Irei publicar hoje um texto do advogado Carlos Vítor Santos Valiense e que foi publicado na revista monárquica “Herdeiros do Porvir” que merece nossa reflexão.

POR QUE OS PRÍNCIPES INCOMODAM TANTO?

Carlos Vitor Santos Valiense*

Quem diria que no Brasil voltaríamos um dia a falar em monarquia após 130 anos da Proclamação da República! É muito curioso ver a receptividade que o movimento monárquico vem tendo dia após dia. Em meio às roubalheiras republicanas, a falta de um arcabouço moral leva os brasileiros a olhar para trás e ver quão glorioso foi o tempo em que existiam verdadeiros políticos, e não meros politiqueiros como hoje.

A República mostra cada vez mais a sua verdadeira cara como sistema falido, corrupto e sem princípios, enquanto a monarquia deixou de ser um mero saudosismo – como dizem as mídias – para se tornar um movimento com expressão e nome. Sabe-se de todos os óbices impostos à propaganda monárquica no plebiscito de 1993, mas isso não impediu que o movimento crescesse a ponto de se tornar tão evidente como nos nossos dias.

A surpreendente adesão de jovens à causa monárquica revela a sua constante busca de algo por que verdadeiramente vale a pena lutar. Alguns meios que se dizem monarquistas, por um impulso da Revolução multissecular e anticristã que penetra nas tendências humanas, optam por um sistema monárquico que agrade ao público por seu espírito liberal e politicamente correto. Este pensamento, além de ser o cerne do pensamento “inovador” do verdadeiro golpe republicano, é também a enfermidade revolucionaria atual.

FORMAÇÃO MORAL

Olhando-se para os Príncipes herdeiros da Família Imperial brasileira, vê-se neles o que rareia em incontáveis políticos brasileiros: o amor ao seu povo. O mais interessante é observar o comportamento das pessoas ao se aproximarem deles quando em público; é algo muito filial e encantador. Eles não possuem dinheiro nem cargos políticos para dar a ninguém. Por qual motivo as pessoas acorrem então a eles? Porque o monarca é o pai da nação e, como tal, acolhe seus filhos e lhes dá a firmeza necessária para continuarem a lutar pela sua Pátria. Vejam a Monarquia inglesa: caem repúblicas e presidentes, mas ela permanece de pé, como símbolo intrépido do povo inglês; olhar para ela é ver o grande sustentáculo da Inglaterra.

Também é belo considerar que os Príncipes brasileiros receberam uma formação moral e religiosa sólida, tão necessária ao cumprimento de seus deveres diante de Deus, da Pátria e da História. A Providência presenteou-os com um pai como D. Pedro Henrique, uma mãe como a princesa D. Maria da Baviera, e com um amigo a cujo respeito vale a pena ressaltar o que diz a Escritura: “Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”. Assim, ao confiar ao grande Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a formação do falecido D. Luiz e de D. Bertrand, D. Pedro Henrique estava cônscio de que não se equivocaria.

Grande pensador e homem de ação, o Prof. Plínio soube como ninguém transmitir aos Príncipes o espírito combativo e o amor incondicional à Igreja Católica, à Pátria e ao povo brasileiro. Católico e monarquista, ele formou os Príncipes para serem grandes monarcas, a exemplo de Carlos Magno e de São Luiz IX.

D. Bertrand, seu imediato sucessor D. Antonio e demais descendentes não somente mostram por palavras aquilo que um povo tem de mais importante – os valores morais, hoje quase inexistentes –, mas são destes um exemplo vivo; não só levam o ideal monárquico ao Brasil, também mostram os verdadeiros ideais conservadores que o povo preza. Afastar-se do perfil abnegado, restaurador e honesto de D. Bertrand e de D. Antonio é igualar-se aos parâmetros do perfil republicano: liberais, gnósticos, imorais e ladrões. Eis o desafio dos sucessores de nossos Príncipes atuais: levar a cabo o perfil monárquico conservador.

