Realmente, comprovo mais uma vez a transformação que é inerente à Natureza, onde tudo muda sua feição, inclusive da forma de pensar, de acordo com as circunstâncias dentro dos paradigmas de vida. Lembro que meus paradigmas atuais se resumem em obedecer à vontade do Senhor conforme Ele coloca em minha consciência, pelos diversos veículos ao Seu dispor, principalmente a intuição. A senha para eu reconhecer se essas informações ou intuições partem realmente da vontade de Deus, é aplicar o raciocínio para verificar se existe coerência com a Lei do Amor.
Ontem, num passado bem recente, a minha mente estava envolvida principalmente com os trabalhos espirituais de natureza comunitária e familiar. Hoje eu sinto o foco do pensamento ter se deslocado para o trabalho político, sem partidarismo, mas envolvido em clarear a verdade dentro da sociedade.
Vou participar pela primeira vez de uma reunião num grupo intitulado “Força Democrática” que tem o objetivo de trabalhar pelo esclarecimento da Verdade. É um trabalho realizado de forma apartidária ou suprapartidária, onde a Verdade reconhecida pode servir a qualquer partido político.
A questão que estou a matutar é como fazer essa verdade que viermos a reconhecer ser divulgada no meio social. Como somos um grupo pequeno, sem potencial financeiro, não podemos pensar além de nossos limites.
Pensei que pudéssemos levantar recursos a cada mês para divulgação de algum ponto da Verdade reconhecida como tal, dentro de um veículo que pudesse atingir grande parte da população, sem a necessidade da pessoa comprar jornais ou revistas, que tivéssemos um sistema de distribuição para divulgar o trabalho em estabelecimentos públicos ou comerciais.
Dentro das ideias que surgem a que me parece mais simpática seria a colocação dessa verdade reconhecida em outdoors distribuídos em setores estratégicos da sociedade. Poderíamos denominar esse veículo de divulgação como “Tábuas da Verdade”, fazendo sintonia com as “Tábuas da Lei” de Moisés. A primeira dessas tábuas seria para informar da existência desse grupo e do trabalho realizado, com o apelo para todos que quisessem participar ou colaborar com esse esforço; teria um telefone e local para se reportar.
A cada mês ou bimestre, ou trimestre, dependendo da capacidade de arcar com os custos, seria elaborada uma nova Tábua, outdoor, e assim sendo feito sistematicamente, a comunidade iria ter essa informação como referência da Verdade, que não tinha objetivo de condenar nem de enaltecer ninguém, e sim de diminuir o grau de ignorância da população.
Sei que estas são ideias que surgem e que devem ser maturadas dentro do processo de discussão e avaliação. Sei que esse trabalho é necessário tendo em vista o processo de deterioração financeira e moral com reflexos ideológicos que ameaçam a liberdade da nação. Posso estar errado nessa avaliação do momento, mas os indicadores que tenho acesso apontam para essa perspectiva que se continuar crescendo pode gerar divisionismo, ódio e violência, como aconteceu num passado aqui, e no presente em várias regiões do mundo.
Iniciei a participação dentro de um grupo pelo Whatsapp que pretende discutir e contribuir dentro da sociedade pela divulgação da Verdade e a correção dos erros promovidos pela ignorância no campo político. Este movimento foi motivado pelo resultado das últimas eleições quando percebemos o predomínio da mentira, da maquiação dos fatos, do encobrimento da Verdade. Então, pessoas como eu, interessadas em mostrar à população a verdadeira face da Verdade apoiadas em fatos reais, se sentiram convocadas para realizar um esforço coletivo com esse desiderato.
