Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/12/2016 00h59
FOCO DE LUZ (127) – CHECK-LIST DA FESTA

            Em 14-12-16, as 19h, na Praça Maria Cerzideira, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Jaqueline; 02. Edinólia; 03. Ana Paula; 04. Anilton; 05. Nivaldo; 06. Davi; 07. Jussiê; 08. Ricardo Tersuliano (IAPHACC); 09. Paulo; 10. Francisco; 11. Mano; e 12. Fernando. Após os 30 minutos livres para conversas informais, foi feita a leitura do preâmbulo espiritual com o título “Honras vãs”, uma fala de Jesus, registrada por Marcos em 7:7. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por unanimidade pelos presentes sem correções. COMUNICADOS: Nivaldo apresenta a árvore de Natal que construiu junto com companheiros na Praça Maria Cerzideira, e Jaqueline informa que construiu outra árvore de Natal na Rua do Motor uma parceria com a escola Corpo Vivo. Em seguida foi feita o Check List da festa que ficou da seguinte forma: 01. Início da festa as 17h na Capela de Santana a cargo do Diácono Márcio. 02. Após a missa será iniciada a caminhada em direção à Praça Maria Cerzideira onde acontecerá o evento. A caminhada será encenada por um casal interpretando Maria e José com roupas da época a cargo de Graça e Márcia. 03. Será providenciado um burrinho para a condução do casal a cargo de Ricardo; 04. Carro de som para servir de apoio à caminhada a cargo de Paulo; 05. A atividade na capela ficará a cargo de Márcia e Graça. 06.fotógrafo para cobrir todo o evento a cargo de Paulo. 07. A locução ficará a cargo de Francisco Rodrigues. 08. O roteiro da caminhada ficará a cargo de Jaqueline e Paulo que sensibilizará os moradores com panfletos e adesivos para quem queira colocar na frente de suas casas. 09. O presépio humano será montado na praça sob uma tenda onde ficará “José e Maria”, junto com os animais e uma manjedoura, a cargo de Jaqueline. 10. Será montado um telão com projetor que será disponibilizado por Francisco, organizado o vídeo a ser passado por Ana Paula, e manuseado por Daniel no dia do evento. 11. Um som de qualidade será providenciado por Paulo Henrique. 12. Mesas, cadeiras e tendas ficaram a cargo de Kiko e Jaciara. 13. A confecção da alimentação ficou a cargo de Manoel, Francisca e Francinete. 14. A distribuição da alimentação ficou a cargo de Edinólia, Radha e Francisca. 15. A organização e segurança ficou a cargo do Grupo de Curumins comandados por Sargento Medeiros. 16. O controle de palco ficou a cargo de Francisco. 17. A trilha sonora a ser seguida pelo carro de som que irá conduzir a caminhada será feita por Francisco com base nas músicas evangélicas de Roberto Carlos. 18. Convites e relação de convidados será feito pela direção da AMA-PM, Projeto Foco de Luz, confeccionados por Damares e Daniel. Os demais itens da organização que talvez tenham sido esquecidos neste primeiro momento, serão relacionados na próxima terça-feira no HUOL, e portanto, a prestação de contas que estava prevista para esta data, será transferida para a semana seguinte. As 20h30m a reunião foi encerrada, a oração do Pai Nosso foi conduzida por Ricardo Tersuliano, posamos para a foto coletiva e degustamos agua de coco fornecida por Nem dos Cocos.

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em 15/12/2016 às 00h59
 
14/12/2016 00h59
UMA FESTA CRISTÃ

            O Natal deve ser por excelência uma Festa Cristã, afinal comemora o dia que simboliza o nascimento do seu inspirador, o Cristo, uma personalidade que dizia ter dupla paternidade, ser filho do homem e filho de Deus.

