Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/04/2013 23h55
O BOM PASTOR

            Este é o domingo do Bom Pastor. No tempo de Jesus eram comuns os rebanhos de ovelhas. A relação entre pastor e ovelhas era tão intensa que chegavam a reconhecê-lo só pela voz. Ele usa essa imagem para responder aos judeus que queria saber quem Ele era. Diferente das ovelhas que tem intimidade com o seu pastor, para eles Jesus era um estranho. Eles não ouviam a voz do Pastor.

            Isso está bem colocado no Evangelho de João, 10,27-30: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” (Bíblia, Ed. Ave Maria, LTDA)

             Em todo Antigo Testamento, o povo de Israel é comparado a um rebanho.e Deus a um Pastor: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados Ele me fará repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos Ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estás comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. Preparai para mim a mesa à vista de meus inimigos, derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda a minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias da minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.” (Salmo 22 1-6)

            Portanto, a relação entre pastor e ovelhas é muito antiga, Jesus se apropriou desse conceito e reforçou a sua missão em nome do Pai, se colocando na condição do Pastor enviado para encaminhar as suas ovelhas. Mas fica claro, que nem todos em dado momento, possuem a condição de ser essa ovelha do rebanho de Deus, pois não o reconhece como Criador de todo o Universo nem a Jesus Cristo como o Pastor enviado por Ele para nos ensinar a Lei do Amor. Porém a ideia de Deus é salvar todos os seus filhos, mesmo que devido a ignorância muitos não tenham o pré-requisito de ouvir a voz do Pastor. Pode até terem o hábito de caminharem diuturnamente com uma Bíblia debaixo do braço, mas se não consegue entender a linguagem do Pastor e a colocar em prática, então é ovelha fora do redil.

            Da mesma forma que Jesus assumiu sua missão e se colocou na posição do Pastor, nós que nos consideramos ovelhas do Cristo, podemos também assumir a postura de pastor de ovelhas e tentar resgatar aquelas que estão perdidas, que estão dentro da ignorância, que não reconhecem o Pai e nem tem preocupações de seguir a sua Lei.

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em 21/04/2013 às 23h55
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20/04/2013 02h07
CONSAGRAÇÃO À DEUS

            “Ninguém se consagra à Deus para tornar ricos os seus parentes, mas para, redimindo os pecados com o preço da compaixão, adquirir a vida com o fruto da boa obra.” (Fontes Franciscanas e Clareanas, Ed. Vozes, 2008, pg 353).

            Esse trecho do pensamento de Francisco é de alto significado, pois todos que vinham à Ordem o santo ensinava que, antes de darem ao mundo a carta de repúdio, oferecessem primeiro as suas coisas exteriores e depois oferecessem a si mesmos interiormente a Deus. Admitia à Ordem tão somente os que já se haviam despojados e os que não retinham absolutamente nada, seja por causa do santo Evangelho, seja para não servirem de escândalo da bolsa reservada.

            Acontece que, na Marca de Ancona, depois da pregação do santo, alguém veio ter com ele, pedindo humildemente entrada na Ordem. Disse-lhe o santo: “Se queres associar-te aos pobres de Deus, primeiramente distribui teus bens aos pobres do mundo.” Tendo ouvido isto, o homem foi e, levado por amor carnal, distribuiu os bens aos seus e nada aos pobres. E aconteceu que, ao voltar e relatar aquela generosa munificência ao santo, o pai lhe disse rindo: “Toma teu caminho, irmão mosca, porque ainda não saíste da casa e de tua parentela. Deste teus bens aos teus consanguíneos e defraudastes os pobres, não és digno dos pobres santos. Começaste pela carne, colocaste fundamento que ameaça ruína na estrutura espiritual”.

            Volta então o homem animal aos seus e pede de volta os seus bens; não querendo deixá-los aos pobres, ele deixou mais depressa o propósito da virtude.

            Confesso que sou, muitas vezes, contrário ao comportamento radical de Francisco. Mas, nesse episódio, acredito que ele tenha completa razão, apesar disso me trazer abalo às minhas profundas convicções. Sei que esse comportamento do santo, privilegiava a pobreza como uma identificação ao Cristo. Eu penso que devo me comportar com firmeza na prática do Amor Incondicional para construir o Reino de Deus que o Cristo ensinava. Em ambos os propósitos os interesses da carne devem ficar em segundo plano. O próximo que está ao nosso lado, deve ser considerado com prioridade frente a qualquer outro interesse da parentela. Se o nosso comportamento é mantido por nossa vontade como instrumento da vontade de Deus, se assim somos consagrados a Deus, então não é admissível que qualquer interesse de qualquer parente, por maior afinidade sanguínea que seja, pai ou mãe, principalmente, seja obstáculos para esse desiderato.

