Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/07/2020 00h12
CARTA ABERTA AO HOSPITAL SANTA LUCIA - BRASILIA, DF

            Vamos verificar agora o que aconteceu com um paciente que procurou atendimento no Hospital Santa Lúcia, em Brasília-DF. Volto a ressaltar que não vou em busca da veracidade do que ocorreu na realidade, mas considero o escrito como uma possibilidade, mesmo que seja um texto fictício. Neste caso, oriento os meus leitores a fazerem como eu, refletir sobre a ocorrência escrita, sem colocar culpas no Hospital ou seus profissionais. A atitude, que está sendo descrita, é que está sendo colocada para nossa reflexão. É como acontece nos romances de nossos autores, onde as atitudes fictícias dos personagens é que são avaliadas pelo nosso racional, para a construção ética de nossos paradigmas morais. 

Este é o relado do que ocorreu comigo quando do atendimento com sintomas da COVID-19 no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, DF.

No dia 30/06, procurei o Hospital já com os sintomas de tosse, garganta seca, nariz obstruído, falta de olfato e paladar, além de dor de cabeça. Durante o atendimento, cheguei a propor a adoção do protocolo de medicamentos precocemente (AZ + HCQ + IVERMECTINA + Zinco). No entanto, minha sugestão não foi acolhida pelo médico que me diagnosticou com "rinite alérgica e garganta inflamada" receitando um antialérgico (Dicloridrato de Levocetirizina) e Dipirona. Então, eu solicitei que o médico fizesse um relatório e solicitasse os exames sorológico e de PCR para o SARS-COV-2.

Realizei os exames no SABIN em 02/07 (quinta-feira), e observei uma piora significativa no meu estado de saúde nos dias que se seguiram. Fadiga, dor no corpo, dor no pulmão ao respirar profundamente, uma tosse terrível e muita dor de cabeça. O resultado do PCR POSITIVO foi disponibilizado no domingo à noite (05/07).

Na segunda-feira (06/07) me dirigi novamente ao Hospital Santa Lucia, já com o resultado do PCR POSITIVO e fui submetido a uma TOMOGRAFIA e exames de sangue adicionais que mais uma vez comprovaram a COVID-19, com laudo conclusivo da TC: "Achados consistentes com indicação clínica de pneumonia viral por SARS-COV-2 (COVID-19). Percentual de acometimento pulmonar entre 25 e 50%"

Mais uma vez, solicitei aos médicos (fiquei tanto tempo no hospital que houve mudança de turno) que indicassem o protocolo adotado em vários países do mundo, e também no Brasil, inclusive citando os estudos realizados e os resultados obtidos pelo Dr Didier Rault em Marselle (FRA), o Dr. ZELENKO de NY, o Dr Paolo Zanotto (Prevent Senior - SP), Dra Nise Yamagushi, Dr Zeballos e Dr. Anthony Wong, entre outros, mencionando também o protocolo adotado pela UNIMED e mostrando o protocolo sugerido pelo grupo de 478 médicos do DF para o tratamento precoce da COVID-19.

Apesar de toda a minha argumentação e da minha insistência para ser medicado, ouvi dos "jovens médicos" que tudo aquilo era "FALÁCIA" e que não havia tratamento para a doença, que somente uma vacina poderia resolver e mesmo assim não antes de 2021... Eu ainda tentei insistir na minha argumentação, porém quando ouvi do "jovem médico" que "ele era o médico e que não discutiria mais comigo sobre o assunto", percebi que não adiantava mais argumentar. 

Então questionei qual seria o tratamento? E, para minha surpresa ele me recomendou "retornar para casa em observação e em caso de piora retornar ao Hospital". Foi aí que minha indignação chegou ao limite! Eu me levantei, e lhe disse que já estava na fase 2 da doença, com quase 50% do pulmão acometido, e que se piorasse, a próxima fase seria entubar!?  Isso tudo sem receber nenhuma medicação! Eu não me sujeitaria a isso, e me retirei.

Lamento que o Hospital adote esse procedimento, ou a "falta de procedimento”, e oro pela vida das pessoas que buscam atendimento no Santa Lúcia com sintomas da COVID-19 em busca de tratamento e recebem indicação para voltarem para casa, tomar "Dipirona" e em caso de falta de ar ou piora no quadro retornarem ao Hospital.

