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28/07/2021 00h27
LUDWIG VON MISES – (02) ARGUMENTOS

            Interessante ver o que existe nas redes sociais sobre Ludwig von Mises, um artigo econômico, “O cálculo econômico sob o socialismo”, escrito em 1920, importante para entendermos e nos posicionarmos ideologicamente.

Eis, resumidamente, o argumento de Mises:

1) Sob o socialismo, os meios de produção (fábricas, instalações industriais, máquinas, ferramentas e mão-de-obra) não possuem proprietários privados. Eles pertencem ao estado.

2) Se os meios de produção pertencem exclusivamente ao estado, não há um genuíno mercado entre eles.

3) Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos para esses meios de produção (o que inclui os salários da mão-de-obra).

4) Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de custos. 

5) Sem cálculo de custos, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de meios de produção para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível.

6) Logo, sem preços e sem cálculo de custos, de lucros e de prejuízos, é impossível haver qualquer racionalidade econômica na alocação de recursos escassos, o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada.

Ou seja: dado que a própria essência do socialismo é a propriedade coletiva dos meios de produção e a ausência de livre concorrência; dado que tal arranjo não permite o surgimento de preços de mercado; e dado que sem preços não há o mecanismo de lucros e prejuízos, que é o que traz racionalidade para qualquer processo produtivo, o comitê de planejamento central não seria capaz nem de planejar nem de tomar qualquer tipo de decisão econômica racional.

Os planejadores centrais, se bem-sucedidos em centralizar a produção e a distribuição, não teriam preços para guiar seu planejamento. Não saberiam quanto cada ativo, produto ou serviço custa. Logo, suas decisões necessariamente teriam de ser completamente arbitrárias e caóticas. 

Consequentemente, concluiu Mises, a existência de uma economia socialista planejada é literalmente "impossível". E o socialismo é irracional. Trata-se de um ideal que não pode ser alcançado no mundo real. É inerentemente algo utópico, não tendo como funcionar em local nenhum do mundo.

            Como uma teoria tão bem explicada e fácil de comprovar não é aceita pelos membros da academia que devem primar pela verdade? Se a verdade é desconsiderada, não é procurada e pelo contrário, é desvirtuada e colocada debaixo do tapete, alguma força entra no psiquismo humano e evita o pensamento reto, coerente, decente e honesto. Se esse comportamento virtuoso é a essência divina, o comportamento corrupto é essência maligna. Observamos assim a luta entre Deus e o Diabo na arena mental dos humanos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/07/2021 às 00h27
 
27/07/2021 04h17
LUDWIG VON MISES – (01) ARTIGO EM 1920

            Interessante ver o que existe nas redes sociais sobre Ludwig von Mises, um artigo econômico, “O cálculo econômico sob o socialismo”, escrito em 1920, importante para entendermos e nos posicionarmos ideologicamente.        

Desde que Mises provou que o socialismo é irracional, todos os fatos o confirmaram. O ensaio de Mises foi o primeiro a desafiar a teoria socialista, à época em voga ao redor do mundo. Nesta monografia que viria a se tornar o pilar central da Escola Austríaca de Economia, Mises demonstrou que o planejamento econômico centralizado é inerentemente irracional e, logo, impossível.

Por quê? Porque os planejadores centrais precisam de um sistema de preços para lhes mostrar quanto custa cada recurso escasso. E estes preços só podem surgir por meio da concorrência em uma sociedade em que haja propriedade privada e que permita a livre entrada de concorrentes. O socialismo não permite nenhum dos dois.

O ensaio de Mises chama a atenção não apenas pelo seu rigor, como também por sua honestidade intelectual. Em vez de intencionalmente enfraquecer o argumento do oponente para então criticá-lo — tática essa conhecida como a falácia lógica do "espantalho" —, Mises fez questão de apresentar o argumento a favor do socialismo em sua versão mais robusta e convincente possível, para então respondê-lo e apontar os erros.

Assim, quando Mises começou a destrinchar os problemas do socialismo, ele partiu do princípio, para o bem do debate, de que o comitê de planejamento central de um regime socialista era formado por seres não apenas totalmente bem-intencionados, como também estes usufruíam todos os conhecimentos técnicos relevantes à sua disposição.

