Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
08/08/2015 01h55
COMPROMISSO

            Existe uma lição muito dura que Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca da sua vida?”

            Essa lição é muito forte para todos aqueles que vivem dentro desse mundo material, sofrendo as pressões do corpo para a sobrevivência, individual e da sua descendência. O nosso primeiro interesse e compromisso são com o mundo material no sentido de eu poder garantir a sobrevivência do meu corpo. O mundo espiritual não faz parte dos meus receptores, não é identificado pelos meus mais diversos órgãos dos sentidos. Dentro dessa compreensão eu antevejo a morte no final da minha vida e posso imaginar que tudo se perde para mim, deixarei de existir.

Jesus veio ensinar que isso não é verdade. Veio dizer que além do mundo físico existe o mundo espiritual e que é de lá que tudo provém e de onde tudo se origina. Inclusive a nossa consciência. Nós viemos para o mundo material, encarnando o espírito num corpo material e sofrendo dele os mais diferentes impulsos e motivações. Esquecemos do mundo espiritual der onde viemos e os compromissos assumidos. Como então podemos fazer para ser salvos da morte eminente, uma vez que, se eu não tiver esse discernimento, eu irei voltar quantas vezes sejam necessários para completar esse aprendizado?

            Faço essa avaliação me colocando dentro desse contexto. Se eu não tivesse nenhum professor ou não tivesse oportunidade de encontrar nenhum livro que tratasse do assunto, eu chegaria ao momento da morte sem saber que a minha consciência não sofreria esse efeito da morte e passaria a existir em outra dimensão.

            Jesus veio a Terra com essa missão específica, nos ensinar sobre o Amor e explicar que somos seres eternos, que essa matéria biológica e os seus valores efêmeros não são exclusivos para nossa existência. Logo mais chega a morte e nos transfere para as outras dimensões e quando isso acontecer devemos estar preparados com a bagagem que podemos levar conosco, e nada dessa bagagem se aproxima dos bens materiais.

            Por isso é que o Mestre é muito duro na sua lição, pois sabe que o nosso tempo é curto e quanto mais o perdermos, mais voltaremos aqui na Terra para refazer tudo de novo. É um círculo que só podemos quebrar com essa compreensão que os bens materiais não são os objetivos que devo alcançar. Jesus mostra como agir de forma desapegada com os bens materiais, mostrando o compromisso dele com o Pai e que todos nós temos interesses semelhantes. Se temos que passar por dificuldades, por sofrimentos decorrentes de nossa ignorância, que assim seja. Devemos pegar a nossa cruz e seguir adiante sem olhar para trás.

            Adquiri esse compromisso com Deus, mas ainda estou temeroso em pegar a minha cruz e seguir adiante, como Jesus ensinou, seguindo os passos dele. Ainda sou muito apegado à carne, aos prazeres mundanos que se verifica em vários tipos de tentações ao meu redor. Tenho bastante clareza do que Jesus quis dizer, já sei qual a trilha a caminhar, falta no entanto a coragem. Sei que o tempo urge, e que no pequeno espaço que eu tenho de vida biológica, não conseguirei atingir a coragem e determinação suficiente para alcançar a minha meta, segundo a vontade do Pai.

            Meu compromisso com o Pai e com o Filho se resume nessa compreensão que tenho do que me foi ensinado e da minha resignação em voltar quantas vezes sejam necessárias até que eu consiga êxito. Espero que numa próxima reencarnação, eu não demore tanto quanto demorei agora em adquirir essa compreensão. Talvez o meu esforço em evangelizar dentro das comunidades as pessoas que vivem na ignorância, seja já uma forma de eu receber na minha próxima vinda o ensino do Evangelho e sua devida compreensão, mais cedo do que aconteceu nesta atual vivência que experimento.  

