Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/05/2016 23h59
FOCO DE LUZ (102)

Em 11-05-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, teve início mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Edinólia; 03. Maria Queiroz; 04. Felipe; 05. Ana Paula; 06. Damares; 07. Francisco das Chagas; 08. Nivaldo; 09. Leandro; e 10. Francisco Rodrigues. Após a primeira meia hora de conversas aleatórias foi lido o texto evangélico com o título “O Companheiro”, uma frase de Jesus escrita por Mateus no seu evangelho (18:33). Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada pelos presentes. COMUNICADOS: inicialmente foi discutido por todos sobre a ocupação da Escola Olda Marinho, que poderíamos estar saindo do nosso foco quando estamos nos reunindo em outro bairro. Foi lembrado que o nosso foco é seguir a vontade de Deus, seguindo as lições do Mestre que Ele nos enviou. Não podemos forçar para estarmos juntos de quem demonstra não nos querer. Devemos “bater as sandálias” como o Mestre ensinou e irmos em direção a quem nos queira. A direção da escola Padre Monte colocou de imediato o desejo de trabalhar conosco e podemos imaginar que assim seja a vontade de Deus. Devemos agir com firmeza para as ações comunitárias positivas sejam realizadas em qualquer lugar sem deixar que a posição inconsequente de qualquer pessoa, funcionário ou não, obstrua os trabalhos que Deus deseja que sejam feitos, como a educação das crianças utilizando a estrutura da escola com o apoio da gerência superior da Secretaria de Educação, como é o caso.

Paulo diz que recebeu doação de 18 kg de feijão através de Manu de Olinda para ser distribuído na comunidade. Apresenta também o ofício que recebeu como resposta da CAERN quanto o esgoto a céu aberto no entorno da escola Padre Monte, mostrando que não é o setor competente para resolver o problema e citou três repartições mais responsáveis e para as quais enviou a demanda. Foi entregue esse ofício a Damares para enviar um ofício a essas três repartições e assim acompanhar a demanda. Maria Queiroz avisa que a reunião com os pais que estava prevista para a próxima sexta, dia 13-05, foi adiada para outra data a ser agendada, pois o convite aos pais não foi devidamente expedido. Informa que a programação do São João na escola, no dia 18-06, de 16h as 20h, continua sendo mantido e que existe espaço para uma barraca da AMA-PM no evento.  Edinólia avisa que a Festa de São João bancada pela AMA-PM dentro da comunidade não pode contar com a tesouraria, devido a despesa que teve com a última festa do Natal. Paulo continua vendo a realização desses eventos dentro da comunidade como positivo, desde que exista uma comissão que realize. Ficou acertado que a AMA-PM poderá colocar barracas em qualquer festa que acontecer na comunidade, desde que seja permitido, e prestigiará todos eventos juninos realizados. Davi sugere que seja colocada a barraca da AMA-PM na festa que irá ser realizada no mesmo espaço que fizemos no ano passado. Damares sugere que se faça uma sondagem para ver a viabilidade da AMA-PM fazer o São João fora de época no mês de julho. O balanço da tesouraria que iria acontecer nesta semana, ficou adiada para a semana seguinte, devido a greve dos ônibus. Francisco ficou de ver junto com o advogado quais os prazos para publicação de Edital para fazermos novamente a reunião e eleição para constituir oficialmente a AMA-PM. Também coloca a possibilidade da compra de um carrinho de cachorro quente no valor de 3.000,00 reais, pronto para o trabalho. Paulo e Nivaldo ficou de sondar na comunidade qual a pessoa que possa ser beneficiada com essa ação que a AMA-PM pode apoiar. Leandro informa que a Academia Pré-militar aniversaria no próximo dia 11-06 (sábado) e que fará um evento à tarde, por trás do Hotel Reis Magos. A AMA-PM ficou de colaborar com o bolo e o cachorro quente. As 20:30h a reunião foi encerrada, Damares conduziu a oração do Pai Nosso, posamos para a foto coletiva e degustamos o lanche oferecido pela escola.

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em 11/05/2016 às 23h59
 
10/05/2016 23h59
CASO CLÍNICO ABC (03) - RESISTÊNCIA

            O caso persiste na resistência da paciente pela adesão ao tratamento. Todo o espaço é aberto, o convite é feito para participar de atividades que ajudam na compreensão do psiquismo, na preocupação que a mente gera e as doenças que são causadas em função disso.