Dentro desse objetivo comecei a perceber que o nome do grupo “Força Democrática” não estava bem aplicado, pois se assim fosse não era preciso o grupo ter sido criado, obedeceríamos sem contestação à força democrática que elegeu os candidatos que acreditamos terem sido eleitos por força da ignorância. Então, seria mais coerente denominarmos o grupo de “Força da Verdade” que é isto que queremos: fazer prevalecer a força da Verdade usando a coerência dos fatos reais com os argumentos intelectivos, associados ao bem-estar social, acima de quaisquer interesses, partidários, religiosos, etc.
Por outro lado, a proposta original não deixa de ter suas razões. Posso colocar assim um exemplo. Irei colocar esta minha percepção para avaliação deste grupo; estou consciente da coerência da minha percepção, como acabei de mostrar, mas o grupo pode ter outra interpretação e votar pela manutenção do nome original. Será a vontade da maioria que deve prevalecer, mesmo que a minoria tenha uma compreensão do erro que estamos fazendo. E isso deve ser seguido por todos, esta é a força da Democracia: arrastar a minoria por outro ponto de vista, sem perder a integridade da coletividade. Caso eu perceba que esse ponto de vista majoritário não pode me arrastar para um comportamento que sei não ser correto, tenho o direito de constituir outro grupo cujo pensamento que considero correto seja majoritário e assim, as ações que considero corretas sejam realizadas.
Foi isso que aconteceu após o resultado das eleições no país. Como o número de pessoas sentindo que não podiam compactuar com o pensamento e ações que o voto majoritário referendou, partiu para a formação de um grupo onde pudesse expressar o pensamento e realizar o que considera correto... e denominou “Força da Democracia”. É aí que percebo a incoerência! Se o nome que foi dado implica em que a opinião da minoria deve seguir a posição da maioria, então o grupo não deveria ter sido formado. Agora, se o grupo entende que a Democracia não representou a vontade livre dos cidadãos que estavam mergulhados na ignorância e sendo levado por interesses menores, como justificativa de favores recebidos, então ela não deverá ter a força de arrastar a minoria. Então, ficaria subentendido que essa “Força da Democracia” estaria evocando a força da Democracia exercida com base nos fatos reais e suas corretas interpretações, seja de um lado ou outro do pensamento, mas sempre apoiados pela Verdade.
Quero também deixar bem claro que não estou fazendo essas considerações no intuito de perturbar a iniciativa que foi tomada de se fazer este movimento, pois as ações que estão sendo discutidas e planejadas tem como base o esclarecimento da Verdade e não o prevalecimento da força da Democracia alcançada com base na mentira e falsidade ideológica. Mesmo que o nome não seja mudado continuarei dentro do grupo, pois entendo que suas ações sejam no sentido de esclarecer a Verdade e não de deixar prevalecer, sem contestação, a força de uma Democracia alcançada de forma inadequada, indecente.
Existem dois relatos minuciosos sobre a vida de Jesus, um de J.J.Benitez, “Operação Cavalo de Tróia”, e o outro de Ramatis, “O Sublime Peregrino. O primeiro é uma obra de ficção, uma viagem tecnológica no tempo, amparado por minucioso estudo histórico, à última semana que Jesus viveu materialmente entre nós. O segundo relato é uma obra de mediunidade onde o espírito de Ramatis através de seu médium nos transmite tudo que está registrado na sua memória quanto esta vida de Jesus.
Os céticos podem dizer que ambos os relatos são pura obra da fantasia, da imaginação, sem nenhum amparo na realidade, na verdade. Talvez eu não tenha como provar a veracidade disso com os recursos atuais da ciência, como eles exigem. Mas posso usar os argumentos da lógica que caminham sempre na frente da ciência, inclusive foi ela, a lógica, que organizou a ciência.
