Mateus alimentava em seu coração a grandeza da honestidade. Sofria as contingências do ambiente, que mesmo sem querer faz a gente respirar os sentimentos da maioria, mas não perdia a sintonia natural consigo mesmo.
Levi era um fruto que o sol da vida já dava cores, que mostrava sua maturidade, pronto a ser colhido. O Mestre o colheu com a voz – “Vinde a Mim” e ele caiu nas Suas mãos. Grato, Mateus ofereceu um banquete de sabor inesquecível, desprendido das coisas materiais.
Mateus assistira a muitas curas de Jesus por simples palavras ou leve toque das mãos, e isso o levava a meditações prolongadas. Que poder é esse que não é dado a todos os homens? Como isso poderia acontecer? Mateus era instruído, mas não sabia explicar.
Como um homem, tido como profeta, bastava uma ordem sua para que as doenças saíssem dos corpos torturados? Esse homem tinha algo de divino e merecia todo o respeito e reverência dos demais.
Mateus queria ser um médico, como o Mestre, um médico de almas. Andando por Betsaida parou em um casebre onde notou que no interior alguém chorava. Percebeu a correria e a presença de um doente grave. Pelo impulso de bondade, viu alguém e pediu licença.
- Posso fazer alguma coisa por vós?
A desconfiança pairou no ar. Como acreditar num homem que, sendo judeu, trabalhava para Roma, recolhendo impostos?
Mateus lembrou de Jesus: “podeis fazer ainda maiores coisas do que eu faço”.
Mateus pôs as mãos sobre o enfermo e ordenou que ele andasse em nome de Deus. Repetiu umas três vezes e esperou, confiando no Senhor. Notou que o menino estremeceu. Aumentou-se lhe a fé. Elevou a Deus uma oração fervorosa. Quando terminou, viu que a criança se tranquiliza, deu um suspiro e silenciou.
Os familiares provocaram tumulto, as mulheres destamparam em choro, a tristeza pairou no ar. Mateus, assustado e pálido, quis sair. Deu vontade de correr, decepcionado com seus poderes. Sentiu-se fraco, abatido, pensando: “Eu é que deveria ter morrido em troca desse vexame”.
Quando se aproximou da porta, pernas trêmulas, uma mão segurou seu braço. O medo aumentou. “O que será? E se eu for agredido? Pode ser um reparo ao que fiz, já que não fiz nada de bom.”
A consciência o tranquilizou. E ele pensou: “Devo ceder com humildade.” Um ancião, em lágrimas, falou a Mateus, com voz embargada.
Meu senhor! Agradeço-te imensamente pelo que fizeste. Considero a tua presença nesta casa o resultado das orações que acabamos de fazer a Deus. O senhor curou o meu filho desse fardo pesado que ele vinha carregando há mais de 12 anos. Ele nasceu surdo e mudo, cego, pernas mirradas, sem os dedos das mãos. Os intestinos, quando faz muita força para chorar, saem para fora em grande parte, sendo preciso muita habilidade para colocar de volta. Não nasceram dentes nessa criatura e na sua cabeça, podes ver, é uma chaga em que nenhum bálsamo faz efeito. A morte de meu filho, senhor, foi um milagre que não esperávamos. Ele sempre foi resistente a todos os sofrimentos. Graças a Deus nós descansamos.
Mateus assentou-se no chão pedindo água. O velho atendeu o discípulo e beijou suas mãos com reverência.
Na hora da reunião, o ex-cobrador de impostos se mostrava diferente. Jesus sorriu para João que formulou uma oração abrindo os trabalhos da noite. Mateus sem se fazer esperar pelos demais, levantou-se meio triste e perguntou ao Mestre:
- Senhor Jesus, por Deus, queiras me responder, explicando o valor da Cura, o que é curar os enfermos? Agradeço-te se, por acaso, for ouvido o meu pedido.
