Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/01/2017 01h06
ABORDAGEM DAS DROGAS (II) – VALENTIM GENTIL FILHO (05)

            - (E) Dr. Valentim, qual seria essa linha que chega para você diagnosticar e dizer que essa pessoa está em risco de vida. Como o promotor, que vai pedir essa internação dessa pessoa viciada, onde ele identifica que ela está correndo risco de vida?

            - (V) Ele tem que ouvir alguém técnico.

            - (E) Recorre ao especialista

            - (V) Tem que ouvir alguém técnico. Está consciente? Está sabendo onde está? Está sabendo quem é? Do ponto de vista da saúde geral, em ordem? Está com sinais evidentes de que está com graves infecções, toxemiado... sabe, se você chegar na rua e tiver alguém tendo uma convulsão, você não terá muita dúvida que essa pessoa está precisando de atendimento de urgência. Eu não estou falando de internação em hospital psiquiátrico. Eu estou falando de internação em serviço de saúde que tenha condições de lidar com a emergência.

            - (E) Então, nessa linha, lá na Faculdade de Medicina, para quem está assistindo, nós temos o Serviço de Verificação de Óbitos, que são as pessoas que morrem de morte natural e não tem ninguém que ateste o óbito. Então, a gente tem a interface entre a assistência da saúde pública e as consequências letais da falta de assistência. E no caso de doença mental, temos visto famílias, porque todas vezes nos fazemos autópsia, não tem história nenhuma e se pergunta para a família o que aconteceu. E há uma notável faltas de compreensão sobre o que é doença mental. Se você cair na rua e for atropelado, o resgate vem e te pega. Se você tiver falando com uma entidade invisível, isso é considerado exótico. E a gente percebe as marcas dessa desassistência, as consequências da doença mental, o indivíduo primeiro perde o emprego, depois ele vai para casa e arranja um conflito familiar que no final diz que é amor. Como é que o senhor acha que a gente pode melhorar a percepção das pessoas que isso é uma doença e não... que aquilo de fato é uma doença tanto quanto uma apendicite e que merece um atendimento. E segundo, como é que a gente vai fazer de novo... eu já presenciei uma vez, estando no Jornal de Cultura, uma pessoa que estava meio... uma convulsão, e a polícia não queria por porque ele era um mendigo, cheirava mal, com todo um estigma em cima da doença mental que vem desde a Nau dos Insensatos. Como é que a gente faz, como é que o senhor acredita a gente pode quebrar isso, como é que a gente faz pode fazer com que a sociedade abra o olho para esse quadro, onde eu pego só uma parte disso, que são aqueles casos que não foram beneficiados com uma internação, corriam risco de vida e não conseguiram ser protegidos pelo sistema de saúde.

            - (V) A primeira descrição de um caso psiquiátrico bem caracterizado, está em Samuel 16:23, Livro dos Juízes, Velho Testamento. A proposta de um grupo de psiquiatras de Israel, publicada numa revista, é que o rei Saul tinha transtorno bipolar tipo I. então, primeiro, doença mental não é modismo. Tirando abuso de substâncias, desde Noé, a humanidade tem história de doença mental em pessoas ilustríssimas. A gente tem a Nau dos Insensatos, a gente tem histórias desde 1.250 de atendimento comunitário. A gente só tem tratamento eficaz de 1.930 prá cá. O que as pessoas continuam pensando a respeito da doença mental, é realmente, de estigma, de vergonha, até pouco tempo atrás as pessoas atribuíam isso às famílias, eram taras, quando não era a mãe esquizofrenogênica, a mãe a grande culpada, pois dava a mensagem do duplo vínculo, que tornava o filho esquizofrênico. Quer dizer, com esse tipo de coisa, e sabendo que tem um componente familiar genético em algumas dessas coisas, você está lidando com famílias vulneráveis, alguns dos antepassados já tiveram esses problemas, um sofrimento enorme de ver alguém muito gravemente doente, que tem comportamentos que são desagradáveis... Essa história que doente mental não é perigoso, é muito bonita para a gente tentar diminuir o estigma, mas a verdade é que não é perigoso se ele estiver sendo tratado, porque se ele não estiver sendo tratado, estiver delirante, ele pode sim, ser perigoso. Então, a própria classe médica fica meio perdida no que faz. Nossos colegas, quando você fala que vai ser psiquiatra, eles já te começam a olhar meio estranho, “parecia que você queria ser médico” ou coisa assim. Então, o estigma, medo, preconceito, dependeriam de nós termos educação. A única forma de lidar com isso seria educar. Mas trem uma história que as pessoas acham que ficar doente é fraqueza, e doença mental, então, é mais fraqueza ainda. Nós vamos levar muito tempo, e a única preocupação que eu tenho nesse sentido, e é a preocupação do Entrevistador com a maconha, é que nós estamos fazendo uma fábrica de esquizofrênicos. E se a coisa no Uruguai pegar do jeito que eles querem, e se o Brasil for seguir o belo exemplo, de ter a indústria da maconha toda oficializada... eu não estou falando da liberdade individual da pessoa usar qualquer substância, eu estou falando que se a gente deixar os adolescentes expostos a isso, é prejuízo a nível intelectual, é prejuízo para a estruturação da personalidade, é risco de esquizofrenia incurável, é deflagração de depressão e transtorno bipolar, sem falar de...