Embora seja humanamente impossível que um comitê central formado por burocratas consiga apreender todos os fatos existentes e dispersos ao longo de toda a economia do país, e absorvê-los em sua mente de modo a tomar decisões boas e racionais, Mises, mesmo levando em conta esta impossibilidade prática, pressupôs, pelo bem do debate, que o comitê central socialista seria formado por homens iluminados, oniscientes e perfeitamente capazes de apreender e reunir todo o conhecimento disperso na sociedade. 

E, ainda assim, afirmou Mises, esses planejadores socialistas estariam perdidos e tateando no escuro. 

Mesmo sendo detentores de todo o conhecimento existente na sociedade, os planejadores socialistas simplesmente não teriam como avaliar se os recursos escassos — recursos naturais, bens de capital e mão-de-obra — à sua disposição estariam sendo empregados da melhor maneira possível. Os planejadores socialistas não teriam como mensurar a eficiência econômica de seu plano para os recursos da sociedade.

O que nos leva a desconsiderar fatos e considerar ideias, mesmo que elas estejam contrárias a realidade, que isso seja comprovada pela experiência? Parece que isso seria atitude daquelas pessoas ignorantes que não têm conhecimento suficiente, que não sabem de lógica, de coerência, de honestidade intelectual. Mas não, isso é observado em doutores, sumo pontífices da academia, personalidades que colocam argumentos bonitos sobre uma realidade improvável e não realizável e termina sendo seguido por inúmeros dos seus pares e que combatem com força aqueles que os criticam. Só posso pensar que existe uma força externa que penetra na mente dessas pessoas e as tornam cegas racionalmente ou que as tornam desonestas por algum mecanismo. É isso que observamos no decorrer do tempo e das avaliações e críticas sobre o trabalho de Mises. 

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em 27/07/2021 às 04h17
 
26/07/2021 00h24
REVOLUÇÃO CULTURAL (15) – BAGRE ENSABOADO

            Esta é uma forte estratégia da guerra espiritual, pois conseguiu penetrar na Igreja Católica, a principal opositora do mal, e reverter o trabalho evangélico em sua pureza cristã. Vejamos o que diz o Padre Paulo Ricardo em sua aula publicada no Youtube em 04-01-2012, com 394 visualizações na data de 15-04-2021.

            Vocês precisam aprender porque vocês (padres) apanham. Porque a gente acha assim... puxa vida! Não foram eles que disseram que o hábito não faz o monge, porque aqui o importante não é o hábito. Se o importante não é o hábito, me deixa em paz com minha batina, pois ela não é importante.

            Eu vou tranquilamente em reuniões de padres, onde 60, 70, 80 padres estão vestidos em manga de camisa, traje civil tranquilo... eu não me incomodo que os 70 padres estejam vestidos em manga de camisa, mas os 70 se incomodam que eu esteja com batina. Por que? Se o hábito não é importante... porque o hábito é importante! E o hábito faz parte do projeto, pois a guerra é cultural. Temos que entender que nunca as coisas são como estão sendo ditas. 

            Assim como eles não entram em debate com você, pois se eles entrarem na sua lógica, eles irão perder. Assim também é necessário que você entenda que é tempo perdido você entrar num debate com eles, de lógica aristotélica, tomista, porque esse debate não irá levar a lugar nenhum, porque o debate, aquilo que Platão chamava de dialética, que aqui não tem nada a ver com aquilo que Hegel chama de dialética. Porque a dialética clássica, filosófica, tem um pressuposto. Para que você entre num debate filosófico, existe um pressuposto: a honestidade moral dos debatedores. Ou seja, que as pessoas estejam buscando a verdade. Para eles não há verdade. 

Portanto, acho que todos nós já tivemos essa experiência infeliz de debater com um teólogo liberal, da Teologia da Libertação, que parece um bagre ensaboado. Quando você acha que o pegou, ele muda de opinião. Quando, por exemplo, ele começa dizendo... vamos imaginar que você usa uma batina e todos os compromissos que dela decorrem. Aí ele diz: “o que você esconde atrás dessa batina?” E começa a jogar a isca supondo que atrás da batina você esconde uma tendência homossexual, que você é homossexual enrustido e que na verdade você gosta de roupa e de exterioridades porque você é um hipócrita. Ai quando, no meio do debate, ele começa a notar que você está condenando o que você acaba de condenar, quando você começa a falar mal do homossexualismo, imediatamente ele começa a defender o direito dos homossexuais. Mas você, há cinco minutos atrás falava mal dos padres homossexuais...