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em 08/08/2015 às 01h55
 
07/08/2015 23h54
FOCO DE LUZ (64)

            No dia 06-08-15 foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, na Escola Olda Marinho, as 19h, com a presença das seguintes pessoas: 1. Luzimar 2. Edinólia 3. Radha 4. Marlene 5. Paulo Henrique 6. Nivaldo 7. Francisco 8. Netinha 9. Damares 10. Ana Paula 11. Ivonaldo 12. Maria de Lourdes (1ª vez – Quiosque) 13. Washington 14. Silvana 15. Davi 16. Maire 17. Aluisio 18. Suely 19. Paulo Madureira e 20. Ezequiel. Foi feita a leitura do preâmbulo, uma mensagem do filósofo Omraam Mikhael Aivanhov, e logo em seguida a leitura da ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem correções. INFORMES: Francisco informa que os documentos ficaram com Damares no Departamento de Medicina Clínica que combinou de pegar a assinatura e os documentos de Aninha amanhã; fez também indagações de como anda a questão da sede e como não tem ainda nada definido foi feito uma comissão composta de Paulo, Luzimar e Edinólia, que junto com quem mais queira se agregar, irá avaliar as diversas possibilidades de uma sede, alugada, doada ou comprada dentro da comunidade. Ivonaldo disse que participou da reunião da Secretaria de Educação que ocorreu no dia anterior na Escola Olda Marinho. Apesar da informação ter sido colocada no grupo do whatsapp, nenhum membro da Associação compareceu. Foi colocada a importância de cada membro que tenha disponibilidade em determinada ocasião não deixar de participar das reuniões. Essa reunião foi importante, pois tinha o objetivo de capacitar a comunidade para atuarem como conselheiros escolares. Também foi colocado a importância de ser marcada nova reunião com a Secretaria de Educação para devolvermos as decisões que já tomamos com relação as necessidades da comunidade na relação com a Escola. Ezequiel informa que as crianças do futebol foram jogar nas Rocas e venceram duas partidas e perderam uma. Francisco informa que fez contato com a dentista no Centro Cruzada dos Militares quanto ao acidente ocorrido com a criança do futebol e ela avisou que pode ser usado o serviço de urgência da Ribeira. Caso não seja possível pelo tempo e pela necessidade de restauração, ela ficou de agendar na Odontologia da UFRN logo que tenha início o período das aulas. Washington disse que havia convidado vários comerciantes dos quiosques, e só se fizeram presentes Maria de Lourdes e Marlene. Foi explicado a quem tinha vindo pela primeira vez quais são os objetivos da AMA-PM  e Projeto Foco de Luz e foi decidido que seria feito um convite formal para o responsável pelo setor do comércio na praia da SEMSUR para comparecer na reunião do dia 20-08-15 para explicar à comunidade quais os projetos que existem para a área e os comerciantes colocarem suas reivindicações. As 20h30min a reunião foi encerrada com a oração do Pai Nosso conduzida por Paulo Henrique, Maria de Lourdes que conduziu a Ave Maria, e Luzimar com a oração do coração. Todos posamos para a foto oficial e em seguida todos degustamos o lanche trazido por Luzimar e uma sopa em homenagem ao dia dos pais trazida por Netinha.  

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em 07/08/2015 às 23h54
 
06/08/2015 23h59
DERROTA ACACHAPANTE

            Posso dizer que hoje, sem nenhum exagero, sofri uma derrota acachapante para a gula. Hoje foi dia de hidroginástica, então nada melhor do que iniciar o dia com uma boa proposta para educar o corpo. Exercícios físicos pela manhã e controle alimentar durante o dia. Cheguei da hidroginástica e depois do banho tomei um pouco de vinho, com duas finalidades: a primeira como elemento de purificação da corrente sanguínea, evitando acumulo de colesterol nas paredes dos vasos; a segunda imaginar de forma mística, a aplicação da lição de Jesus quanto beber o vinho como uma forma simbólica de beber o seus sangue para absorver a pureza da Sua alma.

            Dessa forma saí do apartamento de forma confiante no controle alimentar durante todo o dia. Estava determinado a fazer isso. Imaginava que só iria me alimentar à noite, após a reunião da AMA-PM, durante o lanche que nós estávamos levando.

            Tudo seguia como eu imaginava até a tarde, depois que terminei os atendimentos no consultório. Estava me dirigindo para o apartamento e a ideia era trabalhar nos documentos que estavam espalhados à espera de organização, até as 19h quando iniciaria a reunião. Lembrei que iria passar em frente a padaria e que lá existia uma boa opção de petiscos e que eu poderia levar alguns. Incrível como essa ideia se instalou e passou a prevalecer. Não me lembro de ter resistido a ela. Simplesmente ficou reverberando na minha cabeça enquanto eu dirigia. Já estava programado em parar o carro na padaria e levar o que existisse de salgado para comer antes da reunião. Parei o carro e entrei na padaria. Fui logo ao setor da comida mantida em banho Maria. Vi diversos tipos de sopa, carne de sol frita com cebola e o frango a passarinho. Não me contive em escolher uma dessas opções. Escolhi todas!

