Sempre neste dia dedicado à memória do santo de Assis, Francisco, não deixo de lembrar do meu nome que está relacionado com os milagres que ele tanto operou pelo mundo afora. Fui o primeiro filho de minha mãe e no dia do parto, com ajuda de uma parteira da comunidade do interior em que eu iria morar, na própria casa que eles viviam, ocorreu a dificuldade desse primeiro parto de minha mãe, com extrema ameaça de morte, tanto para ela como para mim.
Como último recurso para salvar a nossa vida, foi recorrido ao Santo do mês de outubro que oferecia maior proximidade com o Cristo. Depois que o milagre foi feito, com os estudos adquiri a consciência crítica associada aos conhecimentos espirituais, que antes de ser ofertado a São Francisco, eu já pertencia a Deus, na condição de primogênito.
O tempo passou, não senti o peso do nome nem a responsabilidade que meus parentes fizeram eu ter frente a São Francisco ou a minha primogenitura. Nos dias atuais, com maior acúmulo dos conhecimentos extrafísicos, fui percebendo cada vez mais essa responsabilidade, principalmente com o Criador, cuja “voz” passei a perceber intuitivamente em minha consciência.
Antes de adquirir um melhor nível de consciência espiritual, eu já apresentava comportamentos sintonizados com a missão que eu viria a entender que Deus queria de mim. Claro, não era perfeito, alguns erros ainda cometi, mas nada tão drástico que não pudesse ser corrigido, ou que atrapalhasse a coerência do que eu viria a entender como “a minha missão”.
Agora, tenho uma melhor compreensão de todos esses fatos que acompanharam minha vida e a minha resposta comportamental a cada um deles. Sei que muito do que fiz de correto não posso justificar como sorte do acaso, certamente são recursos adquiridos por meu espírito em vivências anteriores, talvez até em outras moradas do Pai, como algumas pessoas chegam a dizer na forma de ironia.
Tenho uma compreensão mais clara das minhas fragilidades espirituais, dos erros, dos vícios que ainda atrapalham a minha caminhada, mas tenho também uma sintonia melhor com Deus, sei com mais precisão quando estou caminhando na trilha correta, quando faço algumas paradas... Consigo ouvir o que Ele quer me dizer nas diversas formas de comunicação e vou procurando colocar em prática dentro de minhas possibilidades cognitivas e motivacionais. A preguiça e a gula continuam a ser meus principais adversários, sempre estou tendo recaídas na disputa com eles, mas sinto que tenho o potencial do enfrentamento, que ainda não estou derrotado frente a eles.
Reconheço São Francisco como um modelo comportamental de motivação quanto seguir o modelo ideal que o Cristo ofereceu, dentro de suas perspectivas emocionais dos aprendizados em outras vivências. Não posso fazer o que ele fazia, casar com a pobreza e viver em plena pobreza, a mercê da caridade dos outros. Meu perfil comportamental tem outra dimensão, que respeita todos os exemplos de comportamentos dos que praticaram com prioridade a Lei do Amor, quaisquer que sejam as formas e os caminhos que eles seguiram. Também tenho o meu caminho e devo seguir a vontade do Pai que, acredito, cada um dos meus antecessores seguiram dentro de seus diversos talentos.
Consideramos Jesus como o maior terapeuta que já veio ao mundo, cumprindo uma missão do Pai de todos nós, Deus em qualquer terminologia que empreendamos, para nos ensinar sobre a prática do Amor, como forma de caminharmos na trilha evolutiva. Portanto, como essa lição tem uma aplicação prática dentro dos relacionamentos afetivos e na geração de desarmonias que redundam em doenças, é interessante fazermos uma viagem em busca dessa força Universal que pode ser confundida com o próprio Deus.
Dentro da comunidade científica a ideia preponderante é que tudo teve início a partir de uma grande explosão (Big Bang) que produziu a força criativa e expansiva que até hoje observamos no Universo. Mas continua a interrogação que a ciência não consegue responder e a espiritualidade responde com facilidade: Deus!
O resultado do Big Bang foi a formação das quatro forças básicas do Universo: eletromagnetismo, força nuclear forte, força nuclear fraca e gravidade.
