Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
28/07/2017 23h41
DIMENSÕES DA VERDADE (10) – AUXÍLIO AGORA

            O apelo que a mentora Joana de Ângelis faz sobre o auxílio que devemos prestar agora, enquanto estamos encarnados com pessoas necessitadas ao nosso lado, é deveras impactante. São oportunidades que temos e que perdemos, ao ver tantos desamparados e não dar nenhuma palavra de misericórdia, e depois nos apiedamos e sofremos por eles; de encontra-los em sofrimentos atrozes, ficar receosos de falar com eles a respeito da vida verdadeira, e depois, dominado por forte compaixão, rogar ao Senhor em favor deles. Até parece que enquanto encarnados, fossem seres invisíveis.

            Perdidas são as oportunidades, quando defrontamos com esses seres no corpo denso, e tememos que eles não nos respeitem... depois pedimos aos mentores que eles se recuperem e tenham a paz; eles transitavam lado a lado conosco, na ignorância, mas pensávamos que não competia despertá-los... agora compreendemos quanto eles sofrem e oramos emocionados para que nossa vibração os ajude.

            Essas ações a posteriori, quando os seres miseráveis desencarnam, não deixam de ter sua utilidade, mas o mais importante é o auxílio agora, enquanto eles estão encarnados. O que pudermos fazer pelos irmãos encarnados, fazer... devemos nos cobrir de contrição e amor, derramar o cálice dos nossos sentimentos, produzir vibrações puras para abrandar nossas ansiedades e diminuir nossas dores. Devemos orar por esses irmãos com carinho, sabendo também que iremos retornar ao Mundo Espiritual onde iremos encontra-los.

            Leon Denis já nos dizia em seu livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, que o pensamento (...) atua principalmente em nós: gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. (...) os pensamentos produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto.

            Portanto, nossa ação de orar, dirigido pelo pensamento fraterno, é uma ferramenta importantíssima de ajuda, assim como qualquer ato sintonizado com o Bem. Plasmamos assim no mundo material aquilo que o nosso pensamento cria no seio das emoções.

            Existem muitos reencarnados carentes, no lar como verdugos da nossa paz, no trabalho exigindo de nós humildade, nos afetos por nos sentir feridos nos sentimentos, e nas ruas sob ameaça contínua às nossas horas no corpo físico.

            Devemos oferecer uma mensagem de esperança e alento, mesmo que as pessoas necessitadas não desejem seguir conosco nas linhas renovadoras por onde caminhamos.

            Lembrar que eles são nossos irmãos de retaguarda que têm horas de amargura por culpa nossa e que o Senhor consentiu recomeçassem a experiência evolutiva ao nosso lado em benefício nosso e deles próprios.

            Não devemos esperar que eles desencarnem para que o amemos ou oremos por eles. Ajudemos desde já. Possivelmente não nos compreenderão, nem devemos esperar que nos compreendam.

            Os náufragos de hoje no além túmulo, já se encontravam perdidos desde antes de partirem. Por que não os ajudamos antes de partirem? E agora, depois que partiram é que nos lembramos a orar por eles, que agora estão invisíveis, e antes materializados ninguém os via, ninguém os amava.

            Jesus, o Divino Mestre, é quem nos dá formosas lições de como prestar este auxílio agora. Existem os irmãos carentes que são fáceis de amar, pessoas edemoniadas, doentes, aleijados, cegos, e até mortos; porém existem os irmãos difíceis, aqueles que O prenderam e julgaram, com toda arbitrariedade e brutalidade, que foi submetido a uma eleição pública e perdeu para um reles salteador e assassino, até sofrer o clímax da crucificação, onde do alto do madeiro continuava a perdoar os seus ofensores, pois eles não sabiam o que estavam fazendo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/07/2017 às 23h41
 
27/07/2017 05h00
COLÔNIAS ESPIRITUAIS SOBRE O BRASIL

            Existem colônias espirituais no mundo astral onde se destinam os espíritos que desencarnam e que não precisam passar pelo umbral. Uma dessas colônias, a mais conhecida, devido ao livro e filme derivado da obra de André Luiz/Chico Xavier, é a “Nosso Lar”.

            As Colônias Espirituais” podem ser de características socorristas, correcionais, estudo e desenvolvimento das artes, pesquisas no conhecimento científico e muitas outras.

            Para efeito de estudo irei adaptar um trabalho que pode ser encontrado na net que cita 20 dessas colônias e que são formadas pela Lei de Afinidade.

01 - Colônia das Águas

            Próxima à entrada do rio Amazonas, em terras do Brasil, ainda com o nome de Solimões, estendendo-se no sentido em que correm as águas do grande rio, no seu encontro com o mar. Sua especialidade é receber desencarnados por problemas circulatórios e que são afetados no perispírito pela impressão da doença.

            02 - Colônia Amigos da Dor

             Fica ao norte de Minas Gerais, passando pelo extremo sul da Bahia, passando por Porto Seguro e avançando pelo Oceano Atlântico. Realiza grande socorro a recém desencarnados através de missas, visto que os tarefeiros dessa Colônia prestam atendimento nas igrejas, nas santas casas de misericórdia e em funções de ritual católico. É uma das mais antigas colônias em terras brasileiras.

            03 - Colônia da Praia

            Fica no sudoeste do Espírito Santo, próximo a Marataízes, estendendo-se além da Ilha dos Franceses. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvendo estudos e mantendo observação atuante no equilíbrio exercido pelo oceano, na estrutura do planeta. Funciona como um dos pontos de vigilância na harmonia planetária.

