O jogo de futebol é uma forma atual de descarrego da agressividade, semelhante a luta patrocinada pelos imperadores romanos nas arenas. O povo se mostrava muito interessado nesse tipo de divertimento onde o ser humano não tinha nenhum valor, e a massa sabia que podia influenciar na vida daqueles que se digladiavam, uma espécie de voto para decidir sobre a vida ou a morte, da ordem que partiria do imperador.
Esse divertimento, esporte, era muito valorizado pelos imperadores romanos, pois servia para eles participarem ativamente desse jogo, colocando técnicos que selecionavam e instruíam quem iria participar ativamente desse embate mortal, enquanto anestesiava a consciência dos cidadãos para não despertarem para tudo que acontecia de errado, de podre, na sociedade.
Foi somente com a vinda de Jesus, o Mestre do Amor, que esse tipo de divertimento foi desmascarado. Foi ensinada a verdade sobre a condição humana, da existência do mundo espiritual e de um Pai comum a todos e que nos transformava em irmãos. Foi mostrado que o verdadeiro inimigo, aquele mais poderoso, não é o externo que podemos destruir com nossas habilidades marciais, e sim os internos, nossos vícios e defeitos; que a pessoa mais valente e corajosa não é aquela que humilha e mata o adversário, e sim aquela que tolera e chega a mostrar a outra face quando agredida.
A inteligência humana associada à semente de Amor inerente a cada pessoa reconheceu a verdade que o Cristo ensinava e alguns se tornaram apóstolos e outros aceitaram mudar as suas vidas, fazerem a reforma íntima, para se tornarem cidadãos do Reino de Deus, como era previsto acontecer.
Após muitos sacrifícios de almas corajosas nas mesmas arenas romanas, sobre o crepitar das fogueiras ou entre os dentes dos leões, o pensamento cristão se tornou majoritário, se tornou a religião oficial do Império Romano. As arenas deixaram de oferecer o espetáculo sangrento dos gladiadores e chegamos ao século XXI depois do nascimento do Cristo, com o pensamento fortalecido nas suas lições e com as arenas transformadas agora em campos de futebol. O pensamento cristão se espalhou pelo mundo, e apesar de distorcido na maioria das pessoas tem influenciado para nos retirar da condição de animal preso às necessidades da vida material, para a condição de ente espiritual em processo de aprendizado, de controle das forças instintivas com a aplicação do Amor e de nos aproximarmos da essência de Deus.
Dessa forma nós reconhecemos que dentre todas as nações, o Brasil é considerado o país onde existem mais pessoas que seguem a religião católica apostólica romana, aquela que se propõe a continuar os ensinamentos do Cristo a partir de sua origem. Além disso, possui um número crescente de outras formas de seguir essas lições, nas variadas denominações evangélicas, nas antigas religiões africanas como a Umbanda, e nas recentes formas de compreensão transcendental como nas doutrinas esotéricas, principalmente o espiritismo. Possui um povo miscigenado, sem a índole belicosa contra países irmãos e excessivamente tolerante com as misérias que os governantes infligem sobre si. Por tudo isso é considerado o “Coração do mundo e a pátria do Evangelho” onde o Espírito cristão pode comandar o novo tipo de governo, o imperialismo cristão, que deve levar ao Reino de Deus.
Por nossas habilidades também nos tornamos a Pátria do Futebol e nesta data, onde acontece a Copa do Mundo em nossas arenas, enfrentamos a Alemanha com um resultado muito curioso. Para muitos aconteceu uma catástrofe, com o placar “humilhante” de 7 x 1 para a Alemanha. Depois de fazer essa digressão chego a ter outra perspectiva desse resultado: não foi uma grande derrota, foi uma grande vitória!