            Cheguei no apartamento carregado, carne, frango, sopa, pão, bolo... sem nenhuma resistência coloquei tudo sobre o balcão da cozinha e liguei o micro-ondas. Enquanto esquentava ia comendo. Nenhuma lembrança do que havia planejado no início do dia vinha à minha mente. Comi tudo que trouxe, não deixei nada guardado para o dia seguinte. E eu sabia que, caso eu comesse com moderação, ficava muita alimentação para ser guardada e usada em outro dia.

            Mais tarde, após o término da reunião, mais uma vez fiz uso da alimentação sem controle. Comi mais uma vez a sopa que foi levada e também achocolatado, bolo, batgut, etc. estava me sentindo farto. Mesmo assim, na volta, ainda parei na farmácia e comprei picolés e sorvete à vontade. Cheguei ao apartamento carregado dessa maneira e fui logo para a cama, coloquei o apoio para assistir a televisão enquanto chupava os picolés... chupei dez!!! além disso, ainda chupei uma garrafinha de caldo de cana que eu mantinha guardada há semanas.

            Depois de toda essa proeza realizada, foi que fiz a reflexão do que eu havia me determinado fazer e o que terminei por fazer. Vi toda a engenharia da mente em anular um propósito inicial em função de adquirir um prazer corporal. Imaginei então que seria dessa forma toda a pressão que os dependentes sofrem para recair em suas dependências, mesmo estando altamente determinados na abstinência. Abriu uma compreensão dentro da minha mente do que está acontecendo no cérebro dos dependentes que também usam os seus cérebros na busca de prazeres, assim como o meu. Felizmente o meu não está sensibilizado por uma substância química, mas está sensibilizado pela alimentação, que também é uma forte fonte de prazer, assim como o sexo. Devo entrar nessa engenharia da mente, usando a própria mente com essa finalidade. Parece uma atuação de espionagem, onde a minha consciência, monitorada por meu espírito é o agente que vai comandar essa operação. Irei ter mais atenção à esses aspectos nos próximos desenvolvimentos da minha luta contra a gula, contra os interesses do corpo que usa a mente em busca do prazer trazido pelo alimento ou pelo sexo.  

            Sim, sofri uma derrota acachapante para a gula, mas por outro lado, descobri um padrão usado pelo corpo no uso da mente para atingir os seus propósitos. Talvez essa descoberta me leve a algo bem importante no campo das dependências. Se algo já foi publicado nesse sentido, eu não tenho conhecimento. Devo colocar todo esse pensamento de forma organizada e didática no papel.  

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em 06/08/2015 às 23h59
 
05/08/2015 23h59
RESTAURA MINHA CASA

            A história mostra a missão que muitas pessoas receberam do mundo espiritual para realização no mundo material. Foi assim com Paulo de Tarso e também com Francisco de Assis. Com relação a Francisco encontro nas “Fontes Franciscanas e Clareanas” o seguinte relato:

            E porque o servo do Altíssimo não tinha nestas coisas nenhum mestre a não ser o Cristo, a clemência deste ainda, como acréscimo, visitou-o na suavidade da graça. Pois, num certo dia, saindo a meditar no campo, ao andar por perto da igreja de São Damião, que devido a excessiva velhice ameaçava ruir, e como – instigando-o o espírito – tivesse entrado nela para rezar, prostrado diante da imagem do Crucificado, enquanto rezava, ficou repleto de não pouca consolação do espírito. E, como com olhos lacrimosos estivesse atento à cruz do Senhor, ouviu com seus ouvidos corporais uma voz vinda da própria cruz que dizia por três vezes: Francisco, vai e restaura minha casa que, como vês, está toda destruída! Francisco, a tremer, como estivesse sozinho na igreja, fica estupefato por ter ouvido tão admirável voz e, percebendo com o coração a força da palavra divina, fica fora de si, entrando em êxtase. Voltando finalmente a si, prepara-se para obedecer, recolhe todas as forças ao mandato de restaurar a igreja material, embora a principal intenção da palavra se referisse àquela igreja que Cristo adquiriu com seu sangue, como o Espírito Santo o instruiu e ele depois ele depois revelou aos irmãos. – Levantou-se, portanto, munindo-se com o sinal da cruz e, tendo tomado tecidos para vender, dirigiu-se apressado à cidade que se chama Foligno; e aí, tendo vendido as coisas que levara, o feliz comerciante, depois de receber o preço, deixou o cavalo em que então montara; e, voltando para Assis, entrou reverentemente na igreja de cuja restauração recebera o mandato, prestou a devida reverência ao sacerdote pobrezinho encontrado  ali, ofereceu o dinheiro para a restauração e para o uso dos pobres e pediu humildemente que lhe fosse permitido morar com ele por algum tempo. O sacerdote aquiesceu quanto à permanência dele, mas, por temor dos parentes, não recebeu o dinheiro, que o verdadeiro desprezador de dinheiro, atirando-o a numa janela, vilipendiou como a um pó abjeto.

