Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/12/2012 20h44
É NATAL

            Hoje é o dia máximo da cristandade. Tudo envolto em forte simbolismo,amparado por alguns fatos reais. O nascimento de uma criança com toda a aureola de Messias, esperado como o salvador de toda uma raça que se mostrou em seguida o Salvador de toda a humanidade. Diversas correntes de pensamento passaram a interpretar de forma diferente o que Ele ensinou e daí o surgimento das diversas religiões cristãs. Todas consideram o Deus único, Pai do Messias e de todos nós. A principal lição que Ele nos deixou foi a de obedecer a Lei do Amor, representada na base pelo Amor Incondicional, e nos relacionamentos pelo comportamento de inclusão afetiva, evitando a exclusão egoísta. Infelizmente essas lições básicas do grande Mestre, ao qual tenho grande respeito e me considero seu discípulo, não são colocadas em prática. Podem até ser defendidas do alto dos púlpitos, dos palanques, mas quando chega a hora de a aplicar, somos inclinados a agir de acordo com o egoísmo que privilegia nossos parentes biológicos, nossos amigos e muitas vezes prejudicamos o próximo a quem não conhecemos.

            O simbolismo do Natal serve para que eu possa fazer uma profunda reflexão, relembrar as lições do Mestre, verificar o que eu entendi, o que consigo colocar em prática. Ter a humildade de aceitar as lições vindas de todas as fontes, já que a verdade não é apanágio de uma só pessoa. Devo respeitar o trabalho da Ciência na busca e interpretação dos fatos e assim mostrar uma verdade mais precisa. Devo evitar a prepotência de que sou o dono da verdade, ou os meus amigos, ou os meus parentes, ou meus concidadãos... a verdade pode estar na experiência de um simples analfabeto dentro de algum aspecto que o mesmo aprofundou suas atividades e interesse na vida.

            O simbolismo do Natal serve para reforçar o sentimento de humildade, de solidariedade, pois foi aquele menino nascido em uma manjedoura ao lado de animais e pastores, que influenciou tanto a humanidade que o tempo passou a ser contado a partir do seu nascimento, antes ou depois de Cristo. Suas lições, apesar de não serem praticadas pela maioria das pessoas,l, até mesmo pela maioria dos crentes, não deixam de ser defendidas em público.

            Aproveito o simbolismo desta data para reforçar os meus votos de discípulo, de estudar sua lição sobre a Lei do Amor e de procurar a colocar na prática, inclusive dentro da minha própria vida, nos meus relacionamentos. Mesmo que eu seja repudiado por causa disso, até mesmo por pessoas com muito amor, não posso tripudiar dos esforços do Mestre, de procurar aplicar suas lições.

            Sim, Mestre Jesus, podem tantos dizerem que não estás ao nosso lado, mas que um dia irás voltar... eu te vejo todo o dia na pele de um favelado, de um miserável, de um faminto, de um prisioneiro, de um hospitalizado... de um necessitado! Sei que estás ali à espera que eu aplique as lições que recebi. Sei que ainda não sou perfeito e que minhas notas não são as melhores, mas não sou um aluno displicente, Mestre, sei que devo me aplicar muito mais, e para isso peço ao Pai as forças necessárias.

            Mestre, não tenho mirra, ouro ou incenso para lhe presentear neste dia, mas lhe coloco aos seus pés a lembrança de uma velhinha que ajudei a atravessar a rua.

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em 24/12/2012 às 20h44
 
23/12/2012 17h46
PONTUALIDADE E CARIDADE

            A pontualidade pode ser considerada uma das diversas formas de Caridade, do respeito que devemos ter por quem nos espera. Mas como tudo que envolve nossa vida depende das considerações e do contexto que possa existir em determinado momento, é importante que não nos sintamos obrigados a executar algo que está escrito, que consideramos correto e desconsiderar os apelos da consciência.

            Tenho um exemplo ocorrido ontem para justificar essa assertiva. Tinha um encontro marcado para visitar um amigo que prima pela pontualidade. Então, mesmo que assim não fosse, que ele não fosse tão pontual, seria a minha obrigação o ser. Acontece que na hora de sair de casa fui instado a dar uma carona inesperada a uma jovem que estava gestante, próxima de dar a luz, cerca de 15 dias. Mesmo assim ainda ia ao trabalho e teria que pegar 2 ônibus para chegar em casa, local próximo da casa do meu amigo. Foi nessa circunstância que minha amiga que estava indo comigo para a reunião ofereceu a carona, sabendo que eu não me oporia. Acontece que eu não iria lhe deixar no caminho de sua casa naquela circunstância. Desviei do caminho e entrei por estradas de difícil transito até chegar na sua humilde morada. Consequência, cheguei com bastante atraso na casa do meu amigo. Como ele é uma pessoa de profundos sentimentos cristãos, e nossa reunião tinha inclusive esse objetivo, de ver a melhor forma de servir ao Mestre Jesus, ele não teceu nenhum comentário sobre o atraso. Também não dei maiores justificativas, disse apenas de forma genérica que tinha entrado em ruas e mais rua se terminei por atrasar o nosso encontro.

