Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
05/12/2012 00h06
EM BUSCA DO REINO PROMETIDO

            Jesus prometeu que poderemos um dia vir a morar num Reino de justiça, amor e fraternidade. Disse que somos filhos de Deus, assim como todo ser humano existente nesta terra ou em qualquer galáxia, por mais próximo ou distante que esteja de nós. Falava com tanta convicção, dava exemplos tão coerentes, que não tinha como dizer que Ele estava errado ou que queria nos enganar. Acredito profundamente que Ele é honesto, que suas lições estão certas e que devo construir esse Reino de Deus a partir de meu coração. Passei a seguir suas lições com o máximo de coerência, mesmo que isso fosse de encontro aos valores culturais da minha comunidade. Reconheci o Amor Incondicional como a maior força do universo e que é representada nas nossas relações como a Lei do Amor. Com isso comecei a fazer faxina do meu coração e passei a fazer a retirada de tudo que fosse catalogado como egoísmo. Tive um sucesso razoável e passei a ampliar essa Lei do Amor que já prevalecia em meu coração para os relacionamentos diversos, principalmente os íntimos. Mas foi aí que encontrei os maiores obstáculos. O amor romântico prevalece no coração dos diversos corações femininos que encontrei na minha jornada, e se torna prioritário, sabe da hierarquia superior do Amor Incondicional, mas no momento da paixão não o respeita. Prevalece a tendência exclusivista do relacionamento, surge o ciúme, a intolerância, a vaidade, enfim, uma gama de sentimentos negativos, todos como filhotes da útero do egoísmo.

            Minha busca pelo Reino de Deus termina nesse beco sem saída. Jesus falou que o Reino pode ser construído na comunidade, dentro dos relacionamentos, mas por que Ele não nos deu essa lição? Por que não se envolveu afetivo e intimamente com uma mulher para nos mostrar de forma bem didática, como desenvolver o amor romântico sem considerar a hierarquia superior do Amor Incondicional? Ou será que Ele espera que alguém dê continuidade as suas lições em busca do Reino prometido? Enquanto a dúvida fica de lado, procuro continuar a exercer o Amor Incondicional e quando surge o amor romântico procurar sempre colocá-lo em subordinação. Esta lição da minha parte já aprendi. Mas como ensinar aos outros? Assim, ainda não sei como alcançar o Reino Prometido, pois agora não depende só de mim.  

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em 05/12/2012 às 00h06
 
03/12/2012 22h02
A FESTA

            Fui à festa da Padroeira de Ceará-Mirim-RN acompanhado por minha companheira pessoal e por alguns outros familiares. Na festa já estava presente minha companheira espiritual. Reconheço de início, o foco era a festa mundana e não a festa espiritual. Fui com o intuito de lazer, de ver barracas, apresentações, brincadeiras... nada do espiritual. Fiquei desconfortável, algo me dizia que eu não estava fazendo o correto. Minha companheira espiritual, envolvida com as atividades religiosas não pôde nos encontrar. Minha companheira pessoal estava tensa pela forma como iríamos nos encontrar. Minha filha dava sinais de cansaço. Enfim, terminamos por voltar sem nos encontrarmos todos, sem a festa mundana ter começado. Acredito que todos tenham sentido algo do que eu senti, mas ninguém se manifestou negativamente e todos circulamos com alegria e curiosidade ao redor da igreja.

            Fica uma lição que Deus nos deu nessa noite, principalmente a mim que me considero tão envolvido nas forças do bem sob o comando de Jesus. Todas as atividades materiais tem a sua importância e devemos participar e nos integrar com os demais,  mas sempre conscientes de que a prioridade é com o foco espiritual, que o material seja sempre que possível influenciado pelo espiritual e não o contrário.

            Isso já aconteceu com o outro encontro espiritual que participo em Campina Grande, o encontro da Nova Consciência, onde existe todo congraçamento em torno das atividades das diversas religiões. Quando vou em companhia de pessoas cuja expectativa é de diversão mundana, termina por contaminar o objetivo espiritual da viagem.

            Esse é um aspecto que devo tomar mais cuidado daqui para a frente. Mesmo que eu vá na companhia de pessoas que não tenham o mesmo interesse espiritual que eu, tenho que advertir que iria me envolver nas atividades espirituais e se eles não tem motivação para me acompanhar, que não fiquem incomodados por eu ter que cumprir o que manda minha consciência, mesmo que eu fique distante deles nesses momentos de atividade espiritual.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/12/2012 às 22h02
 
02/12/2012 10h00
ORAÇÃO DE DEZEMBRO

            Pai, me dirijo a Vós com a humildade do filho reconhecido e portador de inúmeras deficiências. Deficiências até de reconhecer a Tua paternidade para comigo. Quanto tempo passei na dúvida, oh, Pai, da tua existência, da minha filiação a Ti, do respeito e consideração que eu deveria ter, de cumprir a Tua vontade, de respeitar também os meus diversos irmãos, principalmente aqueles que bem adiantados estão, como Jesus Cristo, que assumiu a Vosso pedido o comando do nosso planeta.