            04 - Colônia das Flores

            É uma das maiores colônias espirituais. Inicia-se na parte central de Santa Catarina, nas proximidades de Tangará, seguindo sem interrupção até o norte de Goiás, na cidade de Alto Paraíso de Goiás. Como ponto de referência, no Paraná, está próxima a União da Vitória, a Londrina. Adentrando São Paulo, às cidades de Presidente Prudente, Pereira Barreto e Santa Fé do Sul. Segue em direção do sudoeste de Minas Gerais, adentra Goiás, por São Simão, Paraúna até Alto Paraíso. Especializou-se no socorro aos que desencarnam vítimas de câncer e que quase sempre conservam a impressão da doença no perispírito.

            05 – Colônia Nova Esperança

            Poderia ser chamada de “Colônia de Estatística Planetária”, devido à sua importantíssima função na catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no orbe planetário, o que hoje, equivale a aproximadamente 30 bilhões de espíritos. Ela se localiza bem próximo a cidade de Palmelo/GO (na direção de leste a norte), estendendo-se nas direções das localidades de Pires do Rio, Ipameri e Caldas Novas, respectivamente. É grande a quantidade de espíritos que chegam para os primeiros socorros, devido à sua potente irradiação planetária. Após o tratamento inicial, vários espíritos são encaminhados a outras colônias, para o prosseguimento de tratamentos específicos ou por afinidade e vontade, ou, ainda, por solicitação de espíritos familiares, com méritos para isso. Possui vários postos de atendimento espalhados por vários lugares da Crosta Terrena, e estes postos recebem todos o nome de “Boa Esperança”. As atividades espirituais são intensas e possui muitos emissários de luz. Todo trabalho de serviço prestado na Colônia recebe-se “bônus-hora”.

            06 – Colônia Morada do Sol

            Localiza-se na parte leste do Brasil, estendendo-se do norte da Bahia, próximo a Altamira, atravessa Sergipe, passando por Aracaju, segue por Alagoas, por via de Maceió, indo até o norte de Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Esta Colônia também coordena um trabalho de equipes espalhadas pelo planeta, levando socorro, assistência e amparo a todos os portadores de “doenças tropicais”, os quais se encontram encarnados.

            07 – Colônia Raios do Amanhecer

            Localiza-se na parte central do planeta, acompanhando a imaginária linha do equador. Forma uma quase “ciranda” em torno da Terra, embora apresente núcleos de espaço em espaço. Os maiores núcleos estão no Brasil, norte do Amapá, passando pelas guianas em direção ao Atlântico; na África, abrange os dois Congos e o Quênia; e o outro grande núcleo se encontra nas ilhas da Indonésia, entre os oceanos Índico e Pacífico. Além desses existem outros núcleos menores e o conjunto deles é que constitui a Colônia Raios do Amanhecer. Cada núcleo apresenta características filosóficas próprias, embora seja a do Cristo a filosofia de atendimento em todos eles. No Brasil, a Colônia tem o aspecto de uma grande “parque infantil”. Pois é o mundo espiritual das crianças. Os grandes centros de lazer infantil na Terra foram inspirados nessa Colônia.

            08 – Colônia Regeneração

            Localiza-se nas proximidades de Goiânia, seguindo em direção a Brasília, envolvendo Anápolis, Pirenópolis, Luziânia até Formosa. Trabalha também na recuperação de espíritos mutilados no perispírito, área que envolve muitos setores de atendimento: fluídico concentrado, terapias, academias, esportes, tudo isso com uma contínua conscientização de renovação interior.

            09 – Colônia do Sol Nascente

            Fica no sudoeste do Estado de São Paulo, envolvendo as áreas de São José dos Campos, Campos do Jordão, Itajubá (MG), Pouso Alegre (MG), Águas de Lindóia e Bragança Paulista, em São Paulo. A Colônia apresenta também um setor de preparação do espírito para o reencarne aguardando o momento determinado por Deus; geralmente ficam felizes com a nova oportunidade e aguardam esperançosos; e há os que são encaminhados para lá para receberem essa preparação para voltarem à vida física.

            10 – Colônia Redenção

            Fica no leste da Bahia, com uma forma mais ou menos triangular, numa área que envolve Salvador, Alagoinha e Feira de Santana e é de grande referência no plano espiritual. É um grande laboratório fluídico, do qual toda a colônia se beneficia e distribui seus fluidos através de suas equipes socorristas na Terra. Nesta Colônia encontra-se um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o Planeta conheceu, começando pela história de Jesus, com cenas vivas.

            11 – Colônia das Montanhas

            Localiza-se a noroeste de Minas Gerais, próxima à divisa com Goiás, adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolvendo toda a área do parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

            12 – Colônia Bom Retiro

            Localiza-se no Paraná entre Curitiba e Ponta Grossa, estendendo-se ao norte até Cerro Azul e, ao sul, até Água Azul. Tem o formato de um losango. Além do socorro espiritual a desencarnados, sua função principal é voltada ao reequilíbrio do espírito.

            13 – Colônia Padre Chico

            Fica no Triângulo Mineiro, na região que envolve Uberlândia, Tupaciguara, Monte Alegre de Minas, Prata e Miraporanga, como pontos de referência material. É também conhecida no Plano Espiritual como a Colônia das Margaridas, pela grande quantidade dessa flor espalhada por toda a colônia, na cor branca e amarela. Colônia de porte médio, tem vida intensa e movimentada devido ao grande número de espíritos nela abrigados tanto para socorro quanto para trabalharem e servirem em nome do Cristo. Ala dos Hospitais, dos Albergues, das Escolas, de Informações, Áreas residenciais e Parte Central da Colônia.