Ou então você começa a fazer apologia do celibato, da necessidade da castidade, etc., e ele pula do outro lado dizendo que o celibato é uma instituição opressora. Mas não era você que me acusava há cinco minutos de não seguir o celibato e ser hipócrita? Ora, se você defendia o celibato há cinco minutos, porque agora você está dizendo que o celibato é o fim da picada?

Vejam que eles não têm a mínima dificuldade, com grande desenvoltura eles mudam de posição, porque tem que ser entendida a lição básica de Antônio Gramsci: não existe o bem e não existe o mal. O que existe é aquilo que ajuda a revolução e aquilo que atrapalha a revolução.

Engraçada a comparação do Padre Paulo do esquerdista com um bagre ensaboado, dentro de um debate. Quando ele percebe que está entrando em contradição, logo muda de opinião e passa a defender aquilo que acusava e vice-versa. Quem não tem a agudeza mental para observar essa instabilidade na coerência, na falsidade ideológica que se está expondo, passa a valorizar os gritos histéricos, as palavras de ordem que eles tentam dominar as plateias levando a reboque as suas claques para os locais de debate. Antes quando eu ainda continuava aliado a eles por força do interesse eleitoral dos meus companheiros partidários, eu já fazia crítica aos conchavos de pé de ouvido, longe da opinião pública, de ser levado aos locais de debate e eleição pública, ônibus cheios de pessoas para votarem, aplaudirem, levantarem cartazes e gritarem palavras de ordem sem nenhuma compreensão do real significado daquilo que faziam. Simplesmente obedeciam aos bagres ensaboados que funcionavam como maestros de uma ideologia que, inocente ou perversamente, faziam funcionar. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/07/2021 às 00h24
 
25/07/2021 00h24
REVOLUÇÃO CULTURAL (14) – MATRIX

            Esta é uma forte estratégia da guerra espiritual, pois conseguiu penetrar na Igreja Católica, a principal opositora do mal, e reverter o trabalho evangélico em sua pureza cristã. Vejamos o que diz o Padre Paulo Ricardo em sua aula publicada no Youtube em 04-01-2012, com 394 visualizações na data de 15-04-2021.

            É isso que o marxista faz. Ele não vai querer debater com você, porque sabe se entrar num debate, já perdeu. Porque se ele entrar no debate, ele assumiu as premissas da sua lógica burguesa. A única coisa que ele vai fazer é denunciar. Já ouviu falar nesse negócio, o importante é denunciar, denunciar... eles vão denunciar a sua lógica burguesa, eles vão denunciar que você está a serviço do sistema opressor, que você é um agente da Matrix, entendeu? 

O filme Matrix mostra claramente isso: existe um substrato do mundo real, que é irracional, e então, se cria em cima uma superestrutura, que é a Matrix, um programa, as pessoas são programadas para verem o mundo daquele jeito. E se você quiser fugir da lógica do mundo, os agentes da Matrix vão impedir você.

            O agente Smith vai aparecer, vai impedir você de sair da lógica. Então, o Padre Paulo é o agente Smith, embora esteja vestido mais de Leo, desempenho o papel de agente Smith. Estou aqui para impedir que você saia da lógica burguesa que lhe escraviza, impedir que você saia da Matrix. 

            Portanto, todos esses padrezinhos novos, que usam batina, que querem celebrar a missa que está no Missal, querem obedecer a disciplina que está no Código de Direito Canônico e querem pregar a doutrina que está no Catecismo da Igreja Católica, são agentes da Matrix. Ou seja, são agentes do sistema. Vocês serão odiados porque vocês estão escravizando o povo nesta cultura alienante que impede a implantação da sociedade perfeita, justa, sem classe, e, portanto, vocês, mais do que ninguém, serão odiados e combatidos.