Hoje eu sei que ao olhar o céu iluminado e ver o brilho das estrelas distantes, sei que algumas delas já foram extintas há milhares de anos. É simplesmente a viagem da luz que ela emitiu que ainda não chegou até os meus sentidos. Da mesma forma que o meu olho desarmado, quer dizer, sem nenhum tipo de lente, consegue comprovar a natureza dessa luz direta de sua origem estelar, eu poderia também comprovar, com o uso de alguma lente especial, a luz indireta proveniente de algum planeta iluminado por esse sol. Também eu poderia aperfeiçoar bastante essa lente para que essa luz indireta que chega até meus sentidos milhares de anos depois de ter sido emitida, para observar os detalhes do que acontecia na superfície desse planeta, e até mesmo no nível de relacionamento que existia entre seus mais diversos seres, animados ou inanimados, brutos ou inteligentes.
Esse tipo de raciocínio que a lógica diz ser possível, mas que a ciência ainda não alcançou através de uma forma tecnológica, que ainda não encontrou intelectualmente o aparelho para realizá-lo, é o que me faz acreditar na veracidade desses relatos, mesmo que seja de alguma forma deturpada pela imperfeição dos instrumentos de detecção e de transmissão. Da mesma forma que as luzes do Universo podem chegar até meus sentidos após milhares de anos, a luz emitida por nosso planeta e que descreve os nossos relacionamentos, também estão viajando por esse Cosmo sem fim.
Por outro lado temos o nosso aparelho mental sustentado por um cérebro composto por cerca de 20 bilhões de neurônios, cada um deles capaz de se comunicar regularmente com aproximadamente cem outros neurônios, através de compostos químicos que acionam estruturas celulares desencadeando ações. Para imaginar esse nível de complexidade, basta saber que a Terra possui cerca de sete bilhões de pessoas e que cada uma delas não consegue ter um nível regular de comunicação com cem outras. É este aparelho mental que leva à consciência o que acontece ao nosso redor. Já é bem conhecido que apenas 10% de sua capacidade é que está operando a nível consciente. Assim, talvez não tenhamos ferramentas tecnológicas para captar e interpretar essas informações que produzimos em nossa história e que está se disseminando no universo. Mas a mente, que não obedece as leis da física que conhecemos, que extrapola a velocidade da luz, pode alcançar de forma instantânea, em qualquer ponto do Universo, as informações que queremos ter e que ocorreram em tal data. É neste campo de energias mentais que considero a possibilidade da veracidade dos relatos que são escritos, de forma intuitiva, imaginativa ou mediúnica. Talvez todas essas formas sejam apenas variáveis de uma mesma capacidade que possuímos e que brevemente, com o aprimoramento dos nossos avanços científicos e humildade para reconhecer achados onde não houve a participação de nossa inteligência, tenhamos mais condições de conhecer a Natureza e a complexidade dos seus recursos.
Então, os relatos dos autores acima citados, apesar de não serem exatamente iguais, descrevem fatos e situações compatíveis com a lógica do que poderia ter acontecido, e que podem realmente ter acontecido. Os pequenos erros de citação, de ocorrência que podem ter ou não ocorrido, são pequenas pedras no caminho do nosso raciocínio que deveremos apenas desviar ou retirá-las do caminho da verdade, quando isso for possível.
Ao ler a parábola do Administrador Infiel, escrito por Lucas (16: 1-15) achei muita semelhança com o atual contexto político em que nos encontramos.
“1. Jesus disse também a seus discípulos: “Havia um homem rico que tinha um administrador, este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus bens. 2. Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço dizer de ti? Presta conta da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens. 3. O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha. 4. Já sei o que fazer para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego. 5. Chamou, pois, separadamente a cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão? 6. Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinquenta. 7. Depois perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve: oitenta. 8. E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes. 9. Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.
10. Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes. 11. Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? 12. E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 13. Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
14. Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele. 15. Jesus disse-lhes: Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.”
O proprietário admira não o ato culpável do administrador infiel, mas aquela sua especial astúcia em conquistar amizades que lhe serão úteis no dia da adversidade. Nas suas ações honestas, os homens justos devem empregar semelhante habilidade em servir-se do seu dinheiro para fins caritativos.
