Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/05/2013 07h52
CEGUEIRA ESPIRITUAL

            Existem dois tipos de cegueira: a cegueira material, onde os olhos ou o cérebro não conseguem ver ou distinguir as formas materiais, próprias do sentido da visão; e a cegueira espiritual na qual nossa consciência não consegue distinguir a realidade do mundo espiritual, mesmo com toda a evidência da coerência e de resultados científicos. Para a primeira cegueira não existem contradições, todos aceitam a sua realidade e ajudam aos cegos, que andam com suas bengalas ou cães-guia, nas suas adaptações ao mundo. Para a segunda cegueira existem diversas contradições, desde a posição ateia da inexistência de Deus e do mundo espiritual, até as diversas interpretações e conceituações de sua constituição. Estes cegos não são tão fáceis de identificar como os primeiros, pois à distância todos parecem iguais, nenhum deles usa bengalas ou cães-guia. Porem ao chegar perto, aquele que não é cego, vê o tamanho da cegueira que cada um pode ser portador.

            Existe também outra forma de diferenciar as duas cegueiras: a primeira geralmente é adquirida, poucas pessoas nascem com ela; a segunda é inerente a nossa vida e constituição fisiológica e psicológica. Não percebemos e não entendemos o mundo espiritual desde o nascimento. É necessário que sejamos educados para a sua percepção consciencial, pois raras pessoas conseguem ter no seu campo de percepção a visão do mundo espiritual. Para que possamos sair dessa cegueira espiritual é necessário que sejamos instruídos e educados quanto a existência do Criador, da hierarquia dos seres inteligentes, da base existencial onde se processa a vida, e da Lei que organiza todo o processo evolutivo da Natureza.

            Foi necessária a materialização dentro de um corpo biológico e entre nós, de um ente espiritual elevado, puro, como Jesus Cristo, que tivesse condições morais de nos passar essas lições do mundo transcendental, para que fossemos “curados” de nossa cegueira. Hoje temos o Evangelho, um registro de suas palavras e ações, que serve de roteiro para nós possuirmos a luz e sermos iluminados nas nossas diversas relações. No momento que adquirimos a luz, que deixamos de ser cegos, assumimos também a responsabilidade de a levar para quem ainda não a possui, mesmo que essa pessoa seja resistente e queira permanecer na escuridão, pelo efeito da ignorância na sua consciência. Jesus fazia milagres com relação a cegueira material, desde que a pessoa quisesse e tivesse fé, mas quanto a cegueira espiritual a pessoa devia usar o seu livre arbítrio para sair das trevas em direção a luz. Vejamos o exemplo de Saulo de Tarso. Ele sempre estava a ouvir a pregação dos apóstolos, ele tinha o contato com a luz, mas a luz não fazia efeito sobre ele. Até que a luz intensa do Mestre o atingiu, o levou à cegueira material, e a partir daí ele foi sensibilizado para a luz espiritual e conseguiu sair de ambas as trevas.

            Eu, como a maioria das pessoas, acredito, fui adquirindo essa luz espiritual ao longo de minha vida, ouvindo palestras e sermões, lendo livros espiritualizados, participando de religiões e fazendo as minhas próprias experiências, tanto conscienciais quanto materiais. Hoje reconheço ser portador de uma boa parcela de luz e sinto o dever de a redistribuir ao meu redor. Mas sinto dificuldades em muitas ocasiões, mesmo que seja entre colegas, amigos ou familiares. A pressão do mundo material é tão forte, que me vejo sem espaço para falar dessa luz transcendental, sem passar por chato ou fanático. Com algumas poucas pessoas consigo dividir essa preocupação e como fazer para vencer esse tão grande obstáculo que deixa pessoas tão boas e caridosas completamente cegas. Também posso me envolver em situações de confronto material como aconteceu ontem aqui em Natal, num protesto contra aumento de transporte coletivo, e nada poder fazer. Nesse conflito, muitas pessoas foram envolvidas direta ou indiretamente, e mesmo que fossem pessoas iluminadas, o tamanho das trevas que foi formada impedia a qualquer manifestação da luz, a não ser que tivesse presente um ser superior, de luz e amor.

