Deus, meu Pai, meu Criador, Senhor de toda existência e inexistência. A Ti a quem rendo graças e obedeço, deixa-me conhecer melhor você. Como posso Te reconhecer se nunca Te vi a face?
A minha mente Te procura nos confins do conhecimento que minha inteligência pode alcançar. Por mais que eu Te procure por além da linha do horizonte que nunca chego perto, ou na sombra do arco-íris, que nunca fico abaixo... não Te vejo!
Mas Te sinto? Sim, e o sentir é melhor que o ver. Eu posso ver algo e não sentir nada, e pode até ser uma ilusão, alucinação. Eu não Te vejo, Pai, mas Te sinto... nas cores da Natureza, no sentimentos dos meus irmãos...
Porém, não basta de reconhecer e sentir, Pai, sei que é preciso Te obedecer e seguir um caminho evolutivo que me aproxime cada vez mais de Ti.
Para fazer a Tua vontade tenho que ter atributos que superem as minhas tendências animais, do egoísmo que privilegia o coro material que me foi ofertado como mecanismo dessa jornada. Este é grande desafio. Reconheço a força dos instintos animais, do Behemoth representado como monstro energético construído dentro de nós durante todo o processo evolutivo, das amebas aos pluricelulares e inteligentes.
Como fazer para atender às exigências do Behemoth e que são necessárias para a sobrevivência do meu corpo e não deixe esquecidas as minhas responsabilidades espirituais, de não fazer ao próximo aquilo que não quero que seja feito comigo.
Sei que devo trilhar por esse caminho evolutivo com a luz da verdade, mesmo que isso me deixe isolado, muitas vezes criticado e até espancado pelas pessoas que dizem me amar. A estratégia para que não aconteça tantos sofrimentos em função da verdade do que meu Behemoth deseja, é que uso a estratégia da omissão, justificando que todos sabem como penso e que a qualquer momento eu posso praticar aquilo que defendo, mesmo que corresponda para muitos um forte escândalo.
Surge assim, Pai, um paradoxo em minha vida. Quero seguir a trilha do amor e da verdade como uma importante bússola que me leva a cada dia para próximo de Ti. Assim, das pessoas que se aproximam de mim e veem uma oportunidade de partilhar o meu amor, amor esse, tão despojado, são as mesmas pessoas que mais tarde se sentem rejeitadas, exploradas, e intolerante que percebem que estou deixando fluir dentro de mim e em direção a alguém próximo. Surgem daí as raivas, ressentimentos, agressividade e violência.
Consegui domesticar de certa forma o meu Behemoth, mas sinto efeito de algumas das cabeças mais poderosas, como é o caso da gula.
Assim, Pai, estou com o pé na estrada em Tua direção, mas me digladiando constantemente com meu monstro interno, e, por isso, deixo de fazer tantas atividades que se estivesse fazendo já estaria bem próximo de Ti.
Será interessante a reflexão deste documentário publicado no Youtube em 14-10-2019, com 655 mil visualizações em 13-03-2022, com o título: “A Origem – Existência de Deus, Dualidade, a Força Motriz do Universo.
É incrível como a sequencia de Fibonacci, proporção áurea e padrão fractal demonstram e provam inegavelmente o desenho inteligente que não é ao acaso. Estes padrões possuem uma estrita relação conhecida como Sequência de Fibonacci.
Recebeu o nome do matemático italiano Leonardo de Pisa. Essa sequência aparece em configurações biológicas, como por exemplo, nas disposições dos galhos das árvores, ou das folhas em uma haste, no arranjo do cone da alcachofra, do abacaxi ou no desenrolar da samambaia, conchas, nas ondas e em toda a natureza, em fractais, de maneira micro ao macro, em todo o Universo.
A individualidade é a marca de qualquer artista, desenhador ou arquiteto. Cada um deseja para suas criações a qualidade e os detalhes que o separa dos demais.
Na Natureza podemos verificar plantas e animais que possuem padrões, ciclos perfeitos em inteligência, que podem ser demonstradas que a criação jamais é ao acaso.