O que vimos na atual campanha política? O administrador infiel, o PT, usou o dinheiro do proprietário, o Brasil, para conquistar amizades dentro das massas carentes, com bolsas, empregos e mordomias, que assim pudessem garantir o seu emprego.
O que os homens justos devem fazer? Usar o seu dinheiro e empregar semelhante habilidade em ações caridosas e dessas a mais importante é elevar o grau de conscientização para que as pessoas possam realmente decidir com liberdade quem deve continuar sendo o administrador dos seus próprios bens.
Há exatos 1981 anos, 33 anos atrás, Jesus estava expirando na cruz por volta deste horário. O céu escureceu, a terra tremeu e o povo apavorado tentava escapar do que não imaginava que estava acontecendo.
Hoje, em plena época moderna, sei desses acontecimentos pelos diversos livros que leio de diversas fontes. O esforço do Mestre Jesus nos três anos de intensa atividade messiânica, foi coroado com o supremo sacrifício de ter suportado com estoicismo toda tortura bárbara que lhe impuseram até o desenlace fatal na cruz.
Por mais que eu estude Suas lições e queira me aproximar dEle assim como qualquer aluno faz e o mestre deseja, eu sei que não conseguirei absorver nem 10% do ensinado e demonstrado sobre a capacidade de amar, de tolerar, de perdoar e de resistir a dor da incompreensão do mundo ao redor.
Faço essa reflexão agora, ao terminar o consultório e ver que o esforço que faço com o desempenho do trabalho e na aplicação das lições do Mestre estão muito distante do que foi ensinado e demonstrado. Primeiro pelo direcionamento. O Mestre direcionava suas ações ao foco de Sua missão, os interesses do mundo ficavam em segundo ou terceiro plano. Nada dos interesses do mundo material conseguia fazer com que ele se desviasse do caminho. O meu direcionamento ainda está do lado material, por mais que eu tenha adquirido a consciência da importância do mundo material e que é a ele que eu devo me reportar dentro de uma hierarquia de valores. Os compromissos que assumi dentro do mundo material impede que eu faça esse direcionamento total para os interesses do mundo material, de abrir mão de meus bens materiais e simplesmente sair no mundo em busca da minha destinação espiritual. Sei que esse comportamento nômade de Jesus, caminhante das estradas sem nenhum valor nos bolsos, eu não conseguirei fazer. Mas talvez não seja isso que o Mestre queira. Ele fez assim naquela época porque assim era necessária, essa lição do Amor Incondicional nenhum homem ainda tivera. Ele é quem devia sair assim pelas estradas a falar dessa energia superior em todo o Universo, que se equipara a essência do próprio Deus. E todas essas lições deviam ter um fecho especial, pois senão podia cair no esquecimento após a sua morte. Então o sacrifício que o levou à cruz era um item que já estava no planejamento de sua missão. Teria que ser um espírito muito valoroso para assumir e cumprir tão árdua tarefa. Hoje ao lembrar da cruz, ao passar por uma sexta-feira como esta, tudo vem à mente com muita clareza e um apelo muito grande para colocar em prática essas lições que o Mestre deixou e assim que eu possa contribuir para a construção do Reino de Deus.
Com essa compreensão entendo que o Mestre espera que eu não siga exatamente os Seus passos; Ele espera que eu aplique as lições que foram deixadas e construa os relacionamentos coerentes com o Reino de Deus. Então, tenho que me relacionar com o sexo feminino dentro de uma perspectiva reprodutiva para que eu seja um elemento funcional dentro dessa sociedade e não somente um emissor de lições, como foi o Mestre. No momento que todos fizerem assim, o Reino de Deus surgirá no meio da humanidade, a família universal ficará estabelecida e a harmonia será a tônica de todos os relacionamentos.
A sexta feira fatídica serve apenas como um farol dentro de nossas lembranças, para jamais esquecer o esforço do Mestre em nossa educação espiritual.