            Jesus com suas frases de impacto, “Vim trazer a espada entre as famílias”, O meu pai e minha mãe são aqueles que fazem a vontade de meu Pai”, “Afasta-te de mim Satanás, que não queres que eu cumpra a vontade do Pai”, “Aquela viúva deu a maior esmola, pois deu de suas necessidades”, “A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, “Atire a primeira pedra aquele que não tem pecados”, “Afasta de mim este cálice, Pai, mas que se faça em mim a Vossa vontade e não a minha”, “Perdoa-os, Pai, pois não sabem o que fazem”... e muitas outras que vem a nossa mente em algumas ocasiões e que deveriam servir para construir aqui na Terra o Reino dos Céus, usando em tudo a Lei do Amor. No dia 25 de dezembro comemoramos o seu aniversário e uma onda de solidariedade cristã toma forma em nossa sociedade ocidental, mesmo que sua força esteja mais na aparência que na essência. Mas, como uma verdadeira onda do mar, dar para surfar sobre ela e fazer alguns benefícios com votos de continuidade.

            A Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio resolveu comemorar o aniversário do Mestre, como tantos fazem nos diversos momentos de confraternização em família, trabalho ou social. Procuramos ir um pouquinho mais além, em busca da essência que o Cristo tentou nos transmitir. Com todas as dificuldades inerentes a nossa fragilidade humana de compreensão e determinação do que devemos fazer para cumpria a vontade do Pai, elaboramos o seguinte roteiro:

            A Festa Natalina da Praia do Meio terá início por volta da 17 horas com uma missa na Capela de Santana. Por volta das 18 horas terá início uma caminhada até a Praça Maria Cerzideira. As pessoas que participaram da missa, adultos e crianças, irão seguir duas pessoas e um burrinho que representarão a caminhada de José e Maria, caracterizados com as roupas da época, até Belém, numa estrebaria representada na Praça, onde Jesus nasceu. Na praça teremos um palco, telão, projetor, serviço de som, mesas e cadeiras. “José e Maria” ficarão com uma criança recém nascida na tenda que representará um presépio humano. No palco se apresentarão os diversos convidados até as 22 horas quando será servido um jantar comunitário que foi viabilizado por doações vindas de várias origens. Os convidados serão os líderes religiosos, as apresentações musicais, os padrinhos espirituais de nossas crianças, os vereadores e candidatos que nos visitaram e/ou colaboraram com a Associação durante o ano.

            Acreditamos que seja uma ação muito simples, todos perceberão. Fizemos todos os pedidos necessários para uma melhor acolhida das pessoas presentes e apresentação das lições do Mestre, mas os recursos materiais nestes tempos de crise estão bastante escassos. Entendemos as dificuldades de quem não pode nos atender e Deus fará a devida recompensa daqueles que contribuíram. O nosso papel aqui não é julgar ninguém, e sim considerar todos como irmãos. Acreditamos que este é o milagre que Jesus nos ensinava: quando fazemos com amor, uma simples árvore de Natal, passa a ser esplendorosa; uma falta de mesas e cadeiras, e de repente todos estão sentados; uma falha por desatenção, logo é coberta pela colaboração; a pessoa mais importante na festa é aquele que serve a todos, sem ostentação, com compreensão e justiça, sem exigir direitos ou privilégios.

            Este é o nosso grande desafio, trabalhar nesta Festa com o Amor que o Cristo nos ensinou. Este é o grande presente que nós, AMA-PM, queremos dar ao amigo de nossas almas, junto com todos aqueles que se unirem conosco neste esforço. Um presente de um coração vivo, sem expressar raiva, ressentimento, vingança por ninguém; um coração fraterno, colaborativo, justo; um coração que considere todos como irmãos, amigos, capaz de escrever as injúrias nas areias do esquecimento, e de escrever os benefícios no mármore da memória.  

            Esta será a beleza da Festa: enquanto transmitimos o que aprendemos das lições do Mestre Jesus, sentiremos que Ele estará conosco nos ajudando a praticar exatamente suas lições; enquanto procuramos servir ao próximo com todo empenho, suor e sacrifício, esperamos como recompensa apenas um sorriso do Pai.

