Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Acontece que os reis de Portugal e Espanha pedem um salvo-conduto ao Papa para poder abrigar a Ordem dos Templários dentro do seu território. O Papa deu esse salvo-conduto em Portugal. Quem pediu foi Dom Dinis, o rei considerado poeta, um dos fundadores da Língua Portuguesa. Com seus poemas ele começou a promover aquela migração do galego português para o português mesmo, o português arcaico.
Era um sujeito muito confuso, católico, morreu sacramentado, teve muitos filhos bastardos, mas era casado com uma santa, Isabel de Portugal, Rainha Santa.
Os portugueses não a chamam de Santa Isabel, para eles é a Rainha Santa. Quando ela ficou viúva, se recolheu no convento das clarissas junto com as suas filhas, inclusive várias filhas bastardas que ela educou.
Ela educou pacientemente todos os filhos fora do casamento do seu esposo. Diziam: “Sua Majestade não é obrigada” e ela dizia “eu não sou obrigada, mas faço por amor, por caridade. Se eu não cuidar da salvação eterna dessas crianças que já foram concebidas fora do matrimônio, quem fará isso?
Ela fazia questão de cuidar e de catequizar.
Há relatos no processo de beatificação dela, das filhas adotivas, que não conseguiam perceber a diferença entre as filhas adotivas e as filhas biológicas, tamanha era o cuidado e a caridade com que ela tratava de todas.
A Rainha Santa rezou até a morte pela conversão do seu marido e Dom Diniz morreu convertido. Foi ele que pede ao Papa para salvar os Templários e o Papa dá essa permissão e diz que vai expedir uma bula alterando o nome da Ordem dos Templários que já causou muito problema aqui na Europa.
Então reconstitui a Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo que é a Ordem de Cristo. Ele destinou um convento desativado, que era o Convento de Cristo na cidade de tomar em Portugal. Ali vai se tornar a sede da Ordem de Cristo que vai seguir a regra de São Bernardo. Era uma ordem militar, laica. Eles podiam se dedicar a vida militar, podiam se casar e fazer votos religiosos, como a Ordem Terceira Franciscana.
Eles podiam fazer isso e é desta Ordem que sairão os primeiros grandes professores e navegadores da Escola de Sagres.
Mais tarde, o Infante Dom Henrique, quando funda a Escola de Sagres, ele entrega aos cuidados da Ordem de Cristo. E os rendimentos da Ordem de Cristo, terras, alugueis, tudo aquilo que eles possuíam passa a ser investido em tecnologia naval.
E qual era o grande objetivo da Ordem dos Templários? Tomar os lugares santos na Terra Santa e impedir o avanço muçulmano. Qual era a missão da Ordem de Cristo em Portugal? A mesma coisa.
Por que eles investem nas grandes navegações? Para justamente tentar retomar os lugares santos, ainda via-se o desejo de uma cruzada e de impedir o avanço muçulmano e ao mesmo tempo levar o Evangelho a outras populações, outros povos que eventualmente fossem encontrados.
Nos documentos da Ordem de Cristo, na Torre do tombo, estão os principais documentos da história de Portugal e da nossa, Brasil.
Esses documentos são todos publicados, se consegue achar. Existem as atas da constituição da Ordem de Cristo. As palavras que são mais repetidas nos objetivos das grandes navegações, não são ouro, dinheiro, lucro, mas as palavras são: a cruz de Nosso Senhor é a palavra que mais aparece, a salvação das almas, a dilatação da fé, a pregação do Evangelho. É isso que vai ser encontrado.
O interesse por ouro, por expansão do comércio, por dilatação é obvio, mas em primeiro lugar é o interesse pela dilatação da fé.
Na carta de Caminha a gente vai ver muito claramente isso.
Esta Ordem de Cristo é que vai gerar as grandes navegações.
Poucos sabem que essa Ordem de Cristo vigente em Portugal e que contribuiu diretamente para a descoberta do Brasil pelos portugueses, tem origem nos valorosos Cruzados da Idade Média. Este nascimento nobre de nossa pátria pouco é ressaltado pelos historiadores acadêmicos. Sempre é colocado o interesse econômico e político como os principais motivadores, quase ninguém desenvolve uma visão diferente, mais próxima da realidade. Trabalhei muito tempo num Centro Espírita denominado Cruzada dos Militares Espíritas. Nunca citei esse detalhe histórico para meus confrades, que como eu também não tem essa visão mais espiritualizada e verdadeira.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Na Idade Média o que vai acontecer? No início do século XIV o Papa Clemente V é induzido no erro pelo rei Felipe IV, Felipe, o Belo, da França, que queria se apropriar dos bens dos Templários. A Ordem dos Cavaleiros Templários.