            É um caso que pode ser enquadrado no diagnóstico de esquizoafetivo, mas além desse rótulo que se possa fazer sobre uma pessoa em “sofrimento psíquico” para usar um eufemismo muito usado pelas mentes da reforma da Assistência Psiquiátrica.

            Bem que o termo não deixa de trazer uma verdade, pois uma mente doente não deixa de trazer sofrimento à pessoa, o erro é querer que esse sofrimento tenha se instalado sozinho, sem ter por trás uma doença ou um transtorno como os defensores de reforma acreditam e chegam até a minimizar a importância da psicofarmacologia nesse processo.

            Mas voltando à nossa paciente... parece que sua mente doentia está sintonizada com a mente daqueles que defendem a não existência de doenças mentais, pois toda a argumentação que eu faço e a família aprova, pois convivem com os problemas que a paciente provoca, inclusive o risco de suicídio, ela nega e rejeita o uso da medicação que poderia atenuar o seu sofrimento. Como ela imagina que não tenha transtorno ou doença mental, que todo os seus problemas estão localizados à nível de doença física, ela não aceita os psicofármacos. Por isso o sofrimento tende a se aprofundar, pois ele não tem existência autônoma, e sim, estão associados a uma doença que posso registrar como hipótese o transtorno esquizoafetivo.

            Neste momento o clímax dessa luta contra a doença é fazer a paciente reconhecer a sua existência e assumir o protagonismo de sua recuperação. Enquanto isso não acontece a doença evolui cada vez mais, a paciente não percebe, mas sua família sim. Por esse motivo a família aceita a sugestão de colocar a medicação disfarçada na alimentação para ver se evita a internação que parece cada vez mais próxima.

            Tenho espaço para falar com ela semanalmente em três locais diferentes. No consultório médico nas quintas feiras, no grupo de estudos espirituais nas terças feiras, e no curso de Autodescobrimento realizado na Cruzada dos Militares Espíritas nas sextas feiras. Dessas alternativas, apenas o consultório médico ela comparece, mesmo assim sempre mostrando que seu interesse maior é descobrir que tipo de doença física ela tem e que nenhum médico chegou para explicar para ela.

            A última vez que veio ao consultório na companhia da mãe, ela sempre colocava como importante a doença clínica que ela era portadora e que nenhum médico chegou a explicar para ela, apesar dos inúmeros exames que já fizera e que está agora pedindo mais uma vez.

            Para reforçar a empatia no trato médico-paciente, aceito pedir uma bateria de exames clínicos e verificar novamente se eles irão acusar alguma doença. Mas, faço também duas receitas com dois psicofármacos e disse da importância de tomar esse dois medicamentos, que não iria alterar os resultados dos exames que ela iria fazer. Notei que ela recebeu essas duas receitas sem nenhum entusiasmo e logo depois ao indagar da família sobre o uso da medicação, foi dito que ela não tinha iniciado ainda. Por esse motivo a família resolveu dissolver os comprimidos e colocar dentro da alimentação.

            Sei que para nós que estamos fora da doença é mais fácil vê-la e identifica-la como tal, do que a própria pessoa que está afetada pela doença, pois a própria mente que deve fazer esse reconhecimento é quem está doente e certamente suas funções psíquicas estão alteradas, entre elas a capacidade de fazer diagnósticos e de usar o senso crítico de forma racional.

            Estamos na fase em que a família coloca escondido a medicação dentro da alimentação. Isso já aconteceu uma primeira vez e foi o passo decisivo para abortar o recrudescimento de uma crise. A paciente não teve conhecimento da participação dos remédios na sua recuperação, e talvez isso tenha sido uma falha, não ter feito esse esclarecimento quando sua mente estava mais lúcida.   