O Nazareno, tranquilo e confiante, manifestou-se:
- Mateus! O que queres que eu faça para que tenhas confiança em Deus?
‘A Cura não é somente o restabelecimento do desequilíbrio orgânico das pessoas. Não é somente devolver aos paralíticos os movimentos das pernas e braços. Não é somente, Mateus, fazer ver aos cegos. É também libertar almas que estão presas no cárcere da carne, talvez por medo de voltar para a região de onde vieram. Quando se inicia um incêndio em uma casa e és chamado a cooperar, o muito que a tua inteligência atinge é procurar salvar as criaturas que moram na referida residência. O mais, tudo vira cinzas. Vais ficar triste e desnorteado porque se queimou a casa e a mobília? Deverias ficar sem condições para a alegria se tivessem morrido as pessoas e somente se salvado a casa e os utensílios. O corpo, Mateus, é uma roupa de alma, que em muitos casos já aparece rota e com muitos remendos. Em determinadas situações quanto mais a ciência mexe, piora a condição. Fizeste bem de te aproximares daquela casa; foram as tuas mãos que desataram as amarras da alma ali presa. Não deixa de ser um princípio de Cura, porque ela já partiu com acentuado alívio. Tu sofreste, porque querias que Deus te atendesse da maneira que julgavas melhor, ou seja, devolvendo o doente em perfeitas condições aos seus. Esquecestes de pedir que Deus fizesse à vontade d’Ele, e não a tua, pois nem sempre sabes o que queres.
O Mestre interrompeu seu discurso. Os mais curiosos ficaram para conversar com Levi sobre o ocorrido. O que teria se passado? Acalmaram-se, pois mais tarde saberiam.
Mateus começou a se sentir melhor, e o Mestre continuou.
Na verdadeira acepção da palavra, ninguém cura ninguém. Nós podemos servir de alerta para que os enfermos se curem a si mesmos. No entanto, essa realidade só poderá ficar em evidência para um futuro muito distante. Por enquanto, é bom que a ilusão se manifeste, para que os enfermos, pela força da própria dor, conheçam a si mesmos e façam uso do que têm em seus corações, depositado por Deus, que é o Pai de todos, gerador do Amor Universal. Quem espera a Cura fora de hora ainda desconhece os remédios existentes por dentro que, por vezes, deixam parecer habilidades exteriores que podem ser chamadas de alívio. A verdadeira Cura, o restabelecimento completo da alma e do corpo, vem da fonte inesgotável do espírito, que não foi feito enfermo, mas com perfeita saúde.
Se queres ser um terapeuta em nome da caridade, ao curares os corpos, não te esqueças das almas, de propiciar a elas meios de autoconhecimento, por ser esse meio um caminho ou uma semente de luz que cresce na temperatura do amor, concedido pelo coração. Mas antes, meu filho, de pretender curar os outros deves principiar a cura de ti mesmo, com esforço próprio, na feição de disciplina e educação de costumes antigos, que o progresso não aceita mais.
Cristo abençoou a todos e levantou-se em direção às portas, que já estavam sendo abertas.
A 6ª aula intitulada “O Brasil será mesmo o coração do mundo e a pátria do Evangelho? ” do curso, O Fim dos Tempos 2, promovido pelo Instituto Brasileiro de Benemerência e Integração do Ser (IBBIS), em 12-10.2017, traz importantes informações que reproduzirei sequencialmente em alguns dias, para nossa reflexão.
QUAL SERÁ A NAÇÃO ESCOLHIDA?
A vontade da história, sendo um momento da lei de Deus, respeita o princípio universal de liberdade. Prepara, pois, ajuda e oferece, mas não obriga. Com efeito, uma não-aceitação da missão que deveria realizar esse passo à frente, produziria apenas um atraso ou uma deslocação topográfica, porém, mais cedo ou mais tarde, o fenômeno se verificaria da mesma maneira. (Pietro Ubaldi, Profecias).