 

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15/05/2013 23h46
A ORAÇÃO

            Cada vez mais eu reconheço que a oração verdadeira é uma linguagem que  somente conhece aqueles que reconhecem o Criador e a importância do amor. Antes de se encontrar com o Mestre no caminho de Damasco, Saulo de Tarso podia ser chamado de um homem religioso, intenso, zeloso, convicto, mas não um homem de oração. Saulo memorizou e repetia todas as orações judaicas. As palavras do Mestre sobre os religiosos hipócritas bem que podia se aplicar duplamente a um fanático como Saulo: “E quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam seu galardão” (Mateus, 6:5). Talvez a oração do orgulhoso fariseu em Lucas 18:10 poderia refletir exatamente o coração de Saulo antes de sua conversão: “Ò Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens”.

            Mas a oração de Saulo se tornou diferente depois de ter se encontrado com o Mestre. Seu espírito perseguidor e orgulhoso se transformou em pó. Seus olhos que haviam testemunhado o martírio de Estevão sem desenvolver amor ou compaixão, agora não conseguiam ver ninguém. Seu corpo inteiro permaneceu vazio por três dias, sem comida nem bebida. Mas quando ele voltou e se tornou Paulo, encontrou a linguagem da oração, o caminho para Deus, a Lei do Amor.

            A minha conversão não foi tão dramática quanto a de Saulo, mas tem alguns pontos de contato. No início de minha vida produtiva assumi o “nome de guerra” dado pela Marinha, Rodrigues, como aconteceu com todos os meus colegas que assumiram seus sobrenomes. Nessa fase eu tinha desconfiança da existência de Deus, apesar de O procurar em diversas igrejas, templos ou terreiros. Fazia as orações repetitivas e entoava os cânticos religiosos, mas sem o aprofundamento na alma, ficava sempre a grande interrogação na minha mente, se tudo aquilo que eu fazia não era mera fantasia, um delírio coletivo. Não dava a devida importância a oração, apesar de fazer por hábito aqui acolá uma reza decorada. Acostumei até a rezar uma Ave Maria toda vez que eu avistava no início da noite a Estrela Dalva, a que eu considerava como minha estrela protetora, a regente do meu signo. Quando um dia, forçado pelas evidências da existência de Deus por todo o lado que me virasse, eu assumi que não iria mais duvidar da Sua existência. Eu O via constantemente, como poderia não existir? Então descobri que o mundo espiritual era mais importante que o material e era lá que a vida real se processava. Aqui no mundo material, tudo são aparências, as formas surgem e vão embora ao saber do tempo, inclusive o corpo biológico. Então era lógico que eu procurasse um meio de comunicação com os seres que habitam o mundo espiritual, principalmente a energia criadora de tudo, Deus. Passei a dar mais importância ao meu prenome, Francisco, tem uma ligação mais forte com o mundo espiritual.

            Hoje ainda não tenho muita habilidade com a linguagem da oração, fico tímido e as palavras não saem como eu espero. É diferente daquele hipócrita que a Bíblia refere, que rezava para todos verem. Eu prefiro rezar num canto isolado, sem nenhuma testemunha por perto. Mas sei da sua importância e que devo orar com o coração, com os sentimentos, falar ao Pai ou aos espíritos superiores, capitaneados por Jesus de Nazaré, com respeito e como irmãos que todos somos, já que somos filhos do  mesmo Pai. Faço o esforço diário para obter o hábito da prece e perder a timidez de falar com meus irmãos espirituais que estão dispostos a me ajudar, a partir do Anjo da Guarda que me protege desde o nascimento, até o Pai que me criou e que está comigo a todo instante. Então, por que a timidez?

