Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/12/2015 01h19
INTERMEDIAÇÃO ESPIRITUAL

            Sabemos que, no processo de mediunidade, o pensamento do espírito impregna a mente do médium e se mistura com os pensamentos dele, médium. Por isso é importante que exista uma certa sintonia de pensamentos para que o processo se realize com a maior fidedignidade possível. A mensagem que o espírito passa para a audiência através do médium não deixa de sempre ter algo do pensamento do médium.

            Não tenho mediunidade a esse nível, de permitir que os pensamentos de um ser espiritual impregne a minha mente e que eu passe adiante a sua mensagem, sintonizada com aquilo que eu penso. No entanto, posso fazer coisa parecida usando texto de outros autores, apenas a título de experiência, apenas a título de demonstração, pois todas as pessoas tem o mesmo acesso que eu tenho a essas obras, e portanto não iria ser necessário essa minha intermediação.

            Mas, vamos ver como seria se o Espírito de Aristóteles, filósofo grego, que escreveu o texto “Revolução da Alma” em 360 aC, viesse agora impregnar meu pensamento e eu tivesse que digitar o que me fosse percebido, mas com a liberdade de corrigir alguma coisa de acordo com a minha forma de pensar. Seria mais ou menos assim:

            Ninguém é dono de sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz e sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém! Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, das vontades ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão da sua vida é você mesmo. A sua paz interior é a sua meta de vida. Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.

            Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos longes demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque em seu interior a resposta para acalmar-se.

            Você é o reflexo do que pensa diariamente. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Abra um sorriso no rosto para aprovar o mundo que quer oferecer a você o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está “pronto” para ser feliz.

            Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

            Critique menos, trabalhe mais.

            E, não se esqueça nunca de agradecer.

            Agradeça tudo que está em sua vida neste momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do Universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida. A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

            Se você anda repetindo muito: “eu preciso de você” ou, “você é a razão da minha vida” – cuide-se.

            É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos.

            A inteligência é a (insolência) curiosidade educada e disciplinada.

            Nosso caráter é o resultado de nossa conduta.

            Egoísmo não é amor, mas sim, uma desvairada paixão por nós próprios.

O homem sábio não busca o prazer, mas a libertação das preocupações e sofrimentos. Ser feliz é ser autossuficiente.

Seja senhor de sua vontade e escravo de sua consciência.

Em todo o texto só senti necessidade de alterar uma só frase, retirei uma palavra (ficou dentro de parênteses) e adicionei outra palavra (ficou sublinhada). Podia muito bem dizer que o texto era meu, mas isso seria plágio. O máximo que eu poderia dizer era que o texto de fulano de tal estava adaptado por mim. Isso acontece no mundo material, com esse tipo de trabalho que acabei de fazer. Na intermediação com o mundo espiritual isso não se torna tão fácil assim. O médium nunca tem total segurança que o pensamento que está na sua mente é integralmente do espírito, como eu sei que o texto que acabei de adaptar é integralmente do autor. Pode ter influência dos tradutores, mas isso já é outra questão.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/12/2015 às 01h19
 
01/12/2015 11h54
TERAPIA FAMILIAR (7)

            Nesta semana não houve a reunião familiar devido ser a semana de comemoração à padroeira da cidade. Mesmo assim fiz intervenção junto ao casal em crise, que sofreu uma recaída devido o marido ter ido na sua casa e ter declarado o seu amor, o que ela considera ser mais uma mentira e tentativa de chamar de idiota. Deixei hoje a mensagem abaixo para a mulher, que se mostra a mais prejudicada, e que é o dia que ambos devem comparecer frente ao juiz devido às denúncias de agressão que ela disse ter sofrido:

            Hoje é o dia marcado para você e o marido irem ao juiz. Rogo a Deus para que Ele alivie o sofrimento da sua alma e que você consiga dar o perdão como Jesus ensinou, mesmo ao pior adversário. Que Deus faça você lembrar de todos os momentos bons durante a vida em companheirismo com ele, que fez você transformar uma simples atração sexual em verdadeira paixão. Mesmo que você nunca tenha sentido o verdadeiro amor, o Amor Incondicional, aquele que Paulo explicou em Coríntios I, chegou o momento de você, pela dor, começar a aprender sobre esse Amor, que é a essência de Deus.