            Agora sei, MEU PAI, da tua existência, da minha filiação! Agora percebo o Teu aconchego, amor e proteção em toda beleza da Natureza que colocastes ao meu alcance. Sei que não posso te perceber com os cinco sentidos da Natureza na qual estou incluído, mas que minha razão, sentimentos e intuição levam a criação de um sexto sentido, a FÉ, que permite que eu descortine todo o mundo espiritual que é nossa morada original.

            Agora sei, MEU PAI, que o meu irmão mais velho, mais instruído e mais obediente às Vossas ordens, Jesus de Nazaré, assumiu uma personalidade histórica para cumprir a missão espiritual que determinastes. Ensinou que a Vossa essência é o amor e que existe em semente em meu coração e a Sua Lei em minha consciência. Portanto, quando estou sintonizado com o amor, estou sintonizado com o Pai.

            Sei também que tudo foi criado com potencial de evolução, que Vós não queria criar coisas inertes, seres autômatos. Dotou cada ser vivo de uma consciência e dentro dela, de acordo com o grau evolutivo, o livre arbítrio. O Pai tem tanto respeito por minha integridade e dignidade pessoal, individual, que Ele pode intervir em qualquer aspecto da Natureza, mas jamais intervém no Livre Arbítrio. Sou o artífice do meu próprio destino, Pai, reconheço. Tudo que eu fizer de positivo ou negativo, terei que assumiras consequências boas ou más. Assim como sou imaturo, ignorante, vivo num planeta adequado ao meu grau evolutivo e que ambos, eu e o planeta, estamos no processo evolutivo. Mas, Pai, a inteligência que nos destes pode ser um fator de desvio de nossa devida trajetória evolutiva, essa inteligência pode nos levar aos prazeres imediatos que o mundo material nos oferece e até esquecer do mundo espiritual que é nossa origem.

            Pai, quero fazer um pedido! Mais uma vez, me sinto até envergonhado... Aprendi pelas lições que Jesus deixou que devemos nos esforçar para mudar a prevalência do mal da face da terra, a começar pela limpeza do coração. Esse primeiro passo, acredito, Pai, que tive um bom desempenho. Meu coração não tem tanta sujeira egoística. Mas o passo seguinte, de colaborar com a compreensão da verdade espiritual para a humanidade que vive mergulhada na ignorância e na prática do mal, estou sendo muito falho. Sei das lições e do exemplo que Ele deixou até o ponto culminante da crucificação. Sei dos muitos irmãos que seguiram suas lições e também muito contribuíram com meu aprendizado. Sei que agora é minha vez de dar minha parcela de contribuição, de com o sacrifício pessoal oferecer o aprendizado que alguém no passado me deu com o seu sacrifício pessoal.

            Sei agora, Pai, que Jesus voltou à atmosfera terrestre, dessa vez na condição de espírito, para melhor organizar as forças do bem no esclarecimento do mundo espiritual e do papel que cada um veio cumprir no pequeno período da posse do corpo material. Orientou para que tivéssemos o hábito da oração, pelo menos uma vez ao dia, de preferência a noite, antes de dormir, como forma de comunicação com as forças do bem e assim estarmos melhor sintonizados com a Vossa vontade através dos irmãos mais capacitados. Mas, Pai, não consigo estabelecer minha disciplina interna, de fazer o contato regular com o Mestre, meu comandante nessa batalha que está em pleno curso. Me sinto Pai, um soldado covarde e preguiçoso... tantas coisas vão surgindo, tantas opções de servir ao Pai e muitas vezes faço a opção pelo meu prazer pessoal! O Mestre espera minha colaboração efetiva, e sei que também Vós, meu Pai, também espera isso de mim! Por isso me sinto envergonhado, não é essa a primeira vez que peço coisa semelhante... mas como sei da Vossa eterna paciência, venho apresentar como atenuante de minhas faltas as intenções do meu coração. Paciência, Pai, e torça para que o meu fraco espírito vença a força do corpo material que me destes para fazer esses estudos, para realizar o trabalho necessário que o Mestre espera.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/12/2012 às 10h00
 
01/12/2012 02h08
A NOVA ALIANÇA

            A condição de Deus como Pai e todos os seres vivos como suas criaturas, coloca uma aliança automática de Pai para filhos. A Bíblia fala de 7 alianças que Deus fez, cada uma delas veio através de uma crise, para que houvesse as 7 alianças foram geradas 7 crises, até chegar a última que é eterna. São assim denominadas:

            1ª) ALIANÇA EDÊNICA – Veio através da Crise da Desolação. A terra ficou sem forma e vazia, foi o resultado do julgamento de Deus para com Lúcifer. Que quis se exaltar acima de Deus. Isto trouxe uma crise de desolação e trevas sobre a criação de Deus. a partir daí surge a Aliança Edênica, e o Éden foi criado com todas as maravilhas que Gênesis declara.

            2ª) ALIANÇA ADÂMICA – Decorrente da queda do homem retardando assim o novo começo de cumprir Deus o seu propósito e assim o homem é expulso do Éden, é a Crise da Queda do Homem.