O eletromagnetismo é a força que mantém a coesão atômica, por exemplo: as reações químicas, os fenômenos elétricos e os fenômenos magnéticos; a força nuclear forte mantém a coesão nuclear. Como exemplo temos o desenvolvimento da fusão nuclear com a produção de bombas termonucleares; a força nuclear fraca cria o decaimento radioativo. Como exemplo temos a fissão nuclear e as bombas atômicas; e a força da gravidade que mantém a coesão universal. Como exemplo temos o movimento dos corpos celestes que podem ser observados a olho nu.
Do ponto de vista da Filosofia, existe a busca pelo Arché, que é o princípio organizador de todas as coisas, organizador do mundo. Os Filósofos pré-socráticos desenvolveram seu pensamento em busca dessa compreensão: Tales elegeu a água; Anaxímenes a água; Heráclito, o fogo; Empédocles, o ar, a terra, água e fogo. Somente a partir do século XVII as ciências foram se particularizando como a Psicologia, a Biologia e a Sociologia.
Tales de Mileto (640 – 548 a.C.) é considerado o primeiro filósofo, devido a sua busca pelo princípio natural de todas as coisas (Arché). Ele descobre na água o princípio de todas as coisas. Para ele as coisas nada mais são que alteração, condensação e dilatação da água. É a água a vitalidade dos seres vivos.
A busca pela Arché, que significa literalmente “o que está na frente, a origem do começo.” Também pode ser entendida como: Realidade Primeira: que deu origem a tudo que existe. Substrato: fundamental que compõe as coisas. Força ou Princípio: que determina todas as transformações que ocorrem nas coisas.
Nada é permanente, já dizia Heráclito, exceto a mudança. Afirmava que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez, tanto o rio, como nós estaremos mudados. Estudava com afinco a Natureza, o Eterno Fluxo, o Perene Devir, o Fogo, o movimento (transformação), a guerra entre os opostos, a harmonia entre os contrários, e a Dialética.
Assim, Heráclito é o pensador do “tudo flui” e do fogo, que seria o elemento do qual deriva todo que nos circunda. Inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários, a guerra entre os opostos.
Podemos fazer então a pergunta básica: qual a substância básica do universo conforme Heráclito? Para Heráclito a substância básica do universos era o fogo.
Essa imagem que justifica o pensamento de Heráclito e invade o pensamento humano que é expresso nas palavra dos poetas, de todos os níveis, mundanos e eclesiásticos. Vejamos o que escreveu Camões:
AMOR
Amor é um fogo que arde sem se ver
É ferida que dói, e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
É um não querer mais que bem querer
É um andar solitário entre a gente
É um nunca contentar se de contente
É um cuidar que ganha em se perder
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata, lealdade
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Observamos com nitidez que o poeta encara essa Arché do fogo na simbologia do Amor que arde dentro da gente e faz os nossos valores materiais se submeterem de forma inevitável.
Outro poeta, Vinícius de Morais, também de cunho mundano, coloca a força abrasadora do amor capaz de destruir a própria vida do amante:
SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante,
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade,
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente,
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Encontramos outro autor, Paulo de Tarso, este de cunho espiritual que fala da natureza do Amor em seus escritos aos coríntios, e de como podemos identifica-lo ou pratica-lo.
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine...
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...”
Esse fogo do amor que sentimos com grande ou pequena intensidade, pode ser mal compreendido e cheio de preconceitos e condicionamentos. Podemos classificar o amor como dentro de três grandes grupos: Eros, o amor erótico; Philo, o amor amigo; e Ágape, o amor sublime.
Esses três níveis de amor podem ainda estar mais fracionados dentro de nossa condição humana, que começa por um amor material, muito associado aos bens materiais e relacionamentos humanos na forma da posse. Daí seguimos um tipo de escadaria onde podemos ir aperfeiçoando a forma de amar: lúdico, generoso, fraternal, sexual, familiar e, enfim, o incondicional, associado ao Poder Superior, à essência de Deus.
Alguns autores formatam pensamentos que ajudam a burilar como sentir e exercer esse amor, como Inácio Dantas que escreveu: “Não pretenda condicionar uma relação com exigências de qualquer ordem. Quem ama não impõe condições no seu amor. Ama incondicionalmente!
Também personalidades famosas do mundo acadêmico, como Sigmund Freud, afirmava que: “Nossa cultura impõe a ideia de que o amor romântico é mais importante que as outras formas de amor.” Muita gente considera este Amor Romântico como o ápice do desenvolvimento evolutivo do amor, e muitos nem sabem do Amor Incondicional e da importância dele em nossas vidas.