É uma constatação que a vontade de Deus está sempre cobrindo todos os aspectos da Natureza, da qual Ele é uma das expressões. Isso também se reflete na história das coletividades, do planeta. Todos estamos submetidos a lei da evolução que é uma determinação do Criador. Todos possuímos o livre arbítrio de fazer aquilo que nossa consciência aponta como correta, esteja ou não alinhada com a vontade de Deus.
Certamente, uma pessoa que seja está disposta a cumprir a lei de Deus. É a esta pessoa que Deus favorecerá com os recursos colocados à sua disposição. Da mesma forma acontece com os países que foram apontados para determinada função. Se coletivamente não se colocam à altura, certamente surgirá outro país que assumirá.
Esperamos que sejamos capazes de corresponder às expectativas do alto. Estamos sendo ajudados, pois a onda de corrupção foi interrompida por um candidato único que no seu exercício profissional se mostrou incólume às investidas do mal através dos meios de corrupção, diretos e indiretos.
Foi a este candidato, Jair Bolsonaro, eleito contra todas as expectativas do materialismo, que se encontra agora na condição de reformador da saúde nacional para que nosso país seja capaz de cumprir sua missão. Mas isto não vai ser fácil, principalmente para ele. Lembro do que falou o Espirito de Verdade a Allan Kardec, quando este se colocou como reformador do conhecimento sobre o mundo espiritual:
“A missão dos reformadores é repleta de obstáculos e perigos; a tua é áspera; aviso-te, porque é ao mundo todo que se trata de agitar e transformar. Não acredites te seja bastante publicar um livro, dois, dez livros e estares sossegadamente em tua casa; não é necessário que te mostres no conflito; ódios terríveis estão açulados contra ti, implacáveis inimigos tramarão tua perda; estarás sujeito à calunia, à traição, ainda dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão impugnadas e desnaturadas; desfalecerás, mais de uma vez ao peso da fadiga; em uma palavra, é uma batalha quase incessante que terás de suportar, com sacrifícios de teu repouso, de tua paz, de tua saúde até, e mesmo de tua vida, porque não hás de viver muito tempo. Pois bem. Mais de um volta atrás, quando em vez de uma vereda florida, encontrarás apenas sobre seus passos espinhos, pontiagudas pedras e serpentes. Para tais missões não é suficiente a inteligência. Antes do mais é preciso agradar a Deus, com a humildade, a modéstia, o desinteresse que abate os orgulhosos e os presumidos. Para combater os homens, é necessário ainda, prudência e tato para encaminhar as coisas a propósito e não comprometer-lhes o êxito por medidas e palavras inadvertidas; precisa-se enfim, devotamento, abnegação, e está preparado para todos os sacrifícios. Vês que tua missão está sujeita a condições que dependem de ti.”
Não é isto que estamos vendo agora?
A 6ª aula intitulada “O Brasil será mesmo o coração do mundo e a pátria do Evangelho? ” do curso, O Fim dos Tempos 2, promovido pelo Instituto Brasileiro de Benemerência e Integração do Ser (IBBIS), em 12-10.2017, traz importantes informações que reproduzirei sequencialmente em alguns dias, para nossa reflexão.
Assim como o mundo passou da injustiça dos PRIVILÉGIOS DE CLASSE À JUSTIÇA DAS IGUALDADES POLÍTICAS, e está passando da injustiça da concentração econômica à JUSTIÇA DE UMA DISTRIBUIÇÃO MAIS EQUITATIVA DOS BENS, também passará da escravidão do trabalho material à LIBERTAÇÃO DELE COM A MÁQUINA E COM A CIÊNCIA (domínio sobre as forças da natureza), depois passará da IGNORÂNCIA AO CONHECIMENTO E, POR FIM, DO CONHECIMENTO À BONDADE. (Pietro Ubaldi, Profecias).
