Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
23/05/2022 01h39
SONHO – BEHEMOTH EVOLUI

            Após ter lido o texto do sonho do dia anterior, ontem, em voz alta, hoje mal eu deitei na cama tive uma espécie de cochilo e o sonho voltou. Desta vez Ela esta em casa e eu tive oportunidade de chegar perto dela, apesar de ter outras pessoas dentro da casa, mas como era uma espécie de festa, não estavam focados em nós.



            Nós conversávamos com mútuas atitudes de sedução. Chegou um momento que eu chegava perto dos seus lábios e tentava beija-los, mas ela recuava e meneava a cabeça, mas de forma divertida, como se tivesse instigando para a tentativa continuar. Eu evitava forçar alcançar o meu intento e entrava no jogo de sedução que Ela oferecia. Nós estávamos sempre preocupados com olhares curiosos sobre nosso comportamento, que era por demais comprometedor para quem estivesse avaliando. Nós tínhamos essa preocupação com as críticas que surgissem de como estávamos nos relacionando, mas não parávamos, e cada vez mais a ousadia aumentava.



            Houve um momento de dança e nossos corpos ficaram mais unidos, Eu e Ela sentíamos os nossos corpos na efervescência dos desejos. Após esse momento nos retiramos para um local mais reservado.



            Consegui alcançar o desejado beijo na boca e o abraço no seu corpo. Ela não oferecia resistência, pelo contrário, colabora de boa vontade em todas as tentativas. Cheguei ao ápice da ousadia em massagear suas partes íntimas com total colaboração de Ela. Sentia que se tivéssemos oportunidade iríamos ao desejado ato sexual.



            Chegou o momento de sair da casa, eu tinha que ir a outro compromisso. A despedida foi cheia de cumplicidade, Ela já estava plenamente sintonizada com os meus desejos e sentindo os mesmos prazeres que eu sentia.



            Este sonho, tão rápido em complemento ao sonho do dia anterior, é como se fosse uma resposta imediata do Behemoth dizendo quem era o dono desse corpo, e que se o corpo não realizasse o que ele desejava na realidade, ele produzia durante o sono, quando os controles morais viabilizados pelo córtex cerebral, principalmente pela área pré-central, estavam sem a energização da consciência.  



            Porém, mesmo que tenha havido toda essa evolução dentro dos interesses do Behemoth, o próprio ato sexual que ele deseja não foi realizado. Existia toda preocupação com as circunstâncias, com as pessoas que estavam próximas. Isso significa que o Behemoth mesmo tendo alcançado uma vitória, por ter experimentado o prazer sexual dentro do sexual, o que não aconteceu no sonho anterior.



            Outro fato interessante é que fiz a digitação deste sonho bem mais rápido que o sonho do dia anterior. Assim que acordei. A memória estava mais clara, mesmo assim Eu não tinha total domínio do acontecido, como acontece com os fatos da realidade vigil.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/05/2022 às 01h39
 
22/05/2022 09h05
SONHO – O CORPO BETUMADO

            Sonhei com Ela, por quem tenho um desejo sutil, platônico, o qual não atende aos requisitos do amor incondicional, está mais associado aos desejos do Behemoth, que procura atender sempre seus próprios desejos, sem se preocupar com os interesses, perspectivas e motivações do outro. Pois Eu, sendo espírito, uma alma encarnada neste corpo gerenciado automaticamente pelo Behemoth, mas dirigido nos relacionamentos externos por Eu, não deixarei que as forças íntimas do Behemoth instintivo, dirija os movimentos dos meus relacionamentos externos. Isso se reflete no sonho, pois ali o inconsciente reflete na consciência o que pode acontecer, de forma simbólica, na realidade.



            Ela esta no Hospital João Machado, hospital de psiquiatria onde trabalhei diversos anos como médico psiquiatra, plantonista e perito. Ela parece que fazia um estágio por lá. Não sei como, ela foi coberta por uma massa cinzenta como se alguém quisesse lhe punir. Não sei se foi Eu quem dei um camisão para ela proteger o corpo betumado.



