desesperança e pessimismo, há que se contar a possibilidade de ver iniciada uma guerra civil, levando as últimas consequências, as mazelas oriundas do fratricídio que ela impõe.
Porém, tendo em conta que somos filhos de Deus, pai infinitamente bom e justo, esta falange de amor nos indica o medicamento perfeito para revertermos as consequências da terrível doença que assola o coração do nosso povo: a prece verdadeira e direta em favor dos nossos desorientados governantes e a mudança imediata do nosso padrão mental trocando o pessimismo pelo otimismo, a tristeza pela alegria, o medo pela coragem e principalmente a desesperança pela certeza de que tudo que possa nos acontecer tem a permissão do Pai Maior.
Devido a grande concentração de energias negativas emanadas pelas pessoas insatisfeitas com a política e seus representantes, o Brasil precisa parar e orar!
“Estou preocupado com essa semana que está chegando. Peço uma corrente de oração para que os guardiões possam iluminar as mentes e os corações dos nossos governantes terrestres. A nação corre perigo. Divulgue. Peço que divulguem essa mensagem”.
Divaldo Franco
Realmente, estamos envolvidos por energias muito negativas, cheias de ódio e ressentimentos, acusações e discórdias. A proposta pela oração é importante, sempre foi e sempre será, como Jesus nos orientou: “Vigiai e orai”.
Mas podemos agir de forma mais contundente, pragmática. Lembremos que na época do domínio de Hitler na Alemanha, o fator comunicação foi determinante para manter as pessoas bitoladas dentro de suas casas onde foram colocadas rádios com mensagens exclusivas do ódio nazista.
Coisa semelhante acontece no Brasil. Os corruptos na tentativa de voltar ao poder central no Brasil, inunda a comunicação midiática por mensagens de ódio, falsas narrativas, acusações, amedrontamento da população pela supervalorização dos eventos negativos e minimização ou ocultamento dos eventos positivos.
Na Alemanha os cidadãos não tinham outra opção, não podiam deixar de ouvir a única rádio, com a única programação que fora deixada em suas casas. Aqui no Brasil nós podemos, além de orar, vigiar o nosso comportamento, não sintonizar com emissoras que apresentam esse perfil demoníaco de instigar o ódio entre os irmãos. Se somos responsáveis pela oferta de um canal de comunicação para nossos clientes, que sejamos bastante criteriosos com o que deixamos sintonizar para o uso daqueles que passivamente estão a assistir. Eles também são de nossa responsabilidade.
Fazendo assim a mensagem de ódio passa a cair no vazio, anularemos o mal e o sentimento fraterno com qualquer irmão, de qualquer ideologia, sexo ou etnia pode se tornar o clima dominante, e a ameaça de guerra civil passa a ser dissipada, na terra predestinada para ser o coração do mundo e a pátria do Evangelho.
Como prometi no texto anterior, colocarei o sonho que Dom Bosco narrou aos jovens, como forma de melhor compreender o papel do Papa na batalha espiritual que se desenrola no mundo.
O sonho das duas colunas
Em 26 de maio de 1862, Dom Bosco havia prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês. No dia 30 de maio à noite, contou-lhes uma parábola ou algo parecido, como quis chamar-lhe.
«Quero contar-vos um sonho. É verdade que aquele que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem assustados, ou que a casa caísse, vou contá-lo para seu bem espiritual.
Tive este sonho há alguns dias. Imaginem que estão comigo às margens do mar, ou melhor, sobre um rochedo isolado, do qual não veem mais terra do que a que têm debaixo dos pés. Em toda aquela superfície líquida vê-se uma multidão incontável de embarcações dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminam em um afiado esporão de ferro como lança que fere e atravessa tudo aquilo contra o qual chega a chocar. Essas embarcações estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e se dirigem contra
outra embarcação muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, queimá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.
A este majestoso navio, provido de tudo, fazem escolta numerosas embarcações que dele recebem as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhe é adverso e a agitação do mar favorece os inimigos.
No meio da vastidão do mar se elevam, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distante uma da outra. Sobre uma delas campeia a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés se vê um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium
Christianorum [Auxílio dos cristãos].
