Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/05/2015 00h01
OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

            No segundo capítulo do livro “Retratos de Nazaré” ditado pelo espírito Léon Tolstoi, ele abre com um trecho do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo IX, organizado por Allan Kardec: “A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem que os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão, a resignação é o consentimento do coração, forças ativas, ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, da mesma forma que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obediente.”

            Essa abertura serviu para Tolstoi contar a história de duas pessoas que se conheceram durante uma palestra que Jesus fazia na comunidade, e logo o amor despertou entre os dois com toda a intensidade. Mas como ele era um judeu pobre e ela uma jovem de poderosa família romana, logo perceberam que se continuassem com o seu idílio iriam afrontar suas famílias e muito sofrimento iriam gerar devido aos preconceitos e intolerâncias da época. Por esse motivo eles decidiram não mais se encontrar, e a moça aceitou se casar com a pessoa também poderosa que o seu pai indicou. O rapaz nunca casou, ficou ajudando o pai até a morte dele. Pegou sua parte da herança e foi em busca dos discípulos do Mestre, já que este já não estava entre os encarnados, pois fora crucificado. Construiu uma espécie de abrigo à beira da estrada onde todos os desamparados da sorte podiam ser acolhidos.

            Este foi o exemplo de obediência que cada um acatou ouvindo as razões do coração e continuando as suas vidas sem mágoas, por sentirem que fizeram a coisa certa. Também é um exemplo de resignação, pelo coração ter consentido a viver longe da sua amada sem com isso levar a pessoa à depressão ou outras formas de autodestruição.

            Agora eu passo a refletir nas decisões que tomei na vida e que parece que vai na contra mão dessas lições oferecidas pela espiritualidade maior. Será que eu, ao ceder aos desejos de me relacionar intimamente com outra pessoa fora do casamento, causando com isso o rompimento da família nuclear que eu havia construído, não levou a sofrimentos em pessoas que viviam sob minha influência direta? Não poderia ter convencido o meu coração a ser resignado e não procurar nutrir aquele desejo que surgia agora na minha frente, como aconteceu na história? Se eu faço essa comparação direta, é claro que vou me considerar culpado, que falhei na obediência aos votos que fiz no altar e não tive a resignação necessária para abrandar os desejos do coração. Se eu fosse aplicar o meu juízo atual com aquela situação do passado, sem nenhuma outra consideração, eu iria me declarar culpado. Acontece que eu tenho uma consideração fortíssima que justifica minhas ações naquele momento distante no tempo e que se consolida no momento atual.

            No momento atual eu tenho a firme convicção que estou seguindo a vontade de Deus, cumprindo o programa do Amor Incondicional em todos os ângulos que eu seja avaliado. E isso só se tornou possível porque eu tomei aquela decisão no passado, deixando fluir o amor por onde ele queria se manifestar e ao mesmo tampo agindo com justiça, permitindo que o mesmo fluxo de amor que perpassa por mim e minhas companheiras de momento, também pudessem passar por minha esposa e seus prováveis companheiros de momento.

            Então, a obediência e resignação que eu não tive no passado, deixaram livre a manifestação de uma força maior, a força do Amor Incondicional associado a um firme padrão de justiça e solidariedade. Considero que esta força maior deveria ser expressa em algum momento acima dos seus derivados como obediência e resignação. Agora o Amor pode se expressar acima e apesar da obediência a regras de natureza egoísta, e da resignação que deixa a situação permanecer como sempre foi, no intuito de não trazer sofrimento. Talvez seja nesse ponto que o Cristo orientou que não viera para trazer a paz das conveniências, dos preconceitos, das intolerâncias; ele viera para trazer a espada que iria ser bramida dentro da própria casa com os próprios parentes.

            Tudo isso sinaliza que eu fui além dessas lições comportadas da obediência e da resignação, mas acontece que terminei servindo de instrumento de Deus para atingir o nível em que me encontro e ser modelo para o mundo que eu quero construir, no dizer de Mahatma Gandhi.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/05/2015 às 00h01
 
12/05/2015 18h03
RODA DE CONVERSA

            Fiz no domingo, na casa de meu irmão, uma roda de conversa com os familiares, inspirado numa atividade da Faculdade da minha filha que faz o curso de psicologia. Foi uma atividade preparatória para a “Tenda do Conto” que é a atividade que ela participou na UnP e que combinamos fazermos no próximo domingo, sob a orientação dela.

            Eram nove pessoas ao todo e tiramos a ordem de quem falaria através das cartas de baralho. Foi orientado que todos teriam no mínimo 3 minutos para falar, se não quisesse falar todos ficariam ouvindo o silêncio daquela pessoa até completar o tempo.