            A paixão é uma sensação forte, mas passageira. Fica muito mais forte quando existe ameaça de se perder a pessoa pela qual ficamos apaixonados, quando ela distribui o amor e sexo a outras pessoas. A paixão tende a ser excessivamente egoísta, intolerante, agressiva... até mesmo destruidora, se a pessoa sente que é trocada por outra. Só quem pode vencer a força destruidora da paixão é o Amor Incondicional. É ele quem vai lhe dar forças para você cumprir as duas principais leis que Jesus ensinou: 1) Amar a Deus sobre todas as coisas; e 2) Amar ao próximo como a si mesmo.

            Obedecendo, principalmente a 2ª lei, você vai aprender a amar a si mesmo em primeiríssimo lugar. Vai destruir o sentimento de inferioridade que a faz sentir como uma pessoa derrotada, que não tem valores, sem beleza exterior nem interior. Vai começar a perceber todas as virtudes que a tornaram a mulher que é hoje. Vai começar a compreender o potencial que existe dentro de você, a inteligência e a força de trabalho que pode lhe levar a se instruir cada vez mais, a construir bens materiais independente da ajuda de qualquer pessoa que você sinta que não lhe respeita.

            É o Amor Incondicional que irá lhe dar forças para aplicar em sua vida o Amor como Paulo ensinou. É uma estrada comprida que necessita para ser percorrida que seja dado o primeiro passo. Esse primeiro passo é o seu perdão a quem você imagina que tanto lhe ofendeu, perante o juiz.

            Deixo com você mais um livro para você ler a cada semana um capítulo e fazer uma dissertação sobre o que leu, e tentar fazer uma reflexão com a sua vida.

            O primeiro capítulo se chama “O Relógio”, mostrando que ele só caminha para a frente. Acho que é um bom começo.

            Bom proveito!

            Sei que essa terapia devia ser transformada em terapia de casal, com uma alta frequência semanal, pelo menos três vezes na semana. Porém as circunstâncias não permitem essa periodicidade, e, portanto, vou esperar que os mentores espirituais compensem o que aqui no mundo material não posso realizar.

            Senti que a ida dela até a casa da família do marido, devido um aniversário da irmã dele, atenuou bastante a intenção que ela tinha de detonar toda a raiva que ela estava sentindo na frente do juiz, levando o caso a uma gravidade maior. Sinto que essa ação já foi devida aos mentores espirituais que usam de todos os recursos para que as ações do bem superem os efeitos do mal.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/12/2015 às 11h54
 
30/11/2015 01h01
ALMAS EM CONFLITO

            Tenho feito uma observação que se repete constantemente, relacionada com o amor e a paixão, a alma e o Behemot (monstro criado por Deus dentro de nós – veja o Livro de Jó na Bíblia). O Behemot é o monstro que desperta a paixão, pelos desejos corporais que ele estimula, principalmente o desejo do sexo nas pessoas adultas. A alma foi criada diretamente por Deus deixando nela a fagulha da Sua essência, o Amor. Então, estamos aqui na Terra, o planeta azul de provas e expiações, num processo de aprendizagem para a alma, saber como domesticar a força do Behemot presente no corpo com a força do Amor existente dentro da alma. Como não poderia deixar de ser, esse é um processo essencialmente educativo, de vencer a ignorância na qual fomos criados por Deus para adquirirmos com nossas próprias forças, a resistência moral para vencer qualquer desvio da Lei do Amor Incondicional. Este foi a missão que Jesus, enviado divino, veio nos trazer, ensinar sobre o Amor Incondicional como condição “sine qua non” (uma expressão latina que significa “sem a qual não pode ser”) para sermos considerados cidadãos do Reino de Deus.