Esse processo evolutivo descrito por Pietro Ubaldi, na captação das Noures dos pensamentos, realizados por ele à noite, mostra de forma didática como as coisas estão se passando no mundo, com revoluções motivadas pelas injustiças que degradam a dignidade humana. Acontece que, os mesmos ideias que se contrapõem as injustiças que os próprios homens cometeram, esses mesmos revolucionários, em posse do poder, terminam se comportando da mesma forma e trazendo por sua vez, mais desgraça à humanidade. Observamos isso na Revolução Francesa, com seu ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, vimos o banho de sangue que isso se tornou, e até hoje o seu presidente, eleito conforme aqueles revolucionários queriam, colocam sérias críticas à nossa liberdade de sermos dirigidos pelo presidente que escolhemos e ameaça até o envio de soldados confrontando a nossa soberania na Amazônia.
Observamos na Revolução Russa, o mesmo caminho. Inicialmente com o objetivo nobre da igualdade, de tirar os camponeses da miséria, com o ideal comunista, terminou num regime totalitário, sanguinário de características globais, exportando para todos os lados grupos guerrilheiros com os objetivos de se reproduzirem.
Os Estados Unidos tentaram com certo sucesso a implantar os ideais da liberdade, fazendo o confronto junto com a Inglaterra da ameaça também globalista do reinado de terror dos nazistas, que queriam implantar uma dominância de milhares de anos do III Reich ao redor do mundo.
Todos esses movimentos apesar de terem fracassado na essência de seus ideais, não deixaram de contribuir para colocar no mundo traços da utopia que não conseguiram alcançar, dentro da igualdade e da liberdade. Possivelmente caiba ao Brasil a responsabilidade de conduzir o projeto de Fraternidade, colocando em prática o ideal cristão em todas as dimensões, políticas e administrativas.
Recebi de uma amiga querida, que antipatiza com o presidente Bolsonaro, um texto que circula na net referente a um “recado” que foi passado pelas forças armadas por ocasião do desfile de 7 de setembro. Irei reproduzir esse texto e logo em seguida outro texto que fui buscar em pesquisa na própria net e que encontrei no site MiniWebEducação, para fazermos uma reflexão justa sobre o que se passou.
“Não foi gafe, foi recado
Canção de soldado nazista abre desfile dos Fuzileiros Navais no Sete de Setembro
7 de setembro de 2019
Por Ivanir José Bortot
Gafe no desfile de 7 de setembro em Brasília. A Banda dos Fuzileiros Navais abriu a fase militar do desfile (a marcha foi iniciada por estudantes e civis) tocando a música-símbolo dos soldados nazistas na Segunda guerra Mundial, a canção Lili Marleen, que ficou conhecida mundialmente como Lili Marlene.
Adotada como hino pela 4ª Divisão Blindada da Wehmacht (Exército Alemão na Segunda Guerra), a música que fala da saudade da namorada que ficou em casa era cantada pelos soldados no front. Desde então, Lili Marlene é tida como canção símbolo do soldado do Exército de Hitler naquele conflito.
Uma curiosidade: Composta em 1915 por Hans Liep, a música fez sucesso na interpretação da atriz e cantora Marlene Dietrich, em 1932, pouco antes de a diva exilar-se nos Estados Unidos fugindo dos nazistas. Em 1938 ganhou nova letra de Norbert Schulze, gravada pela cantora Lale Andersen. Esta versão que foi adotada pelos soldados como canção da saudade da pátria e da família.
Nas trincheiras dos montes Apeninos, na Segunda Guerra, os soldados alemães cantavam Lili Marlene, enquanto do outro lado da trincheira os brasileiros entoavam a Canção do Expedicionário (letra de Guilherme De Almeida; música de Spartaco Rossi) que, em vez da melancólica saudade dos alemães derrotados, exaltava a vitória: “Por mais terra que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que volte para lá”. A fabulosa banda dos Fuzileiros poderia ter escolhido uma música como essa canção das pracinhas, que diz: “vitória, vitória final, caminha no meu fuzil”.