            A primeira a ser sorteada pela ordem era quem mais gostava de falar, mas quando se sente exposta como o centro das atenções, fica inibida e não consegue dizer o que desejaria. É interessante esse processo cognitivo, pois com esse mesmo número de pessoas, todos familiares, ela é quem mais fala e entra em todos os assuntos, mas agora com o tempo determinado exclusivo para ela, fica paralisada na mente. Terminou o seu tempo falando de amenidades, palavras clichês, sem conteúdo cognitivo ou emocional.

            A segunda a falar é quem atravessa sérias dificuldades de relacionamento com todos os parentes, que fica sempre trancada em seu quarto e não tem diálogo consistente com qualquer pessoa do seu convívio. Com algumas pessoas consegue falar algo e isso indica a necessidade de fazer a psicoterapia de forma regular. Nesta atividade ela se trancou em sua masmorra psicológica e não disse nada, apenas que não queria falar. Todos ficaram em silencio “ouvindo” o seu silêncio.

            A terceira pessoa, falou do seu atual momento em que está na perspectiva de ser pai, de como será a filha que está no sexto mês de gestação, do seu trabalho que confirmou gostar muito e que precisa conseguir mais um trabalho. Não chegou a concluir o seu tempo com o relato sério, entrando nos 30 segundos finais em tons de brincadeira.

            A quarta pessoa apesar de ser a de menor idade, procurou desenvolver um tímido raciocínio falando de algo que considerava importante. Mas como era de se esperar não chegou nem a metade do seu tempo. Faltou assunto para discorrer, mas se mostrava receptiva e isso motivou algumas pessoas fazerem perguntas para estimular o seu raciocínio. Conseguiu dessa forma falar até o término do seu tempo.

            A quinta pessoa falou com mais desenvoltura e destacou a prioridade que ela estava dando nessa atual fase de sua vida à criação das duas filhas que convivem consigo sem a participação de uma mãe. Mostra as dificuldades que tem com esse propósito, de se sentir muitas vezes cansado e desestimulado pela qualidade de relacionamentos que consegue perceber para si vindo da parte delas.

            A sexta pessoa a falar fui eu, falei da motivação espiritual que tomou conta da minha vida, de desenvolver aquilo que considero como a vontade de Deus, de agir sempre com a tônica do Amor Incondicional, amando com inclusividade, sem ter uma família nuclear como todos aparentemente possuem. Eu convivo com três companheiras e com diversas pessoas, inclusive da comunidade, que considero como irmãos e que a qualquer momento que seja necessário eu possa agir como um membro da família biológica. Esse tipo de comportamento obriga a eu morar sozinho, pois cada tentativa de alguém morar junto comigo termina por se confrontar com essa minha ação de incluir outras pessoas no meu relacionamento, inclusive com permissão de entrar na minha intimidade sem qualquer limites ou preconceitos, a não ser aqueles determinados pelo Amor Incondicional.

            A sétima pessoa falou das dificuldades que sente nos dias como o de hoje nos quais é comemorado o dia das mães. Sempre, diz ela, se sente triste e melancólica sem saber qual é o motivo real, mas sente que seja das lembranças do passado, do sofrimento, da ausência de afeto por essas pessoas significativas.

            A oitava pessoa falou com mais propriedade técnica e sentimentos emocionais. Foi uma fala bem articulada do que sentia no seu processo de vida, da gratidão que sentia por se achar bem sintonizada com o curso que está fazendo. Gastou muito bem o seu tempo e falaria ainda mais com toda a naturalidade e profundidade, se o tempo tivesse sido colocado para todos de forma flexível.

            A nona e última pessoa também se mostrou muito inibido ao falar e foi necessário que fossem feitas muitas perguntas para ele completar o tempo, conforme ele permitia.

            Terminamos a atividade e combinamos para todos trazer no próximo domingo um objetivo significativo do ponto de vista sentimental para ser construída a “Tenda do Conto” sob uma orientação mais técnica.

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em 12/05/2015 às 18h03
 
11/05/2015 00h13
FRACOS, ESCRAVIZADOS E VICIADOS

            No livro “Retratos de Nazaré” ditado por Leon Tolstoi à médium e psicóloga Cirinéia Iolanda, ele cita um trecho do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” de Allan Kardec:

            Disse o Cristo: deixai que venham a mim as criancinhas. Profundas em sua simplicidade, essas palavras não continham um simples chamamento dirigido às crianças, mas, também, às almas que gravitam nas regiões inferiores, onde o infortúnio desconhece a esperança. Jesus chamava à si a infância intelectual da criatura formada: “Os fracos, os escravizados e os viciosos”. Queria que os homens a Ele fossem com a confiança daqueles entezinhos de passos vacilantes, cujo chamamento conquistava para o Seu, o coração das mulheres, que são todas mães.”