Três grandes ordens religiosas e militares fizeram história na Europa medieval: os Templários, os Teutônicos e os Hospitalários.
Os Templários tinham um patrimônio considerável e eram responsáveis pelo desenvolvimento de muita coisa. Eles desenvolveram o sistema do cheque, o sistema bancário. Para a pessoa não ser roubada indo para a Terra Santa, ela buscava um mosteiro templário, faziam um depósito e recebiam um documento com a quantidade que havia depositado e podia sacar no próximo convento dos templários. Faziam marca com limao no papel para não ser falsificado. Daí veio o mito da bruxaria, uma porcao de besteiras por não considerar a inteligência.
Eles desenvolveram também a hotelaria, a hospedagem nos mosteiros. O primeiro mosteiro que São Bento fundou já tinha quartos na portaria para aqueles que quisessem fazer retiros, rezar, ou que fossem peregrinos. Dizia que Nosso Senhor pode passar por nós, e nós temos que ter pouso para acolher.
A vida monástica fazia isso, mas os templários organizaram e podemos dizer que os princípios da hotelaria começam com eles. Você podia se hospedar, podia comer, guardar os pertences, deixar alguma coisa para pegar na volta.
Por causa disso os templários atraiam muitos inimigos. Muita gente de posses na Europa deixava seus bens como herança para os Templários. Por devoção, um grande senhor feudal, fazia uma peregrinação à Terra Santa e quando retornava estava tão agradecido pela ajuda dos templários que deixava a metade dos bens com eles, ou deixava tudo. Isso enriqueceu a ordem.
Felipe IV se colocou diante do Papa Clemente V como intercessor querendo garantir a catolicidade da Ordem. Forjou uma série de acusações absurdas em relação aos Templários, pagou testemunhas falsas para induzir o Papa que era um sujeito doente e muito medroso, volátil, ficava sempre com a opinião do último que falava com ele.
O rei cercou Clemente V de tal forma a induzi-lo a erro e ele decidiu extinguir a Ordem. Aí vem outra acusação falsa em relação à Igreja Católica, que tinha extinguido a Ordem e mandou queimar todo mundo.
Foi ensinada essas besteiras até 2007, quando uma historiadora italiana, que também acreditava nessa besteira, que o Papa havia mandado queimar todos os Templários etc. e tal. A historiadora, Bárbara Frale, pediu ao Papa Bento XVI a permissão de verificar o arquivo dos Templários no arquivo secreto do Vaticano.
Ela recebeu essa permissão e mexendo nas prateleiras do arquivo secreto ela se deparou com um manuscrito inédito, não publicado, desconhecido, chamado Pergaminho de Chinon.
Esse manuscrito de Chinon era assinado por quatro cardeais, entre eles o cardeal que era o mais próximo ao Papa, que assinou, inclusive dizendo que o fazia em nome do Papa. Condenava a matança dos Templários, porque o Papa mandou extinguir a Ordem, mas não autorizou que os governos seculares os matassem.
Felipe da França mais do que rápido mandou prender os templários no território francês e mandou matar todo mundo, inclusive o grão-mestre da Ordem, Jacques DeMolay. Isso ficou na conta da Igreja até 2007 quando foi descoberto esse documento que derrubou essa narrativa.
Os Templários ficaram ofuscados na história oficial. O quanto de positivo trouxeram para a nossa evolução social e espiritual não é destacada e bem orientada suficientemente. Meu conhecimento maior vem de filmes que abordam a questão, sempre com um viés histórico ou romântico. A perversidade de alguns reis ficaram notórios nesse período, assim como também a compaixão e fidelidade experimental de outros. Documentos importantes, de forte valor histórico ficam engavetados para que a narrativa que os poderosos desejam seja tida como verdade pela população, educada dessa forma desde a infância. Felizmente a internet chega para dar asas à verdade, onde os homens de boa vontade podem ser reeducados e procurarem ser difusores da realidade histórica.
Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.
A quinta frase.
“Deus é aquele que é melhor do que qualquer coisa que possa ser concebida”.
No plano metafísico, as ideias, a reta intenção que elabora as ideias no plano metafísico, vai ser, por muito tempo, superior às obras que são deixadas no mundo.
Por exemplo: no plano das ideias, uma pirâmide é um desenho perfeito, geometricamente perfeito. Você vai, se inspira e faz uma pirâmide no mundo. Os egípcios fizeram isso muito bem feito. Muito duradoura, mas um dia ela deixará de ser. Enquanto no plano das ideias ela é eterna.
Então, se através da experiência que vivemos sintetizamos uma ideia.
A experiência que vivemos vai embora, morrerá. Mas essa ideia ficará conosco eternamente.
É muito interessante percebermos que por trás de todas as coisas criadas existe uma ideia perfeita. Se as coisas são imperfeitas é porque não corresponderam, não evoluíram o suficiente para poder concretizar essa ideia. E essa ideia permanecerá.
Através de nossa experiência nós podemos sintetizar, através da nossa vivência, da nossa reflexão.
Podemos sintetizar uma percepção no plano das ideias. Aquilo que a gente construiu no mundo vai embora. Por muito bem feito que seja. As pirâmides morrerão, as nossas obras morrerão. Mas o que a gente sintetizou de sabedoria através delas permanecerá. Será sempre maior do que as obras.
Aquele, o grande planejador do universo. Suas ideias são sempre maiores do que qualquer coisa que possa ser concebida através delas.
Quando elas correm através da perfeição, em determinado momento se fundem com essa ideia.
No mundo material não há nada perfeito, não tem absolutos. Quando algo evolui muito, que chega muito próximo da ideia que o gerou, funde-se com essa ideia.
Segundo essa tradição e muitas outras, o que me parece aqui é que existe uma mescla sobretudo de elementos gregos. E o que parece, talvez, uma influência hermética também. O que parece é que aí se está falando dessa evolução que nos resgata do plano material. Quando correspondemos perfeitamente à ideia que nos gerou. A ideia humana.
Quando correspondemos perfeitamente a ela, nos elevamos além do mundo manifestado. Porque não há perfeição no mundo manifestado.
O que procurei aqui é mostrar ideias sobre Deus. E como células de Deus que somos, aplicam-se perfeitamente também ao homem.
Verdade, por mais que em me esforce para aplicar na realidade material o que imagino no campo mental, jamais irá atingir a perfeição de imediato. Mesmo porque os projetos que devem ser aplicados no mundo material, transpostos do mundo mental, nunca depende apenas de nós. Sempre iremos precisar da participação de outras pessoas que não tem necessariamente os mesmos pensamentos, as mesmas motivações. Mesmo que tenham passado pela mesma escola, podem ter compreensão diferente do que foi exposto.
No meu caso isso é bastante forte. A compreensão que passei a ter da missão que deverei realizar na construção do Reino de Deus, implica na mudança dos compromissos que eu tinha feito anteriormente com minhas companheiras que permaneciam fixadas no amor exclusivo firmados durante o casamento. Portanto, a aplicação de minha nova ideologia levou a sofrimentos variados, por minhas diversas companheiras e por mim mesmo, que não deixava de sofrer sendo testemunha do sofrimento delas, e que tudo era por minha culpa...
Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.
“Deus é a mente que gera uma expressão prolongada continuamente.”
No plano das ideias falamos bastante sobre isso, que no início, segundo Pitágoras, segundo as versões orientais, a unidade se transformaria na dualidade primordial. Espírito e matéria. Depois do um e do dois, vem o três. Que seriam: Espírito, Matéria e Forma. Esse elemento, que é a forma, é chamado da grande biblioteca cósmica do plano das ideias, na mente cósmica ou Mahat. Onde todas as ideias das coisas que virão a existir ao longo da história do universo manifestado estão ali concentradas. Primeiro vem o plano, a planta da casa. Um pedaço de papel antes de construí-la com pedra, tijolo e cimento. É a planta no plano das ideias. Deus é essa grande mente cósmica. Esse plano das ideias, que gera uma expressão. Essa expressão que á a ideia de todas as coisas que virão a existir é prolongada continuamente. E as sombras dessas ideias no mundo material vão correr atrás, de corresponder a ideia que as criou. E isso seria evolução.