Os homens, naturalmente têm essa individualidade. Suas impressões digitais, por exemplo. Dos mais de sete milhões de pessoas hoje no mundo é um exemplo disso. Nenhuma impressão digital é igual a outra. Cada coisa que pegamos ou tocamos, que temos contato, é marcado por pequenas imagens revelando para qualquer que veja quem esteve ali.
Na dança das abelhas, Aristóteles documentou o seu intrigante comportamento. Como aqueles que a colônia coordena na atividade de suas operárias. O que parece ser um amontoado de abelhas pode ser na realidade um inteligente comportamento das abelhas. Quando uma abelha descobre uma nova fonte de alimentação, como um campo florindo, um lugar artificial elaborado por cientistas, algo interessante acontece. Alguns minutos depois, outras abelhas chegam ao mesmo local. Elas não viajam em grupo. Cada abelha encontra a fonte de alimentação individualmente. Como podem estas abelhas, que não conhecem previamente o lugar, subitamente chegarem com precisão, ao local onde está o alimento? É possível que os insetos se comuniquem entre si? Para responder esta questão, o biólogo australiano Karl von Frich desenvolveu uma série de experimentos nos anos 40. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia reproduziram os experimentos deste pioneiro usando uma moderna colmeia de observação. Dois alimentadores foram colocados em diferentes direções, afastados da colmeia. Em cada local, as abelhas visitantes foram marcadas por pontos de diferentes cores. As diferentes cores usadas em cada estação permitiram que cada abelha identificasse o local que visitou.
Na dança coletiva das abelhas podemos verificar uma inteligência que ultrapassa aquela que usamos individualmente. Elas desenham figuras geométricas para se comunicar no coletivo. A abelha sozinha não consegue produzir o mel, precisa da participação de toda a colmeia. Assim também somos nós. Sozinhos não conseguiríamos construir uma sociedade, uma ciência, uma tecnologia, uma crença transcendental. Por trás dessa inteligência individual que se expressa no coletivo, deve existir uma inteligência superior que a tudo administra. Que nome daremos a essa inteligência superior? Deus?
Será interessante a reflexão deste documentário publicado no Youtube em 14-10-2019, com 655 mil visualizações em 13-03-2022, com o título: “A Origem – Existência de Deus, Dualidade, a Força Motriz do Universo.
Se um dia alguém ao andar por um campo e se deparar com um relógio, ele provaria uma coisa: a existência de um relojoeiro. Portanto, o design do Universo testifica a existência de um desenhador inteligente.
A ideia da existência de Deus se encontra em todas as culturas espalhadas pelo mundo. Para céticos, uma ideia de Deus foi apenas fruto de suas mentes primitivas. Mas, há prova que seres humanos de antes possuíam mais conhecimentos em muitos aspectos que os seres humanos de hoje. Mesmo nas culturas antigas percebemos que o ateísmo não se faz presente. Entre Deus e deuses, os homens sempre se mostram conhecedores da divindade suprema, seja nos personagens místicos ou seja na natureza. Deus sempre esteve presente. A pseudociência e o sistema sempre tentam colocar o homem de antes como um simples animal no meio ambiente. De forma que rebaixam e escondem quem somos, de onde viemos e qual o sentido da vida neste mundo. Através daquilo que chamam de trindade do cientificismo como o Big-Ben, como o caos gerando vida numa obra do acaso, com o Heliocentrismo e a falsa força chamada de gravidade para esconder o universo elétrico e o eletromagnetismo em ação. E o evolucionismo para esconder a mão divina mais próxima da humanidade e da criação. Tudo isso para promover o esvaziamento espiritual das pessoas, tirar Deus da equação da vida. A teoria da evolução não pode ser provada de maneira científica, muito menos de maneira racional. Não há presença de elos perdidos, de símios que se transformaram nos homens de hoje em dia. As mitologias apresentam muito mais realidade do que a fantasia da evolução.
Intrínseca ao nosso Criador, a mente inventou a Deus, mas Deus deixou na mente o alcance de ver a existência daquele que projetou a própria mente.
Por isso, tudo no universo é elétrico, o que é possível constatar de maneira experimental, empírica, a existência daquele a que chamamos de Deus.