            Chamou-me a atenção essa comparação que Ele fez dos fracos, dos escravizados e dos viciados com as criancinhas. Eram essas pessoas que já adultas, que viviam uma infância intelectual, e fiquei a refletir, que apesar de todo o meu conhecimento, acadêmico e espiritual, e disposto a ser instrumento de Deus, ainda vivo uma infância intelectual. Mesmo que não seja tão intenso, ainda identifico em mim essas características de fraqueza, escravidão (nem tanto) e vício e defeito (com relação à gula e preguiça). Ainda não tenho percepção, vejo agora, de ser uma pessoa madura, cumprindo com determinação e sabedoria uma missão dada pelo Pai.

            Dessa forma eu compreendo que devo me aproximar de Jesus não como de forma equivalente ao estágio espiritual que Ele alcançou, da missão difícil que Ele cumpriu com determinação e coragem. Não, eu devo me aproximar como uma daquelas criancinhas que Ele abrigou frente a todos, com a sua inocência, de ainda não terem sido contaminadas pelas armadilhas egoístas do mundo material.

            Sei que perdi a minha inocência ao lidar com esse mundo material, que deixei de cumprir a vontade do Pai muitas vezes, mas acredito que sempre aconteceu por ignorância, até ter atingido a idade adulta onde me vejo prejudicado com os vícios e defeitos da alma que adquiri no meu percurso de vida.

            Espero que essa consciência que a cada dia eu liberto de parte da ignorância que ela ainda mantém, que me seja útil para me elevar dessa condição de criança intelectual que ainda tenho comigo.

            Peço antecipadamente ou posteriormente o perdão daquelas pessoas que irei magoar ou que já magoei devido essa ignorância e fraqueza que deixam muitas vezes eu dirigir as minhas ações ao senhor equivocado, ao senhor errado: o mundo material com todos os seus atrativos e desejos de prazer e poder, quando eu já decidi com toda a força das minhas intenções, em fazer a vontade do Pai, a vontade do Senhor divino, o Senhor espiritual, o Senhor da Vida.

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em 11/05/2015 às 00h13
 
10/05/2015 00h01
NOS BASTIDORES DA POLÍTICA

            Dia 08-05-15, sexta-feira, participei da inauguração do Blog “Nos Bastidores da Política”, em Ponta Negra. Este Blog surgiu dentro dos 100 componentes do grupo multipartidário do whatsapp, “Política no RN” composto por pessoas com interesse político, com ou sem mandatos ou filiações. Este encontro serviu para muitos componentes se conhecerem, pois os poucos que se comunicam com frequência dentro do grupo, as vezes com conflitos que se aproximavam da agressão moral, não se conheciam dentro da realidade.   

            Foi improvisado um cerimonial e convidado algumas pessoas para comporem uma espécie de mesa, todos em pé diante de um microfone, e fui um dos convidados. Minhas duas companheiras que vieram comigo da atividade anterior, com o acerto na paróquia com o padre responsável pela igreja da Rua do Motor com relação a caminhada em favor da Paz que queremos realizar no domingo, dia 17-05-15, e do Centro Cruzada dos Militares Espíritas onde desenvolvemos um trabalho mensal junto com os dependentes químicos e seus familiares, registravam o momento a suas maneiras.

            Foi dado a oportunidade de eu usar o microfone e depois de me identificar falei do tripé que motivava minha atuação junto ao grupo: político, comunitário e espiritual. Falei que iria usar o blog que acabava de ser inaugurado com um artigo que havia feito sobre a opinião do Ministro da Defesa quanto o pedido de impeachment da presidente feito pelos movimentos de rua dos quais eu participei e que publiquei no diário de ontem.

            Falaram também os idealizadores do Blog, o Deputado Federal Felipe Maia e mais alguns convidados. Voltamos para a mesa, mas resolvi sair logo devido a viagem que logo terei que fazer para o trabalho em Caicó. Deixei minhas companheiras e fui para o apartamento onde refleti sobre este dia.

            Parece que eu percebo uma trilha que Deus está abrindo com a permissão de fazermos contato com diversas pessoas, com interesses os mais variados, mas que podem ser direcionados para a formação desse Reino de Deus que Ele colocou na minha consciência. Talvez de todos os contatos que estamos fazendo em torno do trabalho comunitário na Praia do Meio, onde considero como a Seara que Deus está nos convocando para fazer esse trabalho, entre todas as consciências é a minha que está mais comprometida com esse projeto. Até mesmo o padre com o qual falei nesse dia e que falei no Reino de Deus que pretendíamos construir com o nosso trabalho humilde e disciplinado, não provocou nesse homem de Deus nenhuma reação especial frente a uma revelação tão inusitada.

            Percebo que a comunidade da Praia do Meio evoca muito bem o primeiro ambiente de pescadores onde o Cristo iniciou sua missão, inclusive o próprio mapa do bairro tem a forma aproximada de um peixe, o símbolo primitivo cristão. Um dos maiores recursos financeiros que possuímos é o potencial turístico das belas e acolhedoras praias, com pousadas e hotéis, artesanatos, restaurantes, ambulantes com todo tipo de mercadorias, principalmente petiscos gastronômicos.