            Colocados assim no mundo, como instrumentos da vontade de Deus, como pessoas consagradas a Deus, é aos pobres, os pequeninos, os deserdados, os injuriados, os injustiçados, o nosso maior foco. Se desviamos desse foco para dar atenção extra aos parentes e que isso consuma o nosso compromisso com Deus, podemos ser enquadrado como “irmão mosca”, como dizia Francisco daquele que estava mais ligado à carne do que ao espírito. Sei que devemos respeito a pai e mãe, mas maior respeito devemos ao Pai celestial que é Pai de todos nós, filhos e pais, pobres e ricos, velhos e moços... e a todos devemos levar à sua Justiça, como é o seu desiderato em nossas consciências. Não seguir isso é se tornar mosca... seguir isso é se capacitar para ser anjo ao lado do Pai.

            A decisão cabe a cada um de nós que já atingiu esse grau de compreensão: ser mosca ou ser anjo!

 

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em 20/04/2013 às 02h07
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19/04/2013 03h31
O CORPO E O CAMPO

            O Baghavad Gita fala do corpo humano como um campo de conhecimento. Como se fosse um campo de estágio que devemos fazer para conclusão de algum curso superior. No caso, o corpo é o campo de estágio para a alma. Ela fica associada a este corpo desde a sua formação no ventre da mãe. Nasce sob a influência de fortes fatores biológicos, de instintos, que capacita o corpo a sobreviver em momento que não está ainda instalada na mente a inteligência, o livre arbítrio. Fica assim a alma condicionada a esses imperativos biológicos desde a origem do corpo. A alma fica aprisionada na existência material, mas ela tenta assenhorear-se da natureza material, é o seu projeto evolutivo e que implica diversas tentativas na carne (reencarnações) para atingir o objetivo. Conforme sua capacidade de dominar a natureza material, ela obtém assim um campo de atividade que é o corpo.

            Sei que o meu corpo é feito de sentidos, instintos. Minha alma quer desfrutar dos sentidos e assim obter o prazer. Foi o que aconteceu ontem. Devido a tão forte condicionamento, minha alma até desconsidera a prioridade de Deus e vai em busca do prazer que o corpo pode oferecer, por mais exíguo que seja. Um tipo de ocorrência como essa mostra a força do corpo, do campo do estágio em determinar as ações.

            Devo reconhecer como o agente de minha evolução, a alma e não o corpo. O corpo é somente o campo de estágio, não pode determinar as ações. Não posso me identificar com o corpo, pelo contrário, eu sou o conhecedor do campo, do estágio em que minha alma se encontra.

            Quando olho para o passado, vejo que o campo de estágio da minha alma, o corpo, está em contínua transformação. Desde a infância até o momento atual, meu corpo passou por profundas transformações, dá para ver com mais facilidade que eu sou distinto do meu corpo, que ele é o campo de conhecimento destinado por Deus para que eu aprenda a controlar essa força que emana dele com a força que emana do Pai, do Amor Incondicional.

            Agora estou cada vez mais atento a esses desejos que vem para a minha consciência, sei que muitos deles é originado dos prazeres que o corpo pode oferecer e que funcionam como areia movediça, se não tiverem a sua utilização correta, para as necessidades reais do corpo. Caso contrário ficaremos chafurdando nesses prazeres carnais e afundando cada vez mais e cada vez mais sem possibilidade de sair... a não ser que exista uma ajuda externa e que estejamos dispostos a aceitar. De minha parte, reconheço a ajuda de Deus, que está sempre me dando apoio e que ás vezes não a recebo por decisão minha, e nesses momentos sinto que afundo.

            Mas minha alma continuará o seu estágio nesse campo de conhecimentos carnais e aprenderei com muita atenção e determinação a evitar os locais de areia movediça, dos prazeres inconsequentes e vazios que existem no meu corpo. Para isso tenho a ajuda do Pai!

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em 19/04/2013 às 03h31
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18/04/2013 07h52
CHUVA... SONHOS... PECADOS!