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em 10/05/2016 às 23h59
 
09/05/2016 23h59
O SENHOR É MEU PASTOR

            Ao ler pela segunda vez o livro “Paulo e Estêvão” (Emanuel/Chico Xavier) voltei a refletir sobre a ação do judeu Jochedeb, patriarca de sua família espoliada pelos romanos, que na tentativa de corrigir os abusos que sofria procurou a autoridade, e esta, sem nenhuma sensibilidade lhe tomou o resto de bens materiais que ainda possuía. Voltava para casa abatido, desamparado, quando ao passar pela propriedade do seu “carrasco”, num gesto de vingança ateou fogo que se alastrou por todos os cantos, destruindo os bens e ferindo as pessoas que trabalhavam no lugar. De repente o ancião passou de vítima a réu, não importava que seu ato foi em decorrência da justiça que sofria. Se as leis humanas não corrigem os erros que se praticam, e muitas vezes como foi o caso, até aumentam mais as injustiças, nós como filhos de Deus não podemos destruir ao que está ao nosso redor como forma de correção. Devemos saber suportar o peso das injustiças quando percebermos que não podemos modificar o estado de coisas, e esperar pela justiça divina que nunca irá faltar, mesmo que demore a chegar.

            Foi refletindo nessa justiça divina para aqueles que se consideram filhos de Deus, que o autor repetiu um dos salmos que está na Bíblia (salmo 23) e que devem reforçar nossa mente naquilo que podemos ou não fazer. Por conspirar bastante pertinente com o que observo ao meu redor, que reproduzo o que Chico, já reproduziu da mente de Emanuel:

            “O Senhor é meu Pastor

            Nada me faltará.

            Deitar-me faz em verdes pastos,

            Guia-me mansamente

            A aguas mui tranquilas,

            Refrigera minhalma,

            Guia-me nas veredas justiça

            Por amor do Seu nome.

            Ainda que eu andasse

            Pelo vale das sombras da morte,

            Não temeria mal algum,

            Porque Tu estás comigo...

            A Tua vara e o Teu cajado me consolam.

            Preparam-me o banquete do amor

            Na presença dos meus inimigos,

            Unges de perfume a minha cabeça,

            O meu cálice transborda de júbilo! ...

            Certamente,

            A bondade e a misericórdia

            Seguirão todos os dias da minha vida

            E habitarei na casa do Senhor

            Por longos dias...”

            O velho Jochedeb acompanhava o cântico dolorido do salmo, sentindo-se opresso de amargosas emoções. Começava a compreender que todos os sofrimentos enviados por Deus são proveitosos e justos, e que todos os males procurados pelas mãos dos homens trazem invariavelmente, torturas infernais à consciência invigilante.

            Este salmo que não foi seguido pelo ancião, deve estar sempre presente na mente de quem se considera filho de Deus, mesmo que todos, acreditem ou não, são apascentados pelo mesmo pastor que os criou. Isso acontecendo, em qualquer dificuldade saberemos que estamos sempre sobre a produção do maior poder que existe no Universo. Deixamos de nos sentir injustiçados, pois se falha a justiça humana, jamais falha a justiça divina.

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em 09/05/2016 às 23h59
 
08/05/2016 23h59
TERAPIA FAMILIAR AMPLIADA (19) – RETORNO A NATAL

            Minha filha, Andreia, está pensando em voltar a morar em Natal, depois que foi morar em Campina Grande, saindo do apartamento que eu havia cedido para ela morar na Praia do Meio, no meu condomínio. Mãe do meu primeiro neto, cujo marido tem um relacionamento difícil com a sogra, devido o seu comportamento inadequado para os padrões dela e do abuso do álcool.

            Andreia foi despedida do trabalho, logo que resolvera fazer a faculdade para a qual eu mandava uma ajuda de custos todo mês. A mãe me informa que ela comenta as dificuldades que tem de pagar as contas e por isso está pensando em voltar para Natal e contar com nossa ajuda mais eficaz.

            Ela veio para Natal para conversarmos e coloquei a proposta dela ficar morando no Flat, sem pagar aluguel, eu pagaria a faculdade no valor de 800,00 reais e ainda daria o valor do aluguel que ela iria alugar no valor de 600,00 reais para ajudar no deslocamento no seu carro. Ela ficou de pensar sobre essa proposta e depois retornou dizendo que achava melhor trancar o curso este ano, alugaria uma casa perto da mãe, pois achava melhor para cuidar do filho, e ficaria com o dinheiro da faculdade para se movimentar. Concordei com ela e garanti que daria a contribuição que seria para a Faculdade, para ela, enquanto a mãe ajuda na alimentação.