            14 – Colônia do Moscoso

            Situada na parte centro-leste do Espírito Santo. Envolve a área que abrange Vitória, Vila Velha, Domingos Martins, Cariacica, Serra, Jacaraípe e Oceano Atlântico. Tem o formato de um retângulo – características orientais, por ter sido fundada pelos “Moscos”, povos que habitavam entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, havia milhares de anos e que vieram em migração espiritual para o psiquismo do Brasil. Tem como característica o desenvolvimento de técnicas especiais, que auxiliam o espírito à autodescoberta, como essência divina. Distribui equipes de tarefeiros, por toda a parte, estimulando e concedendo apoio a toda tarefa que visa à educação da alma, no domínio de si mesma, ampliando os setores do autoconhecimento. Inspiram encarnados nos livros de autoajuda oferecendo o resultado de suas pesquisas e esforços ao autoconhecimento.

            15 – Colônia do Rouxinol

            Fica ao norte do Brasil, no Maranhão, na região que envolve a Serra das Alpercatas. Suas extremidades aproximam-se ao norte da cidade de Presidente Dutra; ao sul, de Raimundo das Mangabeiras; a leste, da Represa da Boa Esperança (divisa com Piauí) e, a oeste, de Naru. Há uma profunda sensação de paz e ali ficam os espíritos que desencarnaram após longos períodos de enfermidade ou que tiveram morte súbita, com perda de sangue (o plasma da vida).

            16 – Colônia das Violetas

            É uma colônia do Brasil Central. Se estende do rio Sucunduri (AM) ao Parque Nacional do Araguaia (TO), passando pela Serra do Cachimbo, por Santa Maria das Bandeiras (PA) e pela Serra dos Apiacás e Alta Floresta (MT). A colônia desenvolve técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas. Nos seus educandários e laboratórios, espíritos estudiosos oferecem não só o plano espiritual, mas também aos estudiosos encarnados, o resultado de suas pesquisas. O avanço médico, no setor cardíaco, recebe direta ou indiretamente a influência positiva dessa Colônia inspirando os transplantes do coração, pequenas, médias e grandes cirurgias cardíacas e todo avanço desenvolvido nessa área vem desta Colônia.

            17 – Colônia Gramado

            A Colônia desenvolve também um trabalho específico – técnicas de estudo relacionadas com a “coluna vertebral”, “coordenação motora das pernas e pés”. Muitos dos profissionais dessa área encarnados têm afinidades com esta colônia recebendo dela muita influência, em especial os que fazem “cirurgias de hérnia de disco”, para se aprimorarem as técnicas dessa enfermidade. Cuidam também de serviços relacionados com “paralisias”.

            18 – Colônia do Abacateiro

            Abrange os estados de Goiás e Mato Grosso na região que fica entre o distrito de Aparecida do Rio Claro, próximo a Montes Claros de Goiás (GO), Barra do Garças (T), Primavera do Leste (MT), Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Rondonópolis (MT) e Bom Jardim de Goiás (GO), como pontos de referência. Aparecida do Rio Claro e Cuiabá são os pontos extremos de leste e oeste, e toda a colônia é cercada de abacateiros. A Colônia desenvolve técnicas e tratamentos específicos no atendimento “renal”, tanto no perispírito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal dos encarnados em resgate nesse setor.

            19 – Colônia “Estudo e Vida”

            Encontra-se no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. No Brasil, envolve a região do Pantanal Matogrossense adentrando a Bolívia pela Lagoa Mandioré. A finalidade da Colônia é o estudo da vida. Todo espírito que deseja aprofundar-se em algum estudo de autoconhecimento para compreensão dos próprios conflitos e desencontros, para qualquer assunto que vise ao bem, à elevação de conceitos e à busca de Deus, desde que tenha bônus-horas” suficiente para inscrever-se na Colônia, poderá dirigir-se a ela e permanecer enquanto desejar. Espíritos também fazem uma retrospectiva, reprogramando-se para o futuro, verificando que pontos ainda fazem ingressa na matéria, para posteriormente poderem deixar o planeta Terra em busca de outro.

            20 - Colônia Arco-Íris

            Localizada na região norte do Brasil, a Colônia vai de Porto Velho (RO) a Manaus (AM), em linha reta, abrindo aproximadamente 20 km de largura. Espíritos volitam entre esses arco-íris como se fossem viadutos no espaço em tarefas de amparo aos encarnados e conhecidos como “os filhos do arco-íris”.  Estas foram poucas das muitas Colônias Espirituais existentes em nosso país.

            Esse estudo servirá como uma base onde outros estudos poderão se amparar, se ela tiver consistência para permanecer como verdade. Pessoalmente, fiquei muito interessado na Colônia Estudo e Vida, pois o trabalho que realizo, de aplicar na prática os fundamentos do Amor Incondicional, necessita de muitos ajustes que a Colônia poderá me proporcionar. A questão é saber se os bônus-horas necessários para o ingresso podem ser adquiridos aqui ou tenho que adquirir no mundo astral por ocasião do meu desencarne. Não sei, mas acredito que sejam adquiridos por lá, logo que chegue, se a pessoa tiver condições de não estagiar no umbral.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/07/2017 às 05h00
 
26/07/2017 00h26
REFUGIADOS – AGH 02

            O tema de refugiados ingressando nos países mais desenvolvidos, e trazendo transtornos para os habitantes nativos, trazem diversas reflexões, prós e contras. Tenho alguns argumentos prós, mas a maioria posso considerar como contras, da forma que está sendo feito. O que gera tanta emergência nessas migrações que atingem principalmente os países do primeiro mundo da Europa, são as crises pelas quais esses povos passam, como fome, guerras, terrorismo, etc.

