Costumo ouvir nas segundas feiras um programa popular chamado “A procura da felicidade” onde o ouvinte manda sua história, geralmente afetiva, relacionamentos entre homens e mulheres que entram em conflito, e a pessoa que ouvir a história, da audiência do rádio, pode dar sua dar a sua opinião para aquela pessoa poder decidir a sua vida.
Acho interessante, pois os ouvintes participam ativamente, com toda a paixão, colocando a forma de pensar de cada um dentro do caso. Fiquei pensando, eu posso também fazer uma carta e enviar para o programa, não que eu esteja à procura da felicidade, acho que eu vivo dentro de uma boa cota de bem estar, e isso para mim é uma felicidade suficiente.
Então vou elaborar aqui um resumo da minha vida para ouvir o que essa audiência dessa rádio tem a dizer a respeito.
“Caro comunicador.
Venho colocar aqui o resumo da minha vida para ouvir da sua audiência se eu estou correto ou não com as minhas decisões. Hoje estou com 63 anos. Sempre fui um jovem sonhador, pensava em casar e viver para sempre com a minha esposa, fiel a um compromisso de amor eterno, com exclusividade. Após cerca de 7 anos de casados, já tendo três filhos, passei a ser assediado no trabalho por uma garota que queria sair comigo, mesmo sabendo que eu era casado, amava minha esposa e não tinha intensão de deixa-la por ninguém, nem trair a sua confiança na minha fidelidade. Acontece que as constantes investidas dessa garota terminaram por acender também o meu desejo. Já pensava que não era nada demais sair com ela para namorar, fazer o sexo que desejávamos, se ninguém iria ficar sabendo. Porém o meu senso de justiça só permitiu que eu atendesse esse desejo quando eu destruí intimamente o meu machismo e permiti que a minha esposa tivesse o mesmo direito de ter esse tipo de prazer, se assim fosse a vontade dela. E assim aconteceu, eu sai com a minha amiga e logo depois eu confessei a minha esposa o que tinha ocorrido, e que ela poderia fazer o mesmo. Após o choque inicial ela aceitou a situação e nós passamos a ter parceiros fora do casamento, com o conhecimento de ambos. No nosso entendimento não havia traição, pois era um comportamento aceito por nós e os nossos prováveis companheiros também sabiam dessa situação e só se envolviam quando o prazer sexual seria realizado sem nenhum compromisso. Acontece que a minha esposa não tolerou uma paixão que desenvolvi e me expulsou de casa. A segunda pessoa que me envolvi e cheguei a casar pela segunda vez também sabia deste meu novo comportamento, que eu poderia sair a qualquer momento com uma outra pessoa que desenvolvesse algum afeto. Essa minha segunda esposa passou a me criticar, dizia que eu a estava usando sexualmente, e eu não querendo fazer ninguém de objeto sexual, resolvi que não faria mais sexo com ela, mas que viveríamos como amigos, dando apoio ao único filho que geramos. Ficamos oito anos nessa situação. Apesar de continuar a ter desejos por ela, eu me continha, mesmo porque tinha oportunidade de fazer sexo com muitas outras garotas que sabiam da minha condição e não se importavam de sair comigo. Até que chegou o momento que a minha segunda esposa também não tolerou a situação e me expulsou de casa. Vi então que as pessoas que passavam a conviver comigo sempre exigiam a exclusividade no relacionamento sexual e como isso eu não poderia dar, resolvi que não moraria mais com ninguém. Hoje moro sozinho, tenho muitas amigas com potencial sexual e duas que já estão bem mais próximas de mim. As minhas duas ex-esposas passaram a ser minhas amigas. Sei que estou sempre pressionado por quem estar próximo de mim, para que eu mantenha a exclusividade no relacionamento sexual, mas hoje compreendo que me comportando dessa forma eu estou aplicando na prática a vontade de Deus, de agir dentro do Amor Incondicional, de não fazer ao próximo aquilo que não quero para mim, e fazer aquilo que eu gostaria que fizessem comigo. Essas pessoas que convivem mais próximo de mim dizem que uso desse artifício somente para ter sexo com diversidade. Mas eu moro num ambiente onde muitas jovens se prostituem e se esse fosse meu interesse, o meu apartamento seria sempre visitado por essas pessoas, pois tenho facilidade de pagar pelo sexo. Por esse motivo eu quero saber de sua audiência o que acham dessa minha posição, pois eu me sinto confortável dessa maneira, mesmo morando sozinho. Sinto que sou justo com quem se aproxima de mim, pois a ninguém eu oculto a minha forma de pensar, e sinto que faço a vontade de Deus, na construção do Seu Reino, ampliando os meus relacionamentos afetivos, onde cada companheira e seus parentes passam a ser consideradas por mim, membros da minha família ampliada. Será que eu estou realmente seguindo a vontade de Deus ou estou seguindo de forma equivocada os meus instintos animais?”