            3ª) ALIANÇA NOAICA – O homem se corrompeu tanto que Deus se arrependeu de tê-lo criado, Crise do Dilúvio. Assim houve necessidade de outra aliança e dessa vez com Noé, e como sinal o Arco-Íris no céu.

            4ª) ALIANÇA ABRAÂMICA – Mesmo depois do dilúvio o homem continuou sem cumprir a sua parte, veio a Crise da Torre de Babel. Deus espalhou o homem e confundiu as línguas. Mesmo assim o homem continuou andando segundo seu coração pecaminoso. Deus separa Abraão há quatro mil anos. Pretendia assim abençoá-lo e à sua posteridade e, através deles, abençoar o mundo.

            5ª) ALIANÇA MOSAICA – O povo de Deus foi feito escravo e gerou a Crise do Egito. O povo gemia com o peso que o Faraó lançava sobre eles e Deus levanta agora Moisés para uma aliança, com o advento dos 10 mandamentos, que através dessa cumpriria a 4ª aliança.

            6ª) ALIANÇA DAVÍDICA - Depois de uma longa caminhada pelo deserto, 40 anos, vendo milagres acontecer  todos os dias, o homem se afasta completamente do Senhor gerando agora a Crise de Anarquia e Rebeldia. Agora a aliança é com o rei Davi.

            7ª) A NOVA ALIANÇA - Depois de tantas alianças quebradas pelo homem, foi gerada a Crise de Idolatria e Cativeiro. Depois dessa crise Deus preparou o caminho para a Nova Aliança por meio de Jesus. Na Nova Aliança a Lei de Deus é colocada internamente. “Porei a minha Lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações.” (Jr 31,33).  Como consequência nós a compreendemos, amamos e nos submetemos a ela. Deus escreve sua Lei em nosso coração para que nos sujeitemos a ela.

            Na Nova Aliança o conhecimento de Deus é Universal. “Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: conheça o Senhor, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior.” (Jr 31,34). Essa universalidade inclui a todos os crentes, ou seja na comunidade da Aliança de Jesus Cristo, não há hierarquia de privilégios, todos tem igual acesso a Deus.

            Com essa compreensão de que estou participando da Nova aliança, preciso corrigir meu pensamento de que deveria oferecer privilégios a pessoas pelo fato de estarem mais próximos de mim, por condições biológicas ou de afeto. O próximo deve ser considerado sem hierarquia de privilégios, assim como Deus faz com todos seus filhos. Se queremos fazer a vontade dEle, devemos agir de acordo com Ele. As relações biológicas ou de afeto são importantes e devem ser respeitadas nos seus respectivos contextos, mas sem jamais usar essa condição como motivo para discriminar quem quer que seja. Que o meu amor fortalecido pelas condições biológicas ou de desenvolvimento de afeto, sirvam como exemplo a ser aplicado no próximo desconhecido, àquela pessoa que nunca vi antes e que naquele momento, por qualquer motivo, se aproxima de mim.

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em 01/12/2012 às 02h08
 
30/11/2012 08h50
CORAGEM

            O apóstolo Paulo tinha todos os motivos para perder a coragem, pois foi preso, acusado, enfrentou julgamentos e ameaças de morte. Não porque fosse criminoso, mas somente por falar sobre Jesus, do seu Evangelho. Foi o suficiente para arregimentar toda uma série de preconceitos, intolerância e tudo desabar sobre ele, inclusive na forma de pedradas que o deixou como morto em certa ocasião.

            Mas o Mestre que agora ele respeita, admira e divulga a mensagem, não o abandona. Em qualquer lugar que ele esteja o Mestre Jesus está perto, conforta, anima e mais ainda, dá novas tarefas! Isso se reflete nas cartas de encorajamento que Paulo escreve: “Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes” (1Co 16,13), e também “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dEle, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo Evangelho, segundo o poder de Deus” (2Tm 1,7-8).

            A história de Paulo me serve como modelo, porém quanto longe estou do professor. Não é preciso nem lembrar que não sofro a metade das ameaças e padecimentos que ele sofreu, mesmo assim não faço a metade do que ele fazia. Nem a simples coragem de elaborar uma disciplina e cumprir com determinação, no conforto e segurança de minha casa, eu não consigo fazer. Quanto mais sair de peito aberto na comunidade e dizer o que penso a respeito de Deus, de Cristo, de Paulo e de tantos outros! Estou ainda muito longe da coragem de Paulo, de Francisco de Assis, de Gandhi da Índia, e tantos outros que demonstraram verdadeira coragem na defesa dos seus princípios e do que Deus havia colocado em suas consciências.

            Tenho examinado a minha consciência e também percebo que Deus colocou dentro dela uma missão para realizar, mas onde se encontra a coragem suficiente para fazer isso? O tempo está passando e logo mais estarei sendo chamado para a prestação de contas, o que deverei mostrar? Onde adquirir a coragem que me falta? Tenho que estabelecer de imediato a comunicação com o Mestre Jesus, Ele que está no comando de nossas ações, pode me dar as instruções necessárias. Tenho que ter a disciplina necessária para fazer isso acontecer!

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em 30/11/2012 às 08h50
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