INDIGNAÇÃO DA MÍDIA

Por que os Príncipes incomodam tanto a mídia, chamando-os de retrógrados, falidos e sonhadores? A resposta é simples: é porque eles são autênticos e coerentes, não vivem de sonhos utópicos, pois se assim fosse não haveria hoje tantas pessoas se declarando monarquistas em pleno século XXI. Eles são coerentes com aquilo em que acreditam, não mudam de posição para agradar a grande mídia manipuladora, e tampouco aderem ao politicamente correto. Eles incomodam e continuarão a incomodar porque vieram tirar os incautos de sua comodidade e denunciar os revolucionários; porque são autênticos católicos, possuidores de uma coerência e de uma fé inabaláveis; porque são puros por opção e respeito aos seus ideais; porque, como Príncipes, trazem no sangue o amor a mim, a você e ao Brasil.

* Advogado. Artigo publicado originalmente na edição nº 71 do Boletim “Herdeiros do Porvir”, de outubro, novembro e dezembro de 2022.

            Verdade, é difícil uma pessoa de mente aberta, de bons princípios, que ao refletir sobre esses fatos, não se torne simpático ou mesmo passe a defender, como eu, o retorno da Monarquia ao Brasil.

            A cooperativa Colinas criará um grupo no WhatsApp para incluir todos os moradores da Rua do Motor que desejem participar do projeto de ajuda mútua.

            Cada morador colocará sua profissão e o serviço que oferece dentro da comunidade. O próprio morador pode dizer qual serviço oferece e de que forma. Os negócios que são oferecidos na casa, serão feitos a foto com as características e postado dentro do grupo. A cada dia o morador pode atualizar o serviço que oferece.

            Para a sensibilização do morador dentro do projeto será feito um texto com o seguinte teor:

            Caro morador (a)

            A Cooperativa Colinas e a AMA-PM estão promovendo um grupo de mútua ajuda profissional e comercial dentro da Rua do Motor e espera contar com sua colaboração.

            O grupo será formado no WhatsApp e poderá ser postado a foto do profissional ou do serviço que ele oferece dentro do bairro.

            O grupo terá a função de um jornal midiático onde a cada dia a pessoa pode atualizar o serviço que oferece.

            Não será postado nesse grupo nenhuma comunicação de caráter político partidário ou de agremiação religiosa.

            Este trabalho está dentro do Projeto Foco de Luz que procura levar a fraternidade que Jesus ensinou a todas pessoas, independente de partido político ou credo religioso, apenas amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

            Esperamos nos relacionar fraternalmente com base no amor incondicional.

            Assinamos

            Cooperativa Colinas

            AMA-PM

            Projeto Foco de Luz

            Este texto será enviado previamente a cada morador. Depois passará uma equipe de duas ou três pessoas para falar do trabalho em cada casa e colher o cadastro dos moradores.

            Será indicado um morador para ser o representante da rua e administrador do grupo, fazendo o contato com qualquer das instituições participantes do projeto. Poderá dar expediente na sede da cooperativa Colinas que funciona no Centro Social Nossa Senhora de Fátima. Terá a responsabilidade de divulgar os serviços para além da rua e do bairro, favorecendo a entrega de algum serviço através de moto e de anunciar no bairro através de carro de som quando for necessário.

            O conteúdo mental, racional, da espécie humana, nos capacita a perceber que gerenciamos uma vida biológica dentro de um caminho evolutivo que nos leva em etapas sucessivas das quais não evitar: nascimento, infância, juventude, maturidade, velhice e morte. Nesse caminho evolutivo devemos gerenciar o corpo para evitar as doenças e adquirir conhecimentos e educação para manter a saúde e a sociabilidade necessária dentro dos padrões de justiça e solidariedade.

            A educação ética que devemos ter em todas as etapas de nossa vida é o instrumento que irá iluminar o caminho e nos tirar da condição animal, nos levando para a condição humana, onde o egoísmo prejudicial aos demais membros da sociedade está devidamente controlado.