            Após meses sem chover, finalmente vejo cair as gotas límpidas na janela do meu apartamento. Estava esperando o irmão sol nascer, mas quem veio na frente foi a irmã chuva. Veio na companhia do irmão vento e suas vozes se faziam ouvir completando o coro com o som do irmão mar que mais longe ficava.

            A maresia que embotava os vidros da minha janela, logo foram limpos pela constância das gotas da chuva. Tinha agora uma visão mais clara da Natureza ao meu redor. Parei para fazer a oração de Abril.

            Agora a chuva parou. O sol já chegou com força e tive que fechar a janela e ligar o ventilador. Lembro da oração que acabei de fazer e que já publiquei neste Recanto das Letras. Procurava a sintonia com o Pai, a chuva me auxiliava a evocar pensamentos divinos. Mas o monstro que habita dentro de nós nunca dorme, mesmo que fique quieto, pois sabe que não cumpriremos seus desejos egoístas e nocivos a terceiros, ele nunca dorme. Mesmo que eu durma. Foi o que aconteceu. Em plena oração ao Pai, cochilei. Nesse cochilo me veio um sonho. Poderia colocar na caixa preta, é algo muito pessoal, mas também é algo muito instrutivo. Serve de lição para mim e quem tiver oportunidade de ler essas experiências.

            Nesse sonho que se passou durante cerca de 20 minutos ou menos, no qual cochilei, orando para Deus, quero deixar isso bem explícito, surgia uma moça que era minha aluna na Universidade, mas que não consegui distinguir a identidade. Era uma moça bonita. Ficava comigo na cama com o objetivo de aprender algo que não lembro o que era. Nossos movimentos eram respeitosos, apesar de mais adiante ela estar sem roupas. Eu a tocava de início sem pretensões, sabia que a estava tocando, sabia que esses toques podiam despertar desejos dentro dela. Não percebia da parte dela nenhuma resistência. Passei então a acariciar seu corpo, minhas mãos deslizavam por suas pernas, chegavam perto da genitália, percebia seu monte de Vênus devidamente depilado, sentia a umidade que vinha do seu interior e que sinalizava a carga de desejos que ela também estava possuindo naquele momento. Senti que era o momento de eu penetrá-la com o meu desejo que também estava a mil. Deixei meu corpo cair sobre o dela e sem nenhuma resistência ela abriu as pernas para me receber. Procurei a beijar, mas notei que seus olhos não expressavam o desejo que sua carne demonstrava. É como se tivesse recebendo apenas o fruto do meu desejo e que o dela não se manifestava. Mesmo assim eu prosseguia, o meu desejo permitia que eu realizasse toda a penetração, que sentisse todas as ações do ato sexual. Percebia também que no interior do corpo dela não existia tanta lubrificação quanto eu tinha percebido no exterior. Foi então nesse estado de coisas que eu voltei a realidade. Despertei do cochilo, mas estava com os efeitos da excitação sexual em meu corpo. Percebi que eu estava rezando para o Pai e que me acontecera isso. Agora eu poderia voltar a oração e pedir perdão ao Pai pelo que aconteceu, afinal não fora minha vontade.

            Mas o desejo agora se confrontava com essa determinação de orar ao Pai. Se eu voltasse a oração, sabia que o desejo iria se dissipar, e eu queria experimentar o prazer que o desejo sinalizava que viria. Então, a minha vontade se aliou ao desejo. Deixei a obrigação de fazer a oração depois de obter o prazer, o Pai iria me entender, afinal Ele sabe que sou um fraco. Com essas argumentações internas entrei no ato da masturbação. Voltei a lembrar do sonho e da garota que o patrocinou. Achei estranho que essa garota não fosse identificada. Tinha traços de uma antiga atendente que trabalhou comigo na Casa de Saúde e também de uma atual residente. Mas nada definitivo com relação a uma identificação. Sabia apenas que era uma estudante de medicina e que estava comigo numa missão de aprendizagem. Voltei a lembrar dos nossos movimentos, do nosso comportamento. Era isso que mantinha alto o nível do desejo. Mesmo que não houvesse uma correspondência afetiva, não havia troca de beijos, seus olhos não sintonizavam com os meus, mas sua carne servia de pasto para os meus desejos. Eu conseguia fazer essas considerações, mas o desejo imperava e não me fez parar até a consumação do prazer. Fiz ao final uma reflexão, tanto esforço, tanto compromisso perdido com o Pai, apenas para experimentar uma fração de minutos de prazer!? Uma coisa tão fugaz e deixo de obter outro prazer que seria muito mais amplo e eterno? Mas já fazia essas considerações depois do ato consumado.