            Em outro momento, no mesmo hospital, Ela estava atuando como estagiária e Eu precisava de fazer uma xerox. Ela ia me ajudar e eu tinha oportunidade de tocar na sua mão, sentir os seus dedos, sem nenhuma indicação de assédio, somente a necessidade do trabalho. Depois do trabalho me oferecia para leva-la em casa, pois morávamos próximos, Eu sabia que Ela era casada e que tivera um passado tumultuado por uma paixão inconveniente na adolescência que a jogou contra a família.



            Nós saímos do trabalho e fui deixa-la em casa caminhando... não lembro de ter colocado a mão sobre seus ombros, como uma forma de proteção, lembrando ainda o episódio do corpo betumado.



            A partir daqui o sonho fica difuso, não consigo mais alcançar o que acontecia com clareza. Preciso registrar essas memórias oníricas o mais rápido possível, logo ao acordar, pois estou digitando agora com cerca de 3 horas depois que acordei.  



            Eu fico satisfeito, apesar de lá por dentro dos níveis mais inconscientes, vir uma espécie de censura por Eu não ter tido a oportunidade de fazer o sexo que o corpo deseja. Aquele era um espaço somente meu, não implicava em relacionamentos externos, com outras pessoas. Era somente a minha imaginação funcionando. Entendo que essa censura parte das energias do Behemoth que se sente frustrado até mesmo dentro dos sonhos. Isso dá à minha consciência a certeza de que Eu estou no controle firme dessas energias do Behemoth. Deus o criou dentro do meu corpo para proteger o meu corpo, mas também me criou, Eu, para controlar esse monstro energético dentro do meu corpo e não deixa-lo extrapolar de suas obrigações materiais para comigo para prejudicar terceiros.



            Claro, ele poderia ter influenciado para que o comportamento de Ela fosse sintonizado com o meu desejo e que as circunstâncias fossem favoráveis, sem sair dos limites do amor incondicional. Sim, isso podia acontecer, mesmo assim Eu estaria supervisionando todas essas imaginações. Poderia considerar tudo isso favorável como uma obra de ficção que poderia acontecer, e assim o sonho acontecer gerando o prazer, mas sem trazer prejuízos nos meus relacionamentos externos dentro da realidade material em que me encontro. Mas desta vez, o sonho não teve as pinturas que o Behemoth queria, e sim de Eu, que permiti no máximo ver aquele corpo desnudo mas betumado, onde suas formas estavam cobertas e distorcidas e que eu me preocupava mais com o bem estar de Ela do que com meus próprios desejos. O máximo que o Behemoth alcançava de prazer era ver essas curvas betumadas e os toques ocasionais de proteção ou de circunstâncias laborativas.  



            Outro dado da realidade que é importante colocar aqui é que ontem à noite dei uma aula sobre a segunda maior lei que Jesus ensinou que devíamos cumprir, “amar ao próximo como a ti mesmo”, e eu falei justamente do Behemoth com suas sete cabeças correspondendo aos 7 pecados capitais, entre eles a luxúria. Falei da força do Behemoth dentro de nós que dirige a sua sede de prazer até mesmo com o corpo dos filhos e que o Espírito deve saber domesticar toda essa energia para não prejudicar ao próximo que está dentro dos nossos relacionamentos. Foi isso que Eu quis mostrar no sonho, que não estava sendo hipócrita quando falei na aula que todos possuímos essas energias egoístas que se expressam nos relacionamentos como atitudes de um monstro, mas que nossa tarefa enquanto Espírito, criado diretamente por Deus, é ter força, coragem e sabedoria para domesticar um monstro energético tão forte dentro de nós.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/05/2022 às 09h05
 
21/05/2022 00h01
IMBECIL DA INTERNET

            Este texto que circula na internet mostra o quanto se tornou desqualificado o Supremo Tribunal Federal, pelos seus membros indicados por políticos que imaginam prestar serviços a seus padrinhos como recompensa do cargo ao qual foi colocado. Que sirva para nossas reflexões...