            Mas por que essa ajuda não é feita nos países em que surgem as necessidades, sem necessidade da migração dos povos? A lembrança do que aconteceu na administração da colônia espiritual “Nosso Lar”, quando um espírito maléfico tenta entrar e é impedido, mostra a responsabilidade que essas administrações devem ter para não se deixarem envolver por sentimentalismo ou posicionamento “politicamente correto” e assim deteriorar a qualidade de vida dos habitantes nativos.

            Existe o argumento que esses povos que integram os países do primeiro mundo já cometeram muita maldade contra esses povos agora necessitados, e que essas invasões que eles agora provocam tem o objetivo de saldar essa dívida.   

            Visto por esse ângulo, é justificável que isso aconteça com esses povos, inclusive conosco, que estamos ameaçados da mesma invasão. Mas isso deveria acontecer com todos, principalmente os membros nas Nações Unidas de onde surgem essas propostas. O país sede da ONU, Suíça, deveria ser a primeira a receber tal quantidade de refugiados, mostrando pelo exemplo como deveria ser. No entanto, fica apenas na sugestão e até obrigação dos demais países ofertarem essa ajuda humanitária.

            Por outro lado, podemos avaliar que esses povos que agora sofrem tal necessidade, estão formados justamente por aqueles que em outras vidas foram os algozes de tantos outros povos. Agora estão encarnados justamente no local de onde promoveram tal sofrimento e agora dentro do mesmo sofrimento tem a oportunidade de resgatar os seus débitos com a Justiça Divina. O fato de aceitarmos a invasão deles em nossas cidades, atua na contramão dessa Justiça Divina. Nossa caridade deve existir, mas prestando suas ações nos seus próprios habitats, e mesmo assim quando essa ajuda fosse aceita. É inadmissível pela lógica, que o caridoso seja impedido em suas ações por questões políticas ou religiosas, e mesmo assim continue a ofertar o seu trabalho, até mesmo com o risco da própria vida, como acontece com a ONG Médicos sem Fronteiras.

            Como integrante da Academia dos Guardiões da Humanidade, tenho mais dever de cuidados com aqueles cidadãos que atuam dentro da justiça e da ética, procurando seguir as lições do Mestre Jesus, e a vontade de Deus. Os criminosos, ignorantes, hipnotizados, ou malfazejos por índole, devem sentir o peso da Justiça que podemos fazer aqui também no mundo material. É aquela velha questão que deixa todos os cidadãos de Bem revoltados, quando o pessoal dos Direitos Humanos investe toda sua energia em trazer benefícios aos criminosos, enquanto as vítimas de seus malfazejos atos ficam ao desamparo.

            Vejamos o exemplo dos expurgos planetários coordenados pela Justiça Divina, nenhum desses espíritos malfazejos que necessitam ser expulsos de determinado planeta por suas índoles perversas e sem sinal de arrependimento, eles não são jogados em planetas mais evoluídos, pelo contrário, vão ser colocados em planetas mais primitivos, como aconteceu conosco no expurgos dos espíritos malvados de Capela.

            Também podemos ver o exemplo de muitos espíritos encarnados que são classificados como “sem teto”, que vivem nas ruas das cidades, muitos sem nenhuma preocupação em se esforçarem para o crescimento pessoal, da mesma forma que os “sem terra” que fazem acampamento nas margens das estradas, bloqueiam estradas e invadem propriedades causando prejuízo e caos às pessoas que trabalham com esses bens.

            Claro, existem pessoas nesse meio que realmente necessitam do apoio do estado, da caridade dos irmãos, mas muitos tentam se aproveitar dessa caridade, da ingenuidade de tantos.

            Esse é o motivo pelo qual o meu senso de caridade resiste em ajudar a crianças, mulheres ou idosos que encontro pelos cruzamentos, semáforos, pois vem sempre à minha mente que pode existir por trás dessa pessoa um meliante que se aproveita de sua fragilidade e de minha ingenuidade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/07/2017 às 00h26
 
25/07/2017 00h02
POLÍTICO ESPÍRITA – AGH 01

            A Política é uma atividade humana das mais nobres. É a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compartilhar interesses particulares com foco no bem geral. É importante que o bem geral não seja prejudicado pelo bem particular, de indivíduos ou grupos. Isso termina sendo difícil de ser aplicado, pois as pessoas com instrução suficiente para praticar os princípios políticos, não tem força moral suficiente para resistir as tentações de desviar os esforços da coletividade em benefício próprio.

            As lições que o Mestre Jesus veio trazer para nós, sobre o Amor Incondicional, para mostrar o caminho da ética e da moral, no sentido de amar ao próximo como a si mesmo, ensina o caminho para a prática da política na sua essência.

            Mas, tanto os princípios políticos como as lições cristãs foram distorcidas ao longo do tempo, dos 2000 anos de sua exposição, desde o excelso sacrifício do ilustre Mestre. Hoje, com a reativação dos princípios cristãos através dos ensinos dos próprios espíritos, codificados por Allan Kardec, temos a oportunidade de praticar a política sem deteriorações de enfoque filosófico.