Quantas internações poderiam ter sido evitadas? Quantas vidas poderiam ser salvas? Assim como foram salvos milhares de vidas em Belém (PA) com a adoção do protocolo da UNIMED precocemente no aparecimento dos sintomas.

Não posso crer que um Hospital como o Santa Lúcia ainda não tenha adotado os protocolos que vêm apresentando resultados práticos excelentes no tratamento da COVID-19, mesmo enquanto os estudos científicos desses protocolos ainda não são finalizados de acordo com os procedimentos exigidos. 

Após deixar o Hospital Santa Lucia, procurei outro hospital que estivesse adotando os protocolos mencionados acima, fui medicado com AZITROMICINA + IVERMECTINA + DEXAMETAZONA, e com pouco mais de 24 horas de tratamento já não sinto desconforto respiratório, nem dor de cabeça, nem fadiga, e a tosse já começa a expectorar os pulmões. Inclusive, hoje mesmo (08/07), realizei minha caminhada de 6km em 1h12min com os pulmões absolutamente normais e sem incômodo nenhum!

Estamos numa guerra! Temos que lutar com as armas que temos! Se tivermos que morrer, que morramos lutando, mas nunca sem lutar!

Obrigado pelo seu tempo.

Valter Ferreira Mendes Jr

Este é o contexto que devemos refletir, quer seja fictício ou não. Sendo fictício e colocado para ser avaliado como verdade no prejuízo do Hospital e seus funcionários, que os órgãos de proteção à verdade tomem suas providências. Mas, se forem verídicos, que os órgãos de proteção à comunidade também tomem as providências. Fica para nós, neste pequeno espaço de avaliações racionais, o que aponta a nossa consciência. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/07/2020 às 00h12
 
12/07/2020 06h23
OPINIÃO DO INFECTOLOGISTA

            Vejamos a opinião de um especialista que lida diretamente com as doenças infectocontagiosas...

Desculpa, eu sou infectologista, acompanho essa epidemia desde novembro, quando relatos de srag na China começaram a surgir nas redes de infecto (proMED etc), estou estudando MUITO sobre COVID, nem por isso me intitulo “especialista em COVID”. Vocês acompanharam aqui eu falando de cloroquina, corticoide, etc., muito antes disso virar tema mundial. Sou autor do manual/orientação do Ministério da Saúde sobre o tema e após todo esse período e diante dos mais de 50 estudos já consolidados sobre cloroquina, corticoide, muitos de alto valor, até mesmo os estudos “contrários” que foram escritos de má fé e caíram por terra (e foram por mim e vários outros denunciados), eu não tenho a menor dúvida que neste momento a terapia precoce recomendada pelo MS é a melhor medida médica a ser adotada aos portadores da COVID. Comprovadamente está diminuindo mortalidade nos estudos observacionais de qualidade já publicados, eu estou recomendando sem medo de errar a todos que me perguntam, não é achismo, TEM sim evidência científica sólida, MUITO mais que as que se dizem “contrárias” e em especial a referente ao corticoide já temos ECR DC mostrando queda da mortalidade em quase 40%.

O que algumas sociedades médicas (não são científicas, são associativas) estão fazendo é travar uma luta política e de ego e, no fim, de PODER, embarcando em uma narrativa antigovernamental que não cabe na medicina, pois deveríamos estar preocupados em cuidar da VIDA e não de política.

Não é verdade que o tratamento preconizado pelo MS de forma precoce não tem evidência, não é verdade que não tem eficácia. Pode não ter a MELHOR evidência ou a MELHOR eficácia, mas se lembrarmos que apenas 12% dos procedimentos em Cardiologia, considerada a MECA da MBE, são baseadas em evidência 1A, não é aceitável cobrar este nível de evidência para tratarmos uma epidemia mortal sem controle acusada por um agente biológico novo no Planeta.

Claro que precisamos de tratamentos melhores, mas por enquanto o que existe já tem evidência de redução de Dano e ficar nessa estultice de negar o óbvio com argumentos insanos como “ah, mas tem gente que tomou e ficou grave”, como se um tratamento tivesse a obrigação de 100% de eficiência (vamos parar de usar antibiótico, AAS, quimioterápico etc., porque mesmo usando alguns ficam graves?)

Outro argumento idiota é o de desqualificar o colega pela falta de especialidade, como se o infectologista tivesse o monopólio de prescrição. Não existe esse conceito na medicina, cada um se responsabiliza pelo que prescreve, igualmente na engenharia. Essa desqualificação só está favorecendo aos inimigos da medicina pois estamos deixando que Juízes determinem o que pode ou não ser prescrito.