Eu considero que o Brasil, sendo o “Coração do mundo e a pátria do Evangelho” enfrentou a seleção do país que melhor representa o pensamento racista, anti-cristão, que levou milhares de pessoas a morte nos campos de concentração durante a última guerra mundial. O Brasil foi trucidado dentro da arena pelo futebol gladiador dos alemães, onde não existe a compaixão, a verdade, a fraternidade. Ali a vitória é o objetivo, o fim, pelo qual se fazem todos os meios, mesmo que seja fingindo uma dor ou causando uma lesão incapacitante ou mortal no adversário. O Brasil já possuía uma seleção frágil, mesmo assim chegou até este dia, pois era importante que mostrasse para o seu povo e para todas as nações, a incoerência que existe entre a forma como esse tipo de esporte é praticado e o pensamento prático que o cristão deve exibir: verdade, tolerância, honestidade, fraternidade.
A nação brasileira com esse resultado de 1 x 7 nas mãos tem uma oportunidade de ouro para refletir sobre o comportamento inerente ao futebol comparando ao que se espera de uma pessoa cristã. O dinheiro derramado de forma escandalosa na construção dos estádios, nas diversas formas de corrupção que não permite uma saúde, educação e segurança dignas aos cidadãos, devem vir à luz da consciência. O Evangelho agora tem, sobre os escombros da arrogância futebolística tupiniquim, a oportunidade de ficar nas mãos de cada brasileiro e cada um usar o sapato não para chutar o corpo do adversário, mas para se dirigir a casa de cada irmão que sofre e necessita do apoio de todos nós, seja aqui ou além.
Houve uma derrota humilhante sim, do arrogante e malicioso que não queremos ser; houve uma vitória onde podemos demonstrar nosso comportamento de humildade e mostrar que a verdadeira coragem, força e alcance da felicidade é com a aplicação do Amor em todas as suas dimensões, que muito além de sermos a Pátria do Futebol, nós somos a Pátria do Evangelho!
O tema do casamento, das relações íntimas que levam a geração da família é o meu foco existencial, a missão que Deus colocou em minha consciência para que eu pudesse colaborar com a evolução do ser humano.
Reconheço dois grandes legisladores inspirados por Deus, Moisés e Jesus. Cada um deles sintonizados com a sua época falaram da vontade de Deus e ensinaram a lição intuitiva de como deviam ser os relacionamentos.
Observo que das lições e legislação que Moisés deixou, Jesus fez um avanço cerca de 2000 anos depois para ajustar à mentalidade da época.
Jesus dizia o seguinte: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração. Foi também dito que todo aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: todo aquele que rejeita sua mulher a faz tornar-se adúltera, a não ser que se trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada comete um adultério.”
Posso interpretar essas lições de Jesus comparando o Evangelho com a lei antiga de Moisés, a qual foi escrita nas tábuas de pedra, nos 10 mandamentos. Jesus veio ensinar a interiorizar essa lei, ao dizer que não basta realizar o ato do adultério, basta lançar sobre a mulher um olhar de cobiça que o pecado foi cometido. Desse modo a nova lei de Jesus não anula a lei de Moisés, mas atingirá o mal em sua raiz, no coração e não somente quando se manifesta nas atitudes externas.
Procuro absorver essas duas leis, a primeira de Moisés e a atualização feita por Jesus. Comparo agora com a missão que o Pai colocou em minha consciência, dentro do contexto moderno. Observo a necessidade de outra atualização dessa lei, transcorrido mais 2000 anos da atualização feita por Jesus.
Não quero dizer com isso que sou um espírito da estirpe de Moisés ou Jesus, reconheço minha inferioridade espiritual. Mas por outro lado também reconheço o esforço que faço para ser um aluno aplicado, tanto nas lições que Eles deram quanto na vontade do Pai colocada em minha consciência. Reconheci a existência do Paráclito, do Espírito Santo em minha consciência, conforme Jesus ensinou que Ele viria. Aceito a orientação dEle em nome do Pai e é por isso que eu me atrevo a colocar um texto com essa dimensão transcendental, de tentar atualizar um ensino e uma legislação milenar e de inspiração divina.
Vejo que a intenção do artigo da Lei “Não cometerás adultério” relaciona-se com o “não matar”, pois o adultério, à semelhança do homicídio, lesa a pessoa enquanto subtrai ao legitimo cônjuge aquilo que é considerado um bem que lhe é próprio. É inevitável a conclusão que posso chegar, de que o cônjuge, principalmente a mulher como é sempre citado nos textos, é equiparado a um objeto do qual o homem pode dispor. Essa lição particular de Jesus não retira da mulher essa condição de objeto, mas Ele disse com toda veemência que o artigo mais importante da lei é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Com a aplicação desse artigo eu posso corrigir as incoerências que eu observo nos outros artigos.