O nosso espírito usa o corpo material para progredir dentro da lei da evolução. Somos criados simples e ignorantes pelo Pai, com a finalidade de usarmos os nossos próprios recursos para evoluirmos. Se nós tivéssemos sido formados já prontos, espíritos perfeitos, não passaríamos de marionetes do Criador. Não é isso que Ele quer. Assumo a ousadia de responder o que passa na mente do Ser mais perfeito de todo o Universo, Universo que Ele mesmo criou.
O Criador deseja que essas sementinhas ignorantes que Ele espalhou por todo o Cosmo, se empenhem a adquirir sabedoria e valores morais que os aproximem de Si, com essa conquista debitadas si próprios.
Quando um desses pequeninos focos de luz adquire uma consciência livre dos desejos materiais, um grau de pureza bem próxima daquela pureza que irradia do Criador, então fica intrinsecamente ligado com o Pai, sendo com autoridade designado como Filho.
Nesse ponto nós podemos compreender melhor a questão da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é o Criador onipotente, acima de tudo e de todos nos Universos que Ele mesmo criou. O Filho é uma daquelas fagulhas de luz inteligente que Ele criou da Sua própria essência e que se desenvolve aprendendo a dominar as forças abstratas que surgem no campo da consciência. O Espírito Santo é a essência de Deus que fiscaliza todos os pontos dos Universos, e ajuda a criar caminhos onde o Espirito em aprendizado pode se direcionar, para o bem ou para o mal, e a partir daí recebendo as consequências dos seus atos.
Com essa compreensão eu imagino que estou exatamente no meio dessa luta consciencial, de um lado as forças atávicas que existem como herança de meu passado pela matéria, desde os objetos inanimados, os cristais, que passa pelos estágios vegetal e animal até a condição de humanos. Nesse ponto eu posso usar a minha inteligência e procurar discernir o certo do errado. Posso escolher caminhar através da porta estreita do dever e evitar a porta larga dos prazeres e desejos.
Sei que um dia atingirei o nível do Mestre Jesus, mesmo que gaste milênios, mas estou dentro de uma espécie de rio do tempo que me leva através da evolução nesse destino de perfeição.
Sei que apesar da grande carga material que ainda tenho nos ombros, estou num processo ascensional, já tendo certa compreensão da natureza do Filho, o qual é o meu Mestre e ídolo, a meta que um dia irei alcançar, e a compreensão do Pai que é o alvo que o meu coração sintoniza, como assim ensinou o Mestre Jesus.
Mesmo os meus sentidos não tendo detectado até agora nenhum estímulo do mundo espiritual, tenho total convicção da sua existência, tanto por raciocínio, lendo todos os trabalhos citados na literatura, inclusive trabalhos científicos acerca do mundo dos espíritos. Mas o que mais firma a minha convicção não é a razão que move os trabalhos científicos, e sim a intuição que me deixa tão próximo do Pai quanto de todos aqueles que como eu procuram fazer a vontade do Pai como o principal instrumento de evolução.
Os primeiros passos para o trabalho realizado dentro da Escola Padre Monte, começam a mostrar as dificuldades do quanto nós vamos encontrar no cotidiano. Mesmo porque os obstáculos não estão escondidos à sete chaves. Eles estão à nossa frente, agredindo nossa estética, nossa capacidade de trabalho, de tolerância, de sabedoria, dependendo da nossa inteligência para colocar os três segmentos da escola, alunos, professores e técnicos, numa conjuntura de Haldol e queijo.