            A palestra do psicólogo junguiano Djalma Argollo, fala com propriedade da condição do Espírita, daquele que quer seguir os ensinamentos dos espíritos e portanto seguir as lições de Jesus, quando este também tem vocação política. Alguns limites essa pessoa espírita deve ter em mente quando se dispuser a fazer também o trabalho político. Uma das questões cruciais é não encarar qualquer meio para atingir os objetivos. Mesmo que o objetivo seja benéfico, esteja dentro das lições do Cristo e daquilo que Deus espera de nós, se usamos métodos não cristãos para os alcançar, perdemos a nossa condição de executar a ação do Bem, estamos com nossa história contaminada. A mentira, tão comum nos embates políticos, nas promessas feitas com a consciência de que não pode ser realizada, ou que não traz benefícios coletivos uma ação benéfica, mas dirigida a indivíduos ou alguns grupos, é uma forma dessa contaminação.   

            O espírita pode e deve ser um político, se tiver essa vocação, mas não deve formar no Congresso uma bancada espírita, como observamos em outras religiões, ou procurar se eleger com os votos dos seus confrades, com o objetivo de defender os seus interesses exclusivos em detrimento da coletividade. Também não pode defender ou compactuar com as falcatruas desenvolvidas por seu partido, deve ter a coragem de pedir o afastamento desse partido quando for comprovado uma irregularidade pela justiça e o mal feito não for corrigido de imediato.

            O novo estilo do espírita fazer política já foi demonstrado por pessoas da estirpe do médico Bezerra de Menezes, entre outros, mas esses exemplos não vemos mais ocorrer nos dias atuais. Mesmo que nunca tenha ouvido falar do Movimento Espírita, pode até mesmo ser ateu, mas se tem um comportamento íntegro, é um homem de Bem, não se envolve em atos ilícitos nem apoia quem os faça, este pode ser considerado um cristão, um filho de Deus.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/07/2017 às 00h02
 
24/07/2017 01h12
ENTREVISTA COM O INIMIGO

            No livro “A Quadrilha”, de Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, no segundo capítulo tem uma interessante entrevista que irei reproduzir de forma adaptada para este trabalho que busca a Verdade, tanto dentro quanto fora da gente, tanto na dimensão espiritual quanto na material. O médium Raul, vai desdobrado ao mundo espiritual e lá sugere aos seus mentores que seja feita uma entrevista com um dos integrantes das sombras, um espírito que tenha conhecimento das estratégias das forças do mal. Foi convocada uma guardiã que trabalha como médium no mundo astral (fato que eu não conhecia), e foi trazido por dois outros guardiões, um espírito trevoso, magnetizado, que não tinha noção do processo ao qual era submetido. O ente trevoso não era capaz de ver nem de perceber os guardiões pelos próprios sentidos, pois estava em estágio mental vibratoriamente diferente dos deles. Foi nessa condição que ele deu a entrevista.

            Raul – Quem é você no esquema do poder nas regiões sombrias e o que representa no tocante ao projeto político entre os homens, nossos irmãos no plano físico?

            Espírito Magnetizado – Irmãos? Talvez sejam irmãos seus, pois são idiotas o suficiente para acreditar num futuro para o seu mundo e na proposta do seu diretor, o Cordeiro (Jesus Cristo). Quanto a mim, pode-se dizer que aqui, entre os donos do poder, os que vocês chamam de ditadores, eu sou uma voz – ou a voz. Sou intérprete dos que dominam; falo por todos eles. Represento um esquema de poder que abrange desde as regiões próximas à América Latina até certas paragens do Oriente Médio. Para os que estão encarnados, para os que dizem fazer política, eu sou um sinal. Isso mesmo: um sinal de que eles, nossos comparsas no mundo político, não trabalham nem agem sozinhos. Aproveitamos as características de cada um, de seu conluio, de seu grupo, que na prática se reúne por causa das fraquezas morais comuns a suas almas corruptíveis: vaidade, orgulho, desejo de poder. Baseamo-nos nessas características dos homens encarnados para transformá-los em nossas marionetes. Nós os dirigimos, nós os conduzimos em cada pensamento e cada atitude. Não há cidadãos entre eles, políticos e mesmo religiosos – pois também os dominamos largamente -, que não tenha lá a sua inclinação à corrupção e ao crime, que não seja manipulável ou não se venda. Já fizemos inúmeros contratos entre os humanos. Vendem-se por bem pouco. Basta um momento de glória ou prazer, basta-lhes a ilusão de que estão seguindo os próprios desígnios. Entre políticos e religiosos, trata-se de uma prática muito mais comum do que se imagina. Na verdade, são eles os seres humanos encarnados, que nos pedem, que desejam, de alguma maneira, projeção, poder e sucesso, fama das mais reles, ilusões emocionais e sexuais em troca de alguma coisa, de qualquer coisa que lhes peçamos. Contudo, pedimos muito pouco, na verdade. Apenas que incluam nossas ideias em meio dos seus discursos. Claro, uma vez convertidos em nossos intérpretes, sabemos que não mais seguirão os projetos de seus mentores. Uma vez estabelecida a aliança mental e emocional conosco, desviam-se da finalidade de suas encarnações, segundo a perspectiva de vocês. Passo a passo, enfraquecemos os verdadeiros defensores do Cordeiro, em diversos setores da vida humana. É patético!... E é deslumbrante! Deixam de cumprir o compromisso que lhes cabia, e o trabalho esmorece, do seu lado, já que é preciso tempo até que seus mentores consigam retomar o caminho interrompido.