            O casal se conhece, Behemot desperta, cria a paixão entre ambos, e o casamento acontece. Com o tempo, o apetite sexual por essa pessoa arrefece, principalmente no homem. Behemot começa a dirigir o olhar com mais atenção para outras mulheres. Sua educação, os princípios éticos inerentes ou adquiridos fazem o freio necessário para a fera. Mas é insuficiente, a força do Behemot sempre constante no psiquismo vai encontrando justificativas as mais bizarras para atingir seu objetivo. O ser humano geralmente cai nessa armadilha e esquece compromissos anteriores que formou com a sua esposa, com os filhos que foram gerados, com a expectativa que todos ao redor tinha ao seu respeito. A mentira é gerada para o conflito não surgir, pois ele já existe nas ações que foram realizadas em atenção aos desejos do Behemot. Finalmente, um dia a verdade surge e o conflito se torna visível. As almas dos cônjuges se engalfinham em luta verbal e corporal, o Amor que nunca foi devidamente reconhecido nesse processo, passa a ser acusado injustamente de ter sido quem tudo iniciou. Por essas pessoas que nunca sentiram o Amor real! O Amor que Jesus veio para nos ensinar.

            Eu, na condição de terapeuta e discípulo de Jesus, tenho uma dupla função: prescrever a medicação necessária para apagar os incêndios emocionais gerados na mente, com potencial destrutivo, tanto para quem está perto, como para com a própria pessoa. É daí que observamos os assassinatos e suicídios. A minha outra função, mais nobre e mais necessária, que resolverá o problema em definitivo, é ensinar o Evangelho de Jesus, seu significado e a importância de praticarmos o Amor incondicional obedecendo a sabedoria da fórmula que Ele nos forneceu: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

            Mas, como é difícil! Eu me sinto como um bombeiro no meio das labaredas desse incêndio emocional causado pela força dos dois Behemot que estão se digladiando e gerando tanto conflito. Nenhum desses Behemots tem ouvidos para mim, eles querem saber somente dos seus interesses imediatos, querem a sua liberdade, querem ser respeitados, não querem ser humilhados, exigem, ameaçam, expulsam, batem, xingam... surgem daí as marcas nos corpo que todos veem e principalmente as marcas na alma que ninguém ver. Os filhos são os mais prejudicados, não entendem nada do que estejam presenciando, entendem apenas que seus pais estão se machucando e o medo e a insegurança passam a atormentar suas inocentes almas...

            Estou no meio desse incêndio, distribuindo remédio e semeando palavras... os remédios perdem seus efeitos com o tempo, tem que ser repetidos regularmente, as vezes o Behemot reage, ele quer está ativo para brigar... as palavras parecem que não chegam a ser consideradas pelas almas, parecem que ficam incineradas nas labaredas desse incêndio...

            Nesse estágio a solução mais adequada é afastar corporalmente esse casal que mantém os seus Behemots em briga renhida. Afastar e deixar o Tempo, serviço de lixo criado por Deus para limpar nossas almas da sujeira do Behemot. Nesse momento de afastamento é que as lições do Evangelho podem chegar na consciência e despertar lentamente a semente do Amor que Deus deixou plantada dentro da alma. Vai ser um trabalho difícil para a pessoa se libertar da raiva, do ódio e do ressentimento, e refletir sobre os erros que ambos cometeram, ela mesma e seu cônjuge. Vai perceber cada vez mais com melhor clareza a natureza dos conflitos que está dentro da sua alma. A necessidade do perdão começa a surgir, tanto para o companheiro como também para si mesmo, pois passa a reconhecer que foi causa de muitas brigas. Nesse processo de educação, de reconhecimento da Verdade, surge o milagre que Jesus citou: “A Verdade vos libertará”. Tanto ódio acumulado no passado pelo comportamento do seu cônjuge, a pessoa vai perceber que o motivo de tudo isso era porque ele estava sob o domínio do Behemot, assim como ela mesma, que eles não sabiam ainda como usa o Amor, pois nem sabiam que ele existia e como isso seria possível. Os filhos se recuperam do trauma causado em suas consciência, pois veem os pais, mesmo distantes, se comportando de forma reconciliatória e fraterna.

            Talvez, quem sabe, um novo acordo possa surgir entre eles e voltem a conviver, dessa vez em harmonia, sabendo que a força mais apropriada, mais forte para conter as exigências do Behemot é o Amor que eles agora sabem como é e que estão dispostos a praticar em suas vidas.    