A nossa voluntária que é a condutora do processo de educação, que vai ver a questão de forma mais ampla, junto aos três segmentos, se mostrava desolada com a notícia que a televisão para passar a TV a cabo que ela havia conseguido por doação, havia sido roubada.
Por esse motivo mudaram as perspectivas de atuação dela dentro da escola, percebendo a grande fragilidade geral, dos próprios recursos materiais serem dilapidados por atos que parecem envolver a própria comunidade escolar. Pensa agora em direcionar as ações de forma mais superficial, para as palestras com os três segmentos, e principalmente os pais.
Também sou da opinião que o trabalho deve ser feito em pequenos passos, sensibilizando poucos elementos das três categorias, sendo a base a construção do Grêmio Estudantil, incentivando, motivando e gratificando os alunos que se envolvam efetivamente nos diversos trabalhos propostos. Duas ações podem ser implantadas simultaneamente e de forma sinérgica.
A primeira é a ativação do Grêmio Estudantil, identificando as lideranças de cada sala e com elas discutindo as proposta de melhoramento da escola. Tenho a ideia de formamos um grupo de alunos, professores e voluntários e irmos em busca de uma parceria com a Unimed ou a Unicred, para um projeto de paisagismo, jardinagem e horta dentro do espaço da escola, inclusive com a remuneração através de uma bolsa para os alunos escolhidos para essa tarefa a partir do Grêmio Estudantil.
A segunda é o projeto de Biografias, a começar pela biografia do Padre Monte, onde todas as salas podem participar, sendo eleito uma banca examinadora e providenciado brindes para os participantes, inclusive com uma premiação melhor a partir do quinto colocado.
Além dessas duas tarefas também pode ser criada uma página no Facebook com a proposta de divulgar regularmente todas as atividades realizadas. Também pode se pensar num jornalzinho periódico, pedindo ajuda a Universidade, ao curso de jornalismo.
Enfim, existem muitas dificuldades nesse trabalho que se inicia na Escola Padre Monte, mas estamos intuídos que esta escola é uma espécie de seara que o Senhor escolheu e nos convidou para semear.
Na leitura do “Encontro diário com Deus, 2016”, do dia 21-04, tem um pensamento sobre o amor, do Frei Anselmo Fracasso, OFM, que achei bem prático, capaz de ser colocado em ação:
“Quanto mais você amar, tanto maior será seu desejo de servir e de ser útil. Na medida em que cresce o amor, aumenta o desejo de desprendimento e a vontade de se dedicar aos outros. Na arte de amar, seja como o sol que ilumina e aquece sem ser solicitado. O amor colhe e recolhe, não para reter, mas para dar, não para possuir, mas para oferecer. Crescendo o desprendimento do seu amor, crescerá também a felicidade de sua vida.”
Qualquer pessoa que leia esse texto, se estiver sintonizado com a mensagem do Cristo, se quiser fazer a vontade de Deus colocando o seu corpo como instrumento desse propósito, vai considerar perfeito, que é isso que deve ser feito na realidade. Mas, saltar da teoria à prática pode parecer uma coisa fácil, à primeira vista, principalmente aqueles que começam agora a trilhar o caminho da espiritualidade.
Eu, que me considero uma pessoa que adquiriu um bom nível de espiritualidade, que já tenho a firme intenção de fazer a vontade do Pai da forma que Ele colocou na minha consciência, mesmo assim quando releio esse texto uma segunda vez, vejo que a prática que eu pretendia fazer na primeira leitura pouco se realizou com objetividade. Até mesmo o esquecimento do conteúdo do texto foge da consciência no momento de agir. Pode ser até que, e eu acredito nisso, esse conteúdo esteja guardado no inconsciente.