            Voltei então para terminar a oração. Claro, qualquer pai mundano iria ficar revoltadíssimo com meu comportamento, mesmo fazendo tudo isso consciente ainda tinha a petulância de chegar perto dele e pedir um perdão por algo que eu sabia que não era certo. Mas não senti qualquer revolta do Pai. Senti apenas o Seu “olhar carinhoso e compreensivo” sobre minhas faltas e minhas fraquezas. Que acredita nas minhas intenções de fazer o que é certo em todas as dimensões e que um dia eu alcançarei a condição de também ser um filho dEle muito amado.

            Isto me envergonha, é claro, seria muito mais confortável deixar tamanho tropeço em minha caixa preta. Mas faz parte de minha missão ser transparente, de ser condutor da plena verdade em minhas comunicações, quando isso disser respeito a mim, não implicar outras pessoas, trouxer consequências reativas somente contra mim e não contra terceiros.

            É importante que as pessoas saibam que por trás da aparência de pessoa tão evoluída no campo espiritual que aparento ser, existe uma alma com tantas fraquezas, que precisa tanto ainda da compaixão do Pai e da compreensão e tolerância de todos que dividem a vida comigo, principalmente daqueles que estão mais próximos.

 

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em 18/04/2013 às 07h52
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17/04/2013 23h59
O IRMÃO DE ASSIS

            Finalmente terminei de ler “O Irmão de Assis”, a vida de São Francisco de Assis, segundo Inácio Larranaga. O homem que elegeu a Pobreza como sua companheira, sua esposa, que amava todas as criaturas do Pai, que procurou seguir o exemplo de Cristo até o desenvolvimento de suas chagas, que nos deixou palavras como as que foi título do texto de ontem: “O silêncio é a linguagem do amor.”

            Observei em vários momentos um radicalismo extremo em função de sua determinação em ser humilde e conviver na intimidade com a Pobreza, a sua caminhada na trilha que o Senhor colocou em sua consciência. Cada um de nós temos a semente do Criador, o amor, em nossos corações e recebemos a missão que devemos cumprir na terra de acordo com nossas características fisiológicas, psicológicas e o contexto sócio-cultural que estamos inseridos. Então, cada um pode aprender com o exemplo dos irmãos, mas jamais podemos aplicar as suas atitudes em todos os momentos, pois somos por natureza diferentes e recebemos do Pai missões que também não são idênticas. Temos sim, que manter a coerência nas ações e na absorção dos ensinamentos ao nosso alcance, que sejam úteis para a nossa própria caminhada.

            É dessa forma que hoje faço essa reflexão mais ampla do comportamento e da lição que o Irmão de Assis deixou para nós. Ontem eu concordei com ele sobre o silêncio ser a linguagem do amor. Continuo ainda acreditando nisso, pois Deus nunca falou comigo e apesar disso eu sei que Ele é a principal fonte de Amor e que a todo momento com Ele posso me abastecer e com Ele também aprendo a distribuir o Amor. Mas, respeitando a nossa condição humana, tão distante da condição angélica que um dia iremos atingir, vejo também a necessidade do verbo. Afinal foi com o verbo que Deus criou o universo. O silêncio dá a força disseminadora do Amor para todo o universo, onde existir uma consciência que consegue decodificar os afetos, em qualquer ponto desse imenso universo. O verbo torna-se necessário para o fortalecimento do Amor dentro das relações de tempo e espaço que temos durante a caminhada. O Irmão de Assis não destacou esse detalhe, mas foi importante tudo o que ele disse aos seus pais, seus amigos, a Clara, aos seus conterrâneos de Assis e ao mundo inteiro. Foram suas palavras associadas aos seus atos que deram a grande lição para todos nós e que se disseminam pelos séculos. Assim fica a lição para mim, que o meu silêncio sirva com a linguagem apropriada para levar o meu amor as partes mais distantes deste universo, principalmente dentro do contexto da minha vida. Mas também, que o verbo apropriado, que as palavras certas que traduzem a linguagem do coração possam ser proferidas nos momentos necessários e que sejam suficientes para atenuar o temor que possa nos atingir a alma.

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em 17/04/2013 às 23h59
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