Sobre a outra coluna, muito mais alta e encorpada, há uma Hóstia de tamanho proporcional ao pedestal e abaixo dela um outro cartaz com estas palavras: Salus credentium [Salvação dos fiéis].
O comandante supremo da barca maior, que é o Romano Pontífice, ao sopesar o furor dos inimigos e a situação premente em que se encontram seus leais, pensa em convocar os pilotos das embarcações subalternas para reunir-se e decidir a conduta a seguir. Todos os pilotos sobem à nau capitã e se reúnem ao redor do Papa. Realizam a reunião; mas, ao verificarem que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a assumir novamente o comando de suas respectivas embarcações.
Restabelecida temporariamente a calma, o Papa reúne pela segunda vez os pilotos, enquanto a nau capitã continua seu curso; mas a tempestade se torna novamente espantosa. O Pontífice maneja o leme e todos os seus esforços visam direcionar o navio para o espaço entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior, ao redor, pendem numerosas âncoras e grossos anéis presos a robustas correntes.
As embarcações inimigas preparam-se todas para atacá-lo, fazendo o possível para deter sua marcha e assim afundá-lo. Umas com escritos, outras com livros, com materiais incendiários dos quais contam grande abundância, materiais que tentam lançar a bordo; outras com canhões, com fuzis, com esporões: o combate se toma cada vez mais encarniçado.
As proas inimigas chocam contra ele violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto são inúteis. Em vão retomam o ataque e gastam energias e munições: o gigantesco navio continua impávido e sereno seu caminho. Às vezes acontece que por efeito das arremetidas contra ele, mostra em seus flancos uma longa e profunda fenda; mas apenas produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e os veios de água se fecham e as brechas desaparecem. Disparam, entretanto os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo rebentam, quebram-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporas. Muitos barcos se partem e afundam no mar. Então, os inimigos, inflamados de furor começam a lutar empregando armas brancas, mãos, punhos, injúrias, blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.
Quando eis que o Papa cai gravemente ferido. Imediatamente aqueles que o acompanham vão ajudá-lo e o levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre suas embarcações reina um júbilo indescritível.
Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o seu lugar. Os pilotos reunidos o elegem imediatamente; de sorte que a notícia da morte do Papa chega quase com a da eleição de seu sucessor. Os inimigos começam a esmorecer.
O novo Pontífice, vencendo e superando todos os obstáculos, guia o navio para as duas colunas, e ao chegar ao espaço compreendido entre ambas, amarra-o com uma corrente que pende da proa a uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra corrente que pende da popa a sujeita pela parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de pedestal à Virgem Imaculada. Então há uma grande confusão.
Todas as embarcações que até então haviam lutado contra a nau capitaneada pelo Papa, fogem, se dispersam, chocam entre si e se destroem mutuamente. Umas ao afundarem procuram afundar as outras. Outros navios que lutaram valentemente às ordens do Papa são os primeiros a chegar às colunas onde estão amarradas.
Outras naves, que por medo do combate haviam se retirado e se encontram muito distantes, continuam a observar prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam aceleradamente para as duas colunas, onde, ao chegar, prendem-se aos ganchos pendentes das mesmas e ali permanecem tranquilas e seguras, em companhia da nau capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma grande calmaria».
Excelente relatório onírico do que acontece atualmente, no passado e se estenderá para o futuro. O fragor da batalha espiritual que se desenrola no mundo, capitaneado pelo Papa, aquele vigário que substituiu os tantos que morreram ao longo dos séculos. O Mestre Jesus é o comandante supremo nesta batalha, acolhendo com misericórdia aqueles arrependidos de suas iniquidades e deixando a cargo de São Miguel Arcanjo, o promotor da justiça, aqueles que estão cristalizados nos atos de iniquidade, hipnotizados pelas energias da ignorância que movimentam seus corpos com a energia dos instintos animais. É preciso que cheguemos perto do Mestre para auxiliar na construção da vitória que virá. Evitemos ser aqueles que ficam a observar à distância e só chegam perto quando a vitória é conquistada.
Indo em busca da citação do Monsenhor Viganò, sobre o Katejón, na Segunda Carta aos Tessalonicenses, capítulo 2, versículo 6, encontramos o seguinte, reproduzindo todo o capítulo para uma melhor compreensão.