            Acredito que tenha sido uma ocasião onde a pontualidade foi ofendida, mas caridade foi respeitada. E tudo no maior silêncio, como o Mestre nos ensinou a fazer, tanto o meu amigo por não falar nada sobre o meu atraso e do meu silêncio sobre a ação da carona imprevista.

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em 23/12/2012 às 17h46
 
22/12/2012 01h19
GOVERNO

            O nascimento de Jesus foi cercado de uma auréola de poder, que estava nascendo um Rei, que seria instalado um novo reino. E na verdade foi isso que Ele passou a ensinar, que Ele era filho de Deus e que veio instalar um novo Reino na terra. Só que esse reinado não era baseado na força das armas, no poder político que o deveria lançar. Era isso que todos esperavam, mas Jesus passou a explicar que a revolução não aconteceria no exterior, na subjugação dos adversários externos; Jesus ensinava que a revolução deveria acontecer de dentro para fora, deveríamos primeiro subjugar nossos adversários internos, todos com raiz no egoísmo.

            A palavra profética de Deus anunciava que um menino iria nascer, que Ele iria ser o nosso governador, que seria o príncipe da paz. Esse governo do príncipe da Paz ainda não aconteceu. Porém várias etapas já foram cumpridas para o estabelecimento do Reino de Deus. Já houve o tempo da manjedoura, já houve o tempo da cruz, já houve o tempo do túmulo vazio. Há de chegar o tempo do Governo e com ele virá a paz, a solidariedade, o Amor Incondicional.

            Jamais esse Reino será constituído se não limparmos os nossos corações de qualquer resquício de egoísmo, seja qual fora sua forma. Do amor romântico com sua forte carga de exclusão; da inveja sutil ou declarada do próximo tentado o desacreditar frente os significantes; do ciúme perverso de alguém que pode estar usufruindo de algo que poderia ser seu; da raiva destrutiva com o potencial de lesar moral ou fisicamente o outro... Podíamos alongar muito essa lista de sentimentos negativos, todos com o DNA do egoísmo. Esta é a revolução que o Príncipe da Paz veio dar início e possibilitar assim o início do seu governo. Até agora não conseguimos alcançar uma massa crítica para isso ter início. Temos exemplos de pessoas muito valorosas que com empenho mostraram que é possível praticar as lições do Mestre, mas esses exemplos não chegam a motivar a maioria para sua aplicação prática honesta e coerente. Muitas vezes usadas essas informações espirituais para o reforço material de uns poucos em detrimentos da massa. Mas Jesus permanece no comando e com certeza terá estratégias para superar essas dificuldades. Da minha parte, me coloco como seu discípulo e se for declarada uma guerra espiritual, como parece já está acontecendo, me apresento como voluntário para ser mais um combatente nas forças do bem e lutar para o estabelecimento do Reino de Deus no nosso mundo material, a partir da transformação para o bem de meu coração, o limpando de qualquer “sujeira” egoísta que identifique dentro dele.