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em 15/05/2013 às 23h46
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14/05/2013 03h40
DEVOÇÃO CONSTANTE – EFEITO DO TEMPO

            Retomando as diversas formas de devoção a Deus orientado pelo Baghavad Gita, devo tentar compreender o sofrimento de aceitar a passagem do tempo na forma de nascimento, morte, velhice e doença. A literatura hindu descreve de maneira analítica o mundo do não nascido, sua estada no ventre da mãe, seu sofrimento, etc. Deve-se ter completa compreensão de que o nascimento é angustiante. Porque nos esquecemos de toda a aflição que passamos dentro do ventre da mãe, não nos interessamos em procurar alguma solução para os repetidos nascimentos e mortes. Igualmente, por ocasião da morte, há todas as espécies de sofrimentos, e eles também são mencionados nas escrituras autorizadas. Deve-se comentar sobre isto. E quanto a doença e a velhice, todos tem experiência prática. Ninguém quer ficar doente e ninguém quer envelhecer, mas não há como evitar isso. A não ser que tenhamos uma visão pessimista dessa vida material, considerando os sofrimentos próprios do nascimento, da morte, da velhice e da doença, não haverá ímpeto para progredirmos na vida espiritual.

            Esta forma constante de devoção a Deus, essa compreensão dos efeitos da passagem do tempo, é de grande utilidade para a minha evolução espiritual. Hoje eu compreendo e aceito todo esse sofrimento advindo da passagem do tempo e sinto também que é atenuado muito desse sofrimento com essa compreensão. Hoje eu sinto a passagem do tempo e seu efeito sobre o envelhecimento, por exemplo, e não percebo sofrimento por isso. Percebo a transformação que ocorre lentamente no meu corpo, a sua perda de flexibilidade, de tonicidade, de vigor físico, mas por outro lado a excelência dos pensamentos que se aprimoram, amadurecem e se capacitam a receber grande porção da verdade universal e agir com um pouco mais de sabedoria.

            Quanto a doenças, não conseguirei evitar a maior parte delas que acompanham até mesmo o processo de envelhecimento. Mas posso evitar algumas delas com o uso adequado de vacinas e de bons hábitos de vida. Até hoje não sinto a necessidade do uso de medicamentos de forma constante, como tantos com a minha idade já estão fazendo.

            A proximidade da morte para mim já não constitui tanto medo e sofrimento quanto antes. Hoje eu sei que esse fenômeno é um importante fator para a continuidade da vida em outros planos, até mais significativos e importantes que este plano material em que nossa consciência está hoje profundamente mergulhada. Sei que o amor é a energia fundamental de todos os planos de vida e que eu já aprendi bastante sobre ele e que já estou capacitado em recebê-lo e doá-lo constantemente dentro da dinâmica da Natureza e em obediência aos planos divinos.

            Assim, consigo fazer essa devoção a Deus no meu cotidiano sem grandes esforços e com belos resultados, no entendimento do sofrimento necessário por ocorrência da passagem do tempo e da perspectiva saudável da evolução da vida ao longo da cronologia e dentro de todos os planos que a vida oferece.   

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em 14/05/2013 às 03h40
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13/05/2013 23h59
EM BUSCA DA VERDADE

            Tem momentos que fico a refletir no modo de vida que passei a ter depois que decidi implementar o modo de vida que Deus pediu. Mas Ele nunca falou comigo, logo posso imaginar que tudo não passa de uma atividade delirante da minha mente. Fiquei muito tempo procurando me situar dentro dessa vontade de Deus, entrei e sai de igrejas, convertido ou não, mas sempre com a indagação no olhar e a mente excitada a vasculhar pelos livros. Cheguei a cogitar que isso era uma busca inútil, que esse Deus que eu procurava não existia, que nunca existiu. Usava a minha mente freneticamente para tentar desvendar esse mistério...