A resposta de um "imbecil da internet" para o nobre Ministro



Antes do que vou escrever e quem sabe, por remota hipótese, chegar ao seu conhecimento, vou me apresentar.



Não me considero nenhum "imbecil", embora eu seja pela sua régua.



Sou Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP, com graduação em Direito e Administração.



Tenho 8 livros publicados e inúmeros artigos e capítulos em livros de autoria coletiva, incluindo comentários à Constituição Federal.



Sou também professor titular em curso de mestrado e professor de Direito há 25 anos.



Leciono no curso de graduação em Direito na mesma Universidade que o senhor lecionava até ser nomeado para o nobre cargo de Ministro do STF.



Já sentamos lado a lado na sala dos professores inúmeras vezes.



E, nessa condição - talvez de "imbecil" para o senhor - tenho feito, sim, críticas jurídicas severas à sua atuação como ministro e à própria atuação do Tribunal que o sr. compõe.



Aliás, suas últimas decisões tem sido um rico material de debate nas minhas aulas, na Universidade, sobre como o ativismo e a interpretação criativa podem ser desastrosos para o objetivo do Direito que é a "paz social".



A insegurança jurídica que o tribunal que o sr. compõe e que suas decisões indicam, na minha opinião, contrariam, à toda evidência, o Estado Democrático de Direito.



As liberdades individuais estão sendo aniquiladas sem que haja a quem recorrer.



Evidentemente não são carta branca para injúria, difamação ou calúnia.



Mesmo assim, limites que são ultrapassados não permitem, de forma alguma, sob qualquer pretexto, inclusive de acordo com as suas obras de Direito Constitucional que são muito boas e o sr. mesmo deveria seguir - e não está, na minha opinião, seguindo - a perseguição implacável a um espectro ideológico que tem sim o direito constitucional de manifestar a sua opinião e o seu descontentamento com a falta de transparência do processo eleitoral, mesmo com opiniões e descontentamentos "infundados".



E o caso do Deputado? Não é novidade que o Parlamentar que o seu voto condenou - e o Presidente deu a graça - extrapolou.



Mas vamos à sua obra "Direito Constitucional", 23a ed., p. 437:



"A Constituição Federal prevê serem os deputados e senadores invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput), no que a doutrina denomina imunidade material ou inviolabilidade parlamentar. A imunidade material implica subtração da responsabilidade penal, civil, disciplinar ou política do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos. Explica Nélson Hungria que, nas suas opiniões, palavras ou votos, jamais se poderá identificar, por parte do parlamentar, qualquer dos chamados crimes de opinião ou crimes da palavra, como os crimes contra a honra, incitamento a crime, apologia de criminoso, vilipêndio oral a culto religioso etc., pois a imunidade material exclui o crime nos casos admitidos; o fato típico deixa de constituir crime, porque a norma constitucional afasta, para a hipótese, a incidência da norma penal."



O que houve, Ministro, para o sr. ignorar completamente o que o sr. mesmo escreveu?



Um colega seu, na Universidade, bem diagnosticou o que está havendo: disse ele, como experiente Desembargador que é, que o sr. está julgando com o fígado e não com o cérebro e isso não pode mesmo dar certo.



Muito preocupante, por fim, o vilipêndio que o seu tribunal vem, diuturnamente, praticando, na minha opinião, contra as liberdades individuais, contra o Estado Democrático de Direito, contra a própria Constituição que deveria zelar e contra o Brasil.



Essas são as palavras e a opinião de um "imbecil" da internet que, deixo bem claro, sou eu segundo a sua definição.



Luis Antonio Scavone Junior



Publicado originalmente no perfil do autor no Facebook.