            Esta foi a experiência espiritual de Francisco quanto ao recebimento de sua missão na Terra. Mesmo não tendo alcançado o foco da ordem que recebera, a qual ele pensava que era restaurar fisicamente uma igreja, mas tarde ele compreendera que a sua responsabilidade frente ao Criador seria restaurar a moralidade ética da igreja, a humildade, a fraternidade.

            Como todos que procuram se sintonizar com Deus terminam por encontrar em algum momento o sentido de sua vida, uma espécie de missão, que pode até não ser tão explícita como aconteceu com Paulo e Francisco, mas com certeza, alguma ideia do que deverá fazer surgirá em sua consciência. Comigo não aconteceu uma experiência pontual como nos exemplos citados, mas no decorrer da minha vida foi se instalando uma ideia com paradigmas diferentes, mas bem alicerçados que fizeram eu ter a compreensão que estou seguindo no caminho que Deus deseja para mim.

            O meu projeto ou missão tem seguimento no que Jesus ensinou (amar e construir o Reino de Deus) e tendo como exemplo a determinação de Francisco e Paulo, pois ambos seguiram com coragem e determinação o que deveriam fazer. Essa restauração da Casa de Deus passa pela construção da família universal, onde cada pessoa passa a ser o templo do Divino, sem necessitar de igrejas ou legislações humanas para isso acontecer. A Lei de Deus presente na consciência de cada um é quem irá determinar o comportamento individual e social.

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em 05/08/2015 às 23h59
 
04/08/2015 23h59
CÓDIGO MORAL

            A Amherst College é uma universidade privada americana com custo anual para o aluno de 70 mil dólares, valor superior inclusive a Harvard. Aconteceu uma palestra feita pelo indiano Dinesh D’Souza, cuja resposta à intervenção de um aluno é importante reflexão, pois se aproxima do pensamento do também indiano Mahatma Gandhi, de forte contexto espiritual:

            INTERVENÇÃO DO ALUNO

            Eu ainda estou esperando uma resposta para a minha pergunta... a respeito da desigualdade que eu falei sobre, envolvendo o departamento de estado, ou seja, uma riqueza que foi distribuída e é uma riqueza documentada. Assim como a riqueza produzida ou roubada, por meio da escravidão também está documentada. Nós temos números demonstrando exatamente quanto foi tomado, dinheiro que de certa forma poderia ser devolvido, mas se você diz que é impossível devolver esse dinheiro, porque seria muito difícil rastrear, teríamos que dar dinheiro a tribos africanas, e para linhagens que não existem mais, sem problemas. Mas precisamos entender que ainda não resolvemos a injustiça que foi perpetrada, e se admitimos que ninguém... que ninguém tem direito a absolutamente tudo que nossos ancestrais roubaram, então também teremos que admitir que atualmente existem pessoas que se beneficiam do fato que seus avós e bisavós lucraram por meio desse sistema imoral. E a maneira de lidar com isso é oferecer uma rede de segurança social que garanta que todos possam prosperar. Eu termino aqui.

            RESPOSTA

            Sim... Bem... O núcleo do sistema americano... Isso responde a sua pergunta diretamente... é que... o que podemos fazer a respeito dos desvios éticos do passado? E aqui temos duas opções. Há duas opções: a primeira opção é estabelecermos direitos iguais perante a lei. Essa foi a solução do movimento dos direitos civis. Havia descriminação baseada na raça; havia hierarquia racial... Vamos parar! Vamos tratar as pessoas de acordo com o conteúdo do seu caráter... Direitos iguais perante à lei.