Era isso o que eu tinha a dizer.

Dr Francisco Cardoso, Infectologista.

Podemos verificar assim, quantas mortes estão acontecendo por esse comportamento politiqueiro de uma doença, inclusive para desvios de verbas públicas. Sabemos que o planeta está em fase de transição, da classificação de Provas e Expiações, para a classificação de Regeneração. Dentro desta classificação, o planeta terá a preponderância do Bem sobre o Mal, e quem sabe, essa pandemia não está sendo um teste para ver quem condições de permanecer no planeta ou precisa ser expurgado para outro, por não ser capaz de se regenerar ou de ver com coerência onde está posicionada a Verdade.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/07/2020 às 06h23
 
11/07/2020 23h59
POLÊMICA COVID

            Frente a pandemia do Covid-19 que ameaça o mundo e o uso politiqueiro que tentam e querem fazer da situação, ameaçando a vida da comunidade, inclusive com o aumento do número de mortes, irei transferir uma série de opiniões que circulam pela net e que refletem minha opinião. É de interesse que meus leitores consigam fazer suas próprias reflexões e tirar suas próprias conclusões, num ambiente racional e coerente. Este primeiro texto tem a suposta autoria de Ana Tabet. Digo assim, suposta, por não ter ido em busca da veracidade da autoria, pois o que importa é o conteúdo da mensagem e nela é que está a minha sintonia e a que coloco para os leitores.

            POLÊMICA COVID

Ana Tabet 

Podem ter certeza: pensei muito antes de escrever este texto. Mas não é do meu feitio me omitir, nunca foi. Estou habituada a caminhar no fio da navalha. 

Sou médica e professora de curso médico há 36 anos, trabalhando em hospital público universitário. Acostumada com alunos, questionamentos, condutas, divergências entre colegas e convivendo com tudo isso de forma construtiva. 

Aprendi que Medicina não é uma profissão cujas normas sejam imutáveis, estamos em permanente evolução. 

Acompanhei o pêndulo da Medicina: o que está certo, hoje, pode se comprovar incorreto amanhã. E vice-versa. Certo, errado, indicado, contraindicado. Prescrito e proscrito. 

Para uma determinada doença e para um certo paciente, principalmente, pode haver condutas diferentes, que nem sempre estarão erradas, ainda que contrárias. 

Trabalhamos muitas vezes à beira de um abismo, lidando com vidas preciosas. 

Criei há vinte e cinco anos, o ‘Clube da Revista’, que se tornou modelo para outros serviços. A cada semana separava dois artigos médicos, de publicações conceituadas, muitas vezes trazendo conclusões opostas para um mesmo problema. 

Durante este tempo, fui responsável pela atualização bibliográfica do Serviço, inclusive analisando as estatísticas e discussões, ensinando o olho crítico para metodologias, critérios de inclusão e de exclusão. 

Muito ensinei, mas uma coisa aprendi: há duas décadas frequento o ‘Endocrine Society’, um congresso americano de abrangência mundial, e, de cinco anos para cá, a cada vez mais se valoriza a medicina baseada em evidências. 

Quando abordamos o tratamento e falamos em evidências, referimo-nos à efetividade, eficiência, eficácia e segurança garantidas pela boa pesquisa clínica.

Apesar disso, é preciso valorizar práticas médicas de sucesso que não tenham, necessariamente, passado por escrutínio de estudos científicos, que, necessariamente, virão, a seguir, validando o que a prática mostrou ser eficaz.

No dia a dia, usamos medicamentos ‘off label.’ O que isso quer dizer? Que prescrevemos medicamentos para doenças não previstas e inicialmente não estudadas para aquele diagnóstico, mas que se mostraram excelentes na prática clínica.  Evidentemente, é necessário o consentimento esclarecido e informado do paciente. A ele, em conjunto com seu médico, cabe a palavra final. Direito inalienável. 

Assim, com minha experiência médica, posso dizer que, do ponto de vista observacional, depois de analisar vários trabalhos e de ouvir vários especialistas infectologistas, favoráveis ou não, pessoalmente avalizo o uso inicial  da ivermectina como medicamento capaz de dificultar a replicação viral do coronavírus, enfatizo a prescrição da hidroxicloroquina como medicamento indicado para uso precoce na doença, associada a outras drogas, caso necessário, sempre por prescrição e a critério do médico assistente, este sim, indispensável, para avaliar as indicações e tomar as medidas cautelares adequadas a tempo. 