Finalmente, encontramos as palavras do Mestre Jesus que veio nos ensinar sobre o Amor Incondicional e dizia quanto a importância, da principal lei: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, e de todo o entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
Assim, podemos concluir que o Amor é força primordial do Universo, fogo transformador, invisível, essência da criação/Criador/Deus, pleno de energia e sabedoria para manter infinitamente a evolução constante e harmônica da Natureza.
E nós? Seres criados e co-criadores pelo uso do livre arbítrio, devemos sintonizar com a centelha (fogo) divina para exercer à nível de nossos relacionamentos a mesma harmonia que o Criador exerce no Cosmo.
Assim conquistaremos à saúde plena!
Encontrei na net enviado pelo site consciencial um texto assinado por Matt Valentine que fala em “12 joias da sabedoria budista que transformarão sua vida”, defendido ser um tesouro de sabedoria facilmente aplicável na vida cotidiana de pessoas de diversas origens, crenças e preferências. O leitor que me acompanha regularmente, poderia imaginar que após a oração do mês que fiz ontem, onde peço a Deus com prioridade que Ele me dê sabedoria, eu tenha ido em busca de tal. Mas confesso, não tinha nenhuma intenção de ir buscar textos sobre sabedoria em qualquer fonte.
Eu já tinha visto o texto que menciono e o guardado para ser divulgado aqui. Tal não foi a minha surpresa ao notar que ele estava se encaixando justamente abaixo do texto de ontem. “Caiu a ficha”! percebi que Deus mais uma vez estava me dando antes mesmo de eu pedir. Portanto, eis o texto que não posso deixar de reproduzir aqui com essas observações iniciais.
“Quando eu era pequeno, minha avó tinha uma pequena estátua verde do Buda. Não era uma estátua do Buda original, mas um daquele que é considerado Maitreya, o Buda “futuro”, em geral representado como um homem gorducho sentado, com se robe parcialmente aberto e frequentemente com miçangas no pescoço. Essa estátua, em particular, é uma imagem muito comum, com uma barriga protuberante revelando o umbigo.
Minha avó sempre me dizia, “esfregue a barriga dele e você terá boa sorte!” Então, naturalmente, como criança, eu esfregava sua barriga sempre que podia. Era para esfregar especialmente seu umbigo, e me lembro de colocar meu dedo em seu pequeno umbigo e esfrega-lo fazendo um círculo ao seu redor, apesar do fato de que seu umbigo ter o diâmetro de uma fração de milímetro.
Eu, como muitos outros ocidentais, cresci com uma imagem bem distorcida do budismo. Eu pensava que Buda era um deus, e que o budismo era apenas um monte de feitiços e superstições para quem estivesse tentando acumular riquezas e outras buscas equivocadas. E eu achava que a meditação era só para as pessoas que estavam interessadas em aprender levitação ou algo louco assim.
Mas assim como muitos outros ocidentais, eu tinha lido muitas citações inspiradoras e provérbios sábios de Buda que pareciam me “atrair”, e que quase sempre soavam aquela campainha na cabeça tipo “Perfeito!” ou “Isso é tão verdadeiro!”.
É por causa disso que, apesar de todos os meus preconceitos, permaneci interessado no budismo enquanto crescia, até um dia em que peguei um livro pra valer, parei de aderir aos preconceitos coletivos da consciência ocidental e comecei a aprender a partir da fonte verdadeira.
O budismo guarda em si um tesouro de sabedoria, sem mencionar a sabedoria facilmente aplicável na vida cotidiana de pessoas de diversas origens, crenças e preferências.
Thich Nhat Hanh disse que “o budismo é todo composto de elementos não-budistas”. E isso não poderia ser mais verdadeiro. Basicamente, o budismo é realmente apenas uma coleção de métodos e práticas para percebermos as realidades fundamentais desta vida e o caminho para a verdadeira paz e felicidade.
Seja você budista, um colecionador de verdades universais ou só alguém interessado em encontrar meios práticos de melhorar sua vida, esta lista apresenta 12 poderosas e potencialmente transformadoras joias da sabedoria budista das quais você pode se beneficiar.
A Sabedoria Budista
Esforce-se para viver de modo livre, totalmente atento às maravilhas da vida e bem no meio dessas maravilhas, ao mesmo tempo em que se não apega a nenhuma delas. Fazer isso é vivenciar a maior alegria que a vida tem a nos oferecer.”
Senhor, meu Pai...