Energia, frequência, vibração e movimento outorgam a geometria sagrada. E a mente divina é energia e ela se manifesta em padrões.
A ignorância sempre procura explicar o desconhecido, mesmo que seja por coisas que não pode comprovar. Um senso de lógica sempre está associado a ideia de Deus, pois se algo foi criado e não encontro o autor da proeza, sempre procuro ocupar o lugar com algo que tenha o poder suficiente para alcançar esse intento. Daí o nome de Deus ser tão usado como solução, mas isso não quer dizer que Ele não exista, a lógica continua dando as cartas nessas conceituações.
Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.
“Deus é uma infinita esfera cujo centro está em todos os lugares e cuja circunferência está em lugar nenhum”
Mais uma vez aqui cabe muito bem o princípio da correspondência. O que há acima, há abaixo. Imaginemos uma esfera. Lógico que dentro de uma esfera existem inimagináveis pontos internos. Imaginemos que cada ponto desses é o centro de uma circunferência. Quais são esses pontos dentro dessa esfera? Esses pontos são todos os seres criados na manifestação. Nós somos um deles. Aquilo que nós chamamos de células de Deus, células da Unidade. Estão dentro da esfera primordial, nós somos um ponto, e esse ponto vira o centro de uma circunferência. São as circunstâncias, a vida que gravita à nossa volta. A partir do momento que nos expandimos para essa circunferência, tiramos daí experiências, vivemos coisas. Num determinado momento temos que sintetizar tudo isso no centro. O que foi que eu aprendi com toda essa circunstância? Sintetizar no centro e no aprendizado. Vamos ao mundo e voltamos para nós. E ao voltar para nós mesmos, voltamos com os braços repletos de frutos. A maturidade que o mundo nos permitiu adquirir, mas que agora nós sintetizamos no centro. A circunferência é reabsorvida por esse ponto. Esse ponto, então, mais maduro e mais luminoso que era antes, volta a ocupar o seu lugar dentro da grande esfera.
Então, essas circunstâncias de circunferência ilusória que existe a nossa volta, desaparecem e sintetizam novamente no ponto. Desaparece essa expansão. E esse ponto voltando à sua dimensão original, volta mais consciente, e ocupando o seu lugar dentro da unidade de uma forma mais desperta. Nossa circunferência foi feita para aprender com ela e sintetizar no centro. Trazer isso que Platão chamava “as reminiscências”, as sementes de ouro. Sintetizar o aprendizado de toda uma vida nesse ponto. Nosso centro, nossa essência. E como ponto mais luminoso, mais consciente que antes, voltamos a compor a esfera. Voltamos a ser uma célula dessa unidade primordial. Então isso é a infinita esfera. Onde o centro está em todos os lugares e a circunferência está em lugar nenhum. Ou seja, essa esfera não tem limites. E cada um dos seus pontos tem uma área de gravitação. Uma circunstância. Onde ele vai, aprende e sintetiza no próprio ponto. Essa esfera sem limites, com o tempo vai tendo os seus pontos cada vez mais luminosos para a consciência encontrada.
Esta resposta é bem interessante. Oferece uma melhor compreensão da ideia de que Deus está em todo canto do universo, dentro de nós também, que podemos nos sentir como se fosse Deus, o centro do Universo.
Também fica muito coerente com o ensino de Jesus, sobre amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a sim mesmo. Deus seria a grande circunferência que engloba tudo, que não podemos imaginar ou calcular o que seja pois tende ao infinito. E cada ser da criação seria um ponto dentro da circunferência, cada um de nós, irmãos dentro da humanidade, que devemos amar a cada ponto como se fosse o nosso próprio ponto.
Reflexões tomando como base o pensamento da professora Lúcia Helena Galvão, divulgado em seu “Diálogo fictício sobre Deus em O Livro dos 24 Filósofos”, publicado no Youtube em 01-01-2021 e colocando as minhas próprias interferências quando considerar conveniente, e deixando aos leitores espaços para demais considerações.
Deus: uma unidade gerando uma unidade, refletindo em si mesmo a única chama.