2 – Vinda do Senhor Jesus
1-No que diz respeito a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com Ele, rogamos-vos irmãos, 2-não vos deixei facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por uma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor.
3-Ninguem de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, 4-o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no Templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus.
5-Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? 6-Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. 7-Porque o mistério da iniquidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém. 8-Então, o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor da sua vinda. 9-A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. 10-Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11-Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. 12-Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal.
Observei que não tem essa citação do Katejón no texto citado pelo Monsenhor Viganò. Fui atrás de outra fonte e encontrei na rede social um site com o título KATEJON, que fala o seguinte.
Curiosamente, a chave para entender o Katejón não está na análise deste termo, mas na parte final: para que ele se revele em seu tempo e mais em concreto nas últimas palavras. O Capítulo 2 é o centro e razão de ser da carta, e para poder entende-la cremos que a chave se encontra no versículo 6 que devemos citar o mais literal possível.
E agora o que detém (tó katéxov), sabeis, para que ele se revele em seu tempo. Como se vê, Katejón foi vertido por o que detém, segundo a tradução de Jünemann, sempre tão exata e literal.
Ainda não tinha a percepção da importância do Papa nessa batalha espiritual que se verifica através dos séculos. Mas tudo tem muita lógica. Jesus foi enviado pelo Pai para nos ensinar como vencer os demônios, principalmente os internos, se tornar cidadão do Reino de Deus a partir da limpeza dos nosso coração e juntarmos os cidadãos do Reino assim capacitados pelos ensinamentos do Mestre para trazer no meio social este Reino que construímos no coração, e que Jesus sinalizou que já se encontrava próximo. Este é o nosso trabalho enquanto cristão, construir este Reino dentro da sociedade, com as lições do Evangelho. Infelizmente, temos um grande obstáculo pela frente. Aquelas pessoas que não conseguiram limpar o coração do egoísmo animal, que pretendem usar todos os recursos para acumular poderes, mesmo agredindo a dignidade do próximo, se tornam organizados e tentam corromper a própria Santa Igreja.
Nesta procura por esses esclarecimentos, me deparei com um sonho dito por São Bosco aos jovens que esclarece essa questão com mais nitidez. Abordarei no texto seguinte.
Irei colocar aqui a íntegra do pronunciamento de Dom Viganò sobre a crise na Igreja, as heresias do Vaticano II e a “igreja paralela”. Esta arrasadora conferência dada por Dom Antônio Carlo Maria Viganò, Arcebispo e ex-Núncio Apostólico dos EUA (em 29 de outubro de 2020), na qual ele trata de modo dramático sobre a grande crise atual na Igreja e a terrível "máfia eclesiástica" que nos assola, denunciando a proliferação das heresias promovidas pelo Vaticano II, as profanações de toda sorte cometidas pelos próprios clérigos, os erros gritantes do Papa Francisco (que segundo ele teria sido eleito por influência da maçonaria) e a apostasia generalizada. Vejamos a íntegra desse pronunciamento e façamos nossas reflexões.
Olá queridos amigos. Antes de começar essa minha palestra, permitam-me estender os meus sinceros cumprimentos a todos vocês. Pela primeira vez há mais de dois anos eu estou falando direto e pessoalmente a todos vocês através desta mensagem de vídeo, que foi produzido alguns dias antes do Congresso de Identidade Católica de 2020. Como vocês podem ver muito bem, eu estou bem de saúde e ainda estou muito melhor espiritualmente. Eu agradeço por suas preces, o apoio e encorajamento que recebo de todos vocês. Muitos amigos, irmãos, todo mundo estamos unidos em oração nesta santa batalha na qual somos chamados a lutar, cada um na sua respectiva missão. Vamos todos cobertos pelo manto da Santíssima Virgem, Rainha das Vitórias, sob a proteção de São Miguel Arcanjo. Eu gostaria especialmente de agradecer a Michael Mann que amavelmente me convidou com a sua santa perseverança para falar para vocês hoje. Eu acredito que agora é um tempo oportuno para mim, para deixar os seguintes esclarecimentos. O tema dessa minha palestra é como a revolução do Vaticano II serve a Nova Ordem Mundial.