Então, no plano das ideias, a mente cósmica gera o enunciado de todas as coisas e sustenta essa ideia até que ela se projete e cumpra a sua trajetória no mundo. Até que ela tenha formatado os seres na imaginação. Usando o princípio da correspondência, no nosso plano. O que nós podemos aprender com isso?
Se nós somos capazes de ter uma decisão a respeito do nosso sentido de vida, de nós mesmos, da nossa identidade, e sustentamos a nossa ideia, e vivemos essa ideia com ritmo, podemos colher os frutos dela no mundo, algum grau de sabedoria. E isso é o segredo da vontade.
No plano mental: decisão. No plano físico: perseverança e constância. A vontade é o cinzel que esculpe o homem.
Se usamos essa receita, estamos simulando a Criação no plano das ideias, e a construção no plano concreto conforme esse modelo.
Nós construímos a nós mesmos, como ideia, como decisão. E com ritmo concretizamos essa ideia na própria existência. Ou seja, isso é divino. E também como todas as coisas, se projeta no plano humano. E nos dá uma boa lição de vida.
Sim, acredito que estou fluindo nesse processo. Com os conhecimentos adquiridos do Cristianismo, criei no plano mental uma estratégia para cumprir a vontade do Pai, conforme Jesus ensinou: amar incondicionalmente, amor inclusivo, construir a família universal, se tornar um cidadão do Reino de Deus a partir da mudança do coração, do egoísmo pessoal para a fraternidade com os irmãos. Decidi aplicar esta compreensão formada na imaginação para o campo da prática, acionando a vontade. Esta é a ideia que Jesus também elaborou a pedido do Pai e que ensina a nos comportar para que a construção do Reino de Deus entre nós, na civilização da humanidade, possa existir.
Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.
“Deus está inteiro em cada ser (imagem e semelhança).”
Mais uma vez o princípio da correspondência está valendo. Percebemos que muitas vezes é quase que um princípio holográfico. Onde em um ponto você tem a síntese do todo. É muito interessante perceber que uma célula do nosso corpo diz demais de nós. Você pega um fio de cabelo, analisa e se pode tirar daí um monte de informações também sobre o corpo. A parte existe como uma miniatura do todo. Como é na geometria fractal. Onde cada pedacinho reproduz a forma daquele mapa inteiro. Pega-se um pedacinho da costa e ali existe uma miniatura de toda a costa. De todo aquele território. A miniatura do Todo na parte. Daí vem aquela frase grega, do Templo de Delfos, que dizia: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”. Sabe porquê? Por que você é a miniatura, você é uma chave. Você conhecendo profundamente a si próprio tem uma ideia da ordem do Todo. Exatamente porque a imagem de Deus está inteira, minimizada em cada parte íntegra.
Esta é uma reflexão profunda e coerente do Criador que está presente na totalidade das Suas criaturas. De todas as criaturas, pouquíssimas podem chegar a este nível de reflexão, de pensamento, pois muitas não conseguem fazer a racionalização. Quantas criaturas dispersas nos diversos reinos não conseguem raciocinar da forma que nós humanos conseguimos. Pode ser que eles tenham outro nível de racionalização que não dependa do funcionamento de um cérebro físico como acontece com nós, humanos. Mas se Deus, a sabedoria suprema, está presente em cada partícula de Sua criação, como esta reflexão aponta, podemos imaginar que dentro delas também exista alguma forma de pensar que seja a expressão dessa minúscula parte da sabedoria suprema. Consequentemente, vivemos cercados de Deus, que sejam vivos ou não, que tenham cérebros ou não, que sejam capazes de raciocinar ou não. Então, o termo “imagem e semelhança” para identificar o nosso corpo como a imagem de Deus está equivocada. A mesma partícula, centelha divina, está presente em tudo e em todos. O que nos diferencia é a capacidade de agir em função do nosso livre arbítrio racional e assim cometer erros. Mas isso não nos deixa em uma posição privilegiada, como se o Criador tivesse preferência por nós, humanos. O mais provável é que toda a criação, incluindo em cada partícula a essência íntegra do Criador, esteja navegando no tempo e espaço no fluxo da evolução, e cada partícula alcance o nível em que estamos e na caminhada para a angelitude, para o mais próximo possível do Criador, como imagem e semelhança.