            Senti que essa minha procura era a procura pela vontade de Deus, pela realidade desse fenômeno... uma procura pela Verdade. Mas isso me parecia uma tarefa hercúlea. Encontrar a verdade de um pensamento, da vontade de Deus, de Deus...é claro que minha consciência dizia que eu jamais iria encontrar um resultado que eu pudesse sentar e observá-lo bem a minha frente. Essa não era a natureza da minha procura. Eu devia então procurar de forma indireta, devia procurar pelos frutos do meu pensamento, do trabalho, da minha forma de agir. Se esses frutos fossem bons, então eu poderia considerar que a árvore de onde eles provem, a minha vontade, as minhas ações, era uma árvore boa.

            Fiquei triste à primeira vista, observei que existia muito sofrimento nas pessoas que se relacionavam intimamente comigo, justamente as pessoas que deviam ser mais felizes por estarem sob a minha influência mais direta. Isso dava a informação que minha arvore era ruim! Então a minha consciência dispara automaticamente para que eu realize o afastamento dessas pessoas, deveria evitar o sofrimento de cada uma delas, deveria deixar de dar esses frutos ruins. Mas, ao promover esse movimento, percebo que é gerado um sofrimento muito maior do que o anterior... que tão grande paradoxo! Como é que o afastamento da fonte do sofrimento de alguém, leva para esse alguém mais sofrimento? Conclui que eu estava fazendo julgamento precipitados sobre mim mesmo. Certamente a minha árvore não produzia somente um fruto. Outros deveriam existir de natureza positiva e em maior número. Somente isso poderia justificar que o afastamento gerasse um sofrimento maior do que antes existia. Eu vi em primeiro plano o efeito de um dos meus frutos negativos e me deixei levar por sua exclusiva conclusão. Não procurei ver a existência de outros frutos que também são produzidos em quantidade, tal qual um único pé de acerola, que todo dia dá frutos em abundância. Pode ser que entre esses um esteja estragado ou tenha um gosto amargo, mas o restante são suculentos e saborosos. Se eu arrancasse esse pé de acerola devido a essa fruta estragada ou amarga, iria deixar de ter todos os outros frutos saborosos que a cada dia está a minha disposição.

            Foi essa compreensão que me fez recuar e observar com mais profundidade o efeito de minhas ações nas pessoas de minha intimidade. São pessoas que adquirem um brilho especial pela existência do viver, que encontram o amor em sua plenitude em tão grande quantidade que ela sozinha não dá conta de absorver tudo; tal qual a acerola, é necessário que se permita o excesso para outras pessoas senão as frutas cairão se perderão apodrecidas no solo. As pessoas podem fazer careta ao sentirem o gosto amargo de alguns frutos, mas se sentirão mais revigoradas e plenas pelo uso constante dos usos dos frutos saudáveis.

            Foi assim que eu fiquei quieto com essa verdade que descobri, aprenderei a tolerar, assim como elas, o efeito desses frutos amargos, pois todos sabemos da imensidão de frutos saborosos que são produzidos, concomitantemente.     

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em 13/05/2013 às 23h59
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12/05/2013 07h24
RELAÇÃO HOMO

            De certa forma no texto de ontem eu briguei com o meu mentor espiritual da área da humildade (despertei agora que eu não tenho um só mentor espiritual, assim como não temos um só professor para nos ensinar todas as disciplinas da escola formal. São Francisco surge logo na minha consciência como o mentor da humildade, e surgem em seguida outras personalidades espirituais que certamente me ajudam e intuem durante o percurso que devo fazer em direção a Deus: Bezerra de Menezes, Emmanuel, Joanna de Angelis, Chico Xavier, entres outros que devem surgir na consciência e que deverei em outro momento fazer a sua organização).