            A outra opção, a que você está defendendo, você poderia chamá-la essencialmente de: “Vamos corrigir em nome da história”. “Vamos corrigir em nome da história”. Vamos tentar descobrir quem são as pessoas sob posse de bens roubados e retorná-los. Agora, a primeira coisa que estou tentando dizer é que esse é um princípio profundamente controverso, porque na verdade envolve destruir a liberdade de uma sociedade livre. Você teria que (sendo franco), se fôssemos levar isso à sério, ir até as casas das pessoas e tomar suas coisas, tomar seus móveis, tomar seus carros... Você não parece ter os colhões pra fazer isso. Você não tem a auto-confiança moral para fazer você mesmo!  Talvez, se eu estivesse advogando um princípio de justiça social, e querendo aplicá-lo a toda sociedade, antes de persuadir todo mundo... Digamos que eu seja um cristão e acredito que todos deveriam dar 10% do seu dinheiro para ajudar os pobres. E digo: querem saber? “A Bíblia diz isso... A Bíblia diz aquilo”. “Todos deveriam dar 10% do seui dinheiro para ajudar os pobres” e alguém me pergunta: “Dinesh, você está dando 10% do seu dinheiro?” E eu respondo, na verdade, não... Mas eu dei umas aulas de reforço... E você responde: “Espera aí, você não está defendendo isso?” “Você não está dizendo que existe um dever moral em fazer isso?” “Antes de nos convencer, faça você mesmo.” E você responde: “Eu não acho que deva fazer isso porque a sociedade é muito complexa, então não preciso fazer a menos que todo mundo faça.” Não! Se você acredita nisso, que você faça isso. Uma vez que você tenha feito, talvez voce nos impressione e talvez possa nos convencer de que nossa riqueza também é indevida. Mas você não consegue fazer isso... E não estou tentando acusar todo mundo de hipocrisia, só você! Porque... porque...Foi você... foi você que disse: “Eu sou o beneficiário de um privilégio ilegítimo”. Então você seria um excelente ponto de partida, porque eu estou perguntando: “Se você reconhece ter a posse de bens roubados, por que você não está disposto a devolvê-los? Então é fundamentalmente assim que enxergo sua caridade, como aquela piada do cara na guerra civil. “Estou muito feliz em sacrificar... Eu sacrifiquei três primos pela guerra”. “E estou pronto para sacrificar meu cunhado.” Essa é basicamente sua ética. Você quer uma justiça social paga pelos outros, mas você não está disposto a pagar, esse é o problema! É esse o problema dos esquerdistas que marcham em nome da justiça social enquanto protegem seus próprios privilégios... Lembra do que você disse? Todos nós precisamos sobreviver. É sério? Voce precisa estar em Amherst pra sobreviver? Você não precisa estar na Amherst pra sobreviver! Você precisa estar em Amherst para ter um benefício! Você precisa estar em Amherst porque aqui você está tendo oportunidade que a maioria não tem. Então, se você diz que acredita em oportunidades iguais, você é um hipócrita! Porque você está aproveitando uma oportunidade indisponível para outras pessoas. Mas para você, essa hipocrisia é totalmente justificada porque você está “militando” em nome dos pobres. Mas se você é realmente contra “privilégios”, esta Faculdade é um privilégio! Então há uma evidente hipocrisia e você nunca vira seu espelho moral para si mesmo e diz: “O que eu estou fazendo a respeito?” Esse é o meu ponto. Para você a sociedade tem que agir antes de você para forçar o seu código moral.

            Mais algumas perguntas?...

            Perfeito!!!

            Coloquei logo a carapuça na minha cabeça, pois também critico a sociedade, na forma de formar as famílias nucleares e assim perpetuar o egoísmo e violência ao longo do tempo. Defendo a família universal como base para a construção do Reino de Deus, um reino de paz, justiça e fraternidade, como Jesus ensinou.

            Felizmente não cometo o pecado do rapaz que fez a intervenção. Eu procuro praticar o que defendo, mesmo pagando o alto preço de morar sozinho e mal compreendido por muitos. Mas o que defendo tem a força da minha prática, eu pratico o que defendo. Aplico com destemor a lição que o Gandhi deixou: sou a mudança que quero ver no mundo!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/08/2015 às 23h59
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