Ora, se eu observo que trato a minha mulher como um objeto e não quero isso para mim, então eu tenho que corrigir minhas atitudes. Passo a considerar ela como um ser humano igual a mim, com necessidades e desejos, que ela precisa ser respeitada em sua dignidade. Sei que pela lei da Natureza criada por Deus os desejos de envolvimento íntimos com terceiros podem surgir, são os instintos da sexualidade. Quando Jesus diz que “todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração”, isso é muito forte. É forte porque essa “cobiça” que Jesus citou está muito próximo do “desejo” sexual inscrito na fisiologia animal que somos todos nós, na forma de instintos que o Pai criou, e que não posso evitar.
A lei necessita de mais uma atualização frente a nova compreensão que temos da vida, da existência desses instintos e do papel deles na Natureza. Seguindo o modelo didático de Jesus, posso dizer assim: “Foi dito aos antigos para não cometer adultério, nem mesmo por pensamentos de cobiça. Eu, porém, digo, tu tens o desejo sexual na tua fisiologia instintiva, mas deves aprender a usar essa força dada por Deus para trazer benefícios ao próximo da mesma forma que gostarias de ter, sem prejudicar a terceiros, obedecendo sempre a lei do Amor Incondicional.”
Quando eu pratico essa atualização da lei, quando pratico o Amor Incondicional, o amor romântico perde a força egoísta que possui e o casamento perde o sentido na formação da família tradicional que deixa de ser nuclear para se tornar ampliada e cada vez mais próxima da família universal, do Reino de Deus.
Deve ficar também muito claro, que essa transformação da estrutura familiar só pode ser possível com a aplicação do Amor Incondicional em todos nossos relacionamentos, principalmente os íntimos. Enquanto isso não é possível, o tradicional casamento com sua legislação dura se torna ainda necessária, enquanto o homem continua sua luta para livrar os instintos divinos que recebeu do Pai da carga de cobiça originada do egoísmo animal.
Ontem vim à Caicó no meu carro com o objetivo de ficar na cidade e participar à tarde dos trabalhos voluntários na comunidade João Paulo II. Estava ainda atendendo quando fui informado que a organizadora dos trabalhos estava viajando e não iria ter trabalhos neste sábado. Fiquei frustrado e sentindo a necessidade de verificar o fluxo de informação dentro do grupo, pois havia ficado acertado da minha participação todo primeiro sábado de cada mês, segundo o meu ponto de vista, mas será que esse também seria o ponto de vista dos demais membros do grupo?
Informei aos meus companheiros de viagem o que acabei de saber e resolvemos aproveitar a viagem para usufruir um pouquinho do prazer que o pequeno tempo de permanência na cidade pudesse nos oferecer. Depois do almoço ficamos no hotel para recuperar o sono, pois acordamos muito cedo, e no começo da noite fomos para a Ilha onde assistimos os pênaltis do jogo da Copa do Mundo, Bélgica x Costa Rica, vencido pela Bélgica. Após comermos voltamos para o hotel e terminamos o dia jogando baralho até a meia noite.
Fiquei a imaginar que o dia de trabalho espiritual foi totalmente perdido. Tinha levado diversas revistas como da vez anterior e uma bolsa de roupas usadas entregues por R. para doação. Deixarei no hotel e avisarei para os companheiros pegarem e deixarem na comunidade.
Refleti também que eu poderia ter levado pessoalmente esses objetos para a comunidade, mesmo sem o apoio do pessoal de Caicó. Procuraria encontrar a pessoa que participou da última reunião comigo e que parecia ter a maior liderança para entregar os objetos e pedir que ela distribuísse. Aproveitaria o momento para conhecer a sua casa e a casa de mais algumas pessoas que tivessem se aproximado. Certamente Deus intuiria sobre o que eu deveria falar e fazer, mesmo que eu tivesse ficado exposto num espaço onde deve existir violência e agressividade associado a grande pobreza e ignorância. Mesmo com esse risco, eu provavelmente iria a comunidade se esse pensamento tivesse chegado mais cedo. Faço nova consideração sobre a lentidão desses pensamentos alternativos que só chegam à minha consciência quando o tempo hábil para a sua realização já não existe.