            Para encontrar uma educação com essas características éticas, devemos observar qual das diversas ideologias construídas pelo engenho humano é a melhor. Entre tantas, a ideologia cristã ensinada por Jesus de Nazaré parece ser a mais eficiente em coibir a força instintiva do egoísmo e gerar uma sociedade fraterna de amplitude universal.

            Para ensinar essa ideologia cristã foram criadas diversas igrejas a partir da Igreja Católica Apostólica Romana. No entanto, esses ensinamentos não conseguem coibir, até hoje, cerca de 2.000 anos de sua criação, a força do egoísmo dentro da sociedade. Todo tipo de iniquidades são praticadas, como corrupção, mentiras, guerras, que levam à fome, pragas e misérias, sem que a justiça seja devidamente praticada e muitas vezes  cooptada pelo egoísmo que se torna generalizado.

            Este projeto tem o objetivo de apresentar de forma racional os principais pilares da ideologia cristã e convocando os participantes para a tentativa de aplica-los com honestidade e fidedignidade conforme ensinou o seu autor, sem necessariamente estar filiado a qualquer igreja.

            A essência deste ensinamento é que o mundo é dividido em duas dimensões, material e espiritual, que tudo passou a existir pela ação de um Criador, que por isso é o Pai de todos, e por isso devemos nos comportar como irmãos, fraternalmente, amando ao outro como se fosse a nós mesmo, pois esta é a vontade do Pai criador.

            Este ensinamento evoca o comportamento dos pais biológicos, que educam os filhos com essa orientação, da ajuda mútua, de não prejudicar ao outro irmão para atender suas necessidades individuais, pois o outro também passa por necessidades idênticas.

            As pessoas que aceitarem participar do projeto, com a luz do ensinamento cristão em seu caminho evolutivo, preencherão um questionário para avaliar sequencial e objetivamente o nível de virtudes, vícios e defeitos. Participarão dos projetos realizados nas demais associações, AMA-PM e Colinas, como prática do ensinamento cristão.

            Chega o momento de organizar a tarefa de levar a proposta de construtores do Reino de Deus a tantos quantos possam ouvir. Importante começar pela Praia do Meio onde já existe um trabalho de natureza cristã sendo desenvolvido: Projeto Foco de Luz da UFRN, Associação Crista de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) e Cooperativa comunitária (COLINAS).

            Agendaremos uma reunião como o primeiro passo, para informar sobre a lição básica de Jesus, reconhecer Deus como nosso Pai e agirmos fraternamente com o próximo. O primeiro momento desta reunião será a oração ao Pai, pedindo compreensão para o que vamos expor e que cada um tenha o discernimento suficiente para ver a forma de engajamento no trabalho que o Pai espera de cada um de nós, de acordo com as nossas características, comprometimentos e vontade de ser mais um cidadão do Reino de Deus.

            Após a oração, pedimos a apresentação de cada um dos presentes, e passamos a lembrar o principal conteúdo espiritual que Jesus veio nos ensinar como alicerce do Reino de Deus que podemos construir: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo. Essa segunda parte é a mais complexa, pois envolve o inter-relacionamento humano que é cheio do egoísmo natural de nossa condição animal. Precisamos reconhecer isso e procurar limpar o nosso coração do excesso de egoísmo e tratar a todos fraternalmente, desenvolvendo as virtudes e eliminando vícios e defeitos. Não importa que sejamos membros de determinada igreja, isso não será impedimento, pelo contrário, nosso comportamento cristão será mais efetivo.

            Importante acertar com os presentes interessados algum tipo de compromisso, uma agenda para viabilizar uma rotina que possibilite a participação da maioria das pessoas interessadas, fechando um dia e horário fixo. Assim fica mais fácil para todos se programarem e incluir mais pessoas para serem informadas.