            O que espanta é que os demais membros não tomam uma posição para corrigir tais desmandos de um membro que nodoa uma instituição que deveria ser das mais respeitadas do país. Mas, infelizmente, sua origem é enviesada pela indicação política. Devíamos ser construída a partir de concurso público onde participassem pessoas de notórios saber jurídico e não pessoas despreparadas academicamente e fissuradas eticamente.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/05/2022 às 00h01
 
20/05/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (26) – SESSÃO DE MEDIUNIDADE

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



ZENDEREN, HOLANDA



RETIRO DE FORMAÇÃO DE MÉDIUNS



            - Assim? Está apertado? (Auxiliar prendendo a médium na cadeira)



            - Está bom. (Nicole de Haas, Médium física)



            - Certo. Os botões do colete. Estão abotoados. Como você está?



            - Tudo bem.



            Quando as cortinas fecham eles colocam música para aumentar a vibração na sala. E todos cantam para se conectar com o mundo espiritual. Depois, os comunicadores do outro mundo da Nicole de Haas começam a falar através dela. Frequentemente, eles trazem entes queridos conectados a alguém do grupo. (Leslie Kean, Jornalista e autora, “Sobrevivendo à Morte”)



SESSÕES DE MEDIUNIDADE FÍSICA SÃO CONDUZIDAS EM TOTAL ESCURIDÃO.



CÂMARAS SÃO PROIBIDAS



MAS AS SESSÕES SÃO REGISTRADAS COM UM GRAVADOR DE ÁUDIO



MEMBRO DO CÍRCULO (Marjon)



            - Do Círculo da Vida, queremos nos conectar, com nossos corações e almas, ao grande espírito do mundo espiritual.



            - Amém (Grupo)



            - É importante manter a vibração alta. É bom para a energia. (Carin, líder do Círculo)



            - Bem-vindos, amigos, boa noite. (Silver Cloud, guia espiritual)



            - Boa noite (Grupo)



            - Eu me chamo Silver Cloud. E sou eu que vou conduzir todo o procedimento esta noite. Então, amigos, estão ansiosos?



            - Sim (Grupo)



            - Temos muito trabalho a fazer esta noite. Preciso que coloquem música e cantem o mais alto que puderem, amigos, para aumentar a vibração. E, em algum momento, tenho certeza de que Tommy assumirá o controle. Marjon, pode ligar a música de novo até Tommy aparecer.



            - Obrigada, Silver Cloud



            - Sim querida.



            - Está ficando frio aqui (Carin, líder do Círculo)



            - Sinto a energia na parte inferior das pernas (Marjon, membro do Círculo)



            - Oi, pessoal (Tommy, espírito comunicador)



            - Oi, Tommy (Grupo)



            - Vou explicar o que eu faço para quem não sabe. Eu sou responsável pelo ectoplasma. Faço o trabalho sujo.



            - (risos)



            - Freda quer falar. Ela precisa fazer uma coisa.



            - Estou aqui. O rapaz à minha direita, pode me dizer o seu nome? (Freda, espírito comunicador)



            - Aman



            - Tem um senhor para você aqui. Estou tentando entender, porque ele fala outro idioma. Sabe o que significa “beta”?



            - Sei (Aman)



            - O que significa?



            - Significa “filho”



            - Seu pai está repetindo a palavra “beta”. Ele está dizendo que você ainda carrega um fardo. Aman, precisa falar com ele. Traga-o para peto. Chame-o. Fale no seu idioma, por favor.



            - Certo.



            - Ele está pronto.



            - Pai, está aí? Pai, o que houve aquele dia? Eu não sei o que houve. Não sei nada do que aconteceu naquele dia. Sinto algo no meu peito. É como... sinto que tem alguém aqui. É como... É, eu consigo. Sinto que tem algo na minha frente. Sim. Sinto que tem uma pessoa na minha frente. (Aman)



            - É hora de leva-lo de volta, querido. Mas quero que saiba que ele te ama muito. E ele precisa muito dizer: “Se livre desse fardo, querido.” Porque isso ainda afeta várias áreas da sua vida. E não tem nada... É isso que ele quer dizer. Não tem nada que você podia ter feito, querido. Você fez tudo pela sua mãe. Pela sua família. E ele sabe da responsabilidade que recaiu sobre suas costas. (Freda, espírito comunicador)