            E a todos, a quem o Pai permitiu que lesse este texto, sinta-se convidado, tanto para servir como para ser servido... seu coração é quem decide! Afinal, os trabalhadores da última hora serão da mesma forma gratificado.

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em 14/12/2016 às 00h59
 
13/12/2016 00h59
AMOR AO DINHEIRO

            “Certa vez, visitando o cemitério de Uberaba, notei a presença de um espírito que, rente ao seu próprio túmulo, chorava arrependido. Fora um rico comerciante na cidade e cometera suicídio. Eu o conhecera de nome.

            Percebendo que podia conversar comigo, após lamentar o gesto infeliz, que praticara devido os negócios que não iam bem, ele me disse:

            -Chico, vocês, os espíritas, são os verdadeiros milionários da Terra!

Fiquei com muita pena dele, porque, de fato, o dinheiro, para quem apenas aprendeu a valorizá-lo, é um transtorno muito grande.

            Fazia muito tempo que ele estava ali, preso aos despojos, se lamentando...

            Conversamos por alguns minutos, e apesar da consciência que revelava sua situação, ele não se mostrava com a menor disposição íntima de abandonar o local; aquilo era uma auto punição.”

            Este texto, retirado do livro “O Evangelho de Chico Xavier”, um dos maiores médiuns que o mundo já viu, mostra o risco que sofremos aqui, na dimensão material, quando passamos a valorizar com excesso o dinheiro.

            O apóstolo Paulo dizia: “Se temos o que comer e com que nos vestir, fiquemos contentes com isso. Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e perdição.

            Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastam da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos.”

            Dentro da filosofia cristã observamos diversas iniciativas fraternas, que procuram ajudar ao próximo e sensibilizar as pessoas ao redor para se engajarem nas atividades ou patrocinar para que o trabalho não estacione.

            Hoje recebi mais uma solicitação de ajuda financeira, para os projetos da Associação Cultural Santo Expedito. Não tinha conhecimento dessa Associação e ainda não sei como os gestores encontraram o meu endereço. Provavelmente pela parceria que devem ter feito com os “Legionários de Cristo”, Associação que já participo com ajuda financeira.

            O dinheiro que consigo ganhar deve ter um propósito de ajuda ao próximo e procuro não ser ranzinza com essas necessidades. Mas o atavismo que devo ter com relação a manter o dinheiro perto de mim, é um fator que prejudica a minha capacidade financeira de colaborar. Mesmo assim eu sinto que estou bem afastado do comportamento do rico comerciante, tenho o foco mais dirigido para as virtudes espirituais, mesmo sendo em muitas ocasiões boicotado pelo atavismo animal.

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em 13/12/2016 às 00h59
 
11/12/2016 23h53
CERIMÔNIA DE CASAMENTO

            Fui convidado para ser padrinho de um casamento. Perece paradoxal, eu que avalio o casamento ser nocivo da forma que é praticado e no entanto estar no papel de padrinho, uma pessoa que terá por encargo ser um dos guardiões dessa união, com as características que a igreja católica impõe.

            Mas tenho fortes justificativas. Eu também considero a opinião do próximo como uma forma dele exercer o direito à sua cidadania da forma que entende, não obrigatoriamente seguir a minha forma de pensar. Mesmo porque eu cometi esse erro de casar duas vezes, e na segunda vez eu já tinha muita experiência dos aspectos negativos que o casamento traz.