            Mas voltando ao que estava dizendo, briguei ontem com Francisco de Assis, e hoje quero brincar com ele. Sei que ele também era voltado para as brincadeiras e era até considerado o Jogral de Deus. Eu sou um pouco mais sisudo, mas tem momentos que vem na mente pensamentos hilários e termino por deixá-los expressos causando risos tanto para mim quanto para os circunstantes. Foi assim que chegaram a minha mente os pensamentos de que eu estava tendo um relacionamento homo, quando lembrava a relação hetero que Francisco de Assis anunciou e cumpriu. No começo de sua missão, quando ainda vivia na casa dos pais, São Francisco já começava a paquerar distinta senhora e com ela pensava em casar. Os amigos desconfiaram que ele estivesse apaixonado e ele não negou. Disse que era a senhora mais distinta de Assis e com ela iria casar. Os amigos ficaram surpresos em existir na cidade uma dama tão prendada como aquela que Francisco descrevia, até que ele revelou que essa dama era a Senhora Pobreza, que havia entrado em seu coração e que dominava todos os seus pensamentos. E agora ele só gostaria de viver por toda a sua vida ao lado dela.

            Então eu fiz a relação dele comigo. Não tento competir com o Irmão de Assis no sentido de casar e viver para sempre com a senhora Pobreza, mesmo ela estando disponível. Mas terminei por me envolver afetivamente com outra figura que de igual forma entrou no meu coração e domina meus pensamentos e sentimentos. Estou paquerando há muito tempo com essa figura e disposto a me unir com ela e viver para sempre em sua companhia. Imagino os meus amigos chegando perto de mim e perguntando por quem estou apaixonado, pois meus olhos se perdem no vazio a procura de alguém que ninguém mais ver, meu coração se torna tão sensível que até ao ver uma pétala de flor cair com o peso do orvalho e impulsionado pela leve brisa da manhã, consegue fazer lágrimas dos meus olhos... Respondo para eles como fez São Francisco, é a pessoa mais luminosa que conheci, mais compassiva, mais compreensiva, mais tolerante; de seus atos nunca vi sair nada que não fosse puro amor, mesmo por aqueles que a agridem, moral ou fisicamente; de suas palavras nunca vi sair palavras destrutivas, sempre saem palavras com o intuito de construir ou de reconstruir o coração de quem vive com medo, amargurado, desesperançado, confuso e humilhado na sua condição humana. Meus amigos surpresos querem saber o nome dessa pessoa, pois todos imaginam que não exista, que seja fruto da minha imaginação. Digo para eles com a voz temperada pelos meus sentimentos: o Amor Incondicional.

            Oh!!!! Fazem meus amigos em uníssono! Uma relação Homo! Como pode ser? Eu digo a eles que não é como eles estão pensando, que não tem nada a ver com o sexo, não é uma relação homossexual. Mesmo assim eles não se conformam e chegam a dizer que eu devia ter procurado uma senhora como São Francisco fez com a Senhora Pobreza e que hoje está viúva e disponível. Se não quisesse essa Senhora teria tantas outras, como a Caridade, a Paciência, a Tolerância, a Justiça, a Benevolência, a Fraternidade... todas senhoras de boas virtudes e disponíveis e que eu já paquerei com muitas delas... Mas ninguém entendia porque meu coração foi justamente se amarrar com o Cavalheiro Amor Incondicional. Todos tentaram me demover da ideia, mas acontece que meu coração já estava preenchido com o Amor Incondicional. Não adiantou a ameaça que eles prenunciaram que eu iria ficar isolado neste mundo onde todos respeitam o amor incondicional em teoria, mas ninguém o aplica em suas vidas; que eu poderia fazer como todos fazem, ter apenas um “caso” com o amor incondicional e o deixar para lá, mas não querer conviver as 24 horas do dia com ele. Ainda por cima, eu iria enfrentar a fúria do amor romântico, que exige exclusividade e o amor incondicional pratica a inclusividade de todos.

            Eu avaliava que a opinião dos meus amigos era para me preservar dos sofrimentos que iriam surgir, mas eu já estava totalmente preenchido pelas vibrações etéreas do Amor Incondicional e nenhuma ameaça deste mundo material seria capaz de me demover. Estou pronto para me unir definitivamente com o Amor Incondicional, a levar adiante essa relação Homo, mesmo com todos os preconceitos que irão surgir em todas as dimensões, mas terei a solidariedade do Jogral de Deus, do Mestre Jesus e do próprio Deus!

 

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em 12/05/2013 às 07h24
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