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em 22/12/2012 às 01h19
 
22/12/2012 00h34
FÉ E REALIDADE

            O materialista sempre associa a fé com uma falsa realidade, algo que não existe, que é uma fantasia na cabeça dos crentes, alimentada por uma série de dogmas, por milhares, milhões! Defende que somente acredita naquilo que percebe por seus órgãos dos sentidos, ou no máximo, por aparelhos fidedignos. O mundo espiritual para o materialista é pura fantasia. Mas, vejamos só, como a fé pode transformar ou mesmo construir uma realidade. Vejamos o exemplo de Jesus Cristo. Defendia que era filho de Deus, uma fé que tentava passar para todos ao seu redor e que associado a isso deveria ter toda uma gama de comportamentos condizentes com essa filiação e com os irmãos, todos os seres humanos criaturas do mesmo Pai. No início houve muita dificuldade, o Mestre foi julgado e condenado a uma morte torturante, a crucificação. Os seus ensinamentos permaneceu existindo, passando de boca em boca, por quem o conheceu e por quem sem o conhecer aceitou a verdade do ensinamento, a verdade da fé que estava embutida nos ensinos. Várias pessoas também foram sacrificadas, supliciadas, mortas como objeto de diversão nos circos romanos. Este comportamento baseado numa fé se estndeu ao longo dos séculos e ao longo dos países, ao longo do tempo e espaço. Hoje moramos num continente que naquela época nem era considerada a sua existência, o continente americano, o Brasil. Mesmo assim os efeitos daquela fé atingem nossa comunidade e nosso comportamento coletivo. Estamos em plena época natalina, há toda uma transformação na sociedade que adquire aspecto mais solidário, existem mais doações, mais acolhidas, mais compreensão. Então podemos dizer que nossa realidade foi profundamente afetada por nossa fé. O clima coletivo é que devemos preparar o Natal que é data do nascimento do filho de Deus, Jesus de Nazaré. Mas existe uma diferença, quem mesmo assim não considera o mundo espiritual, participa da mudança coletiva, mas não consegue sentir Deus no coração, sentir Deus na sua vida.

            Eu falo dessa forma como uma crítica aos materialistas de um ponto de vista bem interessante e bem conhecedor da causa. Digo assim porque até pouco tempo também eu era um materialista, conhecedor profundo do mundo acadêmico, onde a fé não tinha nenhum espaço. Mesmo agora depois que revi meu comportamento e percebi de forma racional que nada pode existir sem ter uma causa, e a causa última, inevitavelmente, é uma força organizadora, que arquiteta todo o universo. Essa inteligência superior, apessoal, que perpassa toda a natureza á a quem denomino de Deus. a essa concepção tenho que render minha prepotência e o aceitar como meu Criador, meu Pai, a quem devo respeito e amor. Então, a minha aceitação do mundo espiritual não está ainda devidamente amadurecida, em me entroso no mundo espiritual, mas sei que ainda não absorvo dele o que ele tem para oferecer.

            Vivo hoje a realidade do Natal como uma homenagem ao nosso grande professor, Jesus, o espírito mais evoluído que já chegou até a terra. Mas sei que ainda falta muito para eu atingir o nível que o Mestre possa considerar como regular.  

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em 22/12/2012 às 00h34
 
20/12/2012 02h58
O NOME DE DEUS

            Alá, Buda, Krishna, Tupã, Jesus, Deus, jeová... Tantas quantas sejam as comunidades humanas. Tantos quanto são os nomes que encontramos para designar o Senhor da Vida, o arquiteto do universo, a mãe Natureza. Coube a mim nascer no Ocidente, num pais essencialmente cristão, cujo nome da divindade maior é Deus. Mas se eu tivesse nascido mais um entre os bilhões de orientais? Eu teria Krishna ou Buda como divindades maiores. Se eu tivesse nascido numa tribo de índios no Brasil? Teria como divindade a Tupã... e assim sucessivamente. Agora vem a pergunta: qual o grupo que está certo? Qual a divindade verdadeira e todas as outras falsas? A tendência é que eu reconheça a minha divindade como a verdadeira e todas as outras falsas. Mas vamos nos colocar na pele de um índio e ouvir de alguém que Deus que eu acredito é falso! Ou na  pele de um oriental, de ouvir alguém dizer que minha divindade milenar, muito mais antiga que o cristianismo, é uma divindade falsa, que a divindade verdadeira é aquela surgida na terra de Ur, que escolheu uma nação a partir de um patriarca, Abraão; que enviou para a terra o seu filho “único” para salvar a humanidade; que seus seguidores passaram a corrigir o mundo à força da espada com as Cruzadas ou com a força das fogueiras, nos julgamentos eclesiásticos...

            A confusão fica maior quando a divindade diz que todos somos irmãos, pois todos somos criação dEle, e que devemos amar ao próximo como se fossemos nós mesmos, pois no próximo também está a sua imagem e semelhança. E nós dizemos amar ao nosso Deus e ao mesmo tempo sou intolerante com o próximo que tem um outro nome para a divindade.

            Sei que existe um só Deus e que Ele criou e continua a amar qualquer espécie de sua natureza, inclusive nós. Não me incomoda ou fere os ouvidos que a divindade suprema seja chamada de outro nome que não seja Deus. sei que qualquer que seja o nome dado, é o mesmo nome que cultuo: Deus.

 

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em 20/12/2012 às 02h58
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