Por que te peço tanto a sabedoria e energia necessárias para fazer a Tua vontade e não a minha, mas não consigo obter? Parece que continuo sempre a fazer o que é mais conveniente para mim, com pouca inteligência, com pouca energia?
O tempo passa, vejo os caminhos que Tu colocas à minha disposição, caminhos certos e errados, que eu tenho que saber discernir com sabedoria, mas os meus instintos se adiantam e não sei se a Tua vontade continua em prioridade dentro de minhas ações.
Este mês completarei 65 anos, entro oficialmente na terceira idade. Já estou na fase de decaimento no gráfico da vida, já desço a montanha da vitalidade, os hormônios caem, o vigor decresce, a memória falha... é a deterioração biológica provocada inevitavelmente pelo tempo... e a minha missão?
Sei que já estou praticando algumas lições que absorvi do Mestre Jesus, que estou empenhado em fazer o que surge na minha consciência como a vontade do Pai, mas sei que estou ainda muito aquém do meu potencial, dos talentos que recebi de Deus.
Onde está a falha em tudo isso, Pai? Entendo que esteja em mim mesmo, por falta de sabedoria para discriminar com mais eficiência o certo do errado, das oportunidades que chegam; e falta de coragem para implementar aquelas que chegam ao meu consciente e que não encontro motivações ou energias para implementá-las. Não sei como fazer para resolver o problema, por isso peço Tua ajuda, meu Pai...
Mas, será que estou pedindo o que não devo? Será que não devo desenvolver minhas forças por mim mesmo? Então, Pai, só em ter em mim essa dúvida, isso é prova de ignorância daquilo que eu deveria saber. Sei que não posso me envergonhar disso, pois vejo nos livros sagrados o exemplo do filho do rei Davi, Salomão, ambos tão queridos pelo Senhor, demonstrando erros primários e falta de sabedoria, que foram perdoados e atendidos pelo Senhor.
Por isso, Pai, como em Justiça tem os casos de precedência que atendem às novas demandas parecidas, utilizo desse recurso para renovar o meu pedido a Vós: dai-me Sabedoria!
Depois da fala de Mauá, ele cedeu a palavra a um dos guardiões escalados para falar. O homem corpulento, vestido de um traje que lembrava uma farda militar de gala, assumiu o lugar do antigo visconde e deu prosseguimento à apresentação do relatório de atividades dos guardiões após saudações sucintas.
- Os resultados da metodologia de reeducação ou de impacto sobre os grupos-alvo de nossa intervenção, conforme descrito pelo amigo Mauá, serão sentidos e percebidos ao longo dos anos, caros companheiros, notadamente a partir de 2013 e de 2014, mas, principalmente de 2015 em diante, de acordo com o calendário local – principiou o guardião, adicionando a ressalva final por causa da presença extraterrestre.
O ambiente pareceu se modificar por completo assim que o guardião assumiu a palavra. Em vez de uma simples projeção, como ocorria quando Mauá falava, agora imagens, sensações, emoções e cada detalhe de seu pensamento eram irradiados diretamente sobre a mente dos presentes. Todos percebiam cheiros, cores, temperatura; enfim, tinham a impressão de estar participando vividamente dos cenários e das situações que o agente de segurança planetária compunha e descrevia.
- Nosso projeto inclui usar até mesmo certos partidários da oposição, aqueles rebeldes por natureza, que, embora sirvam às sombras, conservam alguma disposição boa em si. Para tanto, será necessário investir fortemente nesse pouco de bem, nesse 1% de vontade de acertar, ainda que sua intenção mais profunda seja outra. Quero dizer é que há contingente apreciável de agentes das trevas encastelados em Brasília, em Caracas e em outros locais, desde representantes do povo até empresários, passando pelos que vestem toga. Estes fazem papel duplo: dizem-se ser a favor da justiça, mas têm o passado tão comprometido que acabam por se vender, prestando um desserviço à nação onde atuam. Tentaremos acessar a consciência até mesmo desses homens e romper o cordão de isolamento mental instalado por seus manipuladores invisíveis. De alguma maneira, das trevas é preciso tirar ao menos uma réstia de luz.
- E se, porventura, esses homens públicos usados pelos agentes do bem voltarem, depois, a servir às forças de oposição ao Cristo cósmico? – perguntou um dos seres de outros mundos, bastante preocupado com a situação terrena, tão logo pediu licença para interromper.