            - (E) Estas são cenas que passam na sua cabeça quando você a põe no travesseiro à noite? A perspectiva de uma parcela significativa da população jovem correr esse risco e dá a guinada de uma dimensão mais...

            - (V) É... quando algumas pessoas são muito importantes e muito responsáveis passam a mensagem que a maconha é mais segura do que álcool e tabaco.

            - (E) Esse risco se restringe aos adolescentes ou não?

            - (E) Tem a maioridade para o uso da maconha?

            - (V) A gente sabe que no adolescente isso é muito grave por causa desses estudos desde 1.969. Esse é um estudo que no início nós pensávamos que tivesse problemas metodológicos, e hoje a gente sabe que não, está comprovado que é isso mesmo. Não é a causa, não é que todo mundo que fuma maconha vai ficar esquizofrênico, mas existem vulnerabilidades que a gente não consegue detectar. Então, não é que 50% dos jovens vão ficar esquizofrênicos, mas é 3,1 em termos de risco relativo, 210%. É muito! Tem alguns estudos epidemiológicos, estudos genéticos que encontraram alguns marcadores. Um dos marcadores aumenta em sete vezes o risco daquele grupo que tem aquele gen de desenvolver um quadro psicótico. Outra vez, se fosse uma psicose que nossos maravilhosos medicamentos revertessem, mas não revertem. É uma forma que é uma interferência com a reprogramação das conexões sinápticas.

            - (E) Existem distúrbios incuráveis.

            - (V) Esquizofrenia é incurável por definição. Tem gente que acha que não, que é bonito falar isso, mas não tem nada de beleza nessa história. É o tipo da doença que a gente consegue controlar, a pessoa tem uma vida boa, pode ter uma vida praticamente normal, mas vão ficar algumas sequelas. Mas não é só a esquizofrenia. Redução de 8 pontos no QI... você já viu alguém fazer, ao lado dessa história toda, de louvar a liberdade do indivíduo fazer o que quiser, pense livre, regulamentar, não liberar, mas regulamentar e coisas assim. Já viu alguém falar para os jovens dos riscos que eles estão correndo? A gente sabe disso desde 1.987. Você já viu o Ministério da Saúde falar alguma coisa a respeito?

            Parece que houve um corte neste ponto.

            Achei estranho esse corte, pois justamente no momento que estava sendo criticado o Ministério da saúde, o poder público

- (E) ...Essa que a gente chamaria de recreativa e que é mais imediata, é um problema das grandes cidades, de ansiedade, uma série de problemas. Nós não temos em escala global, uma dificuldade de distinguir uma coisa da outra?

- (V) Veja, nada do que a gente usa e funciona no sistema nervoso atua sem que haja algum componente do sistema nervoso que reconheça. Você sabe que toda vez que você tem uma liberação de um determinado neurotransmissor, você tem um freio para isso, para esse neurotransmissor não ser liberado demais. E uma das coisas que acontece em algumas dessas neurotransmissões é que você tem a produção dos canabinóides endógenos. E a função da amida e outros canabinóides endógenos, aparentemente, é justamente de atuar no receptor pré-sináptico, CB1, que é um dos receptores de maconha, para impedir que seja um excesso de passagem de informação, excesso de influxo de cálcio e uma perda da conexão sináptica. Quer dizer, é um mecanismo de auto-regulação. Então, a maconha, o THC, o Tetrahidrocanabinol, estão interferindo com o CB1. O problema é quando você interfere com o CB1 no período de reprogramação sináptica, aparentemente na puberdade, quando você tem uma poda das sinapses irrelevantes. Quer dizer, a criança tem um monte de conexões e quando ela chega na puberdade precisam ser adequadas para que ela possa funcionar com um cérebro adulto. Quando você aparentemente entra com essas interferências com o CB1, você tem um excesso de poda, e é como se você tivesse criando um cérebro menos capaz de processar.