            Enfim, aceitei o encargo de ser esse padrinho, considerando que iria defender o pensamento que eles estavam dispostos a cumprir, apesar de suas poucas experiências com esse aspecto da vida, a não ser o sucesso que os seus pais, tanto do noivo quanto da noiva, tiveram com seus respectivos casamentos. Eles estavam lá na igreja. Os dois casais de pais como testemunhas de um sucesso no casamento na vida de cada um deles. Eu não poderia colocar aspectos negativos frente a tanta alegria em momento tão especial. Guardarei minha opinião para que, no futuro, se houver conflitos no relacionamento, eu possa expressar minha experiência, meus pensamentos e minha ideologia quanto a união entre duas pessoas, de forma inclusiva, que seja feito conforme o que exige a construção do Reino de Deus através do compromisso com o Amor Incondicional, e não com o egoísmo, do amor exclusivo do Amor Romântico.

            Notei na argumentação do padre na hora da celebração, uma serie de incoerências. Por exemplo, que a instituição do casamento foi feito por Deus no Gênese, e que o homem deveria deixar seu pai e sua mãe e formar com a mulher uma só carne.

            Primeiro, no gênese existe a informação de que Deus criou o homem e em seguida a mulher com uma das costelas do homem. Portanto, essa união não tinha nada a ver com o casamento da forma que estava sendo proposta. Só existia esses dois seres humanos no paraíso e não podiam fazer sexo, não podia haver reprodução. Assim, o amor que eles tinham estava longe do amor romântico ou incondicional, era uma forma de amor onde deviam contemplar somente a Deus, longe de competição com outros seres humanos por uma companheira, por uma luta pelo sucesso reprodutivo.

            Segundo, a informação de que o homem deve deixar seu pai e sua mãe e formar com a mulher uma só carne, está no Novo Testamento, no Evangelho que Jesus nos ensinou. Ai pode se aplicar o conceito de Amor romântico, do homem deixar a casa dos seus pais, trocar o amor fraterno e investir no amor romântico com uma mulher, de forma exclusiva, e o termo “formar uma só carne” parece reforçar essa forma de união, onde o homem geralmente é o cabeça da família. Porém mais uma vez surge contradições. Se os dois formam um só carne, e se o homem é o cabeça dessa união, se ele resolve por apelo do seu coração, se envolver afetivamente com alguém, sem ferir a lei do Amor, não deveria haver resistência da mulher por isso ter acontecido. Pois se os dois fazem parte da mesma carne, se o homem se regozija com o intercâmbio afetivo com outra pessoa, a esposa deveria se manter satisfeita, pois a satisfação do seus companheiros diz respeito a sua própria satisfação. Isso abre também a perspectiva, que se a mulher também sentir necessidade de trocar afetos com outra pessoa, obedecendo os mesmos princípios que o seu companheiro utilizou, não deveria ser condenada como acontece na atualidade.

            São esses aspectos que mostram uma incoerência da religião querer ter autoridade sobre um assunto do qual ela não possui uma coerência interna. Termina gerando um desequilíbrio no relacionamento, raiva, frustração e ressentimento, que pode ser tolerado por um ou ambos parceiros por toda vida; ou pode a qualquer momento ser destruído o relacionamento.

            Manterei a minha postura de severo crítico da instituição “casamento” da forma que é praticado, onde a mulher geralmente é a mais prejudicada, devido aos preconceitos existentes e que protegem o comportamento masculino. Evitarei ser cerceado pelos interesses de qualquer mulher que se aproxima de mim, na forma de ter com exclusividade a minha afetividade. Respeitarei quem queira seguir o casamento tradicional, mas serei um severo crítico daqueles que, de forma hipócrita, queiram se aproveitar de qualquer situação para explorar afetivamente o companheiro.

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em 11/12/2016 às 23h53
 
10/12/2016 18h31
AUTODESCOBRIMENTO (35) – PERDA PELA MORTE

            Quando se sente a perda de um ente significativo pela morte, se pode chegar a uma aflição dilaceradora em muitas pessoas, um processo que acontece mais devido à falta de educação que existe dentro da sociedade sobre o processo natural e orgânico que caracteriza o falecimento do corpo físico. Essa condição está acumulada no atavismo psicológico, filosófico e religioso que faz parte de nossa herança ao nascer.