            Além dessas acoes em locais fixos, serão planejados outras acoes em locais diferentes, quer sejam nas casas ou locais de trabalho das pessoas do bairro. As três instituições de natureza cristã e comunitária que existem no bairro (AMA-PM, Foco de Luz e Cooperativa Colina) serão convocadas para servirem como instrumentos dessa tarefa de construção do Reino de Deus, seguindo o principal ensinamento que Jesus nos trouxe: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

            A cooperativa Colina cadastrará todos os interessados que moram e trabalham na rua do Motor, formando um grupo no WhatsApp, informando os serviços que são prestados e que podem ser administrados pela sede da Cooperativa que funciona no Centro Social Nossa Senhora de Fátima.

            O Projeto Foco de Luz levará essas atividades para dentro da UFRN através do Departamento de Medicina Clínica/Centro de Ciências da Saúde/Hospital Universitário Onofre Lopes.

            A AMA-PM colocará em cada rua uma pessoa responsável pela liderança, que seja participativo na resolução das diversas demandas para o fortalecimento sociocultural e espiritual da comunidade.

            As atividades de cada instituição serão melhor definidas nos textos que serão publicados nos dias seguintes

            Amar ao próximo foi a orientação que Jesus deu a quem aceita a sua principal lição que é reconhecer Deus como o nosso Pai universal, Criador de tudo e de todos.

            Este é o mandamento de amor como base do relacionamento de quem queira ser discípulo do Mestre, acatando todas as suas lições, construindo o Reino de Deus. Ele mesmo nos deu a lição prática, nos ensinando a amar, amando a nós mesmos, que somos cheios de pecados, vícios e deformidades morais. Vejamos o exemplo de Judas, O traindo por 30 moedas, de Pedro O negando por três vezes, de João e Tiago querendo prioridades ao Seu lado no Reino de Deus, de Tomé desconfiando de Suas palavras...

            Mesmo sabendo de nossas limitações e defeitos, Ele nos amou até o sacrifício máximo da crucificação, e este foi o exemplo prático deixado para nós. Amar ao próximo, mesmo sabendo de suas limitações, dificuldades e defeitos morais.

            Porém, parece existir uma determinada limitação. Mesmo que esse amor esteja dirigido ao próximo e assim não oferecer barreiras de qualquer espécie para a sua aplicação, nem mesmo a barreira da consanguinidade, existe, porém, um pré-requisito: é que a pessoa que foi esclarecida sobre a existência do Pai, na necessidade da fraternidade universal e da construção do Reino de Deus, esteja de fato compromissado em cumprir as lições na sua prática pessoal, em qualquer que seja a circunstância.  

            Então, querendo ser o discípulo do Mestre, devo acatar o que Ele ensinou como verdade, mesmo não vendo o Pai nem tendo certeza da instalação desse Reino dos Céus. Isso se chama fé, que devo desenvolver, que está acima das dúvidas materialistas que considera como real somente o que possa ser percebido pelos nossos órgãos dos sentidos ou por aparelhos tecnológicos. Esta fé é o que dá sustentação à nossa decisão de nos considerar filhos de Deus, de viver em fraternidade junto com os irmãos, e de construir o Reino de Deus com a aplicação dos princípios espirituais acima dos materiais.

            Após o primeiro passo, o de viver pela fé, vem o segundo passo, praticar o que foi aprendido. Isso vai se chamar catequese, mas não obrigatoriamente dentro de qualquer igreja, mesmo que estando dentro de determinada igreja a pessoa continue capacitada a praticar o que aprendeu sobre o Reino de Deus.

            Agora é fazer como Jesus orientou, ir ao mundo de dois em dois, sozinho ou em grupo maior, para levar a mensagem do Reino de Deus que está próximo e que Jesus veio ensinar como ser cidadão desse Reino e que depende do discernimento e da atitude de cada pessoa que houve, o querer entrar ou não para esta nova sociedade de inspiração celestial.

            Vamos encontrar resistências à construção deste Reino de Deus em todas as partes, até mesmo nos livros considerados sagrados, mas devemos entender tudo como Jesus nos ensinou: não é a letra que deve nos guiar, mas o espírito que a letra demonstra existir, portanto, seguir a lei espiritual de acordo com a hierarquia, como Jesus disse ser a maior lei: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.