- (M) Você já experimentou maconha, doutor?

- (V) Não. Esse é um dos... não que eu não tivesse acesso, como professor de psicofarmacologia, tinha acesso a LSD, maconha, cocaína, mas eu não tinha essa cultura. No meu tempo o pessoal que fumava maconha não era bem visto, diferente da geração imediatamente a minha. Aí eu virei um caretão, e os meus amigos que antigamente eu chamava de maconheiros ficaram como os caras legais da história. Eu não tenho nada contra  as pessoas usarem recreativamente, desde que elas não estejam se prejudicando, que elas sabem o que estão fazendo. Eu acho que as pessoas tem direito de abrir as portas da percepção. Um dos livros que eu mais gostei de ler quando eu era adolescente foi de Aldous Huxley, gostava de ler aquele mexicano...

- (E) Castaneda.

- (V) Castaneda! Eu lia todas essas coisas, achava maravilhoso, e uma parte da psicofarmacologia que me interessava era essa. Essa é a minha preocupação. Eu não acho que garoto que esteja fumando maconha deva ser preso, eu acho que o traficante, coitado, miserável, que está dando uma pedra de crack não é o problema. Eu acho duro é o sujeito ter um maconhal fenomenal e caminhões de maconha, e não pagar nada por isso. E a polícia federal não fazer nada... pega o motorista do caminhão. Tem alguma coisa errada com essa política da polícia fazer esse tipo de coisa. Do meu ponto de vista, quem são os grandes produtores de maconha no Brasil? Todo mundo sabe onde essas coisas são plantadas, até eu sei! Será que os satélites não mostraram ainda? Plantação fenomenal para encher toneladas de maconha. Então, eu acho que a sociedade está omissa, a sociedade está tapando o sol com uma peneira, quando fala em relação ao jovem. Eu como médico, que as pessoas não tenham uma coisa irreversível. Daí pra frente, eu discordo do ex-presidente Fernando Henrique quando ele diz que o problema da maconha é um problema da saúde. Não é um problema da saúde! Vira um problema da saúde depois que as pessoas são prejudicadas. Mas, imagina se a saúde pode dar uma resposta para esse comportamento social, de usar tantas substâncias. Não é só maconha, é um monte de outras coisas. Então, eu não sou um radical que acha que tem que acabar com as drogas, porque eu acho que não vai acontecer. Mas é diferente de eu ir pedir para regulamentar a maconha, coisa que, para ser regulamentada ela tem que ser legalizada, e eu sei que os pais deixam os filhos tomarem bebidas alcoólicas nas festinhas de 15 anos, e eu sei que os pais que tiverem a informação distorcida de que maconha não faz mal, vão deixar os filhos fumarem maconha em casa, e eu sei que isso vai provocar coisas que podem ser muito prejudiciais. Essa é a posição.

- (M) Nós termos que fazer agora um breve intervalo. Voltaremos logo, ao vivo, com o psiquiatra Valentim Gentil Filho.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/01/2017 às 01h06
 
06/01/2017 00h12
SÍTIO JERICÓ

            Pelos caminhos de Deus, surgiu uma oportunidade da compra de uma propriedade no distrito de Capela, município de Ceará-Mirim, que pode ser viabilizada com a participação da poupança conjunta. O mais importante é saber o que Deus quer que façamos com esse passo dado, uma vez que tudo apontou que essa era a sua vontade. Fui até o Google, e na Wikipédia encontrei os dados abaixo que deverão servir para ajudar nesse esclarecimento.

            Jericó é uma antiga cidade bíblica da Palestina, situada às margens do Rio Jordão, a 27 km de Jerusalém, foi uma importante cidade no Vale do Jordão. Descrita no Velho Testamento como a “Cidade das Palmeiras”, com abundantes campos ao redor, tem um forte atrativo para a habitação humana por milhares de anos.

            Ela é conhecida na tradição judaico-cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor de Moisés.