Vejamos como é interessante, “o que há acima, há abaixo”, dizia o princípio da correspondência lá no Caibalion. Aqui a gente pode perceber “a chama”, provavelmente em tantas outras tradições, deve estar se referindo à consciência. Ou seja, uma unidade, a unidade do Espírito, gerando outra unidade, que é a unidade da matéria. Porque no contraste existe a consciência. Pode-se perceber que a essência é. O que a unidade é. Quando ela gera a dualidade é como se Deus se olhasse no espelho. Como se batendo duas pedras para gerar fogo. Do contraste entre esses dois planos nasce a consciência do que é o Todo, do que é o Uno. De como podemos chegar a ele. Aí nasce o contemplador. Na mitologia grega nascem as musas. Em toda a mitologia universal nasce o homem. Ele que é capaz através do desenvolvimento da sua consciência perceber espírito e matéria. O transcendente e o imanente. O físico e o metafísico.
Então, a chama é a consciência que desperta em seus planos mais elevados. Do choque entre essência e existência. Em determinado momento a gente saiu da mera sobrevivência, elevamos a nossa consciência e chegamos a perceber: “Opa! Será que eu tenho mais do que um corpo físico?”. “Será que existe algo em mim que talvez esteja acima e além desse corpo?”. Começa a haver esse umbral do material. Começa a haver um umbral dos nossos planos manifestados delimitados pelo espaço-tempo. Começamos a desconfiar da Essência, desconfiar da eternidade. Ou seja, a chama surge na manifestação do universo, na dualidade primordial. A chama surge para o homem quando ele começa a desconfiar que nele há mais do que matéria. E no choque entre dois planos, o conhecido e o imaginado, o vislumbrado, começa a nascer uma consciência reflexiva, transcendente, que é capaz de entender melhor a existência.
Estamos aqui para enxergarmos essa chama em nós, e deixar a matéria num determinado momento. Nós descemos na matéria e conhecemos esse mundo. Nasce a consciência reflexiva, temos um contraste entre o plano do ser e do existir. Em determinado momento talvez voltemos para casa, para esse plano do ser. É o que muitas das tradições antigas dizem. Levando a memória do que nos foi permitida adquirir na existência. Descemos, aprendemos e voltamos para casa. Se nós não fizermos isso é sinal de que não fizemos nada. Se não descemos ao mundo e através das coisas passageiras do mundo aprender algo de definitivo, algo de sólido, algo de real que o tempo e o espaço não tiram de nós; se não tiramos a essência da vida manifestada para nos tornarmos um pouco melhores através dessa essência; conquistar um pouquinho de sabedoria; se nenhuma gota conquistarmos, é sinal de que nós não fizemos nada ainda. A vida está toda por viver. A vida que tem muito pouco a ver com o tempo, esse cronometrado do relógio.
Então, uma unidade gera outra unidade, dois planos. E no choque desses dois planos nasce a Consciência.
É confuso alcançar a compreensão desse mecanismo de uma unidade criar outra unidade. Pois nosso raciocínio é muito concreto: uma pedra não pode criar outra pedra. Mas se essa unidade é Deus... se essa pedra é Deus... então a unidade cria a diversidade, senão a unidade cria outra unidade, que cria outra unidade e tende ao infinito. Esses dois planos criados não podem ser entre unidade e unidade... tende ao infinito. A não ser que a outra unidade formada seja diferente, contenha a diversidade. Na unidade original não existe necessidade de amadurecimento da consciência, pois é a consciência plena de Deus. Na outra unidade formada (com diversidade) é que deve surgir da evolução o germe da consciência. Daí porque se diz que Deus cria espíritos simples e ignorantes, o princípio inteligente.
Ainda continua inalcançável a origem de Deus. De onde vem essa unidade de consciência completa e sabedoria suprema para criar outras unidades com diversidades em tantos universos quanto queira a sua imensa inteligência? E essas unidades com diversidades podem um dia alcançar o mesmo nível da unidade original? Acredito que não, pois a unidade original continua a criar a todo momento diversidades na mesma unidade criada, com consciências que vão ser formadas, que precisam de amadurecimento. Nossa rica ignorância e pobre sabedoria esbarra nesse muro de interrogações e não me sinto em condições de escalar.