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/11/2015 às 01h01
 
29/11/2015 11h19
MEU PRIMEIRO DOMINGO

            Eu já aprendi que nada se repete da mesma forma. Um rio que corre à minha frente, a cada momento que eu olho são novas aguas que fluem, é um novo barco que vai, uma folha que flutua... enfim, sempre será um novo rio que estou olhando. Assim acontece com os livros que leio. Cada vez que o pego para ler novamente, novas interpretações surgem em minha mente, é como se um novo livro eu estivesse pegando. Acredito que tudo isso seja sabedoria para meu intelecto e amadurecimento para a minha alma.

Agora estou vendo no calendário: dia 29-11-15, primeiro domingo do advento. Certamente eu tenha visto essa informação muitas vezes, nos 63 anos de minha existência. Porém hoje me despertou um significado importantíssimo dentro do meu amadurecimento. Hoje é o primeiro domingo que a humanidade cristã dedica à espera do Mestre Jesus, aquele enviado por Deus para nos ensinar sobre a luz do Amor.

Recebe, pois, o nome de “advento”, as quatro semanas antes do Natal. Passei então a dar novo significado a este domingo, dentro dos conhecimentos adquiridos e que considero como Verdade. Passo então a evocar a dupla vinda do Mestre: a primeira quando Ele veio ao mundo de forma material em Belém, há 2015 anos, e a segunda, na forma espiritual, em 18-04-1857, com a primeira publicação de “O Livro dos Espíritos”.

Na primeira vinda do Mestre de forma material, ele foi gestado no útero de Maria, uma jovem de boa índole, educada dentro da vida religiosa, com pais tementes a Deus, e por isso foi a escolhida em tão importante missão para o plano espiritual, ajudada pelos Espíritos Perfeitos na forma de anjos.

Na segunda vinda, o Mestre veio de forma espiritual, sem uma identificação formal como Jesus, mas se identificando como o Espírito da Verdade ou Espírito de Verdade, na primeira obra da codificação da doutrina dos Espíritos, tudo orquestrado por Ele, com a participação de diversos Espíritos de escol, como uma forma de gestação.

Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, foi um influente educador, autor e tradutor francês, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo, um neologismo criado por ele. Nessa época existia muita manifestação de Espíritos em várias partes do mundo e as pessoas encaravam os fenômenos como uma coisa fantástica, mais lúdica do que séria. Foi Allan Kardec quem observou que existia uma inteligência diferente por trás das respostas obtidas e resolveu usar dos seus conhecimentos como educador, e disciplina de um pesquisador para estudar a natureza desses fenômenos.  

Ele conta no livro Obras Póstumas, como foi o seu primeiro encontro com o que chamava de Espírito Familiar e que perguntou educadamente:

- Consentirás em dizer-me quem és?

- Para ti, chamar-me-ei A Verdade.

E o diálogo continua e, como era da personalidade de Kardec, ele não se basta com as perguntas enquanto não se desse por satisfeito com as respostas. Ele volta a indagar:

- O nome Verdade, que adotaste, constitui uma alusão à verdade que eu procuro?

- Talvez; pelo menos é um guia que te protegerá e ajudará.

Kardec volta a questionar, buscando identificar o Espírito:

- Terás animado na Terra alguma personagem conhecida?

- Já te disse que, para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito.

O diálogo com o Espírito da Verdade termina com a pergunta de Allan Kardec sobre a proteção que teria:

- Disseste que serás para mim um guia, que me ajudará e protegerá. Compreendo essa proteção e o seu objetivo, dentro de certa ordem de coisas; mas, poderias dizer-me se essa proteção também alcança as coisas materiais da vida?

- Nesse mundo, a vida material é muito de ter-se em conta; não te ajudar a viver seria não te amar.

Nas belas e exatas respostas do Espírito da Verdade, Kardec informa em outro momento em nota que é transcrita na íntegra:

“A proteção desse Espírito, cuja superioridade eu estava longe de imaginar, jamais, de fato, me faltou. A sua solicitude e dos Espíritos que agiam sob suas ordens, se manifestou em todas as circunstâncias da minha vida, quer a me remover dificuldades materiais, quer a me facilitar a execução dos meus trabalhos, quer, enfim, a me preservar dos efeitos da malignidade dos meus antagonistas, que foram sempre reduzidos à impotência. Se as tribulações inerentes à missão que me cumpria desempenhar não me puderam ser evitadas, foram sempre suavizadas e largamente compensadas por muitas satisfações morais gratíssimas.”