            Arqueólogos tem escavado os remanescentes dos últimos 20 sucessivos assentamentos em Jericó, o primeiro que data de antes de 11.000 anos atrás (9.000 aC). É considerada a cidade mais antiga ainda existente, com mais de 11.000 anos.

            O nome Jericó é conhecido pelos seus habitantes locais Arihã, o qual significa “perfumado” e deriva da palavra cananeia Reah, de mesmo significado. Jericó também é pronunciado Yariho, e uma teoria alternativa fortalece que ela é derivada da palavra “lua” (Yareah) em cananeu e hebraico, sendo que a cidade foi um antigo centro de adoração a deuses lunares.

            Desde o início Jericó foi um centro administrativo sob domínio persa, serviu como um estado particular a Alexandre o Grande, cerca de 336 a 323 aC, após a conquista da região. Em meados do século II aC, Jericó ficou sob domínio helenista, o general sírio Báquides construiu alguns fortes para fortalecer as defesas da área ao seu redor, contra a invasão dos macabeus.

            Heródes inicialmente arrendou Jericó a Cleópatra depois de Marco Antônio tê-la dado a ela como um presente. Após o suicídio de ambos, em 30 aC, Otaviano assumiu o controle do império romano e deixou Heródes reinando sobre Jericó

            A cidade, desde a construção de seus palácios, não funcionou apenas como um centro agrícola e nem como um cruzamento, mas como uma estação de inverno à aristocracia de Jerusalém.

            Heródes foi sucedido pelo seu filho, Arquelau, o qual construiu uma vila adjacente a Jericó em seu nome, Archelais, casa de operários da sua plantação.

            Mas, por trás dessas informações históricas, existe um simbolismo espiritual que pode se refletir até os dias atuais. Afinal, Josué, sucessor de Moisés, foi quem atravessou o Jordão em busca da Terra Prometida por Deus. Assim, Josué inicia o seu Ministério às ribeiras do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado e também entra no exercício público do seu Ofício Profético. O nome Josué é o derivado hebraico que no Grego é Jesus. A batalha espiritual tem início de forma confusa, em torno do ano 1.300 aC, com Josué usando a força das armas para derrotar a cidade de Jericó, cujo único pecado anunciado era adorar outros deuses. Isso foi o suficiente para Josué receber ordem do seu Deus dos exércitos para destruir tudo o que havia na cidade; homens e mulheres, jovens e velhos, até os bois, ovelhas e jumentos, ao fio da espada. Foi a esse Deus que Josué obedeceu, muito diferente daquele Deus que Jesus ensinou, o Deus do Amor, capaz de sempre perdoar ao pecador, 70 vezes 7, e respeitar a liberdade de cada um conforme o seu livre arbítrio. Agora, quase 2.000 anos das lições do Cristo, a Batalha Espiritual simbolizada na área de Jericó e hoje alcançando todo o planeta, tem que considerar o Deus que Jesus ensinou e encontrando-O em cada aspecto da Natureza. Toda a Sua criação deve ser respeitada, mesmo que na ignorância adore deuses subalternos, representados por um animal ou qualquer outro aspecto da natureza. Somos agora os responsáveis pela aplicação prática das lições do Mestre Jesus, de construir o Reino de Deus com base na família Universal, e isso jamais poderia ser possível com a orientação que aquele Deus dos exércitos deu a Josué.

            Jericó fica hoje como a lembrança de um passado onde se deu início a batalha espiritual e que equívocos pode acontecer com a destruição de inocentes. Que esta lembrança sirva para absorver dentro dela a essência de Deus, e perdoar os seus algozes do passado, mostrando que o povo eleito de Deus é a espécie humana e que tem por dever vencer a ignorância, reconhecer a paternidade divina e ajudar todos os membros da família universal, deslocando do poder o mal com a força do Bem, dissipando as trevas com a força da Luz.  

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em 06/01/2017 às 00h12
 
04/01/2017 11h11
COSMOGONIA DE URÂNTIA

            Recomecei este ano a leitura do livro “Urântia” nome que é dado ao nosso planeta Terra, nessa cosmogonia que dá título a este texto. O livro é muito complexo e traz muitas informações que não conseguem ser absorvidas pelo meu intelecto. Passo por cima de muitas assertivas, pois assim é a orientação dos escritores, pois reconhecem nossa dificuldade de compreender uma realidade tão ampla.