            Interessante essa comparação da sociedade atual com a Matrix, que nós que vivemos sob a lógica burguesa não conseguimos ver o mundo real, mais justo e harmônico, mais humano que existe além dessa lógica que estrutura a sociedade, a cultura que vivemos. Os acadêmicos, juízes, padres, todos são formados para manterem esta superestrutura funcionando e os revolucionários querem destruí-la para que se possa construir o novo mundo. Esta é a lógica da Nova Ordem Mundial, a destruição da Matrix, os três pilares de construção do mundo malvado que explora o trabalhador em função do benefício da classe dos burgueses. Por isso se instala as revoluções, como aconteceu na França e na Rússia e que o espírito revolucionário deve se espalhar por todo o mundo e viabilizar o reinado do anticristo, daquele dirigente que irá governar o mundo com critérios opostos ao que Cristo defendia, o amor e a liberdade, a justiça e a solidariedade. Na Nova Ordem Mundial, o que deve prevalecer são os interesses do Estado, e todos os cidadãos devem obedecer sem reclamar, senão serão punidos, exilados, eliminados.

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em 25/07/2021 às 00h24
 
24/07/2021 02h19
REVOLUÇÃO CULTURAL (13) – DENUNCIAR SIM, DEBATER NÃO.

            Esta é uma forte estratégia da guerra espiritual, pois conseguiu penetrar na Igreja Católica, a principal opositora do mal, e reverter o trabalho evangélico em sua pureza cristã. Vejamos o que diz o Padre Paulo Ricardo em sua aula publicada no Youtube em 04-01-2012, com 394 visualizações na data de 15-04-2021.

            Vejamos o passo tremendo! A realidade é absolutamente caótica e irracional. Quem é que cria a racionalidade? O intelecto humano. O marxista pensa isso, mas não pelas razões kantianas, de achar que nós temos categorias, mas, pelas razões marxistas de ideologia. Ou seja, a ordem que você impõe ao mundo irracional é uma ordem que traduz os seus interesses de classe. Existe uma superestrutura que é, para Marx, a religião, a filosofia, o direito, a ética, ou seja, aquelas três colunas a respeito das quais falava o Papa Bento XVI. Elas são para Marx, uma superestrutura que justifica o status quo, que justifica a situação opressora na qual a sociedade se encontra

            Quando eu crio com minha mente uma cultura, aquela cultura está defendendo os meus interesses de classe. Aí eu pego essa cultura e inoculo no subconsciente das pessoas, e as pessoas se tornam profundamente alienadas porque beberam desse veneno. Então as pessoas começam a defender os meus interesses de classe, porque elas beberam a minha religião, a minha filosofia, o meu direito, e essa lógica burguesa irá defender os meus interesses de classe. É por isso que os marxistas não debatem. Se vocês estão querendo debater com marxistas, pegaram o trem errado, perderam o trem da história, como eles dizem.

            Enquanto nós, escolásticos, estamos querendo debater com eles, eles não querem minimamente debater. Porque se eles começarem a debater com você, eles estão entrando na sua lógica burguesa e eles perderão. O que um marxista faz não é debater, o que ele faz é denunciar a lógica burguesa. Um exemplo bem claro. Em 1995 eu era professor numa universidade em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e eu fui convidado para ser palestrante em uma Semana Filosófica, como estou fazendo aqui num Congresso Teológico. Eu estava lá fazendo uma palestra sobre filosofia, não me lembro exatamente o tema. Acontece que no intervalo foi aberto para as perguntas e veio um barbudinho, com anel de tucum no dedo, se colocou na fila para fazer perguntas, e na hora que devia fazer perguntas, em vez de dirigir a palavra a mim, ele voltou-se para a plateia e disse: “Gente! Se nós seguirmos a lógica dele nós vamos ser obrigados a concordar com ele. Isso é uma lógica burguesa!”

            Não tinha ainda prestado atenção nessa prática comunista, de não privilegiar o debate e sim a denúncia. O que observo agora, prestando mais atenção, é a prática maciça da denúncia sem entrar no mérito dos argumentos. Vejamos o que acontece com as críticas ao governo Bolsonaro. Gritam que o presidente é fascista, genocida, machista, etc., mas não entram no debate lógico dos argumentos mostrando as características de quem está acusado com os conceitos e exemplos históricos. Se formos aplicar essa forma de argumentar, veremos que aquele que é acusado pelas esquerdas de tais adjetivos, são mais facilmente encontradas similaridades naquelas personalidades que eles defendem. Encontramos assim outra observação interessante, de acusar o outro, denunciar a pessoa de crimes e vícios que eles mesmo são possuidores.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/07/2021 às 02h19
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