            R – E você nunca pensou nas pessoas necessitadas de socorro, nos milhares que tem sido enganados e prejudicados por vocês, por sua política e seus fantoches encarnados no mundo?

            EM – Pobres coitadinhos esses necessitados!... E por acaso os que se dizem bons são realmente preocupados com esses miseráveis que vocês dizem pobres? Porventura acredita que, se eu ou um dos nossos pararmos de atuar por meio dos nossos agentes, a quem você chama de fantoches, eles passarão a se preocupar com essa gente dita necessitada? Mesmo deixados a sós, a maioria dos políticos e dos religiosos jamais se afligiria ou se afligirá com quem sofre. A maior parte deles está, na verdade, preocupada consigo; quer granjear e manter poder, garantir a subjugação das consciências, ganhar dinheiro – se bem que, para muitos, o poder pelo poder é muito mais valioso do que o dinheiro. Pobres são entes invisíveis para homens que intentam dominar. Governantes nunca olham de verdade pelos miseráveis; estes não passam de instrumentos para que alcancem seus objetivos. Religiosos, de outro lado, necessitam, pobrezinhos, deles para lustrar o próprio ego à medida que lhes oferecem migalhas; em seguida, gabam-se do êxito em converter e convencer os desgraçados a lhes seguirem os passos e as mentiras. Note que trabalhamos com os recursos que nos oferecem: questões íntimas como orgulho, egoísmo, vaidade, desculpismo e desejo de sucesso fácil e a qualquer preço. Por sua vez, os que se colocam como necessitados habituaram-se a viver com migalhas. Puseram-se na vida como derrotados e, por não quererem lutar, trabalhar e crescer, pois isso exige esforço, desejam tudo de graça; cada vez reivindicam mais e se dedicam menos ao trabalho, que os tiraria da dependência excessiva para com os poderosos. Tornam-se juvenis ou, na verdade, perpetuam-se na maturidade; para que acreditem em qualquer discurso, basta lhes dar alguma migalha enquanto lhes falamos de direitos e lhes acentuamos a sede por vantagens e benefícios. Instigando-os a pensar que estão engajados numa jornada em prol de causas nobres, numa luta digna a fim de obter “conquistas sociais” para os pobres e oprimidos – riu-se o espírito. – No fundo, porém, almejam tão somente estar sob os cuidados de algum responsável, como eternos adolescentes mimados que são; querem mesmo é ficar à sombra dos que comandam, desde que tenham certas regalias asseguradas. Se por um lado há os que se comprazem em dominar, existem, também, os que gostam de ser dominados. Muitos se envergonham da própria subserviência e da inapetência para a vida adulta, portanto, camuflam esses traços sob o manto da rebeldia, que confundem com a liberdade. São adolescentes, já disse! Independência, para eles, é arcar com o mínimo de obrigações; caso suspeitem, em dado momento, que as benesses estejam sob ameaça, agem como massa de manobra que são, mas se julgando plenamente autônomos. Contentam-se com mesadas e misérias; passam sua vida patética iludindo a si mesmos e projetam a culpa de tudo o que lhes sucede nos poderosos, em torno de quem gravitam naturalmente – até porque os rege um sentimento central contra os adultos maduros: a inveja. Comportam-se como o adolescente invejoso do que os pais conquistaram, mas incapaz de encontrar em si forças para abandonar o abrigo que lhes proporcionam. Reclamam, assim, com ingratidão e petulância, mais e mais vantagens dos provedores que adotaram livremente, embora só avancem com sua estridência até onde os comandantes permitam. Repito: é a subserviência travestida de coragem e independência. Esse é o teatro encenado por ambas as partes. / Note que responder ao problema da miséria, da dependência dos humanos encarnados para com os poderosos que elegeram não será tarefa fácil, nem mesmo rápida; talvez, nunca consigam. Mesmo que houvesse vontade política – o que não há -, fosse da sociedade, fosse de governantes, não seria nada fácil solucionar o dilema social do mundo, da miséria, da pobreza. Para lidar com o que são francamente incapazes de resolver, tantos políticos quanto quem apregoa teorias religiosas diversas, propalando ideias como libertação espiritual e dignidade social, comumente recorrem a explicações que satisfazem ao comodismo e à necessidade de buscar justificativas, muito mais do que a soluções. Até bem pouco tempo, apontava-se o êxodo rural como a causa dos males da sociedade; hoje vê-se a concentração excessiva de pessoas pobres, “vítimas sociais”, em antros urbanos, em comunidade que se alastram cada vez mais. Ora, se houvessem decidido abordar a questão quando ela surgiu no Brasil, por exemplo, lá pelos idos de 1950, talvez tivessem obtido algum êxito. Mas hoje? Não existe vontade política, tampouco condições reais de enfrentar o problema, nem se quisessem. Assim sendo, os poderosos apenas lançam mão dessa máquina de miséria presente na sociedade com o intuito de se manter no poder e de perpetuar seu domínio. / A fim de que consigamos manter aceso o idealismo de uma filosofia política sob nossa orientação, convocamos psicólogos e outros espíritos com habilidade em hipnose social e coletiva para manipulação de massas e introduzimos certos conceitos na opinião pública que deformam ou então maquiam o problema verdadeiro. Num desses exercícios, semeamos a noção de que é charmoso viver nos morros, nas favelas; em alguma medida, que é até romântico. Em outros casos, alimentamos a ideia do glamour de se viver nas “comunidades”. Ah! Como os homens adoram termos novos para velhos conceitos. De pouco em pouco, em vez de transformar a realidade do povo, da sociedade, simplesmente modificamos a opinião reinante, instigando uma cultura de que tudo é preconceito, de que é ótimo ser medíocre e acomodado, a fim de perpetuar uma fantasia romântica que vem ao encontro dos nossos objetivos. / Isto é fazer política: ser capaz de mudar o foco da opinião pública sobre determinado problema e convertê-lo em algo glamoroso, em uma coisa boa, moderna e menos chocante. Além do mais, é um excelente teste para avaliarmos até onde conseguimos ir promovendo a inversão de valores por meio de pensamentos insuflados no debate público.