Cartas na mesa? O uso empírico e profilático da ivermectina contra a COVID vem se mostrando, até agora, uma possibilidade. Pode ser uma esperança. No momento, a única que temos. O que não impede que fiquemos atentos aos sinais e sintomas da doença. Nada é infalível. É possível que surjam medicações mais eficientes, mas - até agora - estamos de mãos vazias. Dificilmente teremos uma solução, apesar da possibilidade da vacina, haja vista a luta anual que travamos com a H1N1 e as mutações virais. Definitivamente, não teremos uma solução a tempo de salvar vidas. Nada existe de definitivo com relação à COVID. 

Considero a politização de qualquer medicamento um ato criminoso, ainda mais durante uma pandemia. Uma covardia. E espero que meus colegas estudem e analisem o arsenal disponível na luta contra a COVID de forma realista e isenta, como devem agir os profissionais honrados e comprometidos com a boa prática médica.

            Excelente posicionamento. Claro, profissional, técnico, sem paixões ideológicas, a não ser aquelas advindas do juramento hipocrático.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/07/2020 às 23h59
 
10/07/2020 00h08
O PADRE QUE FRACASSOU

            Foi enviado para mim um texto singelo com o título acima, com autoria desconhecida. Resolvi reproduzir na íntegra, pois serve bem para nossas reflexões em momentos difíceis da nossa vida.

O Padre de um pequeno vilarejo chegou à igreja animado e motivado para realizar mais uma missa vespertina. A hora passava e o povo não chegava.

Depois de 15 minutos de atraso, entraram três crianças, depois de 20 minutos entraram dois jovens. Então o padre resolveu começar a missa com os cinco irmãos.

No decorrer da missa, entrou um casal que se sentou nos últimos bancos da igreja.

Quando o padre fazia a Homilia, entrou mais um senhor, meio sujo, com uma corda na mão.

Desapontado e sem entender o porquê da fraca participação dos fiéis, o padre conduziu a missa animado e pregou com dedicação e zelo.

Quando voltava para a casa foi assaltado e espancado por dois ladrões que levaram a sua pasta onde estavam sua Bíblia e outros pertences de valor.

Chegando na casa paroquial, fazendo os curativos das feridas, ele descreveu aquele dia como:

1) o dia mais triste da sua vida,

2)  o dia mais fracassado do seu ministério,

3) o dia mais infrutífero da sua carreira.

Após cinco anos, o padre resolveu compartilhar essa história com a igreja. Quando ele terminava de contar a história, um casal de grande destaque naquela paróquia interrompeu-o e disse:

            - Padre, o casal da história que se sentou no fundo éramos nós. Estávamos à beira da separação em função de vários problemas e desentendimentos que havia no nosso lar. Naquela noite, decidimos por fim ao nosso casamento, mas, primeiro, decidimos vir à igreja para  deixarmos as nossas alianças e depois cada um seguiria o seu caminho. Entretanto, desistimos da separação depois de ouvirmos sua homilia, naquela mesma noite. Como consequência, hoje, estamos aqui com o lar e a família restaurados.

Enquanto o casal falava,  um dos empresários mais bem sucedidos que ajudava no sustento daquela igreja acenava, pedindo para falar e ao lhe ser  dada a oportunidade disse:

- Padre, eu sou aquele senhor que entrou meio sujo com uma corda na mão. Eu estava à beira da falência, perdido nas drogas, minha esposa e meus filhos tinham ido embora de casa por conta das minhas agressões. Naquela noite tentei suicidar-me, só que a corda arrebentou.  Então decidi comprar outra. Quando me pus a caminho para comprar uma outra corda, vi a igreja aberta, decidi entrar mesmo sujo com a corda na mão. Naquela noite, a sua homilia perfurou o meu coração e saí daqui com ânimo para viver. Hoje estou livre das drogas, minha família voltou para casa e me tornei o maior empresário do vilarejo.

Lá na porta da entrada da sacristia, o Diácono gritou:  

- Padre, eu fui um daqueles ladrões que o assaltaram. O outro morreu naquela mesma noite, quando realizávamos o segundo assalto. Naquela sua pasta, havia uma Bíblia. Eu passei a lê-la sempre que acordava pela manhã. Depois de tanto ler, resolvi participar dessa igreja.