Por esse comentário, entende-se que, no momento certo o Espírito da Verdade identificou-se para Kardec, que guardou a discrição que lhe foi solicitada, entretanto, deixou as pistas, identificando o Espírito da Verdade como Jesus Cristo, em vários momentos, nas obras da Codificação.

Na menor resposta que existe em O Livro dos Espíritos e a de maior grandeza, a de número 625, quando as Entidades Sublimadas responderam à pergunta de Kardec

- Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

- Jesus.

Kardec tece comentários – Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-Lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos tem aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.

Posteriormente, no livro “Gênese”, Kardec escreve: “O Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento de regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque de fato, ele é o verdadeiro Consolador.

Portanto, hoje é o primeiro domingo que tenho essa compreensão tão ampla desta data, e das responsabilidades que cada vez mais vou percebendo com a carga de conhecimentos que vou adquirindo.

Esta reflexão que fiz agora não pode morrer comigo, pois a adquiri a custa de muita gente que também refletiu assim e deixou registrado de alguma forma para que chegasse até a minha consciência. Também sou professor, portanto devo preparar essa minha nova compreensão para ser divulgada amplamente, principalmente em eventos espíritas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/11/2015 às 11h19
 
29/11/2015 00h59
FESTA DO REENCONTRO

            Ontem encontrei minha turma, meus colegas médicos que iniciaram o curso comigo em 1975 e concluímos em 1976. Daqueles rostos e corpos jovens de 35 anos atrás restaram almas amadurecidas pelas intempéries do tempo e pelas circunstâncias da vida.

            Confesso que eu não fui um bom colega durante o curso, pouco interagia com a maioria. Lembro apenas de dois colegas mais próximos, um dos quais estava presente. Ele foi o sal para mim, o tempero que eu precisava naquela festa. Mas, confesso, o doce foi a deliciosa oportunidade de ver todos e abraça-los como nunca fiz. O meu coração borbulhava de alegria e fazia o meu corpo se expressar em coreografias ousadas no salão de dança, talvez um pouco além do que a idade agora me limita. Mas as canções cantadas pelos colegas e os toques dos seus corpos no meu, serviam como um tipo de substância psicodélica, estimulante e desinibidora.

            Eu sabia que no dia anterior tinha sido o Dia Mundial de Ação de Graças, sabia que no dia atual as lojas no comércio, aqui e alhures, davam descontos fantásticos aos seus clientes. Refleti que o Pai estava nos oferecendo a data perfeita para o nosso encontro, para agradecer a Ele por tudo que fez e continua fazendo em nossas vidas. Que este era o momento de nós também darmos um desconto nas atividades comerciais/profissionais e nos dedicar de corpo e alma aos nossos colegas. Acredito que eu tenha dado um desconto de 40% nas minhas atividades, mas teve colegas muito mais generosos, que chegou a dar 100% de desconto nas suas atividades, e além disso tendo alguns que se deslocar de locais distantes, até fora do Estado.

Meu coração estava saltitante de alegria, o meu corpo suado de frenesi. Mas eu tinha que sair de 1h, pois de 2h o trabalho estava me esperando. Fui embora pra casa e sempre refletindo... Nossa turma continua aprendendo!

Hoje eu tive uma ótima aula para o intelecto e principalmente para a emoção. Entendi a amplitude da Família Universal que o Cristo veio nos ensinar. Essa turma é sim, minha família! Muito além dos conflitos por competição profissional que possam ter existido, por picuinhas emocionais que possam ter vicejado, muito além de tudo isso, despertou em mim o sentimento que cada um daqueles rostos redesenhados pelo tempo, era um irmão querido, que o olhar balsamiza e o abraço liberta. Tenho certeza que se não fosse o clima festivo de tanta alegria, minhas lágrimas teriam prevalecido e corrido também num rio de alegria.

Sei que amanhã ao acordar tudo isso parecerá um sonho. Mas eu irei guardar a gravata de papelão, os óculos de borboleta, o chapéu coco vermelho que me ajudaram na coreografia do salão, para que me provem que tudo foi real. E, se ainda alguma dúvida restar, os meus ossos responderão com uma firmeza artrítica: sim, tudo foi real!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/11/2015 às 00h59
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