Outra consideração que devo fazer associado a essa viagem é sobre o comportamento de R. desde o dia anterior a viagem e que foi o dia do jogo da Copa do Mundo do Brasil x Colômbia. Ela sabe da impossibilidade até o momento da convivência junto com S. e sabia que ela ia assistir ao jogo comigo e que em seguida viajaria comigo e os demais convidados para Caicó no dia seguinte. Mesmo assim desejou que tivéssemos um bom jogo e deixou o seu placar para colocarmos no bolão que sempre fazemos, além de ter dado a bolsa de roupas usadas para doação e ter ficado num silêncio respeitoso por todo o dia.
Mesmo que por trás desse comportamento existam ainda pensamentos egoístas que possam imaginar mil formas alternativas de agressão contra uma ou mais pessoas que estão envolvidas na viagem, o que vale é o comportamento que ela considera positivo, harmônico e que ela consegue expressar. Os pensamentos desarmônicos fazem parte da batalha da reforma íntima que somente ela pode realizar, com a ajuda dos protetores espirituais a quem ela pode pedir ajuda através da prece ou que tenham responsabilidade de fazer isso, como o anjo da guarda.
Assim, fica a sensação de que o maior benefício espiritual recebido dentre todos aqueles que caminham por esse projeto de vida, da construção do Reino de Deus, foi exatamente R., a que não viajou e enfrentou com galhardia toda a frustração e ressentimentos que podem ter vindo à sua consciência, mas que foram devidamente bloqueados e expressados apenas os comportamentos que foram convenientes para a harmonia do conjunto. Isso foi o que ficou claro para mim com base no que ela deixou transparecer. Todo esse diagnóstico que faço desmorona, se por acaso ela deixou transparecer para qualquer pessoa, qualquer atitude negativa, por palavras ou ações, quanto as pessoas que participaram dessa viagem. Espero que isso não tenha acontecido, mas se tiver acontecido, que ela rogue ao Pai inteligência e força para corrigir o mais rápido possível o mal que fez à sua própria evolução. Fica isso à cargo de sua consciência.
Mas prefiro imaginar que nada disso aconteceu, que ela foi honesta na presença e na ausência das pessoas pertinentes, que ela venceu no bloqueio de qualquer pensamento desarmônico que pudesse se expressar para quem quer que seja, e por isso eu a parabenizo!
A reunião do Projeto Foco de Luz e da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio foi reiniciada no dia 03-07-14, no clube de pescadores, Pâmpano, com a presença das seguintes pessoas: Carlos Alberto (policial, primeira vez), Edinólia, Nivaldo, Davi, Nazareno, Paulo, Clóvis, Radha, Ana Paula, Francisco, Damares, Anilton, Oscar, Ezequiel e Letiene (psicóloga, primeira vez).
Inicialmente colocamos as seguintes informações: Na próxima semana estaremos trazendo o segundo número do Boletim Informativo da AMA-PM contendo a súmula financeira e a relação dos sócios já regularizados. Avisei da ausência do Delegado Magnus Barreto que havia sido convidado, mas que já tinha outro compromisso e também da psicóloga Letiene, que possivelmente ainda viria e que está interessada em se associar e participar dos nossos trabalhos junto a infância e adolescência com cursos de xadrez.
Esta reunião foi planejada para ser discutida a questão da segurança com a participação de autoridades, como Magnus Barreto, presidente do CONEM, o delegado do bairro e o comandante do policiamento da capital. Justificamos a ausência das autoridades, principalmente a de Magnus Barreto que informou está presente no mesmo horário em reunião do Rotary, mas que se compromete a participar da Associação como associado e que irá procurar trazer os benefícios que o Rotary pode oferecer à comunidade. Paulo informa que o policial civil que trabalha no gerenciamento da segurança do bairro ficou de participar se tivesse tempo hábil de comparecer, pois também estava com outro compromisso.