            Procuramos sempre ressaltar a natureza cristã do nosso comunitarismo, sem atrelamentos à igrejas ou partidos políticos, mas com eles sendo parceiros em todas as ocasiões que promovam benefícios à comunidade. Essa postura de ter todos os associados com a motivação de terem sido convocados por Deus, traz uma simpatia imediata a qualquer interlocutor  cristão e favorece a disposição dos gestores em viabilizar os recursos a atitudes que necessitamos.

            Antevejo também como uma ação de Deus a colocação de um político nosso, ligado à Natal e ao Rio Grande do Norte, como Ministro do Turismo. Este é um trunfo da maior importância, que agora, logo que tenhamos devidamente oficializado a Associação como um ente jurídico, podemos construir projetos da mais alta envergadura.

 

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em 10/05/2015 às 00h01
 
09/05/2015 00h01
IMPEACHMENT, SIM OU NÃO?

            Fiquei envolvido em diversos grupos e atividades que terminaram por defender o impeachment da presidente da República. Cheguei a ir às ruas em duas ocasiões em caminhadas com milhares de pessoas pedindo que fosse efetivado esse dispositivo da Constituição Brasileira. Por outro lado existem opiniões contrárias que dizem ser equivocado esse pedido. Uma dessas pessoas é um integrante do governo, o ministro da Defesa, que deu entrevista à revista Época sobre o assunto. Irei colocar os argumentos que ele usa ao ser indagado sobre o que achava dos movimentos de rua que pedem o impeachment e contrapor aos que eu tenho, para talvez, em reflexão mais neutra das emoções dos movimentos eu consiga perceber onde estou equivocado.

            Época: O que o senhor acha dos movimentos de rua pedirem o impeachment?

            Essa é a minha tristeza. Porque eu acho que, quando a sociedade vai para a rua, isso é uma energia democrática intensa. Minha tristeza é porque a única bandeira que até agora saiu é o impeachment – que não é uma bandeira propositiva, e sim uma bandeira negativa. Tirar para botar o quê? Para mim, essa energia toda, que emociona alguns, comove e assusta outros, deveria vir com uma bandeira diferente. Eu ia para as ruas por salário mínimo, férias de não sei quantos dias. Agora saem à rua para pedir impeachment. O impeachment está na regra do jogo. Mas não é a rua que faz impeachment. Quem faz impeachment é o Parlamento. Então eu acho que a energia não tem destinação. Vou chutar uma coisa que eu sou contra: eu sou presidencialista. Mas se a rua saísse com uma lógica “quero um novo referendo ou plebiscito para parlamentarismo”, era uma bandeira.

            Não senti equívoco nenhum em minha forma de pensar com os argumentos do Ministro. Pelo contrário, fiquei até revoltado por ele com a sua inteligência e capacitação política, não perceber o objetivo e razões do movimento das ruas que na minha consciência está tão clara.

            Ele critica que nossa única bandeira é o impeachment, e não pode ser diferente. A presidente que está no poder que agride desde a gramática (exige ser chamada de “presidenta”) até as diretrizes éticas das instituições republicanas democráticas, que se elegeu baseando seu discurso em mentiras e mantendo um sistema de urnas eletrônicas que não podem ser auditadas, que faz no poder aquilo que acusava seu adversário de fazer, não oferece alternativa para as ruas levantarem outra bandeira a não ser o impeachment. Como às ruas podem pedir salário mínimo, férias, ou parlamentarismo, se às ruas veem a corrupção orquestrada pelo partido que ela representa, saquearem a nação e jogarem o saldo nas campanhas políticas em todos os níveis? Se as ruas veem os nossos recursos serem sangrados sem transparência e sem controle em regimes totalitários que ameaçam a liberdade individual e a livre iniciativa do capital?

            Sabemos que as ruas não fazem o impeachment, e sim o parlamento, mas sabemos que o parlamento é sensível à voz das ruas, e esse é o nosso objetivo. Mostrar que estamos consciente do grau de degradação ética que se instalou no poder, que tenta corromper o próprio parlamento (mensalão), sindicatos, igrejas e magistraturas, com o poder das propinas e tráfego de influências.   

            Por isso, Sr. Ministro, não sinto nenhum equívoco em ir às ruas pedir pelo impeachment, pois sinto que nas ruas está a coerência e a procura pela retificação da ética. Mas como o livre pensar sempre tem outras alternativas a ser analisadas, eu poderia imaginar que o equívoco estaria com vossa senhoria, pois numa postura de honestidade defende fatos comprovadamente desonestos que são praticados no seu governo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/05/2015 às 00h01
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