Mas, pensando melhor, parece que é importante que assim seja. Os conceitos sobre o amor e a determinação de coloca-los na prática devem ficar guardados no inconsciente, e capaz de influenciar as decisões do cotidiano, mesmo que essas decisões sejam tomadas sem que a pessoa perceba que está sendo obedecido aquele texto que foi considerado tão importante.
Parece que esse é o real motor que impulsiona o comportamento, as intenções que são guardadas no inconsciente. Se eu tenho a determinação de guardar os princípios espiritualistas, qualquer texto que tiver ao meu alcance com esse conteúdo, pode ser incorporado a esse conjunto inconsciente, pois tem a mesma vibração. Mas, se a pessoa tem interesses materialistas, o texto espiritual pode até ser louvado como positivo e que deve ser colocado em prática, mas esse conteúdo espiritual não vai ser armazenado no inconsciente para ser colocado em prática na primeira oportunidade. Pelo contrário, ele irá ser jogado no inconsciente mais profundo ainda, controlado pelo inconsciente materialista que está mais na superfície.
Esse jogo de armazenamento parece ser um modelo bom para ser aplicado em nossas experiências psicológicas. Podemos explicar assim porque uma pessoa que já teve conhecimento de tudo que é positivo, já sabe sobre a lei do amor, essa pessoa mesmo assim pratica atos egoístas em detrimento do próximo. Lá no fundo do seu inconsciente ele sabe que está fazendo algo errado, algo contra a lei do amor, mas as forças materialista que estão organizadas mais a nível de superfície, irão se exteriorizar com muito maior facilidade.
Por isso eu sinto que já me movimento dentro dos relacionamentos com uma firmeza cada vez maior, de que estou cumprindo a lei do amor e obedecendo a vontade de Deus, mesmo que pessoas ao meu lado reclamem por se sentirem prejudicadas em alguma forma de comportamento. Mas tenho certeza de que não engano ninguém e que sei das consequências que muita gente sofre ao ficar perto de mim com a expectativa de alcançar algo do seu interesse pessoal.
A Natureza possui as suas leis que são aplicadas a todos, em todos os momentos, em todo lugar. A Natureza pode ser vista como a expressão mais objetiva que temos de Deus. Dentro dos automatismos das leis existe um planejamento técnico na dimensão astral voltado para a nossa evolução. É esse planejamento que dirige as reencarnações comuns, promove as afinidades ou os desajustes, conduz as realizações ético morais e corrige as imperfeições que nossas falhas de caráter provoca nas diversas vivências que cumprimos.
As primeiras experiências que iremos ter na nova vivência, no corpo de uma criança, visa facilitar a fraternidade, ampliar o círculo de afeições, o estabelecimentos de reencontros, as realizações dignificadoras e as retificações impostergáveis. Os primeiros conflitos que iremos ter serão dentro do lar, no choque doméstico com ideias e interesses diferentes, preferências e repúdios antagônicos, entendimentos contraditórios e reações familiares.
A infância corporal vai produzir impactos negativos quando na historiografia do sujeito não se observa o afeto no lar. Surgem as enfermidades orgânicas e psicológicas e quando o agravo pretérito é severo vai ser observado anomalias genéticas, como uma forma de expiação compulsória.
No Livro dos Espíritos, questão 262-A, vamos observar essa lição, que o retorno à vida corporal obedece a um planejamento reencarnatório: “Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um espírito quando este pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.”
A consciência individual deve evoluir para a consciência cósmica, a consciência de Deus, através do equacionamento das dúvidas e a compreensão das responsabilidades. É como a Politéia defendida por Platão, onde a consciência cósmica, o infinito, estaria conectada com todas as consciências individuais finitas das pessoas, que se relacionam harmonicamente umas com as outras, em perfeita sintonia. Umm retrato diferente do que será o Reino de Deus.
O ser consciente deve ser um indivíduo livre, realizador do bem e ter uma meta apropriada para a sua própria plenitude como também para a plenitude da humanidade. É como dizia Henry Bergson, na sua “Evolução Criadora”: Para um ser consciente, existir consiste em mudar, mudar para amadurecer, amadurecer para se criar a si mesmo, indefinidamente.