1. VIVEMOS EM TEMPOS EXTRAORDINÁRIOS
Cada um de nós, sem dúvida, já entendeu que nos encontramos em um momento histórico; eventos passados, que antes não pareciam estar relacionados entre si, agora mostram-se inequivocamente relacionados, tanto pelos princípios que os inspiram quanto pelos objetivos aos quais aspiram. Um olhar justo e objetivo sobre a situação atual não pode deixar de demonstrar a perfeita coerência que há entre a evolução da estrutura política global e a missão que a Igreja tem assumido na implementação da Nova Ordem Mundial.
Para ser mais preciso, seria necessário falar da missão que essa aparente maioria na Igreja desempenha, mas na verdade trata-se de um grupo numericamente pequeno, porém extremamente poderoso ao qual, por uma questão de brevidade, chamarei "deep church" ('igreja oculta' ou 'subterrânea', em tradução livre).
Claro que não existem realmente "duas igrejas", o que seria impossível, blasfemo e herético. E nem a única e verdadeira Igreja de Cristo falhou em sua missão, pervertendo-se ao extremo de se tornar uma seita. A Igreja de Cristo realmente nada tem a ver com aqueles que há sessenta anos realizam um plano para assumi-la. A sobreposição entre a hierarquia católica e os membros da "deep church" não é um fato teológico, mas uma realidade histórica que escapa a qualquer classificação e que, como tal, é necessário analisar.
Sabemos que o programa da Nova Ordem Mundial consiste em implantar uma tirania por meios maçônicos. Esse plano remonta à Revolução Francesa, à Idade do Iluminismo, ao fim das monarquias católicas e à declaração de guerra à Igreja. Podemos afirmar que a Nova Ordem Mundial é a antítese da sociedade cristã. Seria o estabelecimento da Civitas Diaboli – a cidade do Diabo – frente à Civitas Dei – a cidade de Deus – na luta eterna entre a Luz e as trevas, o Bem e o mal, Deus e Satanás.
Nesse confronto, a Providência colocou a Igreja de Cristo, e em particular o Sumo Pontífice, como Katejón, isto é, aquele que se opõe à manifestação do mistério da iniquidade (2Ts 2,6s). A Sagrada Escritura também nos adverte que, quando o Anticristo aparecer, esse obstáculo, o katejón, deixará de existir. Parece-me bastante evidente que o fim dos tempos está próximo, bem diante dos nossos olhos, e é óbvio, porque o mistério da iniquidade se espalhou pelo mundo com o desaparecimento da corajosa oposição do katejón.
Não cometamos o grave erro de considerar o que está acontecendo na atualidade como normal, julgando a tudo com os parâmetros sociológicos ou canônicos que uma situação normal poderia pressupor. Nestes tempos extraordinários em que vivemos – e a crise pela qual a Igreja está passando é certamente extraordinária – temos acontecimentos que vão muito além do normal que nossos pais conheceram. Em tempos extraordinários, podemos ouvir como um Pontífice engana os fiéis; ver príncipes da Igreja acusados de crimes os quais, em outros tempos, teriam causado horror e os levariam a sofrer severas punições; testemunhamos ritos litúrgicos realizados em nossos templos que parecem ter sido inventados pela mente perversa de um Thomas Cranmer [arcebispo inglês herege responsável por diversas deturpações litúrgicas no século XVI]; vemos como os prelados levam em procissão o imundo ídolo da Pachamama até a Basílica de San Pedro; e ouvimos o Vigário de Cristo pedir desculpas àqueles que adoravam tal ídolo, porque um católico ousou jogá-lo no rio Tibre.
Nestes tempos extraordinários, ouvimos um conspirador – Cardeal Godfried Danneels – a nos dizer que desde a morte de João Paulo II, a Máfia de St. Gallen conspirou para eleger um dos seus para a Cátedra de São Pedro, e isso se concretizou na pessoa de Jorge Mario Bergoglio. Diante de revelações tão desconcertantes, ficamos surpresos que nenhum cardeal ou bispo tenha expressado indignação ou pedido que a verdade seja trazida à luz.