- Todos responderão à justiça sideral, cada qual a seu tempo, conforme a lei divina que rege as escolhas e as consequências que eles acarretam. Contudo, é preciso considerar que espíritos da categoria de Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi e Chico Xavier, entre outros exemplos, dificilmente conseguirão comover, com seus discursos, homens imersos nas trevas mais profundas, absortos em pensamentos de corrupção, conquista de poder e satisfação das piores ambições. Refiro-me, sobretudo, aqueles que, voluntariamente, tornaram-se aliados dos senhores da escuridão, como são os casos de Chávez, Maduro, Fidel e Raul Castro, Silva e sua cria política, além de Cristina Kirchner, Evo Morales e outros sócios do plano de destruição que desencadearam contra os princípios que defendemos em nome do Cordeiro.
Esses personagens todos, cada um representa uma das cabeças da hidra; metaforicamente, morre um, e nasce outro no lugar. Trata-se de uma figura mitológica que ilustra bem a seguinte realidade: o pensamento fundador do poder político antagônico a tudo que se chama de Deus e a tudo que sintetiza as ideias cristãs assume características diferentes de acordo com a região onde se alastra, mas manifesta invariavelmente a tenacidade de seu fundamentalismo político pseudorreligioso e de sua origem comum.
Voltando ao ponto que motivou o questionamento, é importante esclarecer: para enfrentar pessoas do calibre daquelas que já se venderam e são largamente manipuladas por inteligências sombrias, não há como prescindir de quem está do mesmo lado do front que o adversário, porém tornou-se rival do grupo mais perigoso, ainda que em caráter temporário. Até porque os homens que se consideram impolutos e bem-resolvidos são “espiritualizados” demais, estão ocupados apenas rezando, combatendo entre si e contra nós próprios, pois a metodologia dos guardiões difere por completo do que estabeleceram como correto. Uma coisa é clara: nós não ficaremos sem atuar, omissos, só porque, em determinado meio, não há quem preencha os requisitos morais que muitos árbitros da realidade extrafísica julgam indispensáveis para que se aja em sintonia conosco. Na verdade, a política divina é muito mais misericordiosa do que muitos de seus porta-estandartes, pois ela não impõe barreiras à ação da justiça em razão de pudores e caprichos – o que, ademais, seria uma crueldade tremenda com quem se veria à mercê da injustiça.
Assim sendo – e dirijo-me agora, principalmente, aos amigos guardiões -, vamos usar indivíduos que guardam características em comum com aqueles fantoches das sombras. Somente quem está no mesmo nível ou é daquela estirpe poderá fazer frente a homens com tamanho grau de corruptibilidade, dissimulação e frieza, exímios enganadores que são. Em paralelo, nossos agentes encarnados, projetados por meio do desdobramento, agirão lado a lado conosco a fim de enfrentarmos as forças opositoras, que farão de tudo para se agarrar ao poder indefinidamente.
Certa tensão pairava no ar, mas os planos foram claramente delineados ali. Aos soldados do astral, não era dada muita margem para escrúpulos. Enfrentar as forças das trevas, tendo-se em vista a realidade terrena, exigia despir-se do receio de “sujar as mãos” – evidentemente, sem se comprometer nem perder de vista o objetivo. Em última análise, pautar-se por um idealismo utópico contribui para a proliferação do mal, e os guardiões tratam é de coibi-la.
A política do anticristo fora descrita como a hidra de Lerna. À semelhança de um polvo gigante, seus tentáculos se alastravam pela América Latina e pelo mundo, tendo cada qual uma cabeça atuando em cada país, em cada região. A ação de muitos homens maus poderia resultar em bem quando eles disputassem entre si, como adversários em busca do poder. De modo análogo, cidadãos bons ou que se dizem do bem seriam plenamente capazes de ser úteis às forças e à filosofia do mal quando medissem com leviandade as consequências das bandeiras defendidas, quando relutassem em examinar as coisas com maior profundidade e em confrontar suas concepções com os postulados da política do Cordeiro. Era preciso se valer de pessoas mesmo de índole até certo ponto má, mas cujas ações pudessem redundar em benefício para o ser humano, tal era uma realidade inescapável. Além do mais, talvez o bem que os homens maus fariam, mesmo com intenções escusas, pudesse ser uma de suas últimas oportunidades de fazê-lo. Cabia lembrar o que ensina a política divina: “E, se alguém der mesmo que apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, (...) não perderá a sua recompensa.