Por essa, ninguém esperava. ”
Via Katia Roa
Vejamos agora o que diz o texto do site MiniWebEducação.
Música Lili Marleen
Marlene Dietrich, nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch (Berlin-Schöneberg, 27 de dezembro de 1901 — Paris, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã, naturalizada estadunidense.
Muito mais que uma canção dos soldados alemães sobre separação, despedida e a incerteza de um dia retornar, "Lili Marleen" foi tema de exposição. Tratou-se de uma homenagem ao clássico que virou mito integrante não só da cultura alemã, um sucesso que virou história.
A canção Lili Marleen, popularizada pela diva Marlene Dietrich entre os soldados aliados durante a Segunda Guerra Mundial, foi o tema de uma exposição na Casa da História Alemã (Haus der Geschichte), em Bonn. A exposição englobou mais de 300 objetos, desde discos, cartas dos soldados, cartazes de filmes e shows, mas também roupas da época. O destaque especial foi para o uniforme usado por Marlene nos anos 1944 e 1945, nas suas apresentações aos soldados das tropas Aliadas na Alemanha e na França. Presa na roupa está a medalha conquistada pela estrela, por seus méritos na campanha antinazista e pelo moral das tropas.
Pode-se ver ainda o diário de Lale Andersen, que popularizou Lili Marleen a partir de 1939. Em 1942, por se corresponder com emigrantes judeus, os nazistas a proibiram de se apresentar em público.
Soldado escreveu a letra – Podem ser vistos também o manuscrito e a partitura original da música, ainda mais antiga do que se imagina. A letra, de Hans Leip, data de 1915. Em plena Primeira Guerra Mundial, o soldado de 21 anos rascunhou os versos num pedaço de papel, pouco antes de deixar sua caserna, em Berlim, para o front. O que o inspirou foi a despedida de um jovem soldado da namorada e de uma amiga, sob a luminária pública (Laterne). As garotas chamavam-se Betty, de apelido Lili, e Marleen.
Mas foi a música, composta por Norbert Schultze, em 1938, e a interpretação de Lale Andersen, no ano seguinte, que transformaram a canção sentimentalista em propaganda de guerra. A interpretação da diva Marlene Dietrich celebrizou a composição, traduzida para mais de 40 idiomas.
Motivação para as duas frentes – O curioso desta música é que ela foi usada pelos dois lados em conflito. Tratava-se de mais que uma simples canção sobre separação, despedida e incerteza de um dia retornar aos braços da amada. Desde 1942, a propaganda nazista não parava de tocar a música, inclusive na versão em inglês. Os britânicos revidaram com a mesma canção, na interpretação de Anne Shelton, muito popular entre os soldados.
Em abril de 1942, a guerra da propaganda com Lili Marleen chegou a um apogeu: a BBC de Londres divulgou uma paródia antinazista da canção, interpretada pela atriz alemã Lucie Mannheim, que havia fugido da Alemanha. Na estratégica batalha de Tobruk, na costa da Líbia, tanto nazistas quanto aliados ouviam a canção a partir de alto-falantes, instalados na frente de guerra. Também as tropas soviéticas se aproveitaram do motivo, através de panfletos com apelos aos alemães para que retornassem às suas "lilis".
Entrementes a música virou figura cult e objeto de consumo. A canção já foi gravada por várias estrelas da música internacional, serviu de registro para o nome de uma rosa, de um vinho e serviu de inspiração para um filme de Rainer Werner Fassbinder, com Hanna Schygulla. A exposição aconteceu na Casa da História Alemã, em Bonn, no ano de 2002.
Qual o recado que as forças armadas quiseram passar? Pergunto aos meus leitores após avaliar essa história. Quem ler o primeiro texto e não tem oportunidade de ver outra versão, pode imaginar um clima de ameaça vindo de nossas forças armadas contra nossa própria nação, não é verdade? Qual o interesse do autor do primeiro texto agir assim? Contribuir para desestabilizar um governo eleito democraticamente e cuja plataforma principal é o combate à corrupção e as injustiças?