            Os escritores do livro são personalidades designadas por sua hierarquia a trazer essas informações até a inteligência terráquea, para que aqueles mais aquinhoados do ponto de vista cognitivo pudessem dar um redirecionamento ao seu pensamento, expandir a consciência cósmica mais lógica e coerente com a realidade universal, elevar a percepção espiritual e assim colaborar com a evolução que todos devem seguir com base na Verdade.

            Portanto, irei colocar aqui o que entendi da cosmogonia apresentada e onde se encontra o nosso planeta Terra com o nome de Urântia.

            O nosso mundo, Urântia/Terra, é apenas um entre os muitos planetas similares habitados, que compreendem o universo local de Nébadon. Este universo, juntamente com outros universos, constitui o Superuniverso de Orvônton, de cuja capital, Uversa, veio essa comissão para nos instruir. Orvônton é um dos sete superuniversos evolucionários do tempo e do espaço, que circundam a criação de perfeição divina, sem princípio nem fim – o universo central de Havona. No coração desse universo central e eterno está a Ilha do Paraíso, centro geográfico estacionário da infinitude e morada do Deus eterno.

            Por grande universo é designado, em geral, os sete superuniversos em evolução, em conjunto com o universo central e divino; e estas são as criações organizadas e habitadas até o presente. Elas são, todas, uma parte do universo-mestre, que abrange também os universos do espaço exterior, não habitados, mas em mobilização.  

            Estas informações geralmente ampliam o nosso conceito de universo, onde a ciência aponta para a existência de um só universo e que sofre ampliação a partir de uma grande explosão (Big-bang) até os dias atuais. As diversas religiões também apontam para outro universo constituído na dimensão espiritual, onde nós intercambiamos a nossa existência através da experiência da morte e do nascimento.

            Acredito que possam existir mais de um universo e a cosmogonia apresentada pelos missionários vindos de Uversa possui muita coerência interna com aquilo que já tenho absorvido na memória. Acrescentou a informação dos outros universos que formam os superuniversos e que constituem o universo-mestre em evolução. Além disso, deixa aberta a possibilidade da criação continuar no espaço externo.

            Não é preciso que eu exclua do meu pensamento nenhuma informação que eu já tinha como correta, mesmo porque, mesmo instruído sobre a existência de um único universo, sempre estava aberto para a possibilidade de outros. A dimensão espiritual pode cobrir todos os universos existentes e aqueles que ainda irão ser formados. Dessa forma, as informações trazidas pelos mensageiros de Uversa se encaixam sem dificuldade dentro dos meus paradigmas existenciais.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/01/2017 às 11h11
 
03/01/2017 07h27
ABORDAGEM DAS DROGAS (I) – VALENTIM GENTIL FILHO (04)

            - (M) Estamos de volta ao vivo com o psiquiatra Valentim Gentil Filho. Dr. Valentim, se o senhor tivesse plenos poderes para lidar com esses problemas do gênero, de que forma o senhor tentaria resolver a questão da cracolândia ou das cracolândias que se espalham pelo Brasil?

            - (V) Eu acho que a coisa do ponto de vista humanitário mais importante seria pegar as pessoas que estivessem mais comprometidas no momento, do ponto de vista humanitário, porque eu tenho informações fragmentadas a respeito da situação. De vez em quando eu passo pela cracolândia, mas as informações que eu tenho são de que as mais graves não estão procurando atendimento e é compreensível que isso aconteça.

            - (M) Justamente porque são casos graves.

            - (V) São casos graves, eles não tem crítica suficiente sobre o que está acontecendo. Então, eu acho que ao invés de ter um promotor e um juiz lá no cratório, para ver quem são as pessoas que poderiam precisar de uma ajuda, de uma internação compulsória, eu acho que as pessoas do judiciário deviam ir à Cracolândia e perceber quem são as pessoas que realmente estão comprometidas. Porque essas pessoas estão correndo risco de vida.

            (E) Seria o judiciário a fazer isso?

            (V) Acho que o Ministério Público tem de propor e o juiz de que autorizar, porque a internação compulsória é por ordem judicial. O médico não tem esse poder. O médico pode dizer “olha, aqui nesta região eu tenho estes 10 indivíduos que do ponto de vista médico estão me parecendo incapazes de perceber o que está acontecendo com eles, estão correndo sérios riscos, inclusive de vida. E aí, a justiça é quem tem de determinar a internação compulsória.

            (E) O senhor é favorável a internação nesses casos?