O Padre ficou em choque e começou a chorar junto com os fiéis.

Afinal aquela noite que ele considerava como uma noite de fracasso foi uma noite muito produtiva.

MORAL DA HISTÓRIA

1- Exerça o seu chamado (trabalho/ missão) com dedicação e zelo independente do número de participantes.

2- Dê o seu melhor todos os dias, pois a cada dia você é um instrumento do bem para a vida de alguém.

3- Nos piores dias da sua vida você ainda pode ser benção na vida de alguém.

4- O dia que você considera como o dia mais infrutífero da sua vida na terra, na verdade é o dia mais produtivo no mundo espiritual.

5- Deus usa as circunstâncias ruins da vida para produzir grandes vitórias.

6- Nunca diga:" hoje Deus não fez nada", só pelo fato de seus olhos nada enxergarem!

Deus o abençoe!

  Esta é uma história singela, criada para reforçar a moral da história. Mas cumpre o seu papel de reforçar aspectos importantes que devemos introduzir dentro de nossas atitudes cotidianas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/07/2020 às 00h08
 
09/07/2020 00h08
RETOMADA DO PASSADO

            Quarta-feira. Ontem, terça-feira, dia 07-07-2020, dormi no apartamento, pois hoje devo chegar cedo para fazer as visitas aos meus pacientes internados no Hospital Psiquiátrico Professor Severino Lopes (HPPSL), antigo Casa de Saúde Natal. Sem qualquer intenção abri uma pasta de papelão onde tinha diversos papeis que eu não sabia o que era. Logo vi que eram guardadas conjuntos de folhas. Ao pegar no primeiro, notei que se tratava dos escritos para este diário e o bloco que eu pegara era de agosto de 2008. Quase 12 anos de defasagem no tempo. Fui ler esse bloco de escritos e notei que o relatado era muito diferente o que eu relato hoje. Naquela época o assunto estava concentrado nas minhas evoluções afetivas no meio da mulherada que estava ao meu redor. Eu morava com Sônia na condição de amigo e tinha diversas companhias afetivas, entre as mais constantes estavam duas amigas, que não posso declinar o nome devido a publicidade imediata deste texto.

            Fiquei depois a refletir que era o Pai colocando minha atenção no distanciamento dos meus relatos íntimos, uma espécie de cobaia, como forma de servir de instruções para as gerações seguintes. Vi que o teor de meus escritos atuais dentro da política, filosofia e religião também são importantes, mas o relato da cobaia humana talvez seja mais importante. 

            Sei que os escritos que produzo hoje devem ser publicados, mesmo que me tragam dificuldades no relacionamento com pessoas que pensam política, religiosa e filosoficamente diferentes. Já os relatos da “cobaia humana” não podem vir a publico de imediato, pois isso iria trazer fortes constrangimentos e conflitos sérios dentro do meu rol relacionamentos. Somente o tempo pode autorizar a publicação desses relatos e com a devida substituição dos nomes envolvidos.

            Dessa forma, sinto que o Pai chama minha atenção para que eu retorne a fazer os meus relatos íntimos, a “cobaia humana” ainda tem muito o que descrever para as gerações futuras. Termino assumindo duas responsabilidades, continuar a escrever o meu posicionamento humano dentro das circunstâncias sociais que o meio impõe, dando publicidade imediata, e escrever também o meu movimento instintivo sob o controle do espírito, principalmente no campo da sexualidade, que deve ser guardado fora do acesso a qualquer pessoa. Uma espécie de caixa-preta disponibilizada no campo material, pronta para ser aberta no momento oportuno, que não traga prejuízos para ninguém. Pelo contrário, que essas informações sejam úteis para o estudo comportamental de tantas pessoas que se comportam de forma negativa, anônima, com o potencial de prejuízo para tantas outras pessoas. 

            A importância de manter estes relatos íntimos sem divulgação imediata, tem o intuito de proteger as pessoas envolvidas, e principalmente a mim, que me tornaria o principal alvo de reações fortes e inesperadas. Basta meus leitores saberem desses propósitos, a bem da verdade. Que além dos textos que eles podem ler a cada dia neste diário, também saiba que estão sendo produzidos outros que serão guardados para futura divulgação. 

            Hoje será o primeiro dia da retomada dos relatos intimistas do passado e que não serão publicados de imediato, como este texto será.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/07/2020 às 00h08
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