            Este ponto da teia familiar está fragilizada. O comportamento desse núcleo familiar carece de uma conduta apropriada dentro da economia e dos projetos de vida que devem ser perseguidos. Chego a receber críticas por estar tentando ajudar mais uma vez, pois ninguém observa uma evolução. A criança tem uma educação carente dos valores cristãos, se envolve em atividades de adulto com risco à sua integridade, promovido pela conduta inadequada do pai.

            Tentei coloca-la no trabalho de rede da Polyshop, pois achava que ela teria o perfil de vendas, mas ela não se entusiasmou, mesmo sabendo que eu patrocinaria os seus primeiros movimentos dentro do negócio. Resolvi passar para sua irmã, Adrian, essa responsabilidade. Ficou também de avaliar, com certo receio, por se sentir incapaz de trabalhar com vendas.

            Este núcleo familiar que está bem próximo de mim, constando os primeiros filhos, necessita de uma observação constante, uma monitoração dos passos que podem ser dados. Felizmente Edinólia se mostra interessada e motivada em abrir a loja do shopping Mãos de Arte, onde as duas terão oportunidade de trabalhar.

            Essas duas lojas que adquiri nesse shopping, até agora não deu lucro. Ficou situada num local de difícil acesso e fiz apenas pagar as despesas sem nunca ter entrado nenhuma forma de lucro. Mas como consegui alugar o primeiro apartamento que comprei no apartamento onde moro, que aliviou uma despesa também sistemática com o condomínio e demais taxas, isso é um sinal positivo que talvez as lojas tenham condições de gerar lucro, mesmo que não seja para mim, mas deixarei de pagar as taxas do condomínio.

            Está sendo tudo planejado para Andreia voltar para Natal no fim deste semestre, quando ela irá trancar o curso. As lojas estão em reforma, Edinólia assume as despesas com o dinheiro que ela ainda recebe correspondente ao que eu pagava aos filhos na conta dela, e acredito que tudo estará pronto quando ela chegar.

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em 08/05/2016 às 23h59
 
07/05/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (8) – O SER EMOCIONAL

            A estrutura evolutiva do homem considera o estadiamento das funções psíquicas desde os instintos até os sentimentos passando pelas emoções. Dentro do estudo espírita da evolução pode ser considerado um estadiamento maior, listado a partir da base como: I - ESPÍRITOS IMPERFEITOS (10ª classe – Espíritos impuros; 9ª classe – Espíritos Levianos; 8ª classe – Espíritos Pseudo-Sábios; 7ª classe – Espíritos Neutros; e 6ª classe – Espíritos Perturbadores); II – BONS ESPÍRITOS (5ª classe – Espíritos Benevolentes; 4ª classe – Espíritos Prudentes/Sábios; 3ª classe – Espíritos de Sabedoria; e 2ª classe – Espíritos Superiores); e III – PRIMEIRA CLASSE (1ª classe – Espíritos puros).

            A emoção bem direcionada funciona como um dínamo gerador, uma força produtiva, tipo um instrumento de graça (se estiver sob o controle) ou de desgraça (caso esteja descontrolada).

            Os relacionamentos interpessoais são a matéria prima por onde se produz a emoção. Se ela segue dentro de um curso disciplinado, sujeita sempre a análise profunda de suas razões, então gera a afetividade e patrocina uma convivência feliz entre todos.

            É importante que seja feita uma auto avaliação constante da emoção que é produzida nos relacionamentos. Ela pode ser embotada, exaltada, indiferente, apaixonada ou enobrecida.

            Caso seja classificada como emoção embotada é porque não exprime as manifestações da afetividade, como acontece na esquizofrenia. A pessoa pode buscar uma fonte mais rude de sensações, como as drogas, e pode se entregar aos prazeres primários como sexo e alimentos.

            A emoção exaltada perde a diretriz do comportamento, como acontece nos quadros patológicos de mania. A pessoa deturpa qualquer manifestação de carinho, apresentando uma forma de neurose. Chega a perturbar o discernimento e se envolver com as drogas sem fazer um adequado juízo de valor.