            Uma forma de comunicação com o mundo espiritual através de um médium que mostra a colaboração de outro espírito o outro lado sendo um facilitador. É um mecanismo que não é único, tendo em vista que no Brasil existem diversas formas de comunicação, sendo eu, testemunha de algumas delas. Lembro que em uma das quais participei, o médium é colocado ao lado do paciente e o espírito conversa com o doutrinador sobre as consequências do que ele está fazendo ao lado do paciente. O ponto em comum é a oportunidade de contato de seres que vivem no mundo espiritual, que já existiram no mundo material e deixaram afetos quando partiram, e que agora mostram que todo o sentimento gerado continua a existir, que a vivência material foi simplesmente um oportunidade a mais na longa trajetória da vida, e que todos que se relacionam nunca se perdem por esses caminhos, e que o amor é a melhor forma de manter a integridade dos relacionamentos.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/05/2022 às 00h01
 
19/05/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (13) – TERRA PROMETIDA

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Uma segunda grande armada foi enviada à Índia, dessa vez com 13 navios e 1500 homens liderado por Pedro Álvares Cabral. Ele era grão-mestre da Ordem de Cristo, e um nobre de relacionamento fiel à coroa. Era descrito como de boa cultura, prudente e tolerante com os inimigos. No dia anterior à partida, a tripulação recebeu uma despedida pública que incluía uma missa e comemorações com a presença do rei, a corte e uma enorme multidão.



            Sua frota afastou-se da costa africana até desembarcar no que chamara “Porto Seguro”. Pensavam que era uma ilha e deu-lhe o nome de Vera Cruz.



            Cabral tendo percebido que a nova terra estava a leste da linha de Tordesilhas, logo enviou um emissário à Portugal com a importante notícia.



            Alguns historiadores defendem que os portugueses já sabiam da existência da América do Sul. Por isso o desvio da rota feito por Cabral e a insistência do rei Dom João II para mover para oeste a linha de Tordesilhas.



            Outros defendem que o objetivo desta aventura era estabelecer relações comerciais com a Índia, e que o desvio se dava devido as necessidades de navegação, fazendo da descoberta algo acidental.



            Mas na lógica portuguesa, e isto nós vemos na carta de Pero Vaz de Caminha, não existe nenhuma casualidade quando você acredita na providência. Então isto é um debate menor, no sentido português daquela época. Porque a fé portuguesa, para um católico tradicional, ele não está se preocupando se chegou sem querer ou por querer. Ele acredita que há uma razão, e aquela razão era missionária. Estes elementos já encontramos na primeira carta, a certidão de batismo, como podemos colocar, que foi a carta de Pero Vaz de Caminha.



            Como é que um povo que na Idade Média, lutou durante oito séculos com o inimigo islâmico, agora se tornaram mercadores?  Só querer realizar comércio? Isso não faz sentido.



            Essa história mal contada de que os portugueses saem só para encontrar especiarias e para ter um melhor acesso às rotas comerciais, não tem justificativa de modo algum. É uma completa ignorância do que era Portugal. O que era o mundo medieval. O mundo medieval é um mundo de grandes guerreiros. Você não se lança num pequeno barco através do oceano desconhecido para encontrar um pau-brasa vermelhinho. Não é isso! Eles foram atrás da Terra Prometida, a Terra Abençoada.



            Essas informações batem com as informações vindas do mundo espiritual de que o Brasil foi escolhido pelo Cristo para ser transplantada a árvore do Evangelho. Aquelas caravelas, todas com a cruz em suas velas, símbolo do Cristianismo, e como ato oficial naquela terra recém-descoberta, uma primeira missa, mostram um simbolismo que sintoniza mais o mundo espiritual sob o comando do Cristo, do que o mundano sob o domínio do Behemoth.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/05/2022 às 00h01
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