Em seguida passamos a discutir a questão da segurança, sendo colocado um fato recente de assalto a uma turista em plena calçada dos estabelecimentos comerciais, com a área iluminada e o sargento Costa nas proximidades. O assaltante arrancou a bolsa das turistas que ficaram gritando na calçada enquanto ele se evadia em direção ao bairro.
Coloquei essa situação crítica que se espalha por toda cidade e que o reforçamento policial é apenas um aspecto da questão. Mesmo havendo a repressão policial eficiente com um batalhão de polícia civil e militar de prontidão nas áreas mais críticas, essa violência e criminalidade continuará existir. É necessário um trabalho mais eficiente, de natureza cristã e da qual nós estamos capacitados a fazer, desde que estamos nessa Associação trabalhando na condição de convocados pelo próprio Deus. Temos que entrar na comunidade, nas áreas mais difíceis e carentes, onde a sombra reina sobre a luz, para mostrar as pessoas envolvidas que somos irmãos e que nosso objetivo é trabalhar com todos, em harmonia e solidariedade. Quer sejam assaltantes, traficantes, viciados, prostitutas, enfim qualquer tipo de desvio da norma do bem. Teremos que nos apresentar como irmãos dispostos a ajudar dentro de nosso potencial.
Em seguida Davi e Oscar colocaram duas propostas que consideramos importantes e viáveis. Davi disse que poderia reativar uma escolinha de futebol para as criança e Oscar, indo na mesma direção, disse que poderia organizar um torneio início com aproximadamente 12 times, cada um deles organizados pelos pais. Seria uma forma da Associação e do Projeto se aproximarem das famílias através do futebol e que na próxima semana um esboço de projeto para aprovação. Disse que não era preciso pensar em camisas ou outros materiais neste momento, apenas na premiação que deve constar de alguns troféus e medalhas.
Ao final da reunião Letiene chegou e após as apresentações, pedi desculpas, pois havia informado a ela que a reunião teria início as 20h e não as 19h, como foi e estava sendo realizada. Letiene falou sobre a ideia que tinha sobre esse trabalho de Xadrez e ficou de participar como associada, autorizou colocar seu celular no nosso grupo de WhatsApp
As 22:30h a reunião foi encerrada com todos em roda e mãos dadas, rezamos o Pai Nosso. Ficamos de reunir na próxima semana neste mesmo local, e após conhecermos a estrutura interna do prédio ficamos de ver com a direção do clube a possibilidade da Associação ficar com reuniões regulares neste espaço e com a possibilidade de divulgar como sede provisória, enquanto nós nos regularizemos e adquira uma sede própria. Foi retiradas as fotografias de registro e encerramento da reunião para ser postada logo em seguida no WhatsApp, para aqueles que não tiveram condições de comparecer.
Da mesma forma que preparamos o corpo para executar com facilidade as tarefas físicas, podemos preparar a mente. No corpo eu posso direcionar o treinamento para o conjunto de músculos necessários a tarefa desejada. O mesmo ocorre com a mente. Posso direcionar meu treinamento para o pensamento que eu considero mais importante para a vida e deixar os outros em segundo plano. Assim eu observo pessoas que desenvolvem seus pensamentos sobre aspectos financeiros, educacionais, religiosos, esportivos, etc. Ficam com suas mentes preparadas nessas determinadas áreas e com facilidade dominam os conceitos e estratégias referentes a cada uma.
Lembro que preparei minha mente durante os anos de formação acadêmica, principalmente na pós-graduação, para trabalhar com a Psicofarmacologia. Com o decorrer do tempo, fiz novas reflexões e considerei mais importante trabalhar minha mente para entender e praticar o Amor Incondicional, já que eu passei a entendê-lo como a essência do Criador e dessa forma assumiu na minha consciência uma prioridade inalcançável por outros assuntos. Deixei a Psicofarmacologia em segundo plano, mesmo a usando na rotina médica, mas mesmo nesse nível profissional eu sinto que a aplicação do Amor Incondicional é mais importante que a Psicofarmacologia, que muitas vezes tem o simples papel de um placebo.