            R – Caso você decidisse ajudar a resolver os desafios humanos ligados à política, usando seus agentes encarnados para auxiliar a humanidade, o que você faria? Que proposta apresentaria com o intuito de aprimorar a sociedade?

            EM – Ajudar os humanos encarnados? Acha que um dia pretenderemos isso? Pensa que exista algum jeito de ajudar quem não se ajuda? Essa gente acredita em tudo o que os políticos e os religiosos lhe dizem! A memória histórica é falha, curtíssima e desvalorizada; de acordo com as promessas e com os benefícios que ganharão, segundo creem os encarnados, rapidamente abstraem do passado das pessoas que eles próprios elegem para os dirigirem. Acha realmente que há como auxiliar essa gente? Nenhuma medida externa poderá curar sua estupidez.

            R – Mas, se você pudesse, quisesse ou tivesse um olhar diferente sobre a situação do mundo, como abordaria os problemas de ordem tanto política quanto social? Já pensou nisso, por acaso?

            EM – Não existe solução para o país nem para o mundo, rapaz! Considere os problemas, os impasses, ou seja lá como os chame, que se relacionam à manipulação de ideias, à política atual ou aos graves desafios que vocês enfrentam no contexto social e espiritual, tanto no plano doméstico quanto no internacional. São insolúveis! Veja o exemplo que eu mencionava: como encarar o grande número de focos de instabilidade social, espiritual e moral ao se verem as favelas nas grandes cidades do seu país? O emaranhado de dilemas e desafios sociais, educacionais e espirituais jamais será resolvido sem uma injeção de bilhões da moeda mais valiosa do seu mundo. Mesmo assim, como conheço os governantes – eles próprios, quero dizer, sem nossa ajuda, agindo sobre seu psiquismo -, sei que jamais investiriam qualquer soma sem molharem as próprias mãos, sem tirarem algum proveito. Mesmo que o fizessem, teria de haver vontade política, o que não há. Para isto, seria preciso um homem de mão forte e incorruptível, que pudesse arregimentar forças, unir opostos, reunir outros de igual índole. / Talvez, antes de atacarem o quadro social, os problemas de segurança, de alimentação e de manutenção da saúde pública, talvez fosse preciso reformular um setor que está na base mesma dos conflitos vividos pelos encarnados: a educação. Não adianta os dirigentes humanos dispensarem fortunas buscando amenizar a pobreza e outros desafios sem investir na educação. De que adianta dar moradia e saúde, por exemplo, sem educar as pessoas para viverem de forma coerente com o que desejam de melhor para elas?

            R – Mas como fazer isso? Será mesmo apenas uma questão de dinheiro, de investimento? Não cabe à família esse tipo de educação de que fala?

            EM – Saúde para que se as pessoas vivem em franco desrespeito consigo mesmas? Não valorizam a própria vida, nem a dos filhos; não preservam o próprio corpo, pois não se importam com a harmonia do maior instrumento que lhe foi dado para atuar no mundo... / Dão comida da mais baixa qualidade e, muitas vezes, nociva aos próprios filhos. Se agem assim com a prole, que dizer, então, sobre si mesmos? E quanto aos venenos, aos tóxicos que consomem diariamente, incluindo os considerados aceitáveis pela sociedade de encarnados? A maioria dos homens, “seus irmãos” é viciada; quando não em drogas mais letais, em medicamentos, em alimentos que tendem a diminuir sua qualidade de vida e prejudica-los. Portanto, antes de investir em saúde, embora ninguém assim fará, seria melhor educar as pessoas para viverem em harmonia com o corpo, com o meio ambiente e consigo. De tal sorte as pessoas estão viciadas que pouco adiantaria investir em medicina, moradia, e trabalho; não sabem conviver em sociedade e não tem o mínimo de postura diante da própria vida. Repare que o povo não sabe conservar minimamente o ambiente onde vive. Poluem, com lixo mental, a casa, a rua e o próprio visual, até a intimidade. Isso se dá sem nossa ajuda. / Quando nos aproximamos das pessoas, apenas acentuamos aquilo que já existe dentro delas, a começar pela falta de visão da vida e de educação para viver em sociedade. Nunca obrigamos ninguém a fazer aquilo que já não quer, ao menos em certa medida. Apenas proporcionamos a oportunidade que tanto pedem. De resto, na grande maioria das vezes, são as pessoas que causam o próprio desastre. Tanto os cidadãos comuns quanto os líderes em qualquer contexto, seja na política, na religião, no poder econômico. / Já que me perguntou, digo com total convicção: seu povo não tem jeito! Por isso, trabalhamos para adiar cada vez mais a resolução de dificuldades no mundo, pois sabemos, com a máxima certeza, que a chamada Divina Providência atuará em breve, como fez na Atlântida e com determinados povos do passado. Somente ao erradicar esse povo do planeta, reiniciando do zero todo o organismo social, como uma nova sociedade, é que se poderá ter alguma esperança. Pelo que conheço da alma humana, sem um recomeço total, geral, nunca o homem terrestre desenvolverá, no ritmo atual, um nível de consciência suficiente para modificar o panorama social ou político de onde quer que seja.