            A pessoa com uma emoção indiferente ignora o rumo das consequências que sua vida toma, e pode morrer em função de satisfações não saciadas. A vida pode se deteriorar pelo constante uso dos prazeres voláteis, como acontece no alcoolismo e tabagismo.

            A emoção apaixonada mantém o remanescente dos instintos no campo mental, há o predomínio dos desejos, dos prazeres, e o indivíduo fica próximo dos delírios e alucinações. É o que observamos no comportamento das torcidas organizadas e o poder de destruição que elas possuem.

            A emoção enobrecida é o trabalho que precisamos alcançar para burilar essa energia animal. Deve ser estimulada por objetivos nobres de solidariedade e paz. A pessoa deve estabelecer paradigmas de auto realização, de ser cada dia melhor. Dessa forma se consegue a integração nos mecanismos da vida real, na harmonia integral. Cada pessoa de bem constrói uma sociedade ajustada e enobrecida. A medida que o indivíduo se modifica para melhor, a sociedade também se modifica na mesma direção. Cada um constrói, pela auto educação, uma sociedade melhor.

            Com essa compreensão encetamos a escalada para a consciência lúcida. Uma consciência que transcende os limites do ego e parte para a conquista cósmica, obedecendo as seguintes etapas: a) como reagir diante de si próprio; b) qual será a conduta que teremos com o próximo; e c) como desenvolver os valores íntimos com relação a nós e aos demais.

            A reação emocional diante de si, verifica a existência de complexos, tanto de inferioridade quanto de superioridade, ver se existe algum tipo de primitivismo moral na forma de cólera, ciúme, mágoa, revide, inveja, ódio... tudo isso fortalecendo uma consciência de culpa.

            A reação emocional diante do próximo verifica situações e fenômenos inesperados, jogos psicológicos desconhecidos, e verifica a expressão de conflitos, como retraimento, suspeita, narcisismo medo, loquacidade e presunção. Tudo isso gera a insegurança pessoal.

            Quando se atinge uma conduta emocional evolutiva, a pessoa passa a ter confiança em si mesmo, enfrenta situações novas e desafiadoras sem tormento, age com serenidade, é natural e espontâneo, é aberto aos relacionamentos interpessoais, respeitador das ideias e condutas do outro, mas não abdica de suas próprias ideias. Enfim, não mascara seu pensamento para agradar ou exibir-se. Podemos colocar como exemplo deste estágio a figura de Mahatma Gandhi.

            Tem também o perfil de agir sem preocupação de: a) parecer exageradamente bem, de fazer-se detestado, de eliminar o outro, e sobrepor-se ao próximo; b) dialoga com suave emotividade; c) assinala aquele que o ouve com algo agradável e duradouro; d) brinda os contatos estabelecidos; e) recebe dádivas que contribuirão para o crescimento íntimo. Temos o exemplo neste quadro de Allan Kardec.

            Por fim, a conduta emocional evolutiva pertence à uma personalidade doador de benesses, livre de exigências, sem paixões dissolventes, vincula-se e ama, libera-se de relacionamentos quando adequado sem ressentimentos, e constata que em todo relacionamento há sempre uma bela aquisição de vida. Se destaca pela empatia que provoca, pelas expectativas que desperta, e pela convivência enriquecedora.

            As emoções equilibradas dão condições para o encantamento da existência, a pessoa vive sem queixas ou frustrações, sem traumas dos tormentos pretéritos, vive a excelência de cada momento, sem angustias ou ansiedades pelo amanhã.

            O ser humano é sempre uma incógnita. Tem o potencial para solucionar o seu próprio mistério, com afetividade, com descobrimento interior, auto revelação, diálogo franco e postura jovial, mas deve ter cuidado com seu interlocutor. Este pode simplesmente se alegrar em conhecer suas dificuldades, desrespeitar-lhe a confiança, divulgar as informações reveladas, e provocar conflitos desnecessários, por imaturidade ou insânia.

            O que a pessoa não deve fazer é asfixiar a emoção, temer relacionamentos, procurar isolamento, assumir posturas alienadas, ter crise paranóide, ou não se realizar emocionalmente.

            A meta do aprimoramento espiritual implica em desenvolver a emoção, vivenciando seu alto potencial, canalizar essa força dinâmica para a meta de autossuperação e aperfeiçoamento passo a passo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/05/2016 às 23h59
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