            (V) Não só de quem estiver com problemas de Crack, quem tiver qualquer problema e estiver correndo risco de vida deve se beneficiar de uma internação hospitalar e deve ser levado para um hospital e ser atendido, porque o resto me parece omissão de socorro.

            (E) Doutor Valentim, apesar do drama da cidade do Crack, o senhor tem demonstrado uma preocupação muito grande com a Cannabis, com a Maconha. Tem feito uma certa cruzada no melhor sentido dessa palavra. Qual o sentido? Há uma posição liberalizante que eu acho um pouco...

            - (V) Eu sou bem liberal. O problema é que, o adolescente fumando maconha uma vez por semana aumenta em 310% o risco de desenvolver Esquizofrenia. Que é uma doença incurável.

            (E) Uma vez por semana!

            (V) É. Essa pesquisa foi feita desde 1959 com um grupo de 50 mil suecos e está confirmado em 7, 8 países já. Então, as metanálises mostram 210% se somar todos os estudos controlados e adequados até 2007. Então, o problema é, vamos liberar geral, desde que antes dos 21 anos as pessoas não fumem maconha uma vez por semana. Quem é que pode garantir isso? A questão do Crack é outra, as pessoas estão correndo risco de vida mesmo e elas estão muito perturbadas. Então, eu acho até que, se o sujeito estiver fumando Crack e não está muito prejudicado, está fazendo uso mais esporádico, então o juiz não deve decretar a internação compulsória. Porque se fizer assim vai internar milhares de pessoas.

            - (M) São raros os casos de uso esporádico do Crack?

- (V) São raros porque ele vicia demais. O que nós temos visto e eu tenho informações do que a gente tem recebido no Cratório, por exemplo, que é o Centro de Referência lá na cidade, são famílias e os usuários pedindo para ser atendidos. Então, as vezes você tem uma internação involuntária, a família pede, o médico recomenda; as vezes você tem uma internação voluntária... estão começando a fechar os leitos, pois acreditam que existem outras formas de lidar com isso. Agora, tem algumas pessoas que estão muito prejudicadas. E essas pessoas, mesmo que não estejam usando crack, mas tenham um doença mental grave, que estejam muito prejudicadas, na rua, comendo terra, se expondo as coisas que o filme “Omissão de socorro” mostrou, por Luiz Tavares de Araújo, eu acho que essas pessoas devem ser atendidas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/01/2017 às 07h27
 
02/01/2017 11h30
ORAÇÃO JANEIRO 2017

            Dá-me, Pai, a serenidade necessária para que eu reconheça a qualquer momento da minha vida que sou o seu filho, que tenho deveres de obediência para Contigo, mesmo que atravesse os maiores turbilhões, onde existem ameaças aos valores materiais de sobrevivência do corpo físico e dos seus instintos.

            Que eu não esqueça, Pai, que fui criado por Vós como espírito simples, ignorante e eterno; que tenho todas as oportunidades de evoluir e me aproximar de Ti pelos meus próprios esforços.

            Que a arrogância não perturbe minha humildade; que a vaidade não me ofusque a minha razão; que a pompa dos reis arrogantes não me desvie dos caminhos do Mestre Jesus, teu filho mais amado por muito saber amar e que aceitou vir até nós para nos ensinar os caminhos.

            Dá-me, Pai, a serenidade para reconhecer o Teu rosto nas autoridades temporais e também nos miseráveis formados pela ignorância, tanto os multimilionários formados com o suor injusto de quem trabalha, como os indigentes, que caminham respirando o mesmo ar neste aquário azul, mas sem Te obedecer ou mesmo reconhecer em tudo que criastes; algumas vezes usando o Teu nome como moeda mercadológica para os interesses materiais.

            Dá-me, Pai, o sentido do meu posto de serviço, que onde eu estiver, sozinho ou acompanhado, deverei estar envergando o uniforme do Teu reino divino, pronto para a batalha nas fileiras do Bem, em uma mão o escudo do Perdão e na outra mão a lança do Amor.

            Dá-me, Pai, a sabedoria e coragem de ser o combatente que esperas de mim, que no fragor da luta eu seja o combatente ferrenho a distribuir Amor, mesmo que sofra na carne os espinhos que possam me atingir, dilacerar o meu corpo e angustiar a minha alma.

            Sim, Pai, dá-me o que preciso, pois na minha ignorância, reconheço, posso estar confundindo vaidade com necessidade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/01/2017 às 11h30
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