            R – Então, segundo seu ponto de vista, não existe solução?

            EM – Como seria isso? Somente se houvesse uma organização exemplar e um líder que, além de carismático, pudesse reunir condições morais suficientes – e não me refiro a nenhum santo – para impor a ordem; talvez, até uma espécie de ditador, de modo a obrigar os demais a realizarem essa reforma geral, que seria uma espécie de revolução em todos os âmbitos da sociedade de encarnados. / A burocracia criada para impedir o progresso é um monstro que engole qualquer iniciativa de ajuda à sociedade. Note o exemplo de quem deveria ser considerado mais honroso, ético e imparcial possível, como os integrantes das altas cortes do país. Todos, sem exceção, têm comprometimentos. Os homens de toga preta são nossos; venderam-se e, em breve, agirão sem pudor, em favor de si próprios, a fim de barrar a justiça, com receio de que seus podres venham à tona. / Em todos os países é assim, não somente no seu. Que dizer dos parlamentares? Se não estivessem comprometidos, por que se calariam ou demorariam tanto a tomar providências para barrar o mal e deter nossos agentes infiltrados no meio político? / Para mim está claro que esse homem ilibado, honroso e ético, esse líder necessário para romper com a cristalização do mal não existe. Se existisse, estaria sufocado pelos que não desejam que venham à tona as próprias vulnerabilidades; teria de enfrentar a força, o histórico e a realidade dos maus, que dissimulam e querem ganhar a qualquer custo, desde aqueles que apenas maquiam a realidade até os que agem deliberadamente, mesmo sem nossa influência, com o objetivo de manter a situação atual. / Entre os ladrões encastelados no Legislativo e nos demais poderes constituídos de sua moderna república, incluindo empresários e os mais ricos da sociedade, e, de outro lado, os que formam bandos e gangues que dominam os morros e nas praças do tráfico de modo geral, temos ainda mais acesso aos primeiros. Isso porque, apesar de tudo, bandidos comuns se mostram mais sensíveis aos apelos dos tais benfeitores do que os homens atrelados ao poder e ao dinheiro, sobretudo os que dissimulam o tempo inteiro. Além do mais, considere a impunidade dos representantes oficiais do povo, a qual ocasiona que tantos outros se espelhem neles, de alguma maneira, e continuem a roda viva de crimes e corrupção. Não basta investir na educação e promover melhores condições de vida, higiene, saúde e bem-estar sem que sejam punidos os artífices do desequilíbrio, que impedem as coisas de darem certo: corruptos, corruptores e ladrões. / Note que seria preciso fazer uma revolução geral, mas isso jamais se dará em período inferior a milhares de anos. Por isso, os que representam a justiça divina se veem compelidos a realizar periodicamente um recomeço, uma limpeza geral, intensa, profunda, valendo-se da própria natureza, que, no momento certo, revolta-se contra o homem. Esses recomeços são recorrentes na história da civilização humana, e este tempo em que vivem os encarnados é propício para outro evento do gênero, pois o homem corrompeu não somente a si mesmo, mas também comprometeu o sistema do mundo onde habita. / Nós e nossa organização não ignoramos que em breve haverá um recomeço para todos, inclusive para nós, o que afetará largamente os encarnados e desencarnados ligados ao sistema de vida da Terra. Não há outra saída a não ser recomeçar; temos consciência disso. Entretanto, uma vez que, nessa ocasião, não será dado a nós permanecer deste mundo, pois nossa trajetória terá início em outros orbes ignorados, empreendemos os esforços que estão a nosso alcance a fim de retardar o progresso de conscientização dos homens. Isto é, empenhamo-nos ao máximo para postergar o momento de limpeza geral, pois sabemos que seremos banidos – e o pior: não sabemos para onde. Portanto, enquanto pudermos perpetuar nosso poder, dominaremos por um tempo indefinido, lançando mão das paixões humanas. Quem sabe, partiremos todos, nós e os homens deste planeta, para outros lugares no cosmo... Lá os dominaremos de maneira absoluta, pois já saberemos como manipulá-los com maestria. Como pode ver, o erguimento de nosso império, nosso reino, começa aqui. / Até os bons são nossos aliados, pois nos defendem, defendem nossa política e nossos comparsas, acreditando piamente que lutam por algo melhor para o mundo. A ilusão que causamos ante os olhos dos que dizem bons é tão eficaz que eles brigam entre si, quase se destroem em nome da nossa política, à qual aderem sem sequer se darem o luxo de examinar com mais atenção e prudência. Portanto, não há mais conserto, nem mesmo a se considerar a atuação dos que se dizem bons. Eles estão hipnotizados e assim continuarão, pois não aceitam ser questionados; nem ao menos cogitam a possibilidade de estar equivocados, a não ser da boca para fora. Esse é o nosso maior trunfo para nos mantermos no poder e assegurarmos a posição de quem é nosso agente entre os encarnados.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/07/2017 às 01h12
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