O entendimento dessas circunstâncias, esse autodescobrimento, leva o ser para o crescimento interior, a constante vigilância, o despertar do potencial e ele deve aproveitar os diversos estímulos que chegam à sua consciência para promover realizações.
Mas, se o indivíduo não tem essa compreensão e vive na ignorância, vai obedecer sem crítica aos automatismos corporais, permanecer adormecido quanto o sentido da vida, ignorante dos deveres e compromissos, e se torna instrumento de sofrimento pelo desenvolvimento de doenças físicas e psíquicas.
A reencarnação serve para estimular a afetividade plena, o crescimento espiritual, o auto aprimoramento, a aquisição do amor, e o encontro com o Deus interno. Assim, a finalidade da reencarnação seria proporcionar ao Espírito a evolução através da matéria, aprendendo o amor e a sabedoria.
Nos primeiros anos de vida é importante que a criança não seja contaminada a longo prazo pelo atavismo animal que está presente no seu psiquismo, com o predomínio do egoísmo, a rebeldia, a dificuldade de sentir e espalhar o bem, a indiferença com o próximo e a antipatia no lar. Se tal acontece os conflitos psicológicos se instalam na forma de fobias, insegurança, instabilidade emocional, complexos de inferioridade ou de superioridade, soberba, e doenças orgânicas.
As necessidades das crianças como amor, proteção, nutrição e orientação não podem ser negligenciadas, pois o amor leva ao sentimento do afeto, da harmonia, da saúde e do discernimento.
A criança atendida nas suas necessidades alcança com mais facilidade os objetivos da reencarnação, tem uma evolução positiva. Posteriormente ela estará apta a recompensar o apoio recebido, tanto com a família quanto com a sociedade.
Por outro lado, a criança carente dessas necessidades, se torna uma sobrecarga na infância, uma gravidade na juventude e terá na vida adulta os quadros patológicos desenvolvidos que precisarão ser tratados com terapias psicológicas, farmacologias, espiritualidade e princípios morais.
Na criança desamada o inconsciente fica mais desperto e influente, existirá mais distúrbios do sono como pesadelos, inquietação noturna, choro e insônia. Também é observado agressividade, rebeldia, medos e mal desenvolvimento.
Na criança devidamente amada vamos verificar a harmonização dos equipamentos eletrônicos do perispírito, a boa interação espírito-matéria, a vibração de calma e segurança, e o reabastecimento de forças e vitalidade.
O indivíduo quando se identifica, que ele mesmo não foi amado na infância, pode apresentar um quadro regressivo de duas formas. Na primeira, essa desnutrição de amor leva ao sentimento de reação que irá gerar a Inapetência ou Anorexia Nervosa, com fortes danos que podem ser, quanto ao curso, acidental, passageiro ou de longo prazo.
Na segunda forma, também se observa um quadro regressivo, com base na mesma desnutrição de amor, mas o sentimento de reação é inverso. A pessoa desenvolve uma voracidade alimentar, come até a exaustão, provoca perturbações digestivas e nervosas, vômitos nervosos, enfraquecimento e desnutrição. Está caracterizada a bulimia com todo o potencial de causar danos orgânicos severos.
A ausência do amor em tenra idade tende a levar a patologia no campo nutricional, gerando a anorexia nervosa ou bulimia, ou mesmo transtornos menos severos como indigestão, dispepsia nervosa, diarreia ou prisão de ventre.
É importante que possamos utilizar essa metáfora da nutrição para digestão diária dos nossos problemas, dentro de uma agenda diária para promover a consciência desperta, não manter os conflitos retidos, identificar erros cometidos, analisar os problemas, digestão dos problemas sem culpa, encontrar os meios de reparação para ficar livre da perturbação. Nesse sentido os grupos de Mútua Ajuda, na forma dos AA e seus congêneres, são muito importantes. Procurar ser como se é, meta fundamental.
As vantagens dessa autoanálise ser realizada, sem caráter de exigência, sem condenações, é para se atingir o equilíbrio, a tolerância, e a harmonia interior. Isso promove a recuperação, a capacidade integral para o trabalho, uma energia bem canalizada, saúde e bem-estar.