Estou tecendo essas considerações, pois li que o Espírito de João Evangelista antes de retornar a Terra no Século XII, como Francisco de Assis, fez uma reunião no Astral com duzentos discípulos.
Ele dizia que todos já estavam mais ou menos conscientes dos deveres. “Agora resta testar a coragem, examinar a estrutura espiritual, rebuscar o passado e ver se aguentaremos a cruz que deveremos carregar no calvário da carne. Vamos todos fazer uma curta viagem ao solo terreno, pertencer, por algum tempo, ao mundo que nos parece um cárcere, mas que no fundo é uma bênção de Deus ao nosso favor. Tudo depende da disposição de cada um, pois seremos injuriados, maltratados, lapidados, encarcerados, enviados a guerras! Experimentaremos a fome, a sede, a nudez, e, em muitos casos a vergonha, pois a mensagem que levaremos para os homens é tão elevada, que, os que estão posicionados mais abaixo, investirão contra nós.”
Foi dentro desse discurso que o seguinte trecho me chamou a atenção: “Não estamos aqui falando para leigos, basta um toque para que entendais toda a nossa intenção. Não é necessário mais que um gesto para que possais compreender o que se acha escrito em todo um livro. A mente, quando preparada, dispensa o tempo, pois aprende em síntese, o que uma alma sem experiência levaria anos para entender. Vejamos bem que Jesus, como emérito professor, conversou por três anos com um punhado de homens livres; estes no entanto, levando-se em conta a humanidade, em três milênios, talvez ainda não assimilem Suas lições. Nossa conversa é diferente, deve ser rápida e lúcida para assimilação, na íntegra, de todo o ideal.”
Foi assim que eu comparei com minha realidade e agora tenho mais uma explicação para justificar o que se passa ao meu redor. Por que tantas pessoas não conseguem assimilar ou entender as lições de Jesus e fazer o esforço da prática com relação ao Amor Incondicional? Ficam sempre agindo em torno do amor condicional, seja por um filho, um pai, uma mãe, um cônjuge, um amante, principalmente do amor romântico, e não percebem a hierarquia superior do Amor Incondicional? Por mais que Jesus tenha ensinado e até hoje seja repetido nos diversos templos e igrejas? Certamente porque não entraram na essência do estudo sobre o Amor, ficaram sempre deixando os seus interesses egoístas, personalizados, em primeiro plano. Como o grupo de João/Francisco já estava consciente dessa lição, foi fácil o entendimento com poucas palavras, com um simples gesto.
Isso também explica a minha facilidade de entender o que é dito ou escrito e que vai na direção do Amor, pois a minha mente também está preparada para absorver e entender o que se é dito, o que é necessário fazer. Não entro em considerações negativas como aquelas que escuto geralmente ao se tratar disso, que não é possível praticar o Amor dessa forma, que fica para os santos, para Jesus, pois só Ele era capaz disso. É essa forma de pensar que caracteriza uma mente despreparada, que não consegue absorver as instruções do plano do Amor puro, incondicional, e fica sempre circulando ao redor do amor contaminado, condicional.
É esta a minha dificuldade atual, principalmente com minhas companheiras, pois preparei minha mente ao longo do tempo, a custa de muito sacrifício, para chegar a este estágio, e elas sentem em si o impacto de uma mente despreparada para a vivência neste outro plano que privilegia o espiritual e não o material. Enquanto não preparam suas mentes nesse aspecto, precisam ficar longe da convivência comigo, pois o sofrimento pode levar reações negativas de raiva e ressentimento como já aconteceu diversas vezes, inclusive com minhas duas ex-esposas.
Caso elas entendam que essa ideia que advogo é verdadeira, devem fazer o esforço de preparar suas mentes como se estivessem dentro de uma academia mental, com leituras, reflexões e prática no bem, principalmente com as pessoas mais difíceis, que estejam perto ou longe, porque a honestidade é importante para não se cair na hipocrisia.
Devemos preparar a mente para ser fiel a ideia que defendemos. Esta é a ordem do dia!