Li um texto assinado por Márcia Vasconcelos que circula na net e que achei muito legal e oportuno reproduzi-lo aqui para refletir com meus leitores.
Quem aqui não assistiu o seriado Game of Thrones? Então gente, vocês lembram quando John Snow teve que tomar decisões como Comandante da Muralha? Lembram das repercussões quando teve que fazer um pacto tendo como aliados os Povos Selvagens? Lembram quando precisou decidir enforcar um menino que salvou - e também o traiu - e o próprio ex Comandante da Muralha?
John Snow era um líder bastante carismático, mas terminou sendo escolhido e eleito para salvar o seu povo. Quando optou por ter ao seu lado os selvagens, vocês lembram que sofreu críticas daqueles que não conheciam e nem acreditavam no projeto de poder de destruição dos caminhantes brancos?
Bolsonaro, mesmo candidato, também não imaginava representar e ser o líder supremo da movimento da direita no país, assim como John Snow, um bastardo, jamais imaginou se tornar o Senhor e representante da Casa dos Starks.
Bolsonaro convive com um Congresso que, ao invés de ser um lugar feito para proteger o reino, é um dos piores antros de bandidos, de ladrões e traficantes das piores estirpes desse país.
Como John Snow, Bolsonaro não deseja o Trono de Ferro por si só, mas persegue o ideal de transformar nossa nação em um lugar seguro, próspero e livre da corrupção. Para cumprir esse objetivo John Snow fez alianças com os Selvagens, com as Casas Lannisters, Targaryen, Tyrell, Glover, Tully, Arryn, e Mormont, dentre outras, para combater seus inimigos em comum e vencer uma guerra maior que a retomada de Winterfell: a Guerra contra os caminhantes brancos que, no nosso caso, são os "caminhantes vermelhos", cujo projeto de poder representa a destruição do povo brasileiro, de nossos costumes, de nossas crenças, de nossa economia, de nossa soberania, de nossa pátria e de nosso país.
Gente, a guerra para alcançar esse objetivo passa pela disputa dos tronos e, em suas decisões, não há como Bolsonaro agradar a todos, e satisfazer a todos os seguimentos.
Como John Snow que teve como aliados Daenerys Targaryen, Tyrion Lannister, Stannis Baratheon, Arya Stark, Jair Bolsonaro tem o apoio do Ministério do Exército, da Marinha e da Aeronáutica do Brasil, liderados pelo General Villas Boas; possui como aliados unanimes General Eleno, Mourão, Sergio Moro, Paulo Guedes, Tarcísio Gomes de Freitas, Abraham Weintraub, e também aliados polêmicos como Onyx Lorenzoni, Damares Alves, Ricardo Salles, dentre outros. Sem contar com sua adversária, talvez a maior, a Mídia brasileira representada pela Rede Globo, Folha e Veja, aliados que retroalimentam os "Caminhantes Vermelhos" diariamente em um projeto Cercey de retomada do poder.
Como John Snow, Bolsonaro foi traído, sofreu atentado, levou facada e sofre uma perseguição desenfreada da mídia e de seus adversários. Por que será? Nós não conseguimos enxergar o que Bolsonaro representa para nós?
Gente, nós da direita, precisamos entender, em definitivo, que Bolsonaro é nossa bala de Prata e precisamos confiar nele. Sem Bolsonaro no poder, a esquerda retorna.
É esse o final da última temporada do 'Games Brasil' que desejamos?"
Marcia Vasconcelos
Achei muito pertinente as colocações fazendo comparação com nosso atual momento político. Ontem tive oportunidade de ver essa série na prateleira das Lojas Americanas, mas não dei o devido valor. Procurarei lembrar da próxima vez, pois a arte muitas vezes interpreta a realidade, mesmo que tão distante no tempo e no espaço.