            A conceituação da morte como um fim, da destruição de tudo que possuímos e somos, característica do pensamento materialista, se verifica frágil e insustentável pela lógica e coerência dos fatos e argumentos. Sabemos, por lições dos próprios cientistas do quilate de Lavoisier, que “na Natureza nada se cria, nada se destrói; tudo sofre transformações”. Por que, então, a vida seria uma exceção? Não se interrompe o fluxo existencial, uma das mais nobres e inteligentes criações de Deus. Acontece simplesmente uma transferência de faixa vibratória, um deslocamento temporário da consciência, que deverá aprender com a evolução, as novas formas de intercâmbio.

            Emanuel já havia dito através de Chico Xavier que “A vida não termina onde a morte aparece. Não transformes saudade em fel nos que se foram. Eles seguem contigo, conquanto de outra forma. Dá-lhes amor e paz, por muito que padeças. Eles também te esperam procurando amparar-te. Todos estamos juntos na presença de Deus.”

            Há um equívoco muito frequente com a ideia do pertencimento, que alguém ou algo deste mundo material possa nos pertencer. Ninguém pertence a ninguém, e só se perde aquilo que não se tem. As pessoas que imaginamos ter perdido, simplesmente seguem seus caminhos e nada impede que no futuro outra interação possa existir, mais ampla, mais evoluída.

            Os motivos para as emoções desequilibradas com a perda pela morte de uma pessoa, geralmente atende as necessidades da autopunição que a pessoa imagina que merece. Que não atendia aquela pessoa como ela merecia, quando no corpo, daí surge a revolta contra si, desespero e até depressão. O que precisamos desenvolver é uma saudade controlada, o sentimento da ausência com ternura.

            O sofrimento da ausência é justificado, pela dor da separação que ocorreu, pela ausência daquela pessoa, pela nova situação que passa a existir. Compreender que o desespero não equaciona esse vazio, não preenche as necessidades emocionais, e isso até prejudica o ente que passou para o mundo espiritual onde os pensamentos conseguem plasmar a realidade com muito mais facilidade. Uma mãe certa vez acordou dizendo que havia sonhado com o seu filho falecido, por quem ela tanto chorava. Ele reclamava que se sentia afogado por tantas lágrimas que ela derramava. No mundo material as lágrimas dessa mãe eram somente gotas que caiam na terra, mas no mundo espiritual era com se um dilúvio estivesse atingindo o jovem desencarnado.

            Os recursos mais convenientes para extravasar a dor e liberar as mágoas de uma perda pela morte, é trazer à mente as recordações felizes, reviver com ternura esses momentos, repartir os haveres deixados com os necessitados, envolve-los com orações, lembrando o bem que fizeram e assim também crescer intimamente.

            Perguntas sem lógicas também podem ser lançadas: “por que ele?”, “por que eu?”... Essas pessoas não param para refletir que todos somos mortais quando dependemos deste corpo físico, somos orgânicos, obedecemos a lei da vida com as suas probabilidades e inevitabilidades. A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução.

            A perda pela morte traz um tempo de dor que envolve um largo período. No princípio pode ser tanto mais traumático quanto mais a pessoa seja da existência do mundo espiritual. Mas ao término, com uma melhor compreensão e esperança do reencontro, com a possibilidade de comunicação, que o afeto está preservado, passa a existir uma melhor sintonia e gratidão por aquela presença querida que continua a existir, mesmo fora do mundo material. Uma prova disso foi o trabalho de Chico Xavier, com as mães desesperadas que foram à sua procura devido ao desencarne dos filhos e saíram confortadas, convictas que ele continuava a existi e de forma mais plena.

            Uma das últimas provas de amor que devemos ter com nossos entes queridos que partem para o mundo espiritual, é evitar que entremos em depressão, não culpar ninguém por essa partida, e reconhecer que houve um retorno à origem, à pátria espiritual, para onde todos